Vence, Slau 

Maria da Graça Almeida

 
Vence o vôo, vence, Slau,
o trajeto é normal!
Vento forte, sem fronteira,
põe no olho mais poeira,
pedras, na atiradeira.

Vela ao vento, vence, Slau,
sonho é imaterial!
Tendo o mar feito estrada,
bem se vê que tua jangada,
pelo sal foi batizada.

Vê a pedra, vence, Slau,
sempre o chão é desigual!
Pelas ruas, distraídas,
resvalando, carcomidas,
ficam pele e feridas.

Vida é sonho, vence, Slau,
o amor é natural!
Todo laço tem um nó,
mesmo com pena ou dó
quem desata, fica só.

Vai no verso, vence, Slau,
rima pobre é banal!
Só o u carrega o trema,
toda trova tem um tema, 
a palavra, um poema!

 

LUIZ DELFINO DE BITTENCOURT MIRANDA

26082002

Hosted by www.Geocities.ws

1