Valença de Ontem e de Hoje

CAPÍTULO 4 

VALENÇA CIDADE 

(1857-1952)

PARTE 5

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Tipos Populares

Valença – Cidade de Veraneio

Visitantes Ilustres

Ementário dos Logradouros Públicos até Inicio dos Anos 50

 

TIPOS POPULARES

Todas as terras têm, em todos os tempos, os seus tipos populares, de rua, que exercem, gratuita e generosamente, o mister de desopilar os fígados engorgitados.

 

Nos últimos anos do século passado, na última década, ainda antes da libertação dos escravos e da proclamação da República, Valença contava, apesar de sua diminuta população, muitos tipos populares, figuras exóticas, que faziam a vida das ruas da cidade.

 

Das colônias portuguêsa e italiana provinham muitos daqueles tipos “filósofos” e “paus d’água”, surgindo só depois da lei áurea, em 1888, o elemento negro. Terra pequena e com pouca população, tais indivíduos eram mais conhecidos por apelidos, alguns pejorativos, sendo ignorados, quase sempre, os seus verdadeiros nomes. Desses tipos -— de sua grande maioria — nos fala, com muita verve, Francisco Thiago (João da Terra), em suas crônicas “No tempo do onça”, publicadas no “O Valenciano”

 

Assim, teve Valença como um dos seus tipos mais populares — o “Rei Congo” — um pretinho já velho, que usava um casquete vermelho, semelhante ao fez dos egípcios e tangia um instrumento que ele chamava de urucongo. Era uma vara flexível a cujas pontas prendia-se uma única corda de viola, que era tangida com uma varinha. No meio da vara flexivel, tornada meio-arco, era ligada uma latinha vazia que o negro encostava ao peito e servia de modulador e transmissor do som. Nos seus últimos dias vivia o “Rei Congo”, só Deus o sabe, num quartinho de chão batido, no antigo bêco das Mangueiras. Morreu sem que ninguém lhe soubesse o nome...

 

Na mesma época havia o Benedito Laborão — não esse cafuso barbudo e sujo, de pés grandes, que desaparecera, há pouco, das ruas de Valença onde, no seu passo de girafa, perambulava, com um saco vazio, verdadeiro espantalho da criançada — mas um crioulo moço, de boa aparência, poeta repentista, que improvisava desafios em verso, prendendo a atenção dos circunstantes.

      

            Malaquias, o vendedor de bilhetes

Havia em Valença, ainda no tempo do Império, o velho Malaquias, que perambulava pelas ruas da cidade. Entregue ao seu pacífico mister, a vender bilhetes de loteria, Malaquias era um tipo exótico: solitário, macambúzio, andejo, na sua roupa surrada, calçado de tamancos, cabelos hirsutos, sob um velho chapéu de abas cabanas, barbicha rala, os bolsos da jaqueta amarrotada pejados de listas de loterias e um velho guarda-sol de dez barbatanas, quase todas quebradas, bojudo, desbeiçado, cheio de cavacos e gravetos que colhia pelas ruas, na sua peregrinação e lhe serviam para alimentar o fogo sob a panela de sua magra refeição diária. Muitos o chamavam de “profeta”. O Malaquias era tido como um homem esquisito, ensimesmado e portador de idéias disparatadas. Era irmão do professor Paulino de Aquino, outra figura popular da cidade, velho sorumbático e hierático, cuja demonstração de gênio inventivo denuncia-se com um seu invento: um móvel rústico, de madeira tosca, existente na biblioteca municipal D. Pedro II (Prefeitura) que é uma cadeira que se abre, se desdobra e se transforma em uma pequena e cômoda escada, muito útil para alcançar-se livros nas prateleiras mais altas. Malaquias tinha idéias — idéias que revelam o homem. Ele que jamais conhecera outra especie de veículos, além do seu par de tamancos de pau de laranjeira e couro de boi, preocupava-se muito com a morosidade do trânsito. Pesavam-lhe o tempo e a canseira, gastos e sofridos para ir do seu tugúrio aos arrabaldes distantes como Carambita, Benfica, Aparecida. Teve, então, uma idéia para acelerar as viagens, que não pôs em prática, mas que ousou expôr. Seu invento era “um grande mastro espetado no largo da Catedral. No seu tôpo, extensa corda elástica a que se amarrasse o interessado... Esticando-se a corda e soltando-a, ali da “Cova da Onça., o viajante iria, com o impulso, atingir o alto do Barroso, talvez o Carambita. Da mesma forma, do Benfica à Aparecida e vice-versa...” Malaquias morreu com o profeta.

                                                                                                                 

Dos tipos curiosos que existiam em Valença, destacava-se, antigamente, o Manoel “Cotó”, preto de compleição robusta e velho escravo do dr. Vieira dos Santos. Vítima de um acidente, tinha ambas as pernas decepadas, e, na base das coxas, adaptava-se-lhe uma grossa sola para que o permitisse a andar sem moletas. Bebia inveteradamente e, quando se achava alcoolizado, tornava-se valente e respeitado. Era um exímio rachador de lenha.

 

Já quase na República muitos foram os tipos populares de Valença, de merecido destaque pela sua cultura e pela sua popularidade. Entre eles, destacava-se o Nunes (João Rodrigues Nunes), português chegado mocinho ao Brasil, educado por um tio que, no Rio, prosperava no comércio, não se ajeitando nesta atividade, como queria o parente, e bastante entendido em biblioteconomia, veio para Valença, isto lá por 1886, trazido pelo Cel. João Rufino, a cujas expensas prestou os seus serviços profissionais na biblioteca municipal, dando-lhe nova organização, e, ainda, em 1895, quando colaborou com o dr. Dario de Mendonça, jornalista e político local, na feitura de um catálogo para a dita biblioteca. O Nunes, já então valenciano até a medula, não saiu mais de Valença. Aí se casou e aí ficou para sempre, falecendo em 1914.

 

Homem de muita leitura e de espírito, sempre alegre apesar da pobreza contra a qual sempre lutou, perdida a amizade do tio; rigorosamente honesto, tanto que, na impossibilidade de viver pela profissão, não tinha dúvidas em ganhar a vida em qualquer ramo, como criador de galinhas, horticultor, consertador de chapéus de chuva e sol, e até barbeiro, sempre fracassado — foi, ao seu tempo, em Valença, um dos seus mais inveterados boêmios. Vivia nas “rodinhas” dos artistas e letrados, a bebericar, a fazer pilhérias e trocadilhos, em que era inesgotável e, às vezes, terrível.

 

“Certa noite de luar, — conta-se — horas mortas, vindo das bandas da rua da Misericórdia (atual Cel. Leite Pinto), um vulto entra pelo bêco do Conde (atual Conde de Valença). A uns cem metros da rua S. José (hoje Nilo Peçanha) ouve-se, na esquina, junto a um antigo chafariz, um vozerio exaltado. Para. Pensa em retroceder. Mas, a volta seria tão longa. Domina o medo, e vai-se chegando, colado ao muro. E compreende o que se passa: dois boêmios, com um caixão vazio. Um trepa nêle e faz um discurso inflamado, de propaganda socialista, o outro aplaude, com palmas e vivas. E depois partem para a outra esquina, na subida da antiga ladeira do Rosário (atual r. Dr. Bernardo Viana). A mesma cena, revezado o orador. A seguir, na esquina da rua dos Mineiros e, por fim, na esquina desta com o Jardim de Cima, quando os dois curiosos “meetingueiros” percebem o vulto que os acompanha, fartando-se de rir. Dão-lhe uma corrida e acaba a patuscada, aos primeiros clarões do dia. Quem eram os dois oradores? O Nunes e o Pechincha -— outro tipo popular, para quem as moças de Valença eram lindas mariposas...

 

E o vulto que os acompanhou? — Nada mais nada menos que o filho mais velho do Nunes barbeiro (o Arnaldo)...”

 

O popularíssimo Manoel Casaquinha, cujo nome era Manoel Joaquim da Silva, também conhecido pelas alcunhas Dente de Cão ou Tiradentes, em virtude da dentuça cavalar que possuia, com a saliência de um grande canino, que saltava através do seu bigode ralo — era, sem dúvida, um excelente tipo das ruas.

 

Portador mesmo de alguma distinção, Manoel Casaquinha — o guarda-livros da cidade — era já um homem maduro. Era uma figura simpática, segundo Arnaldo Nunes. Era um tipo popular de linha, e segundo Chico Thiago, — percebia-se-lhe alguma cultura. Seus discursos que faziam rir, por seus disparates, não possuiam lógica, mas possuiam gramática. O seu cognome de Manoel Casaquinha vinha por causa do uso permanente do fraque prêto, além das calças brancas, trazendo à lapela o infalível cravo vermelho. Nas suas tiradas demostênicas, suas arengas começavam sempre com o chavão: “Povo iludido!“ E os circunstantes desmandibulavam-se em homéricas e retumbantes gargalhadas, chamando-o de Silva Jardim !...

 

E’ desse mesmo tempo, e ainda está na memória de alguns valencianos, a figura um tanto grotesta do barbeiro Gerôncio, profissional antigo que servia à elite da época. Valença adorava o Gerôncio por suas arengas cheias de batatas e os empolados discursos satíricos que atirava sempre nas reuniões do antigo “Club Recreativo”...

 

Bernardo Casemiro — tipo de valentão temido, caboclo forte e espadaúdo. Quando se embriagava tornava-se uma fera. Era o maior desordeiro da época. Para ser conduzido preso era preciso amarrá-lo. Para ver-se livre dele, a polícia soltava-o na Praça da República, no Rio; mas, com espanto geral dos valencianos, ei-lo, novamente, de volta, estremecendo as ruas da cidade pacata... Fazia a pé o percurso do Rio a Valença. Sua morte se verificou em condições trágicas: embriagado, destinava-se, numa noite chuvosa, à sua casa, na Serra Velha. Caindo numa valeta cheia dágua, teve morte instantânea. Dada a escuridão do local, não foi possível descobrí-lo logo e, embora já morto, foi o pobre Bernardo Casemiro estraçalhado pelos cães famintos, que lhe rasgaram as carnes, pondo à vista as suas vísceras.

“Dos italianos pitorescos — escreve Francisco Thiago — havia um João Bangú, sóbrio e corcunda, não saía do seu reduto, no antigo bêco do Conde; um Carmo do Lixo, frequentador assíduo da vendinha do Vicente Camerano e que possuía uns casebres que alugava por 3$000 mensais a uns crioulos e crioulas de poucas posses e pouca vergonha; sempre embriagado, perambulava pelas ruas de Valença, divertindo a garotada; um Luiz Bonito e um Chico Pequeno, excêntricas figuras que nenhum mal faziam à gente.”

 

“Dos portuguêses, havia um Zé da Chácara, no bairro de Santa Cruz; um João da Terra, morador da antiga rua da Palha (Aparecida) e um Manoel “Canteiro”, morador em Esteves e fundador da capelinha de Santa Cruz, à margem da linha férrea.”

 

“Da Serra do Mascate — escreve F. Thiago — vinha, de longe em longe, o Manoel “Filósofo”, velho de alguma cultura, falastrão, que atraía curiosos em torno, na antiga venda do Sampaío, quando filosofava.

 

“A Condessa de Monte Cristo” ou Jacinta do “Ouro” — era uma pobre velhinha roceira, das imediações de Chacrinha ou de Esteves, que aparecia na cidade, nos primeiros tempos, de longe em longe, ainda acompanhada do marido. Eram os velhos João da Silva e Jacinta da Silva. Eram chamados João “Capador” e Jacinta “Capadeira”, porque ele se ocupava em castrar animais. Depois que o velho morreu, a velhinha desarvorou de vez. Veio para a antiga rua da Palha, a favela valenciana, com uma filha viúva, mulher de rara beleza — a Mariana — que tinha um casal de filhos. Verdadeira odisséia a vida dessas duas mulheres e dessas crianças. Jacinta, caduca, trazia sempre uma garrafa branca, cheia de areia amarela que dizia ser ouro das minas de sua propriedade e se dizia esposa do Conde de Monte Cristo, a quem esperava, com a mesma confiança com que alguns portuguêses esperam a volta do rei dom Sebastião. Jacinta do “Ouro” era inofensiva e bem educada. Apesar de sua caduquice, tinha pasmosa agudeza, e, aos remoques e achincalhes, respondia sempre com palavras sentenciosas e bem aplicadas. Certa vez, o tabelião Augusto Cansado lhe dissera uma pilhéria e Jacinta atirou-lhe êste epigrama:

 

                                                 “Se o mar fosse tinteiro,

                                                   E um peixinho escrivão,

                                                   Escreveria o ano inteiro

                                                   As vilanias de um tabelião !“

 

Deixou nome, entre os tipos populares de Valença, Luiz de Almeida Ribeiro, pai de Armando de Almeida Ribeiro, (este um dos fundadores do “Clube dos Democráticos de Valença”), também conhecido pela alcunha Luiz sem Chapéu, porque jamais usou aquele adorno comum, que só agora vai sendo abolido... O Luiz, ao contrário de todo o mundo, já expunha, sem quaisquer artifícios, a sua vasta cabeleira. Dizia ele que não usava chapéu porque havia nascido com a cabeça descoberta. E assim queria morrer... Naquele tempo era um escândalo andar-se sem chapéu !...

 

Outro que também teve as simpatias das ruas, para contrapesar com o Luiz sem Chapéu, era o Zé do Saco — caixeiro de padaria e filósofo. Não tirava da cabeça o chapéu, nem mesmo para dormir — aquele chapéu de feltro, preto, cheio de crostas de massa de pão, de teia de aranha e de farinha de trigo...

   

                                                                                            O "Moleque" Benjamin 

Notável foi o Moleque Benjamin. Um crioulo que media 1m,75, mais ou menos, pernóstico, seresteiro, cabra bom nas “rasteiras” quando estava alcoolizado. Era valentão o preto Benjamin, mas tinha um bom coração. Destacava-se pelas suas toadas alegres...

 

                                                      “Moleque vagabundo      

                                                        Não me trepa no cangote...”

 

e, para as pessoas de destaque que por ele passassem, tinha sempre uma quadrinha mal rimada. De camiseta branca ou listrada, boné ao alto da cabeça, jogando o corpo à moda “capoeira”, o Moleque Benjamin, sempre bêbedo, vivia nas ruas, atirado, às vezes, nas sargetas onde, por gosto, resistia às intemperies...  

Um dia. tôda a cidade lamentou a sua morte. Fôra ele encontrado morto, numa sargeta...

 

Pequetito Maluco

 

Outra figura popular, já em nossos dias, foi o Pequetito-Maluco. Excêntrico em seus trejeitos e macaquices que fazia sempre a troco de uns “cobres” ou de alguma roupa. Com a sua sanfona, sem saber tocar e cantar, corria as ruas da cidade, demorando-se nos arrabaldes. Não bebia e não xingava nomes feios...

Ao saber que havia falecido alguém, na cidade ou redondezas, corria, imediatamente, à residência do defunto e lá, impreterivelmente, ficava ele fazendo quarto, dia e noite, na esperança de, após o enterro, conseguir um paletó, uma calça ou um par de sapatos do falecido.

 

O Pequetito Maluco era sempre o “primeiro a dar as últimas”... principalmente com referência ao necrológio da cidade, pois isto era o que lhe interessava...

                                                                                      

Era visto, de vez em quando, na Praça Tiradentes, no Rio, tocando sua sanfona, e, de lá, muitas vezes, vinha a pé, para Valença, com o seu saco de roupas e a sua inseparável sanfona...

Um dia... a sua sanfona parou de tocar... para sempre...

 

VALENÇA - CIDADE DE VERANEIO<

Realmente, o seu privilegiado clima torna a cidade de Marquês de Valença um dos recantos mais pitorescos do Estado do Rio. Desfrutando singularíssima situação de salubridade, a cidade oferece àqueles que a visitam o excelente ensejo para o ambicionado repouso físico e mental. Segundo observação de uma comissão de cientistas que, há mais de dez anos, vinha realizando estudos climáticos em diversas regiões do país — Marquês de Valença está classificada em 26o lugar entre os bons climas do Brasil.

 

Sua natureza festiva é sempre um espetáculo que se encena aos olhos dos que procuram a cidade. Visitando-a, anualmente, centenas de veranistas experimentam, no convívio da sociedade local, a simpatia irresistível do acolhimento tradicional de sua gente ordeira e pacata, generosa e fidalga.

Marquês de Valença, de excelente situação climática e muito próxima do Rio, está fadada a ser um magnífico centro de turismo. Quatro horas e trinta minutos dista da capital Federal e dispõe de vários trens diários, tanto pela bitola larga, como pela estreita, da Central do Brasil. Não lhe faltam as iniciativas particulares, tanto no terreno social como no econômico. Mas, escondida por detrás da serra do Mascate, do outro lado do Paraíba, é esquecida dos governos e, oficialmente, pouco tem ela recebido benefícios compensadores. Não obstante, vai a cidade, à custa do seu próprio esfôrço, firmando e confirmando, dia a dia, a fama de sua condição de cidade de veraneio e de estação de repouso, no prestígio que lhe dão, espontâneamente, os veranistas, fugitivos da canícula carioca e das atividades atordoantes da metrópole fatigante. Os que bendizem o silêncio saudável e a temperatura amena de suas noites, após o sol salutar dos dias quentes, no verão mais rigoroso, lamentam, por outro lado, a falta de atrativos e a insuficlencia rodoviária... Não lhe faltariam, de certo, as iniciativas de maior arrôjo, como vem realizando e projetando o engenheiro-arquiteto Luiz Gioseffi Jannuzzi, que está introduzindo, em Marquês de Valença, o gosto pelas construções modernas, dentro de um espírito urbanístico providencial e convidativo.

                                   Fachada do Hotel Valenciano, à praça Dr. Paulo de Frontin

 

O interêsse de muitos que vão à cidade de Marquês de Valença, periodicamente, não se restringe à simples temporada de veraneio: manifesta-se na aqusição mesmo de moradias, de lotes e sítios nas imediações da zona urbana, onde o veranista passa a ser o habitante integrado da terra valenciana.

 

O Hotel Valenciano é dos preferidos dos veranistas e viajantes. Orgulho dos valencianos, a sua apresentação arquitetônica o faz um dos edifícios mais belos no Estado do Rio.

 

Inaugurado em 8 de dezembro de 1919, acha-se esse hotel instalado em elegante e soberba construção, de estilo campestre suíço, bastante confortável, a enfeitar a praça Dr. Paulo de Frontin, em frente à estação da Central do Brasil. E’ uma das maiores iniciativas do construtor comendador Antônio Jannuzzi que o construiu e explorou, a princípio, sob a gerência de Ângelo Aléssio.

 

Possui grandes salões de visita, de jantar, de leitura e de bilhares; excelente bar, toilette para senhoras, barbearia, terraço, rinque para patinação, etc. Dispõe de 57 quartos e de três espaçosos apartamentos, todos servidos de água corrente.

 

 Hotel de Férias da E. F. Central do Brasil

 

Em 28 de julho de 1944, a cidade de Marquês de Valença foi dotada de mais um hotel — o Hotel de Férias, da E. F. Central do Brasil, destinado a receber os ferroviários pertencentes a essa estrada, os quais terão, assim, a oportunidade de um regime de repouso necessário ao revigoramento de suas energias.

 

À sua inauguração estiveram presentes o sr. Astolfo Serra, jornalista e diretor do Departamento de Turismo e Publicidade da E.F.C.B., representando o então diretor da estrada, cel. Alencastro Guimarães, vários engenheiros, revmo. D. Rodolfo Pena, bispo diocesano, e inúmeros representantes da sociedade local. Antes da inauguração do hotel, fêz-se a inauguração do retrato do presidente da República — Getúlio Vargas.

 

Há, também, na cidade, o Palace Hotel Vista Alegre, de Jacy Cezar Pentagna, que, na época de verão e de festas tradicionais, satisfaz, plenamente, a hospedagem dos forasteiros.

 

Fachada do Hotel Gloria

 

No edifício “Ana Tabet”, sito à rua Saldanha Marinho, esquina de Nilo Peçanha, ergue-se o imponente prédio de 6 andares, onde, em 15 de agôsto de 1950, presentes autoridades e pessoas gradas da sociedade local, foi inaugurado o novo “Hotel Glória”, de propriedade de Raif  S. Tabet, o qual, servido por elevador, ocupa dois pavimentos.

 

Ao champagne, após a bênção do edifício pelo revmo. bispo D. Rodolfo Pena, usaram da palavra vários oradores, destacando-se o engenheiro Roberto Tábet, ao entregar o hotel à cidade, e o sr. Raimundo Fernandes, representante da Associação Comercial de Valença. Dispõe o “Hotel Glória” de espaçosos apartamentos e quartos, todos com rigorosa instalação higiênica, e de serviço de restaurante e bar.

 

As simples pensões da cidade resolvem, em parte, o problema das refeições domésticas, além da hospedagem comum.  

VISITANTES ILUSTRES

Entre os ilustres homens de letras que têm ultimamente visitado a cidade de Marquês de Valença, jornalistas e acadêmicos, que, pela imprensa carioca, nos dão suas impressões, sobressaem os nomes do saudoso escritor Gastão Penalva e do jornalista Múcio Leão, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras.

Vejamos como se refere à cidade, Gastão Penalva, no seu artigo “Nossa Senhora de Valença”, publicado no “Jornal do Brasil”, de 20 de março de 1937:

 

— “Havia qualquer coisa que me chamava para lá. Havia muita coisa. Laços sagrados de família, talvez. Talvez essa saudade que vive dentro em mim de terras desconhecidas, de casas onde nunca vivi, de velhas gentes que jamais encontrei.

 

Meu avô materno, por espaço da guerra do Paraguai, fora juiz municipal daquele ingênuo termo fluminense. Aí, por longos anos, mourejou, sob a efígie de Tenis e a vara do Visconde do Rio Preto. Não longe da cidade, a fazenda da Vista Alegre, que o destino transformou em fábrica de queijos, propriedade de um dinamarquês ultra-simpático. Corri com emoção àquela casa centenária do velho Sousa Barros, que se aparenta com os meus. Vista Alegre foi dos mais pródigos nababos do Império. Tinha estadão na fazenda. Para ela atraía os amigos em veraneios memoráveis. Tinha um palácio na rua do Conde, hoje o Hospital Hahnemanniano. Ironia da sorte, onde em mais alta dose se gastou, agora formam-se homeopatas. Lembro-me do parque imenso, que o tempo desfigurou. Do edifício severo, de linhas suntuosas, com amplas salas onde se realizaram das melhores festanças do tempo, rivais das noitadas esplêndidas dos de Abrantes e da Bela Vista. Fortuna sólida, de vastos latifúndios, de cafezais pletóricos, de ubérrimas pastagens, que logo se escoou pelas pernas ágeis, enganosas dos cavalos de corridas. Ficou dela uma tradição marcante, um prestígio de nome que tão cedo não se apagará.

 

Ora, apanhei-me comovídíssimo naqueles aposentos onde minha avó, a esposa do juiz municipal, passava horas, as mais felizes da sua vida, a costurar todo o enxoval do seu primeiro neto. Uma avozinha de cabelos pretos a fiar, como as fadas legendárias, na talagarça do seu bem-querer.

 

Via-a eu por ali, muito atenta, naqueles cadeirões de braços, dando à agulha para cobrir-me das roupas mais gentis que em toda a vida vesti. Depois, a juntar tudo numa arquinha de cedro com fechos de prata velha, e a enviar para a filha, no dia do seu natalício, numa semana antes de eu nascer.

Essa arca era muito da sua estimação. Nela guardava as suas jóias, os seus lencinhos de valencianas, os graves documentos de família, as lembranças da sua mocidade. Nunca, um só dia, minha avó se separou dela. Se ia passar tempos em outras casas, em fazendas vizinhas, levava a arca consigo, sobre os joelhos, como uma relíquia, aos trancos das traquinatas e liteiras, pelos longos caminhos da serra. Certa noite, em Valença, houve fogo numa loja fronteira. Minha avó alarmou­se. Gritou para o escravo de confiança:

 

— Oscar, depressa! Bota a arquinha na cabeça, vamos ver o incêndio.

 

Todo esse mundo de recordações me vinha à mente, no ensombrado jardim da catedral, onde existe uma árvore que chora. Chora mesmo. Em certas épocas do ano. Em outras, passa indiferente, ou, como nós, pensando e acumulando lágrimas futuras. Um vigário materialista já quis matar a lenda, atribuindo o pranto da pobre árvore às garras de um inseto, sequioso de seiva. Mentira. A árvore chora. Derrama-se em torrentes melancólicas, que vão a ponto de inundar o chão. Porque, ninguém sabe. Nem ninguém tem o direito de saber. Se não fôsse verdade, se as árvores não chorassem, Afonso Arinos não teria escrito a sua melhor página. Pois, choram!

 

Aqueles sobrados... Que maravilha arquitetônica o solar do fidalgo Rio Preto! Grande, espaçoso, com uma chácara a perder de vista, o brazão d’armas sôbre o tímpano imponente à moda de Grandjean de Montigny. Negociado ao dealbar da República, pela quantia de sete contos, hoje é prosaicamente a pensão da Carola.

 

A dois passos, o teatro Glória. Construido em 1864. Passou por ele gente de importância. A Candiani cantou. Gema Cuniberti, com oito anos de idade, representou com tal sucesso que, ao final do espetáculo, Leocádía de Barros, filha de Vista Alegre, subiu ao palco e ofertou-lhe um anel de brilhantes. E numa noite de gala inesquecível, o grande Gottschalk, que andava nos arredores como hóspede do Visconde de Pimentel, deu um concerto famoso, tocou para o êxtase da platéia o seu Trémulo, o seu Hino Nacional, por entre aclamações e aplausos delirantes daquelas baronesas e condessas (a Vista Alegre, a Rio Preto, a Ipiabas, a Baependi), que, ao mesmo tempo garridas e mundanas, humilhavam-se genuflexas ao serviço cristão de áias de Nossa Senhora.

 

Na Câmara Municipal (logo à entrada, que horrenda figura da República!) vou deparar uma biblioteca de mais de cinco mil volumes. O que lia a boa gente de antanho! Que sossêgo fecundo naqueles doces serões, fim de Império! Tudo esvurmado e anotado. Garret, Bocage, Alvarenga, Cláudio, Gonzaga. O douto Michelet. As saborosas Cartas chilenas, de suspeita autoria antes que o Caio de Melo Franco a atribuísse ao árcade Glauceste Satúrnio, o “suicida” da Conjuração.

 

E mais: o Panorama, o Arquivo Pitoresco, a Ilustração Francesa, os Anais do Parlamento. E uma coleção completa da Revista dos Dois Mundos, que pertenceu a Guisot, arrematada num leilão em Paris e oferecida à Municipalidade pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dr. Carlos de Oliveira Figueiredo.

 

Foi sempre a imprensa, exceção do presente, cultuada em Valença com todo o fogo sagrado. Desde 1832. Desta data, O Valenciano, que mantinha na Corte, como representante, o luxo de um Evaristo da Veiga. E o Sentinela Valenciano. E o Merrimac e o Alagoas, para comemorar dois navios que operaram bravuras na campanha contra Lopez. E o Regenerador. Outro Valenciano, com Lúcio Mendonça. Em 89, a cem anos da Revolução Francesa, O Amigo do Povo, recordando o libelo de Marat. Nesse viveram dias gloriosos as penas de Lúcio, Saldanha Marinho, João Cláudio Larivoir. Na República, O Primeiro de Maio, A Atualidade o Santo Oficio, com o lema definitivo “Prefiro a liberdade tempestuosa à plácida escravidão”. E o Colibri, onde adejavam plumas femininas. E muitíssimos outros;

 

Mais tarde, surgiram as louváveis tentativas de um jornalismo abnegado, legítimo valenciano, defensor impávido dos pergaminhos da cidade augusta: José Leoni Iório. Fundou e dirigia vários periódicos, de lisonjeira aceitação: Valença, de grande formato, impresso nas oficinas do País, o Jornal de Valença, órgão do partido republicano, o Correio de Valença, órgão municipal. Organizou o Boletim da Irmandade da Glória, histórico da catedral secular. Escritor teatral, compôs uma revista de costumes que logrou êxito no teatro local. Diplomado em farmácia, ajunta aos seus lauréis mais um que a todos sobrepuja: foi estudante em Ouro Preto.

 

Esse amigo, que me acompanha no giro quotidiano por todo o canto do nobre feudo da Virgem, vai-me relatando casos, episódios remotos, as origens da povoação valenciana a contar das aldeias indígenas dos purus, dos coroados e dos araris. Mil e quatrocentos índios que a lança lusitana dispersou por ordem de Luis de Vasconcelos, dando-se à terra nascente o nome de Valença, por ser esse o da casa solarenga da estirpe do vice-rei. Cita-me o primeiro livro de batizados, do arquivo da matriz, de 1809, pelo qual se deram nomes compreensíveis a quarenta e dois silvícolas, a começar pelo sanhudo Tanguara, que ficou se chamando Hipólito. Fala-me da imigração mineira para aquelas bandas, por uma estrada que hoje é a rua Saldanha Marinho, não só padrinho dessa via pública como do sino da catedral, que, como ele, se apelida Joaquim. Conduz-me após pelos bairros pobres, onde, de raro, se montoam as frondes de um pomar abastado. E os fico conhecendo a todos, tão aprazíveis, e pitorescos: Carambita, Santa Cruz, Aparecida, Monte d’Ouro, Laranjeiras, com o seu casario singelo, os seus lares de taipa agarrados às barrancas, rondas e molecotes que improvisam um “chula” pela paga de um “picolé” de tostão. Em seguida, o arrabalde operário. São três fábricas, que apitam para o labor diário de dois mil e quinhentos lidadores. Afora os laticínios da Vista Alegre, orientados pelos moldes sadios das indústrias da Europa setentrional.

 

Difunde-se a instrução pública de exuberantes sementeiras. A Escola Normal. O Ginásio. O Grupo Escolar. Além das escolazinhas primárias do ótimo padre Luna, no seu ditoso pastoreio, com casas à sua custa, professora à sua custa, livros à sua custa.

 

Fim de tarde, vamos à Santa Casa. E’ um ninho de blandícias, um prado ameno de bálsamos aos que sofrem as dores do mundo. Grandes salões, compridos corredores. Por eles vêm vindo a nós, passinho curto, rosto contente a aflorar um sorriso, a freirinha de serviço. Sempre alegre, segue-nos por entre os leitos dos enfermos, em toda a parte onde se evidencia um rigoroso apuro de higiene, uma limpeza excessiva, uma extrema disciplina. As órfãs levantam-se, de súbito. Todas sorriem, dentro de profundo respeito. Há um ar de satisfação, tranquilidade e fartura. O dormitórío semelha, pela brancura das camas, um pombal prestes a erguer o vôo. Tenho receio de espantá-las. Paira no espaço qualquer coisa de asa, alva, sutil, espalmada e benéfica, protegendo tudo, que é a própria Caridade. E a irmã, de jeito tímido, a pedir desculpas daquele atropêlo, daquela desarrumação...

 

A certo ponto o provedor Leoni, tio do meu amigo, um devotado à vida santa do instituto, roga-me uma inscrição no livro de visitas. Folheio o livro. E outros livros. Num deles, o da seção financeira, descubro a letra da Redentora numa dádiva de quinhentos mil réis. E outra dos imperantes. Da Condessa de Barral e Pedra Branca. De pessoas aristocráticas, que passavam a existência a correr os hospitais, a mitigar a desgraça alheia.

 

Mas, que irei escrever? Olho o alto da parede: “Jesus está nesta casa”. Se está! De fato, parece-me vislumbrar a figura d’Ele, a caminhar pelas saIas, a divagar pelas enfermarias, afagando a cabeça dos doentes, amimando as crianças, sorrindo para os velhos, murmurando as mesmas coisas bíblicas que um dia disse a Lázaro, com as mãos repletas de bênçãos, pagando os juros de quem empresta a Deus.

                                              

Eu costumo plasmar, na moldura ancestral das cidades antigas, para cada cenário, um vulto de mulher. Não se enquadra melhor, tempos afora, tanta beleza d’alma e tanta nobreza de sentimento. Assim, Marília de Dirceu na pelúcia verde­negro de Vila Rica. Musa de um século, noiva da Inconfidência. Assim, Bárbara Heliodora, na paisagem macia de S. João del-Rei, sob a égide heróica de paulistas e emboabas, quebrando lanças pelo Santo Graal da nacionalidade. Assim, sóror Joana Angélica, braços em cruz — cruz de honra e de sangue — no pórtico ultrajado de um convento baiano. Assim...

 

Mas, em Valença, uma resume todo o meu espírito e acasala toda a minha ternura. Ali nasceu. Ali cresceu. Brincou debaixo das mesmas copas sombrias que ainda puderam me agasalhar. Viu aquelas montanhas morgadias que eu avistei na cinza dos crepúsculos. E um dia se partiu, mandando-me voltar, com braçadas de lírios e de afetos, como o seu mais querido mensageiro: — minha mãe”.

 

E, ainda, no “Jornal do Brasil”, de outubro de 1934, Múcio Leão nos oferece as seguintes linhas, a respeito de Marquês de Valença:

 

— “Meus amigos, se vocês quiserem vêr alguma coisa realmente bela e nobre, tomem um trem, façam uma viagem à Valença. Ali estive, há pouco, e tenho ainda a minha alma sob o encantamento de urna coisa que ali vi. E essa coisa é uma árvore.

 

Sim, meus amigos, é uma simples árvore. Mas que árvore! Uma árvore prodigiosa, bela como uma mulher que seja bela.

 

E’ uma árvore que poderíamos dizer carinhosa. Não pretendo descrevê-la, porque não se descreve o impossível. Sempre lhes direi que ela é alta e fina. Está em flor, todinha em flor.

 

E tem êsse dom miraculoso: o dom de chorar!

 

E chora e chora sempre. O lugar em que eIa vive está sempre coberto de suas lindas flores vermelhas e de suas lágrimas, que mais parecem lágrimas humanas.

 

Não sei se vocês conhecem Valença. E’ uma cidadezinha, doce e meiga, com um parque mal tratado e cheio de árvores acolhedoras, uma igreja pacifica, em cima de um morrinho. Nessa igreja, um padre eloquente faz sermões edificantes, e tem a ótima idéia de evocar, de vez em quando, aos fiéis compungidos e cheios de terror, as carnes podres de Job.

 

Sim: tudo em Valença é simpático e suave, até o trenzinho de bitola estreita que sobe ancioso à serra, e que vai tão devagar (doce brinquedo de criança!) que a gente, se se puser a correr ao lado dele, chega primeiro lá em cima...

 

Mas não há mais nada em Valença que valha a árvore de que falo. Ela é digna de ser amada pelos poetas e pelos namorados. O meu amigo Gagarin, que tem pintado algumas das plantas mais bonitas do Brasil, deveria fazer um quadro com essa árvore magnífica. Alberto de Oliveira, que tem amado tão profundamente a nossa natureza, deveria imortalizá-la em alguma de suas estrofes fascinantes.

 

Sim. Aquela árvore é digna da canção dos poetas e da paleta dos artistas. De mim, eu lhes confesso que, ao vê-la, saí à procura de toda a gente de Valença. A todos perguntei o nome da árvore esplêndida. Ninguém o sabia ! Cheguei a tomar um automóvel e ir à casa de um cavalheiro que me indicaram como tendo sido o que plantara a árvore. Não tive a sorte de encontrá-lo. Na casa desse cavalheiro ninguém sabia o nome da árvore!

 

Parece que os habitantes de Valença não amam, com o amor que para ela deveriam ter, aquela planta opulenta e gloriosa. E entretanto ela era digna de inspirar um afeto feiticista aos habitantes da cidade.

 

Ah! se estivéssemos ainda numa idade de paganismo, não tenham dúvida: aquela árvore de Valença seria divinizada!

 

Meus amigos, tomem o meu conselho: Vão passar um domingo em Valença. A viagem não é muito cômoda, talvez; mas a árvore que vocês vão ver é um milagre. Ela compensará todos os incômodos e derramará na alma de cada um de vocês uma alegria incomparável”.

     EMENTÁRIO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS DE VALENÇA

                        (De acordo com a planta aprovada pelo ex-prefeito Benjamin Ielpo, em 15 de agosto de 1950)

PRAÇAS

N. PRAÇA SITUAÇÃO HISTÓRICO
1 D. PEDRO II  Entre as ruas  Visconde de Ipiabas, Comdor. Araújo Leite, Vito Pentagna, Cel. Leite Pinto e Conde de Valença. Circunda o parque D. Pedro II (antigo Jardim de Baixo) Homenagem à S.M. Imperial quando de visita à Vila de Valença. Antiga praça do Comércio , mais tarde Municipal, e depois XV de Novembro.
2 VISCONDE DE RIO PRETO Entre as ruas Saldanha Marinho, Oliveira Figueiredo, Cel. João Rufino, Silveira Vargas e Bernardo Viana. A parte ajardinada é o antigo Jardim de Cima. O Visconde de Rio Preto foi o remodelador das ruas de Valença. Antiga Praça da Câmara, mas tarde, praça Barão do Rio Preto.
3 DR. PAULO DE FONTIN Entre as ruas Oliveira Figueiredo, Mário Castilho e a estação da E.F.C.B. Homenagem ao Eng. Paulo de Frontin que encampou à Central do Brasil, a antiga E.F. União Valenciana.
4 BALBINA FONSECA   Entre as Cel. Leite Pinto, barão do Rio das Flores e D. André Arcoverde. Balbina Mourão da Fonseca, a grande protetora da criança valenciana. Antiga praça da Misericórdia – depois Marechal Deodoro, e mais tarde Cap. Jorge Soares.
5 BANDEIRA (DA)   Entre as ruas Saldanha Marinho, Quintino Bocaiúva, Dr. Ernesto Cunha, Domingos Mariano e Praça D. Pedro II. Homenagem à Bandeira Nacional. Antigo Jardim da Glória.
6 CONDE DE BAEPENDI Entre as ruas Domingos Mariano e Silva Jardim e um lado da fábrica de tecidos “Progresso”. fundador da Santa Casa de Misericórdia. Era a antiga praça das Execuções, mais tarde Praça da Alegria. A antiga praça das Execuções compreendia toda a área da atual Conde de Baependi (inclusive a Fábrica Progresso) e mais a grande área que vinha até às imediações da antiga capela dos índios (hoje Catedral)
7 PADRE LUIZ ALVES  Entre as ruas 27 de Novembro e Francisco Medeiros. Homenagem ao antigo vigário da paróquia – modelo de virtudes e valenciano respeitável.
8 EXPEDICIONÁRIOS (DOS)   Entre as ruas 17 de Outubro, Teodorico Fonseca, 15 de Agosto e Expedicionário Arlindo dos Santos. Homenagem à Força Expedicionária Brasileira.

       RUAS

N. RUA SITUAÇÃO HISTÓRICO
1 SALDANHA MARINHO Começa na praça Visconde de Rio Preto e termina na junção da rua Quintino Bocaiúva com a praça da Bandeira.

Joaquim Saldanha Marinho, ardoroso tribuno e grande amigo de Valença. Antiga rua dos Mineiros e, mais tarde, em 1865, passou a denominar-se rua Uruguaiana. Rua dos Mineiros é ainda a denominação que o povo consagra por tradição.

2  NILO PEÇANHA   Começa na rua Comendador Araújo Leite e termina na caixa d’água da Aparecida. Dr. Nilo Peçanha, quando presidente do Estado do Rio, ao visitar Valença, cognominou-a de “Princesa do Estado”. Antiga rua São José.
3 OLIVEIRA FIGUEIREDO Começa na praça Visconde do Rio Preto e termina na rua da Aparecida. Dr. Carlos A. De Oliveira Figueiredo – considerado cidadão valenciano por suas benemerências, por ocasião da febre amarela em Valença, cuja política chefiava então, sempre ao lado do povo. Antiga rua da Princesa.
4 SILVA JARDIM Começa na rua Nilo Peçanha e termina no No. 426, depois da junção das ruas Comendador José Fonseca e Júlio Xavier. Dr. Silva Jardim esteve em Valença, em propaganda da República. Antiga rua Formosa.
5 CORONEL BENJAMIN GUIMARÃES Começa na rua Nilo Peçanha e termina na junção da rua Coronel Cardoso com a linha férrea.   Cel. Benjamin Guimarães, um dos pioneiros da indústria textil em Valença. Antiga Sâo Leopoldo, mais tarde Ana Januzzi.  
6 JOÃO  PEREIRA Começa na rua Nilo Peçanha e termina na rua Oliveira Figueiredo.   Homenagem ao chefe político de Valença. Antiga rua S. Januário.  
7  MÁRIO CASTILHO    Começa na rua Nilo Peçanha e termina na praça Paulo de Frontin.   Dr. Mário Castilho do E. Santo — engenheiro da E.F.C. B., tomou parte ativa na comissão de construção das atuais torres da Catedral de Valença.  
8 Nossa Senhora da GLÓRIA   Começa na rua Nilo Peçanha e termina na rua Oliveira Figueiredo.   Homenagem da Santa Padroeira da cidade de Valença.  
9 27 De Novembro Começa na rua Nilo Peçanha e termina na rua Tanguara.   Denominação em homenagem à data (1872) da elevação do termo de Valença à cabeça de Comarca. Antiga Rua Santa Cruz.    
10 Expedicionário Arlindo dos Santos   Começa na rua Nilo Peçanha e termina na rua Tanguara.   Homenagem ao valenciano que morreu, na Itália,  na última grande guerra.  
11 VISCONDE DE IPIABAS    Começa na praça D. Pedro II e termina na rua Nilo Peçanha.   Um dos grandes benfeitores da Santa Casa de Valença. Antiga rua Conde de Valença.  
12 COMENDADOR ARAÚJO LEITE  Começa na praça D. Pedro II e termina na rua do Barroso.   Nome de projeção na formação da cidade de Valença. Antiga rua Nova.  
13  VITO PENTAGNA Começa na praça D. Pedro II e termina na bifurcação da rodovia rio das Flores.   Um dos fundadores da indústria textil em Valença. Denominações antigas: rua do Benfica, rua do imperador e rua 13 de Maio.  
14 D. ANDRÉ ARCOVERDE   Começa na praça Balbina Fonseca e termina na rua Domingos Mariano.   D. André Arcoverde, 1o Bispo e pioneiro do ensino secundário e normal em Valença. Antiga rua da Glória. Depois, Voluntários da Pátria.  
15 CONDE DE VALENÇA Começa na praça D. Pedro II e termina na rua Rodrigues da Cruz.   Titular do Império, depois Marquês de Valença — um dos pioneiros da economia cafeeira do município.  
16 DOMINGOS MARIANO Começa na praça da Bandeira (caixa d’água) e termina na rua Comendador José Fonseca.   Secretário do governo fluminense que patrocinou a construção do edifício do antigo grupo escolar Casimiro de Abreu. Antiga rua da Polícia, depois General Deodoro.  
17 COMENDADOR JOSÉ FONSECA   Começa na rua Silva Jardim e termina no final da rua Domingos Mariano.   Fundador da indústria textil e pioneiro da assistência social em Valença. Antiga rua Vito Pentagna, depois 13 de Maio.  
18 DR. JÚLIO XAVIER   Começa no final da rua Silva Jardim e termina na antiga chácara de Juvenato Lima.   Médico a quem muito deve, a cidade, por ocasião da febre amarela. Antiga rua das Laranjeiras.
19 DR. ERNESTO CUNHA   Começa na praça da Bandeira (caixa d’água) e termina na rua Silva Jardim.   Médico da pobreza e chefe político em Valença. Antiga rua da Matriz.
20 QUINTINO BOCAIÚVA   Começa na praça da Bandeira (junto à rua Saldanha Marinho) e termina na rua Silva Jardim.   Nome na política nacional, ligado a tradicional família valenciana. Denomínaçôes antigas da rua: do Imperador e Benjamin Constant.  
21 CORONEL JOÃO RUFINO Começa na praça Visconde do Rio Preto e termina no começo da rua Dr. Humberto Pentagna.   Chefe político, de tradicional família valenciana, a quem se deve a construção dos jardins da cidade (de cima e de baixo).  
22 DR. HUMBERTO PENTAGNA   Começa no final da rua Cel. João Rufino e termina no início da antiga estrada da Passagem.   Médico humanitário e chefe político local. Denominações antigas da rua: da Passaqem e, depois Montedouro.
23 CORONEL CARDOSO Começa na rua Cel. João Rufino e termina na rua Cel. Benjamin Guimarães.   Manoel Joaquim Cardoso, espírito progressista e um dos maiores benfeitores da Diocese de Valença.  
24 CARNEIRO DE MENDONÇA   Começa no final da ladeira Barão de Jaguari e termina na rua Cel. João Rufino.   Antigo prefeito municipal que promoveu a conclusão das obras de abastecimento d’água da cidade de Valença.  
25 DR. OSVALDO TERRA Começa na rua Cel. João Rufino e termina na rua Cel. Benjamin Guimarães. Médico caridoso e político de prestígio.
26 DR. LUIZ PINTO Começa na av. Nilo Peçanha e termina na rua 27 de Novembro. Médico humanitário e fundador do Hospital Alzira Vargas. Atualmente, dirige a política do município de Valença.
27 BARROSO (do)   Começa no final da rua (ladeira) Visconde de Jaguari e termina na 2a travessia da linha férrea. Antiga rua do Carambita.
28 VINTE E NOVE DE SETEMBRO Começa depois da rua do Barroso e vai até à capela da rua Santo Antônio do Carambita. Nesta data, a vila de Valença era elevada à categoria de cidade. Antiga rua do Carambita.
29 DR. SOUZA NUNES Começa na rua Cel. João Rufino e termina na travessa Barão da Aliança. Chefe político em Valença, pertencente a tradiconal família valenciana. Antiga rua dos Bambus e mais tarde rua do Sabão.
30 COMENDADOR ANTÔNIO JANNUZZI Começa na rua Dr. Souza Nunes e termina no portão do quartel do Exército (antigo 5o Grupo). Um dos pioneiros do progresso de Valença, destacando-se sua atuação na encampação da E. F. União Valenciana à Central do Brasil. Antiga subida do 5o Grupo ou da Remonta, mais tarde, denominada Voluntários da Pátria.
31 CORONEL LEITE PINTO Começa ne praça D. Pedro II e termina na praça Balbina Fonseca. Chefe político no município, de grande prestígio. Denominações antigas: rua das Flores, da Misericóridia e 7 de Setembro.
32 DR. BERNARDO VIANA   Começa na Av. Nilo Peçanha e termina na praça Visconde do Rio Preto. Juiz de Direito da Comarca de Valença. Antiga rua da Câmara e depois ladeira do Rosário.
33 N. S.  APARECIDA   Começa depois da rua Dr. Oliveira Figueiredo e termina na estação de Chacrinha. Homenagem a santa padroeira do Brasil e ao seu culto tradicional em Valença. Antiga rua da Palha.
34 DUQUE DE CAXIAS   Começa na rua Coroados e termina na rua Purus. Homenagem ao Exército Nacional.
35 COROADOS (dos) Começa na rua Duque de Caxias e termina na rua dos Araris. Os índios coroados foram os primeiros habitantes de Valença.
36 PURUS Começa na rua dos Araris e termina na rua Duque de Caxias. Os índios Purus também habitavam o município de Valença.
37 ARARIS Começa na rua dos Coroados e termina na rua dos Purus. Índios que habitavam as terras de Conservatória.
38 VISCONDE DE JAGUARI (ladeira)   Começa no final da rua Silveira Vargas e termina  no início da rua do Barroso.   Titular do Império – um dos propulsores do progresso de Valença. Antiga ladeira do Barroso.  
39 BARÃO DA VISTA ALEGRE (ladeira)   Começa na rua Silva Jardim e termina no portão do Valenciano A. C.   Titular do Império, nascido em Valença, onde possuía uma das maiores e mais ricas fazendas.
40 COMENDADOR NICOLAU LEONI   Começa na rua D. Renato Pontes e termina na rua Barão do rio das Flores. Serviu à administração da Santa Casa, como Secretário e Vice-Provedor em exercício durante 20 anos consecutivos. Foi um dos fundadores da Diocese de Valença.
41 D. RENATO DE PONTES Começa na rua Coronel Leite Pinto e termina na rura Comendador Leoni. Segundo bispo de Valença.
42 CORONEL FREDERICO DE LA VEJA Começa na rua D. Renato Pontes e termina na trav. Dr. João Barcelos. Cidadão valenciano, que por muitos anos, dominou a política local.
43 BARÃO DO RIO DAS FLORES   Começa na praça Balbina Fonseca e termina na Chácara Caetano Pentagna. Titular do Império, um dos mais destacados fazendeiros. Antiga rua das Flores.
44 CABO FLEURY SILVA Começa no início da rua Dr. Humberto Pentagna e termina no No. 135, na direção do córrego do Barroso. Expedicionário valenciano que tombou nos campos da Itália, na 2a grande  Guerra.
45 QUINZE DE AGOSTO  Começa na praça dos Expedicionários e termina na rua Tanguara. Data consagrada ao dia da Padroeira da cidade – festa da N. S. da Glória de Valença.
46 RUI BARBOSA Começa na rua Expedicionário Arlindo dos Santos e termina na rua Tanguara. Homenagem ao maior tribuno do Brasil.
47 SILVEIRA VARGAS Começa na praça Visconde do Rio Preto e termina no início da rua (ladeira) Barão de Jaguari. Foi o primeiro presidente da Câmara Municipal de Valença. Antiga rua 15 de Dezembro.
48 DR. TEODORICO FONSECA Começa na praça dos Expedicionários e termina na rua Tanguara. Jornalista valenciano e engenheiro da antiga E. F. União Valenciana.
49 TANGUARA Começa na rua Dr. Júlio Xavier e termina na rua 27 de Novembro. Em memória do Cacique dos índios Coroados. Denominações antigas: rua das Piteiras, Boa Vista e Santa Cruz.
50 CASTRO ALVES Começa na rua Silva Jardim e termina na rua Expedicionário Arlindo dos Santos. Um dos maiores poetas brasileiros.
51 RODRIGUES DA CRUZ Começa na rua Comdor. José Fonseca e termina na subida da Serra Velha, na rua Conde de Valença (Cova da Onça). Fazendeiro de prestígo, designado para desbravar o sertão e auxiliar na civilização dos índios das terras de Valença. Antiga subida da Serra Velha.
52 INÁCIO WERNECK   Começa na rua Conde de Valença e termina nesta mesma rua, depois de uma larga curva na “Cova da Onça”. Desbravador do sertão de Valença.  Antiga rua da Pedreira.
53 PADRE GOMES LEAL Começa na rua Dr. Souza Nunes e termina próximo ao córrego de Santa Cruz. Sacerdorte que, ao lado de Rodrigues da Cruz, catequisou os índios do sertão de Valença.
54 BARÃO DE POTENGI Começa na rua Inácio Werneck e termina na rua D. André Arcoverde. Fazendeiro de prestígio em Valença.
55 BARÃO DE GUARACIABA Começa na rua Comendador Araújo Leite e termina próximo à linha férrea do ramal de Afonso Arinos. Fazendeiro que desfrutava de real prestígio, muito contribuiu para a Santa Casa de Valença.
56 LOURENÇO JANNUZZI Começa na rua do Barroso e termina na rua do Rosendo. Expressão viva de trabalho e antigo chefe de tradicional família valenciana.
57 ROSENDO (do) Começa na rua Comendador Araújo Leite e termina na rua Lourenço Jannuzzi. Antigo morador e proprietário de Valença.
58 PRESIDENTE VARGAS Começa na rua Comendador Araújo Leite e termina na rua Vito Pentagna. Homenagem ao Presidente da República.
59 17 DE OUTUBRO Começa na praça dos Expedicionários e termina na rua Tanguara. Data (1823) em que foi assinado o  alvará de criação da Vila e Município de Valença.
60 FRANCISCO MEDEIROS   Começa na praça Padre Luiz Alves e termina e termina no largo em frente à capela de N. S. Aparecida. Fundador da antiga capela de N. S. Aparecida.
61 DEPUTADO TEÓFILO SANTOS Começa na Av. Nilo Peçanha (depois da rua N. S. da Glória) e termina na linha férrea, compreedendo a antiga travessa da Aparecida. Deputado à Assembléia do Estado do Rio de Janeiro e descendente de tradicional família valenciana.
62 CARLOS GOMES Começa na rua projetada que parte da rua Dr. Luiz Pinto e termina na rua Francisco Medeiros. Homenagem ao grande maetro e compositor brasileiro.

   

  TRAVESSA

N. TRAVESSA LOCALIZAÇÃO HISTÓRICO
01 LUIZ DAMASCENO Começa na rua Coronel Frederico de la Vega (1a travessa) e termina na rua Comendador Nicolau Leoni. Antigo secretário da Câmara Municipal e autor da “História de Valença”.
02 DOUTOR JOÃO BARCELOS Começa na rua Coronel Frederico de la Vega (2a travessa) e termina na rua Comendador Nicolau Leoni. Tribuno valenciano que foi deputado estadual.
03 FONSECA (dos) Começa na rua Visconde de Jaguari (antiga ladeira do Barroso) e termina na rua Coronel João Rufino. Homenagem aos descendentes do antigo morador de Valença, Maximiano da Siqueira Silva da Fonseca.
04 VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA Começa na rua Dr. Souza Nunes, atravessa a rua Comendador Antoino Januzzi e termina no portão do “Avenidense F. C”. Homenagem aos valencianos voluntários que combateram na guerra do Brasil contra o Paraguai.
05 BARÃO DA ALIANÇA Começa na linha férrea (após o Km 182), atravessa o final da rua Dr. Souza Nunes e termina no quartel do Exército. Antigo fazendeiro e prestigioso titular do Império. Antiga avenida Tatu.
06 MONTEDOURO Começa no final da rua Dr. Humberto Pentagna e se prolonga até a ponte da Passagem. Os portugueses supunham a existência de ouro no atual bairro do Montedouro, de onde lhe vieram a denominação e a lenda.
07 LARIVOIR Começa na rua Silveira Vargas e se prolonga por detrás do cinema. Cidadão francês que construiu em sua própria oficina, o sino maior da Catedral de Valença.
08 BARÃO DE SANTA FÉ Começa na rua Dr. Souza Nunes e termina depois da travessa Hermano Bruner. Titular do Império e um dos mais prestigiosos fazendeiros do município.
09 HERMANO BRUNER Começa entre os números 174 e 184 da rua Dr. Souza Nunes e, em forma de “T”, termina na rua Coronel Benjamin Guimarães e a travessa Barão de Santa Fé. Poeta valenciano de cujo expressivo talento, ficaram trabalhos de renome.
10 GARCIA JÚNIOR Começa entre os números 96 e 104 da rua N. S.  Aparecida (em forma de “L”). Poeta valenciano e prosador satírico, foi uma das maiores expressões intelectuais da época.
11 MASCATES (dos) Começa entre os números 301 e 317 da rua Conde de Valença e segue até à rua Barão de Potengi. Denominação oriunda da vizinha serra do mesmo nome.
12 BARÃO DE SOUZA LIMA Começa entre os números 335 e 339 da rua Comendador Antônio Jannuzzi. Fazendeiro de prestígio que muito contribuiu para a grandeza econômica  de Valença.
13 BARÃO DO RIO BONITO Começa entre os números 34 e 110 da rua Dr. Luiz Pinto.  Fazendeiro e velho político que deixou obras de valor no município.
14 BARÃO DO PILAR Começa entre os números 227 e 234 da rua Coronel João Rufino. Fazendeiro e velho político da região.
15 VISCONDE PIMENTEL Começa entre os números 92 e 140 da rua Carneiro de Mendonça.  No Império foi um dos titulares que mais trabalharam pelo progresso de Valença.
16 CATULO CEARENSE Começa entre os números 332 e 402 da rua Vito Pentagna. Homenagem ao poeta dos sertões do Brasil.
17 COMENDADOR ESTEVES Começa na rua Coronel Benjamin Guimarães depois do número 236. Cidadão português que muito auxiliou a construção da antiga E. F. União Valenciana e foi um dos benfeitores da Santa Casa de Valença.
18 SÃO LÁZARO Começa entre os números 214 e 236 da rua do Barroso e segue até à margem da linha férrea. Invocação oriunda na existência no local de antigo lazareto.
19 LAZARETO (do) Trecho situado entre a linha férrea e o prédio do antigo Lazareto. Denominação oriunda da existência no local do antigo edifício do Lazareto.
20 BENFICA (do) Começa entre os números 503 e 509 da rua Vito Pentagna. Denominação oriunda do antigo bairro do mesmo nome.
21 SANTA CRUZ Começa entre os números 49 e 107 da rua Dr. Luiz Pinto. Denominação oriunda do antigo bairro do mesmo nome.
22 RIACHUELO Começa entre as ruas Coronel João Rufino e Dr. Humberto Pentagna (junto ao cemitério do Riachuelo) Denominação oriunda do antigo bairro do  mesmo nome.
23 SÃO SEBASTIÃO Começa entre os números 15 e 27 da rua Dr. Humberto Pentagna. Invocação ao santo de tradicional culto em Valença.
24 ANINHA DA SERRA Começa entre os números 195 e 213 da rua Conde de Valença. Senhora piedosa e devota que patrocinou a construção de pequeno oratório no local “Cova da Onça”.
25 MIGUEL TOMAZ Começa na praça Visconde do Rio Preto, junto ao edifício do “Círculo Operário”.  Prêto-mina, devoto de N. S. do Rosário, tendo patrocinado a construção da antiga capela do Rosário.
26 MARIA ROMANA Começa na rua projetada em continuação à Duque de Caxias, junto ao triângulo da E.F.C.B. Grande devota de Santo Antônio, tendo fundado a atual capela do Carambita.
27 SÃO JOSÉ Começa na rua 27 de Novembro, próximo ao número 330 da trav. Visconde Pimentel. Homenagem ao santo protetor dos operários.
28 PROFESSOR OMEGNA Começa entre os números 50 e 64 da rua Dr. Souza Nunes. Cidadão italiano e professor erudito que fundou e dirigiu em Valença, o primeiro estabelecimento de ensino secundário – o antigo “Ateneu  Valenciano”.

LARGO

N. LARGO SITUAÇÃO HISTÓRICO

01

MANGUEIRA (da) Situado ao lado direito da rua Visconde de Jaguari (antiga ladeira do Barroso) Antiga pequena praça circundada de mangueiras, onde os tropeiros de minas amarravam seus animais.

BECO

N. BECO SITUAÇÃO HISTÓRICO
01 GLÓRIA (da) Começa na rua Dr. Ernesto Cunha e termina nos fundos do antigo grupo escolar Casimiro de Abreu. Supõe-se denominação oriunda da invocação da padroeira da cidade.

VILA 

N. VILA SITUAÇÃO HISTÓRICO

01

OPERÁRIA ANA JANNUZZI Começa na rua Dr. Oliveira Figueiredo, junto à fábrica de rendas. Operária que prestou grandes relevantes serviços à indigência e a Santa Casa de Valença.

 

 

 

 

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