Galeria dos Alunos

Galeria para registro das biografias dos alunos do Liceu Antonio Enes. Mande a sua



Volta ao Ínicio




PAULO IVO GARRIDO

Finalista 1968

Paulo Ivo Albasini Teixeira Garrido, nasceu em Moçambique, na Cidade de Maputo (então Lourenço Marques) em 19 de Junho de 1951, filho de Artur Teixeira Garrido (falecido) e de Beatriz Zoraida Albasini Garrido.

Fez os estudos de nível primário na Escola Primária Sacadura Cabral em Ressano Garcia ( das 1ª á 3ª classes) e na Escola Primária do Paiva Manso na então Cidade de Lourenço Marques (4ª classe) e, estudos de nível secundário entre 1961 e 1968 no Liceu António Enes na então Cidade de Lourenço Marques

Ingressou no nível universitário na Faculdade de Medicina da então Universidade de Lourenço Marques, entre 1968 e 1977. O Curso foi interrompido em Setembro de 1972 quando foi expulso da Universidade e incorporado nas Forças Armadas de Portugal, onde permaneceu até Agosto de 1974. Retomou os estudos em 1975.

O Professor fez especialização em Cirurgia Geral entre 1980 e 1986, com diploma atribuido pelo Ministério da Saúde de Moçambique. Classificação do Exame Final de Especialidade: Muito Bom com Distinção.

Frequentou o Curso de Mestrado em Educação de Trabalhadores de Saúde (MHPE) entre 1997 e 2001, na Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade de Maastricht (Holanda).

O professor é casado desde 10 de Janeiro de 1987 com Elisa dos Santos, moçambicana, nascida em 12/09/1958, economista. Tem 6 filhos, 3 dos quais adoptivos.

Ao longo da sua carreira o Professor ocupou vários cargos no País nomeadamente:

• Médico de Clínica Geral no Centro de Saúde de Xipamanine (Cidade de Maputo) em 1977-78

• Director Provincial de Saúde de Manica, Médico Chefe Provincial de Manica e Director do Hospital Provincial de Chimoio entre 1978 e 1980

• Cirurgião Geral e Director do Hospital Central da Beira entre 1987 e 1989

• Cirurgião Geral e Director Clínico-Adjunto do Hospital Central de Maputo entre 1998 e 1990

• Cirurgião Geral e Director do Serviço de Cirurgia III e depois do Serviço de Cirurgia II do Hospital Central de Maputo entre 1991 1999.

• Cirurgião Geral e Chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Central de Maputo entre 1999 e 2002

• Cirurgião Geral no Serviço de Cirurgia II do Hospital Central de Maputo entre 2002 e 2005

• 1º Reitor do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM) de 1996 a 2000

• Presidente da Associação de Cirurgiões da África Oriental (ASEA) no ano de 1995

• Membro Fundador da Colégio de Cirurgiões da África Oriental, Central e Austral (COSECA) desde Setembro de 2002

• Ministro da Saúde no governo de Armando Emílio Guebuza.



Fonte: www.misau.gov.mz





ANTONIO JORGE DIAS FERNANDES DOS SANTOS

Finalista 1969 - Mais conhecido por Dias, Irmão Metralha (alcunha colocada pelo Prof. Faustino) e Panchito (alcunha colocada pelo Carlão)

A Origem

Seu pai cruzava os mares, por profissão, levando sempre a bordo sua mãe, seu irmão, um cachorro, três papagaios, uma macaca, 16 baús de tralhas e, no coração, sonhos do tamanho do mundo.

Um dia, na rota da China, a bordo do N/M Moçambique, sua mãe sentiu um incomodo no ventre, e atracaram no primeiro porto da costa: era o Dias que, assim, entrava clandestino em Lourenço Marques, na África Oriental. Para vir ao mundo foi ajudado pelas freiras da Missão de São José de Lhanguene.

Pouco tempo depois que seu pai regressou da China, este sempre inquieto, resolveu fazer outra longa viagem por Portugal e pelo Brasil que durou três anos. Regressaram a Moçambique na viagem inaugural do N/M Liazi.



Estudos

Em África o Dias passou o resto da infância e a adolescência, deixando que os anos o temperassem com as especiarias de todas as latitudes que, na época, lá se encontravam.

Fez o primário na escola João Belo e de 1962 a 1969 estudou no Liceu Antonio Enes.

Morou na Caldas Xavier, na Latino Coelho e de 1964 a 1974 morou na Matola.

Nos anos setenta, sozinho, começou a cruzar os ares, por inquietação .

Um dia pousou no Rio de Janeiro e por lá ficou, em banho-maria.

Hoje, cozinhando idéias e herdeiro de sonhos do tamanho do mundo, cruza sites por devoção.

O Trabalho

Formou-se em engenharia mecânica, fez pós-graduação em informática. Atualmente trabalha com tecnologia da informação e implanta sistemas.

O Lazer

Além da paixão pela comida (gula, dizem...), que resultou num site de receitas culinárias inéditas, o Dias gosta de pintar , o gosto pelas artes plásticas começou nas aulas com o Prof. Boaventura no Liceu Antonio Enes.

Mas, onde ele gasta grande parte do seu tempo, é fazendo "bicos": conserta carrapetas de torneiras e tomadas de luz, pinta paredes, faz moveis para casa (quando esta duríssimo), instala softwares em casa dos amigos, dá aulas de informática e... joga conversa fora.

Tem três filhos, Anamélia (26), Amanda (24) e Felipe Augusto (22) .

Todos os dias dá um mergulho nas águas do Atlântico em Copacabana e deixa o seu coração navegar até ao outro lado do mundo...

Pedro Veludo ajudou o Dias, a elaborar este texto.







JOSÉ MANUEL BALEIRAS DO SACRAMENTO MENDES

Finalista 1970

Nasci em Montepuez - Província de Cabo Delgado onde cresci e fiz o primário. Em 1963 fui passar um ano em Portugal mais precisamente em Castelo Branco onde estudei no Liceu e fiz o primeiro ano.

Em 1964 voltei a Moçambique onde meus pais moravam em Montepuez e fui estudar no Colégio Vasco da Gama em Nampula. Terminei o quinto ano em 1967 indo então estudar para Lourenço Marques no Liceu António Enes em 1968.

Fiz o sétimo ano em 69 e em 70 entrei na Faculdade de Lourenço Marques onde fiz o curso de Engenharia Mecânica terminando em Dezembro de 1975.

Do pessoal que estudou comigo me lembro do Zeca Costa da Machava com quem tenho contatos até hoje e o Pacheco.

Em Março de 1976 vim para o Brasil pois todos os bens de meu pai tinham sido nacionalizados e assim perdemos tudo não havia mais razão para continuar em Moçambique.

Iniciei uma nova vida aqui no Brasil no interior do Estado de São Paulo onde comecei a trabalhar na área de Motomecanização Agrícola e manutenção de máquinas agrícolas em uma Usina de Açúcar e Álcool na cidade de Jaú.

Em setembro de 1976 me mudei para a Usina Santa Lídia em Ribeirão Preto na mesma função mas me especializando em colheita mecanizada de cana de abocar coisa inédita para a época. Até 1993 trabalhei sempre em Usinas de abocar ou para Usinas de açúcar tendo tido muito sucesso na implantação da colheita mecanizada de cana de açúcar, participei dos desenvolvimentos dos motores a álcool e os motores a diesel e álcool. Tenho carro a álcool desde 1978 até hoje mesmo durante as crises que afetaram  setor.

Em final de 93 dado ao fato de o setor ter sofrido uma grande queda , houve o fechamento de várias unidades enfim as coisas estiveram pretas aí fui trabalhar em uma grande revenda de veículos e caminhões Ford.

Este setor em 2001 teve uma crise que levou várias concessionárias a serem fechadas eu acabei saindo e montei uma escola de informática .

Em 2004  fui convidado por uma empresa que fabrica Usinas de beneficiamento de algodão a montar e dirigir o setor de assistência técnica. Foi uma experiência muito boa pois tive oportunidade de conhecer um outro setor da agroindústria e que tem as suas maiores produtividades em estados longínquos como Mato grosso , Goiás , norte da Baia Etc. Foi muito bom ver o quanto é desenvolvido esse setor em locais tão remotos .

As viagens de assistência Técnica duravam normalmente 10 - 15 dias e fazíamos entre 8 e dez mil quilômetros o que mostra como é grande este País.

Hoje estou parado procurando colocação na agroindústria do açúcar pois é o setor que tem maior crescimento e o mais sustentável.

Moro em Sertãozinho -SP a chamada Califórnia Brasileira região maior produtora de açúcar e álcool do mundo.






HENRIQUE SUTTON DE SOUSA NEVES

Finalista 1972

Henrique Sutton de Sousa Neves foi aluno finalista do LAE em 1972. É Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pós-graduado em Advanced Management Program pela Harvard Business School.

Homem de ampla visão empresarial, projetado no futuro e apto a enfrentar os desafios da transição para a sociedade da informação, Henrique Neves assumiu em 1998 a Presidência da Brasil Telecom, abrindo mão de 22 anos de sólida carreira na Shell, onde ocupava a Vice-Presidência.

A Brasil Telecom, graças ao incentivo de Henrique Neves e sua preocupação com a Cultura em nosso País, investiu em projetos culturais e sociais.

Em reconhecimento à sua atuação no setor das telecomunicações no Brasil a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro conferiu-lhe Moção de Congratulações por ocasião da Solenidade Comemorativa do Dia Nacional das Comunicações.

Em 2005 assumiu a Presidência da VARIG.

Em julho de 2006 assumiu a Diretoria Executiva da Sociedade Beneficente Israelense Albert Einstein em São Paulo.

Fonte: Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e jornal O Globo










VIRGÍLIO AZUÍL PÁSCOA MACHADO

Finalista 1967

Virgílio A. P. Machado, foi aluno finalista do Liceu Antonio Enes em 1967. Doutorado, em 1978, pela Universidade da Florida, nos Estados Unidos da América, é Professor Associado de Engenharia Industrial, na Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa.

Ligado ao ensino da Engenharia Industrial, em Portugal, desde 1979, dirige, presentemente, trabalhos de projecto e planeamento da produção assistidos por computador, e de gestão de projectos.

Tem realizado vários trabalhos no âmbito da Engenharia Industrial para entidades públicas e privadas. É membro de várias associações profissionais nacionais e estrangeiras, nomeadamente do Instituto Português de Engenharia Industrial, de que é Sócio Fundador e Director Executivo, do Instituto dos Engenheiros Industriais dos EUA, de que é Membro Sénior e Docente Conselheiro do UNL Chapter, e da Sociedade Honorífica dos Engenheiros Industriais dos EUA.

Recebeu várias bolsas da Universidade de Lourenço Marques, onde se licenciou, da Comissão Fulbright, do Instituto de Alta Cultura, do Instituto Nacional de Investigação Científica, da Secretaria de Estado do Ensino Superior, da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA, dos programas ERASMUS e TEMPUS da Comissão das Comunidades Europeias, da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Luso-Americana, e da Universidade Nova de Lisboa.

Fonte: Universidade Nova de Lisboa






LÍGIA LOURDES MIRANDA MARONA RODRIGUES

Finalista 1967

Comecei no ano lectivo de 60/61, ainda nas instalações da 24 de Julho, e fui finalista em 67 (alínea f).

Após concluir o liceu em 67, entrei em Eng. Química na Universidade de Lourenço Marques, curso que conclui em 1973.

Vim para Portugal em 1975, para Braga.

Em 76 fui para Inglaterra voltando para Braga em 1980, ano em que comecei a trabalhar na Universidade do Minho e onde fiz doutoramento (em Química Orgânica).

Presentemente continuo na Universidade do Minho onde sou professora.










ANA MARIA RAMALHO CORREIA

Finalista 1966



Fui aluna do LAE, nos anos lectivos de 1964/65 e 1965/66, durante os quais frequentei, respectivamente, o 6º e o 7º Ano do Liceu.

Anteriormente, frequentei a Escola Comercial de Lourenço Marques (1º e 2º ano) e o Liceu D. Ana da Costa Portugal, onde completei o 5º ano em 1964.

Fui finalista do LAE, em 1966.

Quando frequentei o LAE, havia apenas uma turma de Ciências (alínea f) e outra de Letras . Eu fiz a alínea f), que conclui, como já referi, em 1966.

Entrei, em Engenharia Química na Universidade de Lourenço Marques, em Setembro desse mesmo ano.

Conclui a Licenciatura em Engenharia Química, na nossa ULM, em 1971. Fui Assistente na ULM, entre 1971-1976.

Fiz o meu Doutoramento em Inglaterra, em Química Orgânica Farmacêutica (Universidade de Liverpool)...




NARCISO MATOS

Finalista 1970

- Narciso Matos, fez ensino primário na Escola Paiva Manso, em Maputo, de 1959 a 1963

- Fez ensino secundário no Liceu Antonio Enes de 1963 ou 64 e completou o 7º ano em 1970 ou 71

- O seu primeiro emprego foi em 1971 na Junta Autônoma de Estradas, em Maputo, por um período de cerca de seis meses entre;

- O segundo emprego foi em 1971/72 como "monitor" no Departamento de Química da Universidade Eduardo Mondlane (então chamada ULM). Aí continuou a sua carreira acadêmica como assistente de aulas laboratoriais, e depois de licenciado como "assistente". Depois do doutoramento como "professor auxiliar", e mais tarde como "professor associado". No mesmo período foi sucessivamente chefe do Departamento de Química e Director da Faculdade de Ciências. Depois foi Reitor da UEM de 1990 - 1995.

Narciso Matos, recentemente (1995-2000) Secretário Geral da Associação das Universidades Africanas é o chefe da Divisão Internacional de Desenvolvimento da Carnegie Corporation, supervisionando o trabalho da fundação na África Subsariana que focaliza o fortalecimento da educação em universidades africanas, selecionadas, criando bolsas para estudantes mulheres e revitalizando as bibliotecas africanas. Matos juntou-se à Corporação em 2000 como responsável sênior pela liderança dos programas internacionais de fortalecimento da educação superior africana. Tornou-se titular em outubro.

Matos trouxe uma vasta e profunda compreensão dos problemas e premissas centrais para a educação e o desenvolvimento na África de hoje. Além de servir como líder da Associação das Universidades Africanas sediada em Ghana, tem sido um membro do grupo de suporte em educação superior para o Secretário Geral da UNESCO. Matos é um químico experiente e trabalhou em diversos níveis acadêmicos e administrativos na Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique. Nos anos 80 era decano da Faculdade de Ciências e foi mais tarde Reitor. Matos foi membro do Parlamento Moçambicano de 1986 a 1995 onde despendeu cinco anos como secretário do comitê para relações internacionais.

Matos recebeu o grau de Mestre em Ciências pela Universidade Eduardo Mondlane em Maputo – Moçambique e o grau de Doutor em Química Orgânica pela Universidade Humbolt de Berlin – Alemanha.

Matos e sua esposa, uma professora de línguas tem quatro filhos.

Fonte: Carnegie Corporation e Narciso Matos










JOÃO CARLOS ARAÚJO DE MELO

Finalista 1975

Meu pai era sargento do exército e foi mandado para Moçambique em 1964 para tomar conta dos paióis em Benfica. Tenho 4 irmãos. Os 4 homens nasceram nos Açores e a minha irmã é angolana. Eu sou o segundo mais velho e cheguei a Moçambique com 6 anos.

Comecei a estudar na Escola Primária do Infulene. Por volta de 1968, meu pai foi atropelado ao descer de um machimbombo na Estrada Nacional n° 1, em frente à entrada dos paióis. Ficou muito tempo no Hospital Miguel Bombarda. Ficou com problemas na coluna e usou isso para pedir a reforma e ficar em Moçambique que considerava o melhor lugar para criar seus filhos. Quando conseguiu a dispensa, mandou vender o que tinha nos Açores para comprar aquele terreno (2 ha) no Benfica. Era só mato, mas com muito trabalho construimos a casa, abrimos poço, puxamos eletricidade e iniciamos um aviário e uma fábrica de blocos.

Conheci todas as redondezas entregando blocos com nossa Toyota. Muitas casas por ali ainda devem ter blocos com a marca "MELO", principalmente o Bairro Novo situado numa estrada que sai da N° 1 (km 8) e vai dar lá para os lados da praia.

Então aconteceu tudo o que já se sabe em 1974 e quase morremos lá na revolta que aconteceu nas periferias. Conseguimos escapar de lá escoltados e fomos para a cidade. Saquearam tudo e nunca mais tivemos coragem de morar lá. Meu pai voltou lá, limpou tudo, tornou a criar alguns frangos e contratou uma pessoa para tomar conta. Eu também ia lá de vez em quando.

Tínhamos esperança que após a Independência as coisas se acalmassem e pudessemos recomeçar. Durante quase 2 anos moramos de aluguer no Malhangalene.

Nesse interim, cursei o 6° e o 7° ano no LAE, o meu pai comprou uma pequena mercearia na 9 de Julho e eu tocava no conjunto da Igreja do Malhangalene. Mas vieram as nacionalizações e começamos a perder a esperança. Mas o empurrão para a saída foi dado pelo "convite" feito ao meu pai para comparecer e ser julgado por um "tribunal popular" por ter sido sargento do exército. Sabíamos o desfecho daquilo e a solução era sair do país. Juntamos as economias e compramos as passagens para o Brasil onde com muito sacrifício reconstruimos nossas vidas.

Para trás ficou a propriedade no Benfica, nossa Toyota, o nosso Peugeot e a nossa esperança. Muitos anos se passaram e muitas raízes brotaram aqui. Tal como nós, acredito que novas amarras familiares e financeiras impossibilitaram muita gente de voltar e recomeçar, embora a saudade e o amor por Moçambique tenham permanecido acesos até hoje. Muitos erros foram cometidos antes e depois da revolução. Não precisava ter sido assim, mas isso é outra história.




CARLOS MANUEL RAFAEL

Finalista 1974

Aqui vai uma breve historia

Nasci em Moçambique - Lourenço Marques 27/07/1957 no Hospital Miguel Bombarda. (Não estava doente!)

Filho de Antonio Antunes Rafael e Isautina Ferreira da Cruz. O meu pai foi Ferroviário e chefiava estações do Caminho de Ferro (CFM).

Este detalhe fez-me viajar o Sul de  Moçambique extensivamente.

Os primeiros meses na Machava depois Xai-Xai (ainda tinha batelão para atravessar o rio) e dos 1 aos 5 anos em Inharrime província de Gaza.

O meu currículo escolar começou em Pessene, um apeadeiro ao pé da Moamba aos 5 anos. A escola era muito informal, debaixo de um grande cajueiro e com um professor negro que ensinava em português e changane. (que eu era fluente). Esta passagem por esta escolinha foi só porque os meus amigos lá andavam e eu insisti junto aos meus pais para me juntar a eles. Não havia cadernos e escrevia-se com um pauzito no chão argiloso.

No ano seguinte comecei formalmente na Escola da Moamba e ai fiz os primeiros dois anos da escola primaria.

Aos 8 anos vim para Lourenço Marques, vivia na Munhuana e fui para a escola  primaria Paiva Manso ao pé do Liceu Antonio Enes. Na escola primaria Paiva Manso, há que salientar a Da Irma, grande professora, mas também dava umas lambadas à maneira.

Aí acabei a escola primaria e comecei no Liceu AE onde estudei do 1º ao 7º ano.

Em 1974 depois dos exames (com 17 anos) vim para a África do Sul onde fiquei. Os meus pais ficaram em Moçambique mais dois anos e depois foram para Portugal. (O meu pai ainda é vivo com 81 anos)

Estudava de noite e trabalhava de dia. Acabei assim o curso de engenharia elétrica.

Casei aos 21 anos em 1978 com Maria Manuela Ferreira que aqui conheci . Juntos temos uma filha - Natecha que tem agora 26 anos e é Esteticista e Christopher com 19 anos e esta a fazer BSC na Universidade de Rhodes na África do Sul.

Profissionalmente estou especializado em Elevadores de Minas e tenho à volta de 30 anos de experiência neste ramo. Nos tempos livres tenho uma escola de parapente www.flyza.co.za .

No sétimo ano lembro-me dos colegas Francisco Silva o meu primo Mario Rafael e do Jorge Portela. Estes também eram pára-quedistas e o Francisco também treinou comigo natação nos velhos Colonos.

Era grande amigo do  Figueiredo (Figs) e do Carlos Fernandes. Recordei-me da Eugenia e da  Alice  nas fotos do baile dos Finalistas 74

Havia uma colega que chamávamos Xixas que morava ao principio da Av. de Angola.

Junto uma recordação da caderneta de saltos de 74 da Mocidade Portuguesa

Carlos Rafael - 30/05/2007






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