Valença
de Ontem e de Hoje
CAPÍTULO 3
VALENÇA VILA
(1801-1857)
CLICAR SOBRE OS ANOS:
1850
-
SUBSCRIÇÃO EM FAVOR DAS OBRAS DA SANTA CASA
INAUGURAÇÃO, NA CÂMARA, DO RETRATO DE D. PEDRO II
INAUGURAÇÃO DO CHAFARIZ DO PARQUE D. PEDRO II
1851
-
INICIO DA CONSTRUÇÃO DO EDIFICIO DA SANTA CASA
CORRIDAS E CAVALHADAS
NOMEAÇÃO
DO JUIZ MUNICIPAL E DE ÓRFÃOS
CONTRATO DE CALÇAMENTO DA RUA DOS MINEIROS
1852
-
ALUGUEL DO PRÉDIO DESTINADO À CADEIA PÚBLICA
SEPARAÇÃO
DO TERMO DE VALENÇA DO DE VASSOURAS
PLANTA E ORÇAMENTO DO EDIFICIO DA CADEIA PÚBLICA
1853
-
CONCLUSÃO DAS OBRAS DA IGREJA DO ROSÁRIO
1854
-
CONCLUSÃO DAS OBRAS DA CADEIA PÚBLICA
LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA DO EDIFICIO DA CÂMARA
EXECUÇÃO DOS RÉUS ANTÔNIO “CABRA” E MANOEL “CREOULO”
1855
-
ARRUAMENTO DA VILA
1856
-
A INVASÃO DA “CHOLERA MORBUS” NA VILA
OFERTA DE UMA BANDEIRA NACIONAL À CÂMARA
1857
-
SUBSCRIÇÃO EM FAVOR DAS OBRAS DA MATRIZ
TRANSFERÊNCIA DO HOSPITAL PARA O EDIFICIO DA SANTA CASA
—
No dia 2 de dezembro, por ocasião das comemorações da data do
aniversário natalício de Sua Majestade, foi inaugurado, com grande
solenidade, na sala das sessões da Câmara, o retrato de D. Pedro II. Êsse
retrato, que e considerado valioso pela sua raridade, foi, no ano de 1889,
retirado da sala da Câmara, tendo sido, na sessão de 14 de julho de
1919, por proposta do então vereador cap. Licídio Silveira, ali recolocado
solenemente, ao comemorar-se o advento da Paz Universal. Verificou-se, também,
nessa ocasião, a inauguração, na sala da Câmara, do retrato a óleo do
seu primeiro presidente comendador José da Silveira Vargas.
—
Nesse mesmo dia, teve lugar a festiva cerimônia da inauguração do
atual chafariz, existente no centro do parque da praça D. Pedro II, também
vulgarmente conhecido pelo nome de “Jardim de Baixo”.
1851
- Em princípios desse
ano, dava inicio às obras do atual edifício da Santa Casa o construtor
Crispim Correia da Silva, pelo preço de 27$000 a braça quadrada. Foi, porém,
mal construída a obra, de maneira que, quando as paredes atingiram a altura
suficiente para receberem o madeiramento do telhado, principiaram a
desmoronar-se. Uma comissão de pedreiros, depois do exame pericial,
concluiu que a causa corria por conta da má argamassa empregada na construção.
—
Na sessão de 9 de abril. a Câmara aprovava o regulamento dos cemitérios
da Vila.
Trecho da antiga praça do Comércio, atual parque D. Pedro II,
—
Na sessão de 10 de junho, a Câmara deferia um requerimento de
Laurindo Gomes Leal, solicitando permissão para correr cavalhadas na praça
da Câmara (praça Visconde de Rio Prêto), e para retirar,
provisoriamente, o pelourínho ali existente, comprometendo-se a repô-lo,
findas aquelas diversões populares.
—
Na sessão de 5 de agosto, foi deferido um requerimento do vereador
dr. Manoel Antônio Fernandes, para que a Câmara reiterasse o pedido
dirigido ao governo da Província sobre a nomeação de um Juiz Municipal e
de Órfãos, para o termo de Valença.
— Em 17 de novembro,
Vicente Ferreira de Abreu contratava o calçamento da rua dos Mineiros, hoje
Saldanha Marinho, a doze mil réis a braça quadrada. Esse calçamento foi
feito por meio de uma subscrição, promovida pelos vereadores Antônio
Carlos Ferreira, cap. Antônio Leite Pinto, Francisco de Sales Pinheiro e
Souza, Antônio José Lopes e Anastácio Leite Ribeiro, e os cidadãos
Herculano Furtado de Mendonça e José Teixeira da Silva.
1852
-
Na sessão de 8 de janeiro, resolveu a Câmara nomear uma comissão composta
por vereadores dr. Manoel Antônio Fernandes e Antônio Carlos Ferreira,
para tratar com Vicente João Barreto o aluguel da casa que seria destinada
à cadeia e quartel, sob a condição de que o aluguel não excedesse à
importância de 36$000 mensais. Essa comissão, não podendo chegar a um
acôrdo com Vicente João Barreto, opinou que a Câmara oficiasse ao governo
da Província, pedindo a construção de um edifício destinado à Cadeia
Pública.
—
Em 19 de abril, a Câmara tomava conhecimento da separação do Termo
de Valença do de Vassouras, determinada pelo Governo Imperial no Decreto
No. 929, de 9 de fevereiro de 1852.
—
Na sessão de 21 de julho, leu-se, na Câmara, uma portaria do
Governo, remetendo uma planta e orçamento para a construção da cadeia
da Vila, e comunicava que havia consignado a verba de 1:000$000 mensal,
nomeando os srs. dr. Joaquim Saldanha Marinho, Antônio Carlos Ferreira e
Cap. Antônio Leite Pinto. para administrar essa obra. Na sessão do dia
seguinte, a Câmara determinou que a construção fosse feita na rua da Glória,
hoje D. André Arcoverde, esquina com a atual Domingos Mariano, em terreno
outrora pertencente à Irmandade da Santa Casa.
—
A 23 de agosto, Vicente Ferreira de Abreu contratava o calçamento da
ladeira da Matriz da Vila, a dez mil réis a braça quadrada, e o da rua do
Imperador, atual Quintino Bocaiúva, até à rua Formosa, hoje Silva
Jardim, a dezesseis mil réis a braça quadrada.
1853
- Em princípios desse ano, graças ao zelo e ao esfôrço empregados pelo
preto Antônio Mendes e pelo padre José Alves Fragoso, foi dada por concluída a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, na vila de
Valença.
—
A 8 de abril, Vicente Ferreira de Abreu contratava o calçamento da rua S.
José, atual Nilo Peçanha, da esquina da rua dos Mineiros até ao prédio
outrora pertencente ao Barão da Vista Alegre, onde hoje funcionam os
Correios e Telégrafos. O calçamento, a alvenaria, foi feito a dez mil réis
a braça quadrada, contribuindo com a metade da importância orçada o cap.
Floriano Ribeiro e seu genro cap. Antônio Leite Pinto.
1854
-
Nêsse ano, deu-se por concluída a construção do edifício da Cadeia. O
edifício, de construção sólida, se apresentava com um só pavimento, de
pedra e cal, com grossos varões de ferro nas janelas, engastados em sólidos
portais de pedra de cantaria lavrada, tal qual como se apresenta atualmente.
Dispõe de seis espaçosas dependências, separadas por um corredor, de onde
se comunica com as salas.
Trecho
da praça do Comércio (D. Pedro II), vendo-se, ao fundo, o edifício
da
antiga Câmara, atual Prefeitura Municipal. —
1854.
—
Em 17 de janeiro, lançou-se a primeira pedra do alicerce do edifício da Câmara,
atual Prefeitura Municipal, cuja construção foi iniciada por meio de
subscrições
populares e com a ajuda de uma subvenção de 120:000$000, concedida pelo
Decreto Provincial No. 866,
de 10 de setembro de 1856. A sua fachada se apresenta com um tipo clássico.
Obra sólida, em pedra e cal, está ornamentada com portais de cantaria de
granito.
—
Na sessão de 31 de outubro, a Câmara tomava conhecimento de uma portaria
do governo da Província que determinava ao Juiz Municipal do Têrmo da vila
de Valença fôsse levantado o patíbulo, onde tinham de ser executados os
réus Antônio “Cabra” e Manoel “Creoulo”, cuja despesa com a execução
foi paga pelos cofres da municipalidade.
1855
- Na
sessão de 6 de dezembro, a Câmara aprovava a seguinte proposta do
vereador João Batista de Araújo Leite:
—
“Proponho que se considere, definitivamente aprovado, o plano de
alinhamento da praça da Câmara, pelas casas edificadas pelo finado
Manoel Jacinto Soares Vivas, no paralelo de uma destas com o que,
atualmente, serve para as sessões desta Câmara, considerando-se também
como definitiva e aprovada a linha do lado da rua dos Mineiros pelas casas
de João Batista Amedée, em frente da mesma praça e que a quarta linha, que fecha o quadro desta, se estabeleça pelo cunhal da última casa do
mesmo finado Vivas, no paralelo perfeito com a última linha. Proponho
mais que a rua do Diretor, que parte da praça para o cemitério, comece
daquele cunhal da referida casa do Vivas, seguindo em linha reta até ao
canto do cemitério, e, outrossim que o terreno, que se considerar devoluto
em frente da última linha da praça se dê em aforamento a quem se obrigar
dentro do prazo de dois anos
a edificar prédios, enchendo todo o espaço da linha, que forma o quadro
da praça”.
1856
- Verificando-se, nesse ano, a invasão, no
Município, do terrível flagelo da cólera morbus, à distância de cinco léguas
da Vila, foi aprovada, em 7 de janeiro, a proposta do vereador Herculano
Furtado de Mendonça que requeria, solicitasse a Câmara, ao governo da
Província, a presença de um médico, dois enfermeiros e duas irmãs de
caridade, que se encarregassem do tratamento dos indivíduos atacados do
mal.
—
Conforme se verifica na ata da sessão de 28 de abril, o cidadão Agostinho
José Vieira fez oferta à Câmara de uma bandeira nacional, pelo que
mereceu
menção honrosa, contribuindo, também, o presidente cap. Floriano Leite
Ribeiro, com doze dúzias de tábuas de assoalho para as obras do edifício
municipal, e mais a quantia de um conto de réis, em dinheiro.
1857
- Nesse ano, com o produto de uma
subscrição, promovida pelo major Antônio Leite Pinto, forrou-se o corpo
da igreja Matriz, tendo sido ela, nessa ocasião, totalmente dourada,
internamente.
— Ainda nessa época, verificou-se a transferência do hospital da Santa Casa da Misericórdia para o atual edifício, à praça Balbina Fonseca, quando provedor o dr. Joaquim Saldanha Marinho, a cujo zelo e boa direção se deve a conclusão das obras desse estabelecimento hospitalar.