Valença
de Ontem e de Hoje
CAPÍTULO 5
ASPECTOS ECONÔMICOS
ESPLENDOR, DECADÊNCIA E RESSURGIMENTO
A
coletoria de rendas públicas federais foi instalada, na vila de Valença, em
1836, tendo sido o seu primeiro coletor José Álvares Pinto.
Até
1922 só existia uma única repartição dessa natureza, que tinha como coletor
o cidadão Antônio Augusto Cardoso Figueira, nomeado em 1909, e como escrivão
o sr. Manoel Antônio Pinheiro Fernandes, ambos capitão da antiga Guarda
Nacional.
Por
decreto de 8 de abril de 1922, foi a referida Coletoria Federal dividida em
duas, criando-se, então, a 2a Coletoria, instalada em 10 de junho do
mesmo ano, para a qual foram nomeados os cidadãos dr. Eugênio de Souza Nunes e
Cristóvão Barboza Giesta Junior, coletor e escrivão, respectivamente.
Por
decreto de 3 de maio de 1935, foi extinta a 1a Coletoria, ficando
anexada à 2a Coletoria,
em virtude de aposentadoria compulsória concedida ao coletor e escrivão da
primeira, constituindo uma única repartição com a denominação de
“Coletoria Federal de Valença”.
Em
2 de dezembro de 1935, por ter sido afastado do serviço, por invalidez, o
coletor dr. Eugênio de Souza Nunes, foi o escrivão Cristóvão Barboza Giesta
Júnior nomeado coletor interino, efetivado no cargo por decreto de 6 de maio de
1936, onde foi aposentado a 25 de março de 1943, após 36 anos ininterruptos de
serviço público federal. Atualmente exerce a função de coletor, o cidadão
Arlindo Pinto de Almeida.
A
Coletoria de rendas estaduais foi instalada na então vila de Valença, em 1833,
tendo sido o seu primeiro coletor o cidadão Bernardo Vieira Machado, e escrivão
o sr. José Álvares Pinto.
Exercem,
atualmente, o cargo de coletor estadual o sr. Mário Augusto Catete, nomeado em
8-11-51, e o de escrivão o sr. Benevenuto Felix Vicente Abruzzini, nomeado em
11-12-51 — em virtude da aposentadoria do antigo coletor sr. Argonauta
Machado.
Em
10 de agosto de 1938, instalou-se, na vila de Conservatória, uma sub-Coletoria
estadual, tendo sido seu primeiro sub-coletor Álvaro Fernandes de Castro.
Em
11 de novembro de 1941, foi instalada, em Barão de Juparanã, uma sub-coletoria
estadual que teve, então, como sub-coletor Elesbão Velasco.
Relativamente
às rendas públicas municipais de Valença, foi nomeado, em 1831, seu primeiro
coletor da Décima Urbana, o cidadão João Batista dos Reis Mota.
Apreciemos, agora, o quadro seguinte, que nos dá a conhecer o movimento de arrecadação de rendas, realizada pelo executivo municipal, desde 1835 até 1930, em períodos qüinqüenais:
ANO | ARRECADAÇÃO CR$ | ANO | ARRECADAÇÃO CR$ |
1835 | 1.250,00 | 1885 | 53.812,20 |
1840 | 7.000,00 | 1890 | 96.316,40 |
1845 | 7.334,00 | 1895 | 166.344,82 |
1850 | 10.031,30 | 1900 | 139.028,30 |
1855 | 13.704,50 | 1905 | 41.210,70 |
1860 | 15.200,00 | 1910 | 36.893,80 |
1865 | 15.500,00 | 1915 | 58.900,00 |
1870 | 24.600,00 | 1920 | 92.209,00 |
1875 | 25.933,20 | 1925 | 224.951,10 |
1880 | 45.339,20 | 1930 | 493.513,60 |
Eis o movimentode arrecadação das rendas federais, estaduais e municipais, desde 1930 até 1952:
ANO | COLETORIA FEDERAL - CR$ | COLETORIA ESTADUAL - CR$ | PREFEITURA MUNICIPAL - CR$ |
1930 | 442.813,67 | 389.793,10 |
493.513,60 |
1931 | 441.410,31 | 483.140,20 | 352.142,10 |
1932 | 547.550,15 | 521.948,60 | 434.931,50 |
1933 | 621.666,30 | 533.216,70 | 427.568,50 |
1934 | 547.846,10 | 471.970,30 | 409.462,20 |
1935 | 843.838,90 | 534.089,30 | 375.632,93 |
1936 | 959.255,00 | 585.020,80 | 382.997,52 |
1937 | 963.081,10 | 643.000,80 | 469.036,93 |
1938 | 992.036,10 | 871.657,00 | 537.187,90 |
1939 |
1.038.427,30 |
1.041.424,10 | 634.071,80 |
1940 | 964.140,50 | 1.380.334,90 | 757.860,90 |
1941 | 1.098.879,90 | 1.542.180,20 | 800.646,00 |
1942 | 1.268.846,50 | 1.819.212,40 | 841.563,50 |
1943 | 1.957.032,60 | 2.021.753,80 | 875.186,40 |
1944 | 1.939.691,20 | 2.449.183,20 | 903.487,10 |
1945 | 2.507.429,00 | 2.700.997,50 | 918.170,60 |
1946 | 3.542.908,90 | 3.703.496,10 | 1.201.483,80 |
1947 | 2.991.649,30 | 4.165.953,00 | 1.341.316,00 |
1948 | 3.542.908,90 |
5.387.532,40 | 2.233.957,80 |
1949 | 4.169.320,10 | 5.617.716,40 | 2.751.591,10 |
1950 | 5.193.555,50 | 6.428.859,10 | 3.301.846,70 |
1951 |
6.180.852,00 |
6.448.529,80 |
3.755.886,70 |
1952 |
7.388.530,70 |
7.425.226,00 |
5.380.609,40 |
Com a transferência dos distritos de
Conservatória (parte) e de Ipiabas para o município de Barra do Piraí, as
rendas federais, estaduais e municipais desses distritos, relativas aos exercícios
de 1944, 1945, 1946 e 1947, não foram computadas no quadro acima.
Coletores das rendas federais:
José Álvares Pinto (1836-1839);
Joaquim Moreno (1839- 1942);
João Florêncio de Medenilha (1842);
Joaquim Moreno (1842-1846);
Quintino Ferreira de Souza (1846-1848);
Pedro Moreno de Alagão (1848-1849);
Antônio da Silveira Vargas (1849-1850);
Custódio da Silveira Vargas (1850-1855);
Cristiano Martins da Costa (1855-1861);
José Antônio Cortines Laxe (1861-1864);
cap. Teotônio Neri da Silva (1864-1867);
Antônio José Gomes (1867-1868);
Carlos Augusto de Oliveira Figueiredo (1868-1869);
Rufino Antônio Frutuoso Gomes (1869-1875);
Inácio de Loiola Gomes da Silva (1876-1890);
Alberto Augusto Carneiro da Cunha (1890-1891);
Manoel Antônio Rodrigues Silva (1891-1898);
João José Ferreira (1898-1902);
Tte. Cel. Júlio Medeiros Correia Frias (1902-1909);
cap. Antônio Augusto Cardoso Figueira (1909-1922);
dr. Eugênio de Souza Nunes (1922-1936);
Cristóvão Barbosa Giesta Junior (1936-1943)
Arlindo
Pinto de Almeida, atual coletor.
Coletores de rendas estaduais:
Bernardo Vieira Machado (1833-1843);
Cândido da Costa e Souza, (1843);
Antônio Hermógenes Dutra (1843-1844);
Joaquim Moreno (1844-1846);
José Augusto Castelo Branco (1846);
Joaquim Moreno (1846);
Quintino Ferreira de Souza (1846-1848);
Pedro Moreno de Alagão (1848-1849);
Cristiano Martins da Costa (1849-1861);
José Antônio Cortines Laxe (1861-1864);
cap. Teotônio Neri da Silva (1864-1867);
Antônio José Gomes (1867-1868);
Carlos Augusto de Oliveira Figueiredo (1868-1869);
Rufino Antônio Frutuoso Gomes (1869-1875);
Inácio de Loiola Gomes da Silva (1875-1890);
Alberto Augusto Carneiro da Cunha (1890-1891);
Manoel Antônio Rodrigues Silva (1891-1898):
João José Ferreira (1898-1903);
Antônio da Cunha Souza (1903-1907);
Manoel Franklin Gomes de Pinho (1907-1911);
Raul Barboza Giesta (1911-1919);
Argonauta Machado (1919-1951),
Mário Augusto Catete, atual coletor.
O
comércio da antiga Valença marcou época no período da sua grandeza cafeeira.
Efetivamente — como nos relata Luiz Damasceno, em sua História de Valença. — em 1871, quando da inauguração da antiga estrada de
ferro “União Valenciana”, tornou-se. a sede municipal, um dos mais
importantes centros comerciais da antiga província do Rio de Janeiro.
Com
o seu comércio animadíssimo, possuia Valença importantes casas importadoras,
como as de Manoel José Vieira, Joaquim Pereira da Costa Guimarães, Vieira
& Fonseca, Leite & Esteves, Rodrigues, Fonseca & Antônio Maria e
outras firmas, cujos armazéns recebiam, anualmente, milhares de arrobas de café
produzido no município, além de grande quantidade de fumo, toucinho e queijos,
vindos de Minas Gerais, por meio de tropas que se sucediam, diàriamente, quando
não havia sido ainda construído, nessa época, o trecho de estrada que liga
Marquês de Valença à cidade mineira de Rio Preto.
Em
trânsito para o matadouro de São Cristóvão, passava por Valença,
permanentemente, enorme quantidade de gado vacum,
suíno e lanígero, destinado ao abastecimento da população da capital do
Império, por ser o caminho mais curto.
Com
a construção, em 1882, do trecho de estrada de ferro, ligando a cidade de
Valença à de Rio Preto, e com o prolongamento dos trilhos da Central do Brasil
às zonas criadoras do Estado de Minas, aumentou, consideravelmente, o trânsito
de gado por Valença.
Em
1887 sofria sério colapso o período de prosperidade em que se fundaram
importantes estabelecimentos comerciais, como os de Jerônimo Macedo &
Ferreira, Pentagna & Sampaio, da antiga Casa Sampaio, Faria & Pacheco,
Antônio Rodrigues de Oliveira e muitos outros.
Depois da Abolição, veio a queda brusca do comércio que, não obstante, passou mais tarde, a ser animado, por algumas das firmas acima citadas e pelos comerciantes Francisco Ielpo, Francisco Di Biase, Benjamin Ferreira Guimarães & Filhos, da antiga Casa Mineira. Manoel Joaquim Simões, José Donacio & Filho e outros.
Em 1950, o comércio atacadista e varejista de Marquês de Valença era representado pelas firmas:
Ielpo & Cía. Ltda.,
A.Cunha, Almeida & Cia. Ltda.,
Raimundo Fernandes,
Raif S. Tabet,
Moisés Abrahão,
Habib Mattar,
Abrahim Mattar,
Artur Sacramento,
Chaia Chenferber & Cia. Ltda.,
Baianinho,
Guarini,
Álvaro de Carvalho,
Euclides Barboza,
Odilardo Araujo,
J. Silvestre & Cia.,
Agostinho S. Menezes Filho,
O. Nabuco & Cía. Ltda.,
Felipe & Cupelo,
A. Garcia de Melo,
Minerva Artes Gráfica Ltda.,
Ernani Cabral,
Dias Ferreira & Cia. Ltda.,
Curzio, Bazzarella & Cia.,
Araujo, Fernandes & Cia.,
S. Przytyk & S. Libeskind,
Viúva Mário de Gastro Pentagna & Filhos,
Macedo & Boaretto,
Soc. Ind. e comércio Mecânica Osmach Ltda.,
Alberto Mouffron & Cia. Ltda.,
Haroldo
G. da Silva e muitas outras de pequeno vulto.
Não
se pode negar que, já em 1833, a antiga vila de Valença tinha o seu
estabelecimento de crédito, a denominada “Caixa Econômica da Vila de Valença”.
Do Valenciano N. 42, edição de 25 de maio de 1833, extraímos o
seguinte Aviso:
“O Thesoureiro e Secretário actual da Caixa Econômica
da Vila de Valença convidão aos Accionistas e mais Cidadãos do Têrmo, e fora
delle que quizerem pertencer a este novo Estabelecimento Econômico, a
comparecerem por si ou seos Procuradores na Sala da “Sociedade Defensora da
Liberdade e Independência Nacional”, desta Vila, nos segundos domingos de
cada mez, das dez horas da manhã ás 2 da tarde, para effectuarem as suas
entradas na Caixa, na fórma do Aviso de 1o de Fevereiro do corrente
anno, publicado No. 42, do Valenciano. Valença, 1o de Maio de 1833.
Custódio Ferreira Leite, thesoureiro — Claudionor Antonio de Azevedo, secretário.”
Relativamente
à existência e funcionamento definitivo de estabelecimentos de crédito, data
de pouco tempo o regular movimento bancário na cidade de Marquês de Valença.
A
primeira casa bancária inaugurada foi uma agência do “Banco do Rio de
Janeiro”, uma vistosa arapuca, instalada em 1925, graças à argúcia de um
grupo de forasteiros que, iludindo a boa fé dos mandatários da época,
conseguiu instalar, na cidade, luxuoso estabelecimento bancário, com estrondosa
festa de inauguração, a que compareceram as autoridades e a sociedade locais.
Antes de completar o seu primeiro ano de atividades, com surpresa geral,
provocara-se espetacular corrida, por pretexto de suposta falência, alarmando
toda a praça. Poucos foram os que conseguiram salvar os seus depósitos...
Mais
tarde, em 1927, por influência da política local, conseguia-se dotar a cidade
de uma agência do Banco do Brasil, que, no entanto, teve vida efêmera. Talvez
um ano de funcionamento, se tanto.
Em
18 de março de 1928, inaugurava-se uma agência do Banco Comércio e Indústria
de Minas Gerais S/A, organização que tem sua matriz em Belo Horizonte.
Em
1929, o Coronel Francisco Azarias Vilela e seus filhos, industriais em Juiz de
Fora, auscultando as possibilidades econômicas do município de Marquês de
Valença, não tiveram dúvida em fundar um estabelecimento bancário a que foi
dado o nome de “Banco Rio-Minas”. A sua inauguração se verificou no dia 6
de maio de 1929, com a presença das autoridades e representantes da sociedade
valenciana. Às 13 horas desse dia, realizou-se, com solenidade, a bênção das
instalaçôes, cerimônia religiosa presidida pelo então vigário padre
Francisco de Luna. Ao “champagne” usaram da palavra vários oradores,
destacando-se o discurso do então deputado Pedro Carlos, que falou em nome do
banco.
Foi
esta a primeira organização bancária mineira que se fundou em Marquês de
Valença e a sua direção se achava confiada ao seu diretor-secretário, dr.
Gabriel Martins Vilela. Constituiam, também, a diretoria os cidadãos: coronéis
Francisco Azarias Vilela, diretor-presidente, e Adeodato e Alvaro Martins
Vilela, estando na gerência o sr. José Rodarte Fonseca. Desde junho de 1947,
tem nova direção, sendo o atual presidente do banco o sr. Otacílio Negrão de
Lima e gerente o sr. Irací Antunes Corrêa.
Decorridos
alguns anos, eis que se instala, na cidade, mais uma casa bancária, destinada a
dar assistência à lavoura local, uma filial do “Banco Fluminense da Produção
S. A.”, organização fluminense. Sua inauguração se verificou em 27 de
fevereiro de 1943, tendo presidido à bênção de suas instalações o revmo.
bispo diocesano D. Rodolfo das Mercês de Oliveira Pena. Usou da palavra
inaugural o então prefeito Osvaldo Fonseca. Essa organização bancária, que
em Marquês de Valença, tinha como gerente o sr. Carmine Bruno, deixou de
funcionar a partir de 1947, em virtude da extinção da matriz, em Niterói.
Sr. Floriano
Pellegrini
O
Banco de Valença S.A., fundado em 29 de junho de 1943, por iniciativa dos srs.
Floriano Augusto Pellegrini e Benjamin Ielpo — confiada ao primeiro a parte técnica
e, ao segundo, o levantamento de ações — e instalado à rua Nilo Peçanha,
no edifício da Associação Comercial de Valença, na sede municipal, — é
uma organização genuinamente valenciana, com o capital de Cr$ 1.000.000,00,
subscrito em três dias.
O
movimento geral do Banco de Valença S. A. atingiu, em 31-12-1950, o total de
Cr$ 19.800.000,00.
Sua
direção atual está confiada aos cidadãos dr. José Garcia Lopes e Floriano
Pellegrini, diretor-presidente e diretor-secretário, respectivamente.
Em
7 de julho de 1946, na cidade de Marquês de Valença, instalou-se uma agência
do Banco Minas Gerais, cuja matriz tem sede em Belo Horizonte. Por ocasião da
instalação da referida agência, achavam-se presentes, além de representantes
da sociedade valenciana, o sr. dr. Antônio Mourão Guimarães, presidente da
organização bancária, cônego Antônio Salerno, representando o bispo
diocesano, padre Francisco de Luna, prefeito municipal, e dr. Durval Passos de
MeIo, juiz de Direito.
Nesse
mesmo ano, no dia 28 de dezembro, inaugurou-se, na sede do município, uma agência
da Caixa Econômica Federal. Achavam-se presentes ao ato inaugural os srs. dr.
Rui Buarque de Nazareth, presidente da Caixa no E. do Rio, D. Rodolfo das Mercês
de Oliveira Pena, bispo de Valença, dr. Olivar Bolivar Felix, representando o
prefeito municipal, dr. Durval Passos de Meio, juiz de Direito, e dr. João
Travassos Chermont, delegado de polícia. A agência de Marquês de Valença já
contava, após sua instalação, com 400 cadernetas e, atualmente, atinge a
2.000.
Quer
por meio ferroviário (bitolas larga e estreita da Central do Brasil), quer
pelas rodovias que ligam Marquês de Valença à estrada Rio-São Paulo, é bem
desenvolvida a exportação dos produtos do município, com destino à Capital
Federal, São Paulo e Minas, bem como a alguns países sul-americanos,
destacando-se a Argentina. Os produtos de tecidos de algodão, as rendas e
bordados, bem como produtos de laticínios são exportados, em escala apreciável,
estimulando, assim, de ano a ano, a grandeza econômica do município.
O
principal produto de importação é o algodão em rama, em larga escala,
recebido do Distrito Federal e São Paulo e destinado à indústria local de
tecidos.
Relativamente aos produtos de lavoura, em geral, quase todos são importados, dadas as condições precárias, no município, do cultivo dos gêneros de primeira necessidade.
Na
sessão da Câmara de 30 de janeiro de 1829, decidiu-se que a antiga Praça do
Comércio, atual D. Pedro II, (jardim de baixo), fosse destinada para uma feira
livre ou mercado, tendo o governo municipal mandado demarcar a referida praça
com marcos de pedra em suas extremidades.
A
inauguração da feira livre verificou-se a 1o de março daquele ano,
recebendo, então, a praça, a denominação de “Praça do Comércio”.
Em
1887, na sessão da Câmara, de 8 de janeiro, deliberaram os vereadores atender
ao apelo dos moradores da cidade, para que, na antiga praça da Estação,
atualmente extinta, fosse instalada uma feira livre em beneficio da pobreza,
tendo sido deliberado se construíssem, no local, barracas apropriadas onde
pudessem os pequenos lavradores expor seus produtos.
Em
15 de maio de 1901, a Câmara concedia permissão à “Associação dos
Agricultores de Valença”, para o funcionamento de uma feira livre de produtos
agrícolas, a qual fora instalada na antiga e extinta praça da Estação, onde
funcionou por tempo relativamente curto.
Por
mais de 30 anos ficou a cidade sem a sua feira livre.
Mas,
recentemente, graças aos esforços do saudoso prefeito dr. Osvaldo Terra, foi
autorizado, por deliberação municipal, em 1936, o funcionamento, na sede
municipal, de uma feira livre à rua Nilo Peçanha, aos domingos, a qual, isenta
de impostos, vem funcionando regularmente, embora com modesta apresentação de
produtos de pequena lavoura.