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* Definição
Síndrome
de Down é um erro genético que se caracteriza principalmente
por uma alteração cerebral que leva a um comprometimento
intelectual e a problemas motores.
* Manifestação
da deficiência mental na pessoa com Síndrome de Down
Basicamente
por uma dificuldade no ritmo do aprendizado, tanto das atividades da vida
diária, quanto da escolaridade. A pessoa com Síndrome de
Down não aprende com a mesma rapidez das outras.
*
Fisicamente uma pessoa com Síndrome de Down
Sempre tem
olhos puxados, língua parecendo ser demasiadamente grande para a
boca. As orelhas são pequenas e às vezes têm uma parte
um pouco dobrada. O nariz é também achatado e largo. Algumas
vezes têm uma prega única na palma da mão e o dedo
do pé mais afastado dos demais. O recém-nascido têm
uma hipotonia (flacidez muscular). Freqüentemente têm baixa
estatura na primeira infância. Existe vários outros sinais
físicos, mas que variam de pessoa para pessoa.
* Por que
o nome Síndrome de Down?
Síndrome
significa conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma condição
e Down é o sobrenome do cientista que descreveu essa Síndrome
com estas características.
*
Causa
A Síndrome
de Down é causada por uma anomalia genética que pode ocorrer
no óvulo, no espermatozóide ou após a união
dos dois ( ovo ). Na Síndrome de Down há um cromossomo a
mais. Por isso ela é também conhecida como trissomia 21,
já que este cromossomo extra é de número 21.
* Contágio
Não
há qualquer contágio, pois não é causado por
micróbio mas por alteração genética.
* Problemas
de saúde de uma pessoa com Síndrome de Down
Algumas pessoas
com Síndrome de Down nascem com problemas cardíacos. Freqüentemente,
esses problemas podem ser resolvidos por meio de cirurgia. A pessoa com
Síndrome de Down resfria-se com mais facilidade e é suscetível
a bronquites e pneumonia. Alguns têm desenvolvimento anormal do intestino
e outros possuem problemas dermatológicos.
* Qualquer
casal pode ter uma filho com Síndrome de Down?
Qualquer casal
poderá ter uma criança com Síndrome de Down, mas há
maiores chances quando a mãe tem mais de 35 anos.
* Os pais
que já tem filhos com Síndrome de Down poderão ter
outros filhos com a mesma Síndrome?
Sim, mas os
pais devem fazer aconselhamento genético com especialista, quando
já têm um filho com Síndrome de Down e pretendem ter
mais filhos.
*
Graus diferentes na Síndrome de Down
Não
há classificação de graus para a Síndrome de
Down, porém, o comprometimento intelectual presente é muito
variável. Nota-se que encontram-se pessoas com sinais clínicos
e desenvolvimento motor e mental diferentes, como diversas são todas
as pessoas.
* Existe
exame que possa informar, ainda durante a gravidez, se o feto tem a Síndrome
de Down?
Sim, todo
o casal, no qual a mãe tenha mais de 35 anos, deve consultar o geneticista
logo que tome conhecimento da gravidez, pois no princípio já
realizam-se exames que indicam se o feto tem ou não Síndrome
de Down.
*
Cura
A deficiência
mental acarretada pela Síndrome de Down não tem cura, pois
trata-se de uma alteração genética inalterável
por qualquer droga, remédio ou técnica. Pesquisas têm
sido desenvolvidas nesse sentido mas nenhum resultado foi encontrado. É
preciso que as famílias estejam sempre alerta para que não
sejam lubridiadas por charlatões que acenem possibilidade de cura
da Síndrome de Down.
* Com que
objetivo se trata a pessoa com Síndrome de Down
Ao nascer,
uma criança com Síndrome de Down, além do acompanhamento
pediátrico normal, é necessário que se lhe ofereça
orientação de geneticista e de outros eventuais especialistas.
Além disso, a criança deve ser submetida a um tratamento
através de estímulos ( terapia ocupacional ) entre outros
que minimizarão os efeitos das alterações neuro-motoras
e fonoarticulatórias. Este tratamento deve iniciar-se tão
logo seja diagnosticada a Síndrome e precisa ser desenvolvido por
equipe integrada de fisioterapeuta,terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo
e psicólogo, que irão estimular a criança para que
tenha um melhor desenvolvimento motor e intelectual. É importante
não se perder de vista a família e as dificuldades que enfrenta
desde o nascimento de seu filho com Síndrome de Down. Sabe-se que
as crianças que estão desde o nascimento se submetendo a
esses tratamentos têm melhoras em seu desempenho, mas ainda não
se conhece sua efetiva contribuição na vida adulta. Então,
o objetivo do tratamento que atualmente se faz é colaborar para
acelerar e melhorar as condições motoras e intelectuais do
portador da Síndrome de Down.
* A pessoa
com Síndrome de Down pode frequentar uma escola comum?
Sim, a pessoa
com síndrome de Down, como qualquer outro aluno tem o direito de
ser escolarizado, da infância à idade adulta, entre os seus
pares, da mesma idade e no ambiente regular do ensino, pois este é
o ideal para a estimulação do seu desenvolvimento. Os serviços
de acompanhamento especializado nas demais áreas do desenvolvimento
devem complementar a educação escolar dessas pessoas.
* E o que
poderá oferecer para o adulto com Síndrome de Down?
A oportunidade
de encaminhamento ao mercado de trabalho, possibilitando-lhe a conquista
de sua autonomia e a construção da própria cidadania.
* A pessoa
com Síndrome de Down e o mercado de trabalho.
A inserção
da pessoa portadora de Síndrome de Down no mercado de trabalho é
a principal forma de efetivar a construção de sua cidadania.Não
se deve limitar, a priori, campos de atividades nos quais essas pessoas
poderão ser profissionalmente habilitadas. O bom desempenho, já
comprovado em microfilmagem (RN), artes gráficas (MG e RN), auxiliares
de classe (SP), atores (RJ), prestadores de serviço em fast-food
e boutiques (SP e RJ), são exemplos de engajamento profissional
quando as oportunidades lhes são oferecidas. Cuidando desde cedo
da estimulação e da educação, os limites dessas
pessoas poderão ser ampliados e reforçadas as suas potencialidades.
"A maior limitação para que os portadores de Síndrome de Down se tornem adultos integrados, produtivos, felizes e independentes não é imposta pela genética, mas sim pela sociedade". (Cláudia Werneck)
Autismo
começa com A, por acaso - ou necessidade - a primeira letra do alfabeto.
Também
com A começa Amizade, Altruísmo, Apoio, Atenção,
Amor...
Se
a proximidade dessas palavras tem algo a ver, ou é apenas obra do
acaso, quem vai dizer é seu
coração.
Auxilie
um Autista da melhor forma que possa : seja com Amizade, com Atenção,
com Amor... ou, se
o seu coração
permitir, utilize o Alfabeto inteiro : respeito, inclusão social,
serenidade, gentileza,
carinho,
e tantos outros sentimentos que apenas o correto uso do Alfabeto não
consegue exprimir.
Como muitas
crianças Autistas.
A Humanidade,
letrada, agradece.
* O
que é
Segundo o
Dr. E. Christian Gauderer, "autismo é uma doença grave, crônica,
incapacitante que compromete o desenvolvimento normal de uma criança
e se manifesta tipicamente antes do terceiro ano de vida. Caracteriza-se
por lesar e diminuir o ritmo do desenvolvimento psiconeurológico,
social e lingüístico. Estas crianças também apresentam
reações anormais a sensações diversas como
ouvir, ver, tocar, sentir, equilibrar e degustar. A linguagem é
atrasada ou não se manifesta. Relacionam-se com pessoas, objetos
ou eventos de uma maneira não usual, tudo levando a crer que haja
um comprometimento orgânico do Sistema Nervoso Central."
Não
há características físicas marcantes na pessoa autista.
Porém, por ter suas capacidades comprometidas, a pessoa autista
pode ter a expressão vazia de uma pessoa deficiente.
* Incidência
Como seria
de se esperar, os índices divulgados pelas diversas autoridades
no assunto variam, já que cada um assume uma definição
para o termo autismo, que corresponde a um conjunto de critérios
de diagnóstico diferente e, consequentemente, com uma determinada
abrangência do termo, que poderia passar a incluir pessoas que hoje
não tem o diagnóstico de autismo. No entanto, os índices
mais aceitos e divulgados variam dentro de uma faixa de 5 a 15 casos em
10.000 indivíduos. Porém, independentemente de critérios
de diagnóstico, é certo que a síndrome atinge principalmente
pessoas do sexo masculino, numa proporção de 4 homens para
uma mulher com o mesmo diagnóstico.
*Critérios de diagnóstico do autismo
*
Cura
Não
se pode falar em cura para o autismo. O indivíduo autista pode ser
tratado e desenvolver suas habilidades de uma forma muito mais intensiva
do que outra pessoa que não tenha o diagnóstico e então
assemelhar-se muito a essa pessoa em alguns aspectos de seu comportamento,
mas sempre existirá sua dificuldade nas áreas característicamente
atingidas pela síndrome, como comunicação, interação
social, etc. De acordo com o grau de comprometimento, a possibilidade de
o autista desenvolver comunicação verbal, integração
social, alfabetização e outras habilidades relacionadas dependerá
da intensidade e adequação ao tratamento. Mas é intrínseco
à sua condição de autista que ele tenha maior dificuldade
nestas áreas do que uma pessoa "normal".No entanto, superar a barreira
que isola o indivíduo autista do "nosso mundo" não é
um trabalho impossível. Apesar de manter suas dificuldades, o indivíduo
autista, dependendo do grau do comprometimento, pode aprender os padrões
"normais" de comportamento, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento
e integrar-se de maneira bastante satisfatória à sociedade.
* Definição
A Esclerose
Múltipla é uma doença neurológica crônica,
de causa desconhecida. A doença se caracteriza como lesão
do sistema nervoso central, conhecida também como Doença
Desmielinizante, pois lesa a mielina que recobre e isola as fibras nervosas
dos impulsos do cérebro, do nervo óptico e da medula espinhal.
A mielina é uma substância constituída por proteínas
e gorduras que ajudam na condução das mensagens que controlam
todos os movimentos conscientes e inconscientes do organismo. Na Esclerose
Múltipla, a mielina se transforma em placa endurecida, interferindo
na transmissão dos impulsos do cérebro, do nervo óptico
e da medula espinhal, dificultando o controle das várias funções
orgânicas.
* Sintomas
Os sintomas
da E.M., se manifestam de diferentes formas. A primeira lesão a
se manifestar clinicamente pode não ser a primeira ocorrida, notando-se:
debilidade de uma ou mais extremidades (braços e pernas), perda
visual unilateral (neurite ótica), falta de coordenação
e parestesias, incontinências e retenção urinária
e fecal, hesitação, vertigens, perda da audição,
dores faciais, nos braços, nas pernas, no tronco e ainda impotência
sexual. Na grande maioria dos portadores, a doença provoca uma série
de crises cujos sintomas podem ser discretos ou intensos e que aparecem
e desaparecem. Isso faz com que o doente se recupere parcial ou totalmente
das dificuldades resultadas desses sintomas. Dependendo da área
afetada do sistema nervoso, que varia de pessoa para pessoa e, de tempos
em tempos, na mesma pessoa ( surto e remissão, respectivamente ).
As lesões da esclerose múltipla provocam grande variedade
de sintomas e sinais iniciais quer isolados, quer combinados. A velocidade
do surgimento dos sintomas pode variar de minutos ou até dias e,
nos pacientes que apresentam curso progressivo crônico, os sintomas
podem aumentar gradualmente durante muitos meses. A velocidade de
recuperação também varia enormemente, mas geralmente
ocorre durante o curso de duas a oito semanas que se seguem ao ataque agudo.
Os sintomas vão e vêm de maneira inexplicável e isso
é uma característica específica da E.M. que não
ocorre em outros tipos de doenças do sistema nervoso.
* Causas
Até
o momento a causa é desconhecida. Nas pesquisas, amplos esforços
são dirigidos ao estudo do indivíduo portador, como também
do ambiente onde vive. Contudo, não giram, em torno de suposições
de ser ou não ser moléstia hereditária ou familiar.
Acredita-se, porém, que certos fatores transmitidos hereditariamente
podem favorecer o surgimento da doença, ou, ao contrário,
proteger o indivíduo contra ela. Embora reconhecida e descrita há
mais de 150 anos e, desde então, estudada incansavelmente, só
existem hipóteses das causas. Dentre elas destacam-se os estudos
dirigidos tanto à parte imunológica quanto à incidência
de vírus.
* Incidência
Após
anos de estudos, os cientistas conseguiram obter dados que detectaram possíveis
"formas" e probabilidades de expansão da moléstia. Dentre
esses dados sabe-se o seguinte:
- A doença
se desenvolve mais em mulheres do que em homens.
- Os sintomas
aparecem normalmente entre indivíduos de 18 a 45 anos de idade.
Curiosamente é nas populações que vivem em áreas
com condições sanitárias favoráveis que se
registra maior número de
casos da Esclerose
Múltipla.
* Tratamento
A finalidade
do tratamento é fazer com que o portador continue sendo independente,
esteja confortado, seja produtivo e atinja um bom nível de resistência.
A Esclerose Múltipla pode ser minimizada com os tratamentos adequados
e devidamente programados como:
- Terapia
Ocupacional
- Fisioterapia
Adequada
- Fonoaudiologia
- Apoio Psicológico
- Equoterapia
- Hidroterapia
- Terapia
Corporal
- Nutrição
- Exames Periódicos
- Tratamento
Medicamentoso
Atualmente,
para aliviar ou minimizar o surto, durante o mesmo deve ser feito a pulsoterapia,
ou imunossupressão, com a aplicação de corticóides
ou imunossupressores, preferencialmente com o portador hospitalizado e
com acompanhamento de seu médico. Nos casos de E.M. da forma surto-remissão,
emprega-se o imunomodulador - Interferon Beta - que, segundo pesquisas
rigorosas, reduz a taxa anual dos surtos em aproximadamente 35% e a Ressonãncia
Magnética da cabeça mostra melhora nas imagens. Até
o momento, não existe um fármaco que cure a E.M.
O tratamento
da E.M. surto-progressivo deve ser, como todos os demais, orientado pelo
médico do portador É importante salientar que tanto os portadores
quanto suas famílias precisam de orientação psicológica.
Isso se deve ao fato de que, ao ser diagnosticada a E.M., começam
a surgir problemas de convivência, uma vez que a doença traz
limitações aos portadores, tornando-os dependentes de seus
familiares.
* Conceito
Primeiramente
descrita por James Parkinson em 1817. É uma doença caracterizada
por rigidez, acinesia (bradicinesia/ letargia), face semelhante a máscara,
anormalidades posturais e um tremor de repouso.
A Doença
de Parkinson é um distúrbio degenerativo do Sistema Nervoso
Central, que evolui progressivamente devido a alteração das
células do Sistema Nervoso Central. Esta doença faz parte
de um grupo com manifestações semelhantes. Sabe-se ela é
causada pela degeneração da pigmentação dos
neurônios na substância negra do cérebro, resultando
na diminuição da disponibilidade da dopamina. Nessa despigmentação,
ocorre perda de cerca de 80% dos neurônios dopaminérgicos
na substância negra.
* Etiologia
A frequência
da doença de Parkinson é estimulada em 1/400 para o conjunto
da população e em 1/200 depois dos 40 anos.
A doença
é observada na Segunda metade da vida, com uma ligeira predominância
no homem (1,25 homem para 1 mulher).
A idade média
de início é de 55 mais ou menos 11 anos, com extremos que
variam de 17 a 89 anos de idade.
A etiologia
é desconhecida. Classifica-se a doença de Parkinson entre
as afecções degenerativas do sistema nervoso que manifestam
um envelhecimento prematuro de certas estruturas e que levam à sua
degenerescência. Admite-se a existência de predisposição
hereditária, apesar de casos familiares não serem muito frequentes
(10%). Essa predisposição hereditária latente poderia
explicar a incidência relativamente elevada de síndromes parkinsonianas
provocadas pelos neirolépticos na família dos parkinsonianos.
* Quadro
Clínico
O quadro
clínIco baseia-se em uma tríade sintomática: tremor,
hipertonia e hipocinesia.
O tremor,
na maioria dos casos é o primeiro sinal que o paciente percebe;
é um tremor de repouso e quase sempre inicia-se na extremidade de
um membro superior. Costuma desaparecer no sono e acentuar-se com as emoções
(aliás, como ocorre com todas as hipercinesias ). No decorrer de
algum tempo, variável de paciente, acomete o outro membro superior,
e, lenta e progressivamente, vai aumentando de frequência e amplitude
(de 3 ou 4 por segundo atinge 8 a 10 ) e também em extensão,
passando a participar todo o membro superior, músculos periorais,
e até mesmo o segmento cefálico e membro inferior.
A hipertonia
do parkinsoniano é chamada de rigidez; é diferente da espasticidade
“piramidal”assim é global, embora com preferência para a musculatura
flexora de modo geral; além disto, é uma hipertonia plástica,
pois ässume a atitude em que passivamente colocamos este ou aquele
segmento”ao tentarmos desfazer, por exemplo, a flexão do antebraço,
a descontração se faz de modo intermitente, caracterizando
o sinal da roda denteada.
A hipocinesia
(ou acinesia) constitui sinal típico da doença; o paciente
exibe uma carência geral de movimentos ; tudo é realizado
devagar e com esforço, embora exista preservação da
força muscular; os atos cotidianos motores ficam comprometidos,
tornando-se penoso vestir-se, alimentar-se, levantar-se etc...A acinesia
é característica no facies, pois praticamente desaparece
a mímica emocional e diminui a frequência do piscar. A letra
diminui de tamanho (micrografia); no ato da marcha, os movimentos associados
do balanço dos membros superiores diminuem acentuadamente.
Outros
sinais são representados pela atitude típica, com postura
em flexão; a marcha é dificultosa, assim como a palavra,
é comum a sialorréia (admitindo-se extensão da lesão
para centros do sistema nervoso autônomo )
Costuma-se
dizer que os parkinsonianos exibem uma síndrome hipercinética-
hipertônica- hipocinética
* Causas
de Parkinsonismo
- Parkinsonismo
idiopático: A etiologia é desconhecida. Este grupo inclui
a doença de Pakinson verdadeira, ou paralysis agitans descritapela
primeira vez por James Parkinson, sendo a forma mais comum de ocorrência
em pessoas de meia idade ou idosas. Teorias atuais consideram o envelhecimento
prematuro ou acelerado, os defeitos metabólicos.
- Parkinsonismo
Pós-infeccioso:
causado por uma encefalite viral. O surgimento dos sintomas tipicamente
ocorre após muitos anos, dando origem á teoria de infecção
do cérebre por vírus lento.
- Parkinsonismo
Tóxico: os sintomas ocorrem em indivíduos expostos a certos
venenos industriais e a agentes químicos (manganês, dissulfeto
de carbono, monóxido de carbono).
- Parkinsonismo
arteriosclerótico: o envolvimento arteriosclerótico e o infarto
do tronco cerebral envolvendo a substância negra, os tratos nigrostriatais,
ou gânglios de base podem gerar sintomas de parkinsonismo.
* Sinais
e Manifestações Clínicas
- BRADICINESIA:
é a dificuldade de iniciar o movimento e a lentidão e pobreza
de movimentos que tais pacientes exibem. Os movimentos voluntários
e automáticos estão reduzidos em sua velocidade, alcance
e amplitude (hipocinesia). O componente rotatório esta reduzido,
resultando tipicamente em movimento num plano motor. Freqüentemente
ocorre intervalos de tempo entre o desejo de mover-se e a resposta motora
(tempo reação). O tempo necessário para completar
uma atividade também está aumentado (tempo movimento). A
coordenação geral esta prejudicada, particularmente nas tarefas
motoras finas como a escrita embora bestas outras funções
possam ficar alteradas. Teoriza-se que a bradicinesia resulta da falta
de integração da informação sensitiva pelos
gânglios de base com uma alteração no planejamento
motor e na facilitação do movimento. Os gânglios da
base são responsáveis pela execução automática
dos padrões motores lentos.
O paciente
parkinsoniano movimenta-se lentamente com dificuldade. A bradicinesia pode
ou não estar associada à rigidez freqüentemente situando-se
entre os sintomas mais incapacitantes. Quando a bradicinesia é grave
ela é denominada acinesia, o que implica na completa incapacidade
de iniciar ou executar movimentos. O termo congelamento tem sido usado
na descrição desta ausência de movimento.
- RIGIDEZ:
um dos primeiros sinais importantes de parkinsonismo, é uma resistência
aumentada no movimento passivo, afetando toda a musculatura estriada. A
rigidez ocorre em toda ADM. Isto contrasta com o fenômeno do canivete
observado na espasticidade em que a resistência aumenta ate certo
ponto e em seguida subtamente cede. A rigidez pode ser distribuída
desigualmente, iniciando freqüentemente num membro,ou um dos lados,
e eventualmente disseminando-se ate envolver todo o corpo. O movimento
de balanço normal dos braços esta ausente durante a marcha,
isso devido a rigidez do tronco. O movimento ativo, concentração
mental, ou tensão emocional podem aumentar a intensidade da rigidez.
São possíveis duas variações: rigidez do tipo
roda dentada (semelhante a engrenagens de um relógio) quando
no movimento passivo a resistência é intermitente; e a rigidez
do tipo cano de chumbo, quando a resistencia é uniforme e regular
sem flutuações para o movimento passivo.
- TREMOR:
definido como surtos involuntários, rítmicos, alternados
de movimentos de grupos musculares antagonistas ocorrendo na base de cerca
de 4 a 7 oscilaçoes por segundo. Pode ser uni ou bilateral, mas
em geral começa em uma mão e é muito característico.
Os dedos são alternativamente refletidos e estendidos, especialmente
nas articulações metacarpofalangicas, enquanto o polegar
repousa contra o dedo indicador. O tremor pode disseminar-se para as pernas,
mas o tronco e a cabeça raramente são afetados e os olhos
nunca são afetados. O tremor em geral é ausente durante o
movimento voluntário, mas continua quando o membro esta em repouso
e particularmente quando não esta apoiado. O tremor é agravado
por estresse emocional ou quando o paciente esta consciente ao ser observado.
Ele cessa durante o sono e se desenvolve mais comumente nos membros,
mas pode ser visto na mandíbula e língua.
- POSTURA:
o paciente geralmente fica em pé em uma posição geralmente
fétida, encurvada. Os reflexos posturais (reações
de endireitamento, equilíbrio e extensão protetora) estão
todos diminuídos. Quando não há equilíbrio
e o paciente chega a cair poderão estar ausente as respostas protetoras,
resultando em lesões freqüentes.
* Tratamento
O tratamento
medicamentoso irá basear-se na utilização de anticolinérgicos
e dopamina.
E claro tratamento
com Terapeuta Ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo,...
** Possível Tratamento da Terapia Ocupacional
OBJETIVOS:
- Estimular
reações de Equilíbrio
- Aumentar
a ADM
- Prevenir
contraturas
- Promover
e melhorar o funcionamento motor e a mobilidade
- Reeducação
da marcha
- Melhorar
os padrões de respiração, expansão e mobilidade
torácica
- Adequação
de tônus
- Melhorar
coordenação e equilíbrio
- Treinamento
cardiovascular
- Funcionalidade
- Atividades
da vida diária
As atividades
da vida diária incluem caminhar, vestir-se, banhar-se, comer, cuidar
da casa dentre outros. Os sintomas do Mal de Parkinson interferem na vida
do paciente, incapacitando-o de realizar tais tarefas ou causando-lhe dificuldades.
Algumas sugestões práticas podem ajudar ao doente a se manter
mais independente.
Os tapetes aumentam o risco de queda e, por isto, estes devem ser evitados
ou fixados ao chão; as rodas nos pés da mobília devem
ser removidos, pois objetos que deslizam no chão não são
bons pontos de apoio; sapatos e outros objetos não devem estar no
chão. Uma cadeira com braços e acentos firmes é importante
porque o paciente pode sentar-se para terminar de vestir-se. Esta cadeira,
a cama do paciente e o vaso sanitário não devem ser baixos
para facilitar o levantar e sentar do paciente. Lâmpadas de pouca
luminosidade devem ser instaladas perto da porta do quarto, no corredor
que leva ao banheiro e outros pontos para evitar acidentes. Pisos ou tiras
antiderrapantes devem ser colocados no banheiro, cozinha e área
de serviço para se evitar quedas e, para os homens, um barbeador
elétrico é mais seguro devido ao tremor das mãos.
A força e coordenação motora estão comprometidas
e podem complicar o simples ato de colocar ou vestir roupas e, por isto,
devem ser escolhidas roupas que sejam fáceis de manusear, sendo
largas e elásticas, devendo ser evitadas camisas e blusas que tenham
botões nos punhos. Roupas que fechem pela frente são mais
fáceis de usar e devem ser colocadas na ordem que serão vestidas.
Talheres com cabos maiores são mais fáceis de segurar e os
alimentos devem ser cortados em pequenos pedaços. Canudos de plástico
ajudam, ao paciente com tremor, a beber e, para que seja evitado que os
pratos e travessas deslizem, deve ser colocados embaixo destes uma toalha
úmida.
Para que o
paciente mantenha a capacidade de caminhar, bengalas podem ser utilizadas
para compensar perdas de equilíbrio ou até mesmo deve ser
utilizado um andador. Os corredores devem estar livres de obstáculos
e maçanetas em forma de alavanca são melhores que as redondas.
* Conduta Terapeutica
1) Exercícios
de Relaxamento
- Exercícios
de relaxamento global: musicoterapia (músicas suaves, balanços
suaves e também a utilização de bolas)
- Ioga – combina
a técnica de relaxamento com respiração
2) Exercícios
de Amplitude de Movimento
- Exercícios
passivos e ativos devem ser realizados várias vezes ao dia
- Os exercícios
ativos devem focalizar o fortalecimento dos músculos extensos
- Alongamento
dos músculos flexores
- Por serem
portadores na maioria das vezes de rigidez, as técnicas de mobilização
articular são indicadas
3) Exercícios
de Mobilidade
- O programa
de exercícios deve se basear nos padrões de movimentos funcionais
- Devem ser
indicados movimentos extensores, abdutores e rotatórios
- Deve-se
usar a estimulação verbal, auditiva e tátil para melhorar
o nível sensitivo e aumentar a percepção dos movimentos
- Outras técnicas
de exercícios específicos também são indicadas
como: Kabat, Bobat
- Deve-se
enfatizar movimentos de rotações, exercícios regulares,
exercícios de coordenação (Frenkel)
- Exercícios
de mímica facial (movimentos faciais como: sorrir, franzir a sobrancelhas,
etc)
4) Exercícios
Respiratórios
- Exercícios
de mobilidade de caixa torácica como: ventilação localizada,
exercícios diafragmáticos e padrões ventilatórios
seletivos
5) Treino
de Marcha Visão principalmente:
- O alongamento
da passada
- Ampliação
da base de sustentação
- Aumento
dos movimentos contralaterais do tronco e da oscilação dos
braços para que seja encorajado um padrão de marcha desde
o calcanhar até os dedos
6) Exercícios
em Grupo
- É
recomendado um grupo de pacientes com o mesmo nível incapacidade
para serem motivados através da competição
- Jogos ou
atividades: dança, marcha, jogos com bola etc
*
Tratamento Cirúrgico
Talamotomia/
Palidomia: Técnica cirúrgica que consiste em provocar lesões
no tálamo ou no núcleo pálido interno.Indicada para
pacientes com tremor acentuado.Pode aliviar o tremor no lado oposto do
cérebro em que for realizada a cirurgia com 98% de efetividade
e diminuir a rigidez.
* Complicações
* Histórico
O primeiro
a utilizar o termo esquizofrenia foi o psiquiatra suiço, Eugen Bleuler
em 1911, sobre os pacientes que tinham as características de desligados
de seus processos de pensamentos e respostas emotivas.
Equivocadamente
atribui-se a esquizofrenia à cisão de personalidade, dissociação
em personalidades, o que não é correto.
Ser
portador de esquizofrenica não significa ter dupla personalidade.
O termo
se adequa para descrever um quadro de sintomas típicos, incluindo
enganos, alucinações, desordem de pensamentos e ausência
de respostas emotivas, aliadas à fatores genéticos e tensões
ambientais.
O efeito
desta doença é devastador do aspecto humano no que concerne
ao pensamento, emoção e expressão. Não existe
vislumbre de cura, porém, com o tratamento adequado, pode reduzir
significativamente os sintomas e as reincidências de surtos em mais
de 50%. Novas drogas parecem estar melhorando este índice. O tratamento
prévio da esquizofrenia, durante os primeiros sintomas, pode aumentar
os índices de remissão de 50% para 80 a 85 %.
O ínicio
da esquizofrenia pode ser repentino ou gradual, sendo que no primeiro o
prognóstico é levemente menor, regredindo em 1/3 dos pacientes.
Nos outros pacientes a doença segue seu curso numa flutuação
entre altos surtos psicóticos, seguidos de remissão.
Nas
mulheres as chances de um resultado positivo de tratamento são maiores,
atribuindo-se isto aos efeitos de estrogênio no cérebro.
Freqüentemente
a memória é prejudicada depois de 5 a 10 anos de deterioração
após o que a doença tende a se estabilizar e a melhora pode
ocorrer. Os estudos indicam que após a idade de 20 ou 30 anos, 50%
dos pacientes esquizofrênicos são capazes de seus próprios
cuidados pessoais, trabalhar e participar socialmente, existindo serviços
de apoio, contribuindo para a melhora dos resultados.
Os portadores
de esquizofrenia sofrem na ausência de cuidados especiais.
Tem dificuldades para trabalhos e seus relacionamentos são prejudicados
e difíceis, mesmo com a melhora dos sintomas. Apesar do comportamento
do esquizofrênico demonstrar ser assustador, as pessoas com esquizofrenia
não são mais violentas do que as pessoas normais; pelo contrário,
são mais capazes de abster-se das violências. Calcula-se porém
que cerca de 15% dos portadores dos sintomas de esquizofrenia podem cometer
suicídio; o risco pode aumentar em pacientes mais jovens e desiludidos.
Em pacientes
com histórias de outras doenças pode ser difícil o
diagnóstico para os sintomas da esquizofrenia, sendo estes sintomas
mascarados pelos outros, não recebendo portanto a atenção
médica e a devida medicação.
Alguns
estudos demonstram que um grande número de pessoas com esquizofrenia
possui histórias de abuso de álcool, aumentando seus efeitos
com as drogas antipsicóticas utilizadas nos tratamentos dos pacientes,
além dos efeitos adversos.
Uma
das razões que podem explicar o hábito de fumar dos esquizofrênicos
é o fator genético P50 encontrado nos receptores cerebrais
que se ligam à nicotina, sendo uma espécie de auto-medicação
que reduz os sintomas psicóticos, os quais comprovadamente podem
aumentar com a retirada deste hábito.
Novos
estudos indicam que a fumaça do cigarro inibe a atividade de uma
proteína denominada de moaminaoxidase B (MAO-B). Com o bloqueio
desta proteína decorrente da ingestão dos gases emitidos
pela fumaça dos cigarros, aumenta no cérebro a produção
de um composto feniletilamina (FEA) que é ligado a relação
Mania-Tensão e Hiperatividade (embora sem agressão).
A esquizofrenia
causa danos não somente aos seus portadores mas também à
sociedade em si. Calcula-se que nos E.U.A. seis bilhões de dólares
foram destinados aos cuidados com a saúde e com o sistema judiciário
para lidar com doentes esquizofrênicos, além da produtividade
perdida no trabalho e cuidados dos pacientes por seus familiares em seus
lares.
Antigamente
a esquizofrenia era tratada a longo prazo com internação
em hospitais mentais. Após o início da utilização
de drogas antipsicóticas nos meados dos anos 1950 e 1960 e a pressão
política econômica de redução de custos, coincidiram
com a esperança de que estas drogas seriam mais eficientes.
Em 1970, milhares de pacientes foram libertos das instituições
para a comunidade. A maioria das familias foram orientadas para receber
seus doentes e a incidência de esquizofrênicos em seus lares
aumentou. Apesar da tentativa de reduzir os gastos com estes pacientes
mentais nos hospitais, 40% dos pacientes ainda requer tratamento com hospitalização
a longo prazo e mais da metade dos pacientes necessitam de auxílio
público pelo menos durante um ano antes de reingressar na comunidade.
* Sintomas
Os sintomas
de esquizofrenia surgem de vários processos físicos e responde
diferentemente aos tratamentos. Alguns especialistas classificam-no em
dois grupos: sintomas negativos e sintomas positivos.
Sintomas
negativos (de socialidade baixa), são provavelmente devido à
perda de células nervosas resultando numa capacidade diminuta de
funcionamento.
Sintomas
positivos (alucinações e enganos) ou dano cognitivo (pensamento
desordenado).
Estes
sintomas se sobrepõem, interagem um com o outro e podem corromper
a categoria.
Um paciente
pode ter mais de um sintoma, mas raramente um paciente possui todos os
sintomas.
Sintomas negativos.
Os sintomas
negativos freqüentemente ocorrem cedo no processo da doença
e vêm a ser menosprezados. Estes sintomas freqüentemente são
insuficientes para motivar um tratamento. Os sintomas negativos podem co-existir
com os sintomas positivos e típicamente persistem após serem
tratados os sintomas positivos.
Eles
refletem a diminuição da auto-estima, falta de emoções,
entonações de voz e perda geral do interesse pela vida. Os
pacientes com sintomas negativos podem também exibir reações
emotivamente impróprias, condição imprópria
dos afetos (rir histéricamente de um triste acontecimento) aparecendo
cedo na vida deste paciente. Foram observados em alguns dos pacientes que
desenvolveram posteriormente a esquizofrenia, a falta de responsabilidade
e pobreza social na sua infância. Em outros, os sintomas negativos
entretanto não apareceram até depois do desenvolvimento dos
sintomas positivos. Os sintomas negativos tendem a ser mais comuns em pacientes
mais velhos do que nos mais jovens.
Sintomas positivos.
Sintomas
psicóticos. Acontecimentos psicóticos - particularmente enganos
e alucinações - são os mais amplos sinais reconhecidos
de esquizofrenia. As alucinaçòes podem tomar a forma de ver
e ouvir coisas que não existem. As alucinações de
audição, que são os falsos sentidos de sons, tal como
ouvir vozes, são os sintomas mais comuns. Os enganos são
crença fixadamente falsas, estes podem ser esquisitos (estrangeiros
invisíveis entraram num lugar por um suporte elétrico) ou
bizarro (ciúme infundado, ou crença paranóica de perseguição
ou de ser observado). Os sintomas psicóticos ocorrem normalmente
em homens entre as idades dos 17 aos 30 anos e em mulheres entre 20 e 40
anos. A maioria dos pacientes entretanto, exibe alguma evidência
de esquizofrenia antes do primeiro episódio psicótico. Depois
deste acontecimento inicial, a ocorrência destes sintomas psicóticos
ocorre esporádicamente e é intercalado por períodos
de remissão.
O dano cognitivo.
Os sintomas
de danos cognitivos incluem a falta de atenção, desordem
de pensamento, processamento de informações e aberrante associação
entre palavras e frases. Por vezes a descontinuidade entre as idéias
pode ser tão extrema que o discurso do paciente pode tornar-se incoerente,
tal qual uma "salada de palavras". Ocasionamente os pacientes ligam as
palavras mais por semelhança de sons, do que por significados (associações
de sons - tinir- soar). A capacidade abstrata de pensamento também
pode ser prejudicada. Estudos mostraram que apesar deste vocabulário,
capacidades especiais, tais como leituras de mapas, não foram prejudicadas.
Danos cognitivos podem ocorrer ao longo do desenvolvimento de outros sintomas,
com por exemplo as alucinações que podem aparecer esporádicamente.
* Diagnóstico
Um único
sintoma não é específico da Esquizofrenia. Um diagnóstico
depende de uma crise ser ativada e ter sua duração de pelo
menos um mês aproximadamente, consistindo de dois sintomas característicos
(ex.: alucinações, enganos, pensamentos desorganizados, irresponsividade
emotiva, tonalidade da fala). O diagnóstico também pode ser
feito na base de um único sintoma se o paciente possui enganos ou
alucinações particularmente esquisitas. Fazer um diagnóstico
na ausência de altas atividades sintomáticas, incluem outros
sintomas tais como, retirada social marcante, comportamento peculiar (conversar
sozinho, grande índice de superstição), fala incoerente
e vaga ou outras indicações de pensamentos perturbados, que
devem estar presentes pelo menos durante seis meses. Para o diagnóstico,
os relacionamentos sociais pessoais do paciente também devem estar
deteriorados desde o início dos sintomas. Outras condições
médicas, incluindo desordem bipolar, devem ser naturalmente excluídas
do diagnóstico.
Inúmeras
técnicas de mapeamento cerebral estão se tornando-se úteis
para detectar ou determinar se partes do cérebro podem estar deterioradas
ou se estas estruturas anormais se relacionam à interligação
de sintomas específicos. A utilidade de cada uma destas técnicas
varia de acordo com a evolução tecnológica, quantidade
de radiação utilizada, clareza de imagem e visão da
área cerebral. A utilização de Ressonância Magnética
tornou-se uma ferramenta particularmente valiosa para revelar partes do
cérebro inacessíveis a outras diferentes perspectivas. Outras
novas técnicas de mapeamento são a tomografia computadorizada
que pode proporcionar as informações de fluxo sanguíneo
e metabolismo cerebral. No exterior pode-se encontrar outros recursos técnicos
de mapeamento cerebral: Tomografia por emissão de Fótons
(SPECT) e Tomografia por emissão de Pósitrons (ACARICEIA),
que podem proporcionar maior eficiência de informações
do fluxo sanguíneo e metabolismo cerebral.
Um novo
método telefônico, utilizando sistema computadorizado está
sendo desenvolvido para desordens cerebrais mentais incluindo a esquizofrenia,
levando aproximadamente oito minutos para completar e produzir resultados
claros e exatos. Esta simples chamada telefônica poderia ajudar as
pessoas que procuram aconselhamento médico antes da existência
de um problema evidente.
*Causas
Não
há uma única causa para explicar todos os casos de esquizofrenia.
Contrariamente à crença popular, as pessoas com esquizofrenia
não são vítimas de sua origem pobre ou de fatores
ambientais; a maioria é vítima de erros no desenvolvimento
do cérebro surgidos genenéticamente. As pesquisas mais recentes
estão encontrando tais anormalidades no feto em desenvolvimento
e não após o nascimento.
- A ESTRUTURA
CEREBRAL E ANORMALIDADES QUÍMICAS.
Os pesquisadores
estão tentando achar uma única terapia que possa integrar
um número de resultados nas anormalidades químicas estruturais
no cérebro dos esquizofrênicos.
- AS ANORMALIDADES
NO FORMATO E NAS ATIVIDADES CEREBRAIS.
Em alguns
pacientes, as técnicas de mapeameamento por imagens revelaram menor
atividade cerebral no córtex pré-frontal e em alguns casos
perdas reais de tecido, particularmente nas amígdalas - hipocampo,
no lado esquerdo do cérebro. O córtex pré-frontal
do cérebro afeta a memória, razão, agressividade e
fala significativa; a atividade reduzida nesta área pode causar
sintomas negativos. A área diminuída dos lóbos temporais
do cérebro (localizada perto das orelhas) e áreas límbicas
(localizada no fundo do cérebro) que são relacionadas às
emoções, parecem estar ligadas aos sintomas positivos, tais
como ouvir vozes. A Ressonância Magnética (MRI) pode esquadrinhar
o cérebro e revelar alguns casos de sulcos cerebrais aumentados,
denominados pellucidi de septi de cavum (CSP), entre os ventrículos
laterais que são duas estruturas que contêm o líquido
cérebroespinhal. Durante o desenvolvimento no ventre, o CSP se inicia
com uma única camada e se fende em duas antes do nascimento, voltando
a se fechar após o nascimento, durante o desenvolvimento do bebê.
Em algumas pessoas com esquizofrenia entretanto, a etapa final é
incompleta e o CSP é aumentado. Um estudo achou um volume alto de
sangue no cérebro de pessoas com esquizofrenia sugerindo anormalidades
de irrigação. Importante notar que estas anormalidades cerebrais
não foram encontradas consistentemente em todos os pacientes com
esquizofrenia, encontrando-se anormalidades estruturais semelhantes em
pessoas que não tinham nenhuma indicação da doença.
- AS ANORMALIDADES
DE CIRCUITOS CEREBRAIS.
Um interesse
particular se concentra na pesquisa do circuito cerebral, que filtra as
informações que entram no cérebro e envia as informações
relevantes para outra partes executarem determinada ação.
Um defeito nesse circuito pode resultar no bombardeio das informações
não filtradas o que pode ocasionar sintomas tanto negativos como
positivos. Oprimido por dados desorganizados, os sintomas positivos ocorrem
e a mente incorre em erros de percepção e alucina, tira conclusões
incorretas e torna-se desiludida, realizando escolhas ímpares de
sentimentos e de comportamentos. Para compensar estes sintomas a mente
então se retrai, ocorrendo alternativamente os sintomas negativos.
- QUÍMICAS
ANORMAIS NO CÉREBRO.
Alguns
especialistas acreditam que a esquizofrenia se origina de uma desordem
rara nos neurotransmissores (mensageiros químicos entre as células
e o sistema nervoso). Um possível elo entre as anormalidades cerebrais
e o desenvolvimento da esquizofrenia envolve o transporte de dopamina pelo
neurotransmissor. A dopamina foi investigada por muitos anos, observando-se
a principio que certas drogas que reduzem a ação de dopamina
no cérebro também reduzem os sintomas psicóticos.
Por outro lado, drogas que aumentam a atividade da dopamina aumentam estes
sintomas ou agravam a esquizofrenia. Esta pesquisa foi centralizada
em receptores (moléculas nas células que se unem a outras
moléculas) de dopamina, particularmente D1 (dopamina) e D2. Os estudos
de imagem mostrou uma hiperatividade da dopamina nas partes do cérebro
onde parecem se localizar os sintomas psicóticos. Em esquizofrênicos,
o lado esquerdo do cérebro tende a ter concentrações
mais altas de dopamina que o direito, o que provavelmente, não é
devido a uma superprodução de dopamina mas a um aumento dos
receptores químicos que atraem e fixam a dopamina em partes do cérebro
que foram deterioradas. A pesquisa revelou também baixa atividade
de receptores de dopamina, D1, ocorrendo no córtex pré-frontal
do cérebro, o que pode ser relacionado a sintomas negativos. Atualmente,
os especialistas sugeriram que um equilíbrio anormal de dopamina,
e não só a hiperatividade, são gatilhos para a síndrome
da esquizofrenia e outros transmissores e químicas do cérebro
continuam sendo objeto de estudos, tais como os níveis baixos de
amino ácido glicídio encontrado nos cérebros de pessoas
com esquizofrenia, dirige-se a pesquisa aos possíveis mecanismos
e tratamentos relacionados a esta substância. Novos estudos indicam
que os pacientes tendem a ter anormalidades proteicas no efeito reparador
estrutural em função das células nervosas; duas destas
proteínas que estão sendo investigadas são a ESTALO-25
e alfa-fodrin.
- FATORES
GENÉTICOS
Os cientistas
estão próximos de encontrar a localização genética
da esquizofrenia, que acredita-se estar no cromossoma 13 dos humanos e
possívelmente no 8. Uma hipótese comum a um número
de doenças neurológicas é que um gene defeituoso é
a causa de células saudáveis no organismo humanos estarem
suscetíveis a atacar o próprio sistema imunológico
uma condição chamada autoimunologia. Na esquizofrenia, estes
incluem as células nervosas do cérebro. Num estudo em mães
de pacientes esquizofrênicos foram encontradas uma incidência
alta do HLA-B44 neste tipo de gene. Genes semelhantes são encontrados
em outras doenças autoimunes que predispõem o sistema imune
a atacar as próprias células e tecidos quando um vírus
a invade.
- OS VÍRUS.
A hipótese
virótica para a causa desta doença se baseia principalmente
em evidências circunstanciais: o alto índice de nascimentos
no inverno entre as pessoas com esquizofrenia; alto índice da doença
nas áreas suburbanas das cidades, e uma incidência mais alta
de esquizofrenia nas populações que tiveram epidemias de
gripe. Por exemplo, um estudo na Finlândia mostrou um alto índice
de esquizofrenia nas pessoas cujas mães estavam no segundo trimestre
de gravidez durante uma epidemia importante de gripe há vinte anos
atrás. Alguns pesquisadores postularam que se uma mulher grávida
suscetívelmente genética tiver uma gripe no segundo trimestre
de gravidez quando as células cerebrais do feto se encontram em
desenvolvimento, o seu sistema imunológico reage à invasão
do vírus atacando também estas células vulneráveis
do cérebro. Recentemente, o vírus da doença
de Borna, que dispara uma desordem neurológica em animais, foi encontrado
no sangue de um paciente esquizofrênico. Ainda há necessidade
de pesquisas extensas a serem realizadas antes que uma conexão real
entre vírus e o princípio da esquizofrenia possa ser feita.
- OS FATORES
PSICOLÓGICOS.
Embora
fatores genéticos neurológicos quase certamente sejam os
fatores mais importantes nas desordens da esquizofrenia, seria irresponsável
ignorar e dizer que estão fora de cogitação as pressões
e influências que podem exacerbar ou servir de gatilho para os sintomas
inerentes a esta doença. O cérebro é um sistema complexo
de apreensão, que além de responder a mecanismos físicos
internos também responde a estímulos do mundo. A pesquisa
demonstrou que os lóbos pré-frontais do cérebro freqüentemente
são afetados nos pacientes com esquizofrenia sendo extremamente
responsivo a tensões de ambiente. Pelo fato dos sintomas negativos
do esquizofrênico serem naturalmente extraídos do círculo
de sofrimento familiar, é seguro supor que a sua realimentação
negativa intensifica o estado neurológico já vulnerável
servindo-lhe regularmente de gatilho e exacerbando a existência dos
sintomas.
* Tratamento
O Instituto
Nacional de Saúde Mental e a Agência de Seguros de Pesquisa
e Saúde organizaram suas recomendações para tratamento
em sete categorias: (1) medicações com anti-psicóticos;
(2) medicações adicionais para depressão, ansiedade
ou hostilidade; (3) terapia com eletroconvulsivos; (4) tratamentos psicológicos;
(5) intervenções familiares; (6) reabilitação
vocacional; (7) tratamento intensivo comunitário. Precocemente captada,
a esquizofrenia tem melhores resultados em seu tratamento. Os estudos indicam
que pacientes que recebem drogas antipsicóticas e outros tratamentos
durante os seus primeiros episódios e os cinco anos seguintes a
estes, são freqüentemente menos hospitalizados e requerem menos
tempo para controlar plenamente os sintomas, desde que procurem ajuda rapidamente.
Um estudo comprovou que a intervenção de controle prévio
da esquizofrenia, reduziu o diagnóstico de surtos. Entretanto
os pacientes suportam uma média de 10 meses com sintomas sérios
antes de receber tratamento e a pesquisa indica que mais da metade dos
indivíduos com esquizofrenia recebe cuidados inadequados. Particularmente,
Afro americanos são menos passíveis de receber bom tratamento.
* Tratamento
medicamentoso
Antipsicótico
típico (ou neuroléptico), Drogas.
As drogas
típicas antipsicóticas foram até bem recentemente
o principal tratamento para esquizofrenia. Bloqueiam os receptores de dopamina,
neurotransmissores que julga-se ter influência nos sintomas psicóticos.
Estes medicamentos também são referidos como drogas neurolépticas
porque podem causar efeitos neurológicos paralelos. A primeira droga
deste tipo utilizada para tratar esquizofrenia foi a clorpromazina (Amplictil).
Muitas outras drogas antipsicóticas estão agora disponíveis,
a mais popular é o haloperidol (Haldol). Incluindo entre outras
perfenazina (Trilafon - não encontrei no Vade-mécum - Brasil),
tioridazina (Melleril), mezoridazina (Serentil - não encontrei no
Vade-mécum - Brasil), trifluoperazina (Stelazine) e flufenazina
(Anatensol Depot). Os estudos não mostraram quaisquer diferenças
significativas de benefícios entre estas drogas; seu impacto benéfico
é maior em sintomas psicóticos, particularmente nas alucinações
e enganos (equívocos) nas etapas iniciais e intermediárias
das desordens mentais. Drogas típicas antipsicóticas não
são muito bem sucedidas na redução dos sintomas negativos,
embora as pessoas freqüentemente demonstrem um menor isolamento e
apatia em virtude da redução dos episódios psicóticos.
De um terço a um quinto dos pacientes com esquizofrenia, não
respondem adequadamente ao tratamento com drogas. Um estudo importante
informou que somente um terço dos pacientes recebem dosagem corretas.
* Conceito
Quando,
na Alemanha, o Dr. Alois Alzheimer , no início deste século
(1906), ao estudar o caso clínico da Sra. August D., definindo-o
como uma patologia neurológica que cursa com demência, onde
havia sintomas de perda de memória, problemas de comportamento e
perda de habilidades motoras, não tinha a mínima noção
de que esta doença, que levaria o seu nome, seria um dos grandes
problemas de saúde pública e um dos grandes desafios da geriatria,
neste início de novo milênio.
A população
mundial está envelhecendo, principalmente nos países em desenvolvimento
como o Brasil. Só para se ter uma idéia da extensão
deste problema, veja o gráfico abaixo:
No Brasil:
HOJE 15 milhões de idosos
2020 32 milhões de idosos
Ou seja,
estamos tornando um país jovem de cabelos brancos, citando um grande
estudioso da terceira idade, Dr. Renato Veras. Assim, com uma freqüência
cada vez maior, aparecerá doenças próprias da velhice,
tais como as patologias do coração, as artrites e artroses,
a osteoporose e as doenças neurológicas degenerativas, onde
as demências têm um destaque todo especial.
A Doença
de Alzheimer, também conhecida como demência senil tipo Alzheimer,
é a mais comum patologia que cursa com demência. E o que vem
a ser demência? Popularmente, conhecida como esclerose ou caduquice,
a demência apresenta como características principais: problemas
de memória, perdas de habilidades motoras (vestir-se, cozinhar,
dirigir carro, lidar com dinheiro...), problemas de comportamento e confusão
mental.
Quando
falamos que as demências estão constituindo um sério
problemas de saúde pública em todo o mundo, temos que mostrar
em números o que isto representa.
* Causas
Existem
várias teorias que procuram explicar a causa da doença de
Alzheimer, mas nenhuma delas está provada.
Destacamos:
* Sintomas
No começo
são os pequenos esquecimentos, normalmente aceito pelos familiares
como parte normal do envelhecimento, mas que vão agravando-se gradualmente.
Os idoso tornam-se confusos, e por vezes, ficam agressivos, passam a apresentar
distúrbios de comportamento e terminam por não reconhecer
os
próprios
familiares.
À
medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes
dos familiares e cuidadores, quando precisam de ajuda para se locomover,
têm dificuldades para se comunicarem, e passam a necessitar de supervisão
integral para suas atividades comuns de vida diária (AVD), até
mesmo as mais elementares, tais como alimentação. Higiene,
vestir-se...
A maioria
dos idosos com Alzheimer passam por três fases: a inicial, a intermediária
e a fase final.
* O que
acontece com o cérebro
Ocorre
atrofia de todo o cérebro, principalmente, nos lobos frontais e
no hipocampo. À nível de atividade elétrica e transmissão
química entre as células cerebrais, ocorre diminuição
de neurotransmissores, notadamente a acetilcolina.
* Diagnóstico
Não
há um teste específico que estabeleça de modos inquestionável
a doença de Alzheimer. O diagnóstico de certeza só
e feito através de exame patológico ( biópsia do tecido
cerebral), conduta não realizada quando o idoso está vivo.
Desse
modo, o diagnóstico de provável Demência tipo Alzheimer
é feito excluindo outras patologias que podem evoluir também
com quadros demenciais, tais como :
* Tratamento
É
dividido em duas frentes:
1- Tratamento
dos distúrbios de comportamento: para controlar a confusão,
a agressividade e a depressão, muito comuns nos idosos com demência.
Algumas vezes, só com remédio do tipo calmante e neurolépticos
pode ser difícil controlar. Assim, temos outros recursos
não medicamentosos, para haver um melhor controle da situação.
2- Tratamento
específico: dirigido para tentar melhorar o déficit de memória,
corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Drogas
como a rivastigmina (Exelon), tacrina (Tacrinal), donepezil, metrifonato,
galantamina, entre outras, podem funcionar melhor no início da doença,
porém seu efeito pode ser temporário, pois a doença
de Alzheimer continua, infelizmente, progredindo.
Existem
outras modalidades de tratamento, ainda em fase de pesquisa e aguardando
confirmação de sua validade, pela comunidade médica.
A mais promissora parece ser a reposição hormonal (estrôgenio).
Outras seriam a seleginina, o ginkgo biloba, os anti-inflamatórios
não-hormonais (indometacina), a nimodipina e a vitamina E.
* Conceito
Depressão
não é apenas uma sensação de tristeza ou de
“baixo astral”. É mais do que se sentir triste ou ficar de luto
após uma perda. Estar deprimido é diferente das sensações
ocasionais de tristeza que fazem parte normalmente da vida. Para pessoas
deprimidas, estes sentimentos podem ser persistentes, incapacitantes e
desproporcionais em relação a qualquer causa externa. A depressão
é o resultado de uma alteração da ação
de neurotransmissores no cérebro, que afeta seus pensamentos, seus
sentimentos, sua saúde e seus comportamentos. A depressão
geralmente é acompanhada de alterações do humor, sono,
apetite e várias outras funções do organismo.
Quem
sofre desta doença geralmente não consegue simplesmente livrar-se
dela com as próprias forças e sentir-se bem. Sem tratamento
adequado, os sintomas podem persistir por semanas, meses ou anos.
* Causas
Os níveis
deles aumentam ou diminuem, mudando nossas emoções. Quando
os neurotransmissores encontram-se "em equilíbrio", sentimos a emoção
certa para cada ocasião.
Quando
alguém está deprimido, os mensageiros químicos não
estão em equilíbrio. Isso significa que alguém pode
se sentir triste quando deveria estar alegre. Ainda não está
claro por que isso ocorre em algumas pessoas e não em outras, mas
parece que a depressão ocorre em certas famílias. Outros
desencadeadores da depressão são:
- eventos
estressantes ou perdas. É normal sentir-se triste após uma
perda, como a morte de um ente querido ou o rompimento de uma relação.
Às vezes essa tristeza pode se transformar em depressão,
em pessoas que têm essa tendência. Problemas de dinheiro, trabalho
ou outros problemas pessoais podem também desencadear a depressão;
- doenças
físicas. Algumas doenças, como esclerose multipla ou derrame,
podem causar alterações cerebrais que levam à depressão.
Outras doenças podem levar à depressão porque são
dolorosas e mudam a vida das pessoas.
- níveis
hormonais. Os hormônios são substancias que se encontram no
organismo. Se os níveis de hormônios entrarem em desequilíbrio,
a depressão pode surgir. Por exemplo, pessoas com problemas da tireóide
podem ficar deprimidas.
- uso de certos
medicamentos, drogas ou álcool. Alguns medicamentos, como os remédios
para pressão alta, podem causar depressão. (Se isso ocorrer,
entre logo em contato com o médico.) O álcool e algumas drogas
ilegais podem piorar a depressão. Não é bom que os
deprimidos usem essas substancias, mesmo que pareçam ajudar momentaneamente.
* Efeitos
físicos e mentais
As alterações
no cérebro que afetam as emoções podem também
afetar a capacidade mental. Isso quer dizer que é fácil ter
pensamentos negativos, e pode ser difícil concentrar-se ou tomar
decisões quando se está deprimido. Problemas físicos
também podem ocorrer em pessoas deprimidas. Algumas têm dificuldade
em dormir ou acordam muito durante a noite. Outras querem dormir o tempo
todo. A depressão também pode fazer com que alguém
perca o apetite ou queira comer todo o tempo. Pode querer comer muitos
doces. Alguns perdem o interesse pelo sexo. Outros têm dores de estômago,
constipação, dor de cabeça, suores, taquicardia outro
sintoma físico.
*
Como ocorre
A sinapse
(comunicação entre os neurônios) é a base do
funcionamento cerebral e do sistema nervoso.
Estado
normal: os neurônios (células nervosas) liberam neurotransmissores,
que são capturados por outros neurônios por meio de seus receptores
(a substância de comunicação se fixa na célula
como uma chave na fechadura). Dentro da célula
nervosa, uma
bomba de recaptação retira parte dos neurotransmissores da
sinapse e uma enzima específica metaboliza o resto das substâncias.
Estado
Depressivo: acontece uma diminuição na quantidade de neurotransmissores
liberados, mas a bomba de recaptação e a enzima continuam
trabalhando normalmente. Então, o neurônio receptor captura
menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos "combustível".
* Sintomas
Os sintomas
abaixo geralmente estão presentes nos casos de depressão.
Geralmente a pessoa não apresenta todos esses sintomas, mas apenas
alguns deles, de forma grave suficiente para interferir no seu funcionamento
normal.
* Tratamento
Depende
da gravidade dos sintomas. Basicamente, é feito com psicoterapia
e antidepressivos. Normalmente, os medicamentos demoram de 10 a 15 dias
para surtir efeito. Além disso, a terapia com remédios deve
durar no mínimo seis meses.
* Antidepressivos
Os antidepressivos
são medicamentos que ajudam a restaurar o equilíbrio químico
no cérebro. Quando isso ocorre, sua depressão melhora gradualmente.
Seu médico vai usar informações sobre seus sintomas,
saúde física, histórico familiar e resposta anterior
a medicamentos para escolher o antidepressivo certo para você. É
importante saber que as antidepressivos não são a cura, e
que a depressão tende a ocorrer novamente. Leva tempo para os antidepressivos
começarem a funcionar e, às vezes, a dosagem precisa de ajuste.
Em geral, as pessoas se sentem melhor após tres ou quatro semanas.
Alguns podem melhorar antes. É vital não parar de tomar o
medicamento se os sintomas aparentemente melhorarem rapidamente, nem se
não melhorarem rapidamente. Os antidepressivos devem ser tomados
de acordo com a orientação médica para que funcionem
corretamente e para evitar que a depressão retorne.
- Ação
do antidepressivo
O antidepressivo
faz com que haja maior disponibilidade de neurotransmissores na sinapse.
Para isso, o remédio pode atuar de duas formas:
o bloqueando
a ação da bomba de recaptação
o bloqueando
a ação da enzima que degrada os neurotransmissores
- Efeito do
Antidepressivo
No início
do tratamento, a quantidade de neurotransmissores aumenta rapidamente.
Os resultados clínicos são mais demorados.
* Conceito
Baseado
no conceito da EFA (Epilepsy Foundation of America-USA), as epilepsias
são condições físicas, singulares, que ocorrem
quando surgem, inesperadamente, mudanças breves e repentinas no
funcionamento bio-elétrico do cérebro. Para fins de compreensão
e desmitificação comparemos uma crise (ou 'ataque') epiléptico
a um "curto circuito" momentâneo que afeta nossas células
nervosas, como parte de uma disfunção do Sistema Nervoso
Central, podendo ocorrer uma perda de consciência momentânea,
acompanhada de outros distúrbios (como os abalos musculares, movimentos
bruscos, perda do equilíbrio corporal, alterações
dos movimentos e das ações de uma pessoa, na dependência
do tipo de epilepsia que o acomete). AS EPILEPSIAS PODEM ATINGIR QUALQUER
PESSOA, INDEPENDENTEMENTE DE SUA RAÇA, IDADE OU NACIONALIDADE.
EPILEPSIA (TAMBEM
CHAMADA DE “CONVULSÕES”)
A epilepsia
é caracterizada pelo excesso de atividade descontrolada de uma parte
ou de todo o sistema nervoso central. Uma pessoa predisposta à epilepsia
tem ataques quando o nível basal de excitabilidade do sistema nervoso
(ou a parte que é sucetivel ao estado epiléptico) sobe acima
de um certo limiar critico. Mas enquanto o grau de excitabilidade for mantido
abaixo deste limiar, não ocorrem ataques.
Basicamente
a epilipsia pode ser classificada em três tipos principais: epilepsia
do grande mal, epilepsia do pequeno mal e epilepsia focal.
EPILEPSIA DO
GRANDE MAL
A epilepsia
do grande mal é caracterizada por descargas neuronais extremas em
todas as áreas do cérebro – no córtex, nas porções
mais profundas do cerbro, e ate no tronco cerebral e no tálamo.
E as descargas vão para a medula espinhal, causando convulsões
tônicas no corpo inteiro, seguidas ao final do ataque por contrações
musculares alternadamente tônicas e depois espasmódicas chamadas
de convulsões Tonico-clonicas. Freqüentemente a pessoa morde
ou “engole” a língua, podendo ter dificuldade para respirar, as
vezes ate desenvolver cianose. Alem disso, os sinais transmitidos do cérebro
para as vísceras freqüentemente causam a micção
e a defecação.
A crise do
grande mal dura de alguns segundos a ate 3 a 4 minutos. Também é
caracterizada pela depressão pos-critica de todo o sistema nervoso;
a pessoa fica num estado de estupor de um a muitos minutos após
ter passado o ataque, e depois com freqüência fica gravemente
fatigada e adormrcida por muitos horas.
Presumivelmente,
o ataque do grande do grande mal é causado pela ativação
anormal nas porções inferiores do próprio sistema
ativador do cérebro.
O que
interrompe o ataque de grande mal? Presume-se que a causa da extrema hiperatividade
neuronal durante um ataque de grande mal seja a ativação
maciça de muitas vias reverberativas por todo o cérebro;
todas essas vias se reexcitando. Presumivelmente também o principal
fator que faz cessar o ataque alguns minutos é o fenômeno
da fadiga neuronal. Acredita-se que o estupor e a fadiga corporal total
ocorridos depois que passa a crise do grande mal resultem da intensa fadiga
das sinapses neuronais após sua intensa atividade durante o ataque
do grande mal.
EPILEPSIA DO
PEQUENO MAL
A epilepsia
do pequeno mal é geralmente caracterizada por uma incosciencia de
3 a 30 segundos, durante a qual a pessoa apresenta varias contrações
rápidas, como abalos musculares, geralmente na região da
cabeça – especialmente piscar de olhos; depois volta a consciência
e continuam as atividades anteriores.
EPILEPSIA FOCAL
A epilepsia
focal pode envolver qualquer parte do encéfalo, sejam regiões
localizadoas do córtex cerbral ou estruturas mais profundas do cérebro
e do tronco cerebral. E quase sempre, a epilepsia focal resulta de alguma
lesão orgânica localizada ou anormalidade funcional, como
tecido cicatricial no cérebro que traciona o tecido neuronal adjacente,
um tumor que comprime uma área do cérebro, uma área
destruída de tecido cerebral, ou circuitos locais congenitamente
perturbados. Lesões como esta podem promover descargas extremamente
rápidas nos neurônios locais; e quando sua freqüência
de descarga sobe acima de aproximadamente 1.000 por segundo, ondas sincrônicas
começam a se espalhar sobre as regiões corticais adjacentes.
Estas ondas resultam presumivelmente de circuitos reverberativos localizados
que gradativamente recrutam zonas adjacentes do córtex para a zona
de descarga epiléptica.
* Tipos
de crises
As crises
podem ser generalizadas em toda a superfície cerebral e atingem
todo o corpo - , ou parciais - que envolvem apenas uma região do
cérebro, tendo efeito em apenas uma parte do corpo. Dependendo da
área cerebral afetada, a pessoa não entra em convulsão,
mas experimenta outras reações.
A - Pernas
B - Tronco
C - Braço
D-
Face
1 - Crise na
região central posterior gera a sensação de dormência.
Mais para o alto do cérebro a sensação é na
perna. Mais abaixo, no rosto.
2 - A região
occiptal (posterior) é responsável pela visão. Uma
crise nessa área provoca alucinações, como raios ou
bolas coloridas
3 - O distúrbio,
acontecendo na região responsável pela audição,
pode fazer o indivíduo ouvir sons como zumbidos bastantes fortes,
sinos e ruídos.
4 - A crise
surgida em uma determinada região pode se estender por toda a superfície
cerebral - tornando-se generalizada. As características mais marcantes
são fortes contrações musculares, salivação
e perda de consciência.
5 - Quando
acontece na região central frontal, a descarga gera convulsão
em alguma parte do corpo. Pode ou não causar perda de consciência.
6 - Na região
frontal, a reação gerada é a torção
da cabeça, enquanto os olhos se voltam para o lado oposto. A pessoa
sente um profundo mal-estar.
7 - Nesta
área do cérebro, um distúrbio costuma causar suor
em excesso, rubor na face ou palidez.
* O processo
convulsivo
1- Há
um desequilíbrio na proporção de moléculas
excitatórias e inibitórias no cérebro.
2- Os neurônios
começam a transmitir informações desorganizadamente,
Essas mensagens chegam à medula.
3- Neurônios
na medula passam as "ordens" de contração para os músculos,
gerando a convulsão.
* Causas
As principais
causas de epilepsias segundo a literatura atualizada e pesquisa na Internet
são, em quase 70% dos casos, de "causa desconhecida", sendo que
os restantes 30% são ligados às seguintes condições
ou situações:
- Traumas
na cabeça, especialmente por acidentes (automóveis, quedas,
etc...), ou mesmo lesões causadas por atos violentos, inclusive
em práticas esportivas, onde quanto mais severos os golpes ou traumatismos
do crânio mais há chances de um quadro epiléptico aparecer.
- Tumores
cerebrais e outros traumas neurológicos
- Meningites,
encefalites virais, lúpus eritematoso, doenças neurológicas
crônicas, e infecções que afetem o SNC (Sistema Nervoso
Central) como no caso da AIDS (Síndrome de imunodeficiência
Adquirida).
- Lesões
ocorridas no período gestacional, pré, peri e pós
natais, que possam afetar o desenvolvimento do cérebro de fetos
durante a gravidez.
As crises
epilépticas em seres humanos são geralmente desencadeadas
por alguns eventos:
* Consequências
Após
a crise, a pessoa sente dores musculares, mal-estar, dor de cabeça,
dificuldade de concentração e sonolência. Em alguns
casos há fraturas por causa da contração muscular.
*Tratamento
Não
é necessário tratar crise isoladas. Para pacientes epilépticos,
remédios que inibem a atividade cerebral têm eficácia
em 75% dos casos. Em alguns casos, é possível fazer-se cirurgia.
Dicas - Como
agir com uma pessoa em crise
- proteger
a cabeça e os membros;
- chame amigos
para ajudar, pois exige força;
- chamar um
médico caso a crise ultrapasse três minutos;
- não
tente desenrolar a língua ou pôr uma vara entre os dentes
da pessoa;
- não
há necessidade de ter medo da saliva, ela não transmite nenhuma
doença.
* Drogas
Antiepilépticas
A drogas
antiepilépticas (DAE) são os produtos farmacêuticos,
alopáticos, produzidos com a finalidade de conter, controlar ou
estabilizar um quadro epiléptico. As DAE agem no SNC inibindo ou
interferindo em processos neuroquímicos que podem impedir a atividade
neuronal anormal ou seu desencadeamento.
Atualmente
se recomenda evitar o uso de várias DAE para tratar de um quadro
epiléptico (politerapia), já que há DAE de uso específico
para os mais variados quadros, com bons resultados em termos médicos.
Há
que observar o cuidado na experimentação de drogas de ‘última
geração’, ou seja recém lançadas no mercado,
sem a devida experimentação em seres humanos e sua comprovação
de baixos níveis de efeitos colaterais e/ou danos às pessoas,
em especial a crianças menores de 3 anos.
* Etiologia
Pode ser de
origem Pré, Peri ou Pós Natal.
* O Que
é
A Paralisia
Cerebral é uma lesão de alguma(s) parte(s) do cérebro.
Acontece durante a gestação, durante o parto ou após
o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da
criança. É uma lesão provocada, muitas vezes pela
falta de oxigenação das células cerebrais.
A criança
com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da
postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral
que atinge o cérebro em período de desenvolvimento Não
há dois casos semelhantes.
Algumas crianças
têm perturbações ligeiras, quase imperceptíveis,
que as tornam desajeitadas a andar, falar ou a usar as mãos.
Outras são
gravemente afectadas com incapacidade motora grave, impossibilidade de
andar e falar, sendo dependentes nas actividades da vida diária.
Entre este dois extremos existem os casos mais variados. De acordo com
a localização das lesões e áreas do cérebro
afectadas, as manifestações podem ser diferentes. Os tipos
mais comuns são:
* Saiba que:
*Causas
Em cada 1000 bebés que nascem,
2 podem ser afectados por Paralisia Cerebral.
A Paralisia Cerebral não
é, geralmente, devida a qualquer deficiência dos pais ou doença
hereditária. Pode ser causada por hemorragias, deficiência
na circulação cerebral ou falta de oxigénio no cérebro,
traumatismo, infecções, nascimento prematuro e icterícia
grave neonatal.
Não se sabe exactamente,
num grande número de caso, como e porquê a criança
foi afectada, mas sabe-se que houve uma lesão, geralmente antes
do nascimento, na altura do parto, ou após este, que é responsável
pela deficiência.
* Principais causas durante o parto
* Principais causas depois do nascimento
* Prevenir é importante
* Partes do corpo afetadas
A Paralisia Cerebral atinge diversas regiões do cérebro.
Dependendo de onde ocorre a lesão e da quantidade de células
atingidas, diferentes partes do corpo podem ser afetadas, alterando o tônus
muscular, a postura e provocando dificuldades funcionais nos movimentos.
Pode gerar
movimentos involuntários, alterações do equilíbrio,
do caminhar, da fala, da visão, da audição, da expressão
facial. Em casos mais graves pode haver comprometimento mental.
A pessoa com
paralisia cerebral anda com dificuldade ou não anda, pode ter problemas
de fala.
Seus movimentos
podem ser estranhos ou descontrolados. Pode, involuntariamente apresentar
gestos faciais incomuns, sob a forma de caretas. Geralmente, porém
trata-se de uma pessoa inteligente e sempre muito sensível - ela
sabe e compreende que não é como os outros.
Para ajudá-la,
não a trate bruscamente. Adapte-se ao seu ritmo. Se não compreender
o que ela diz, peça-lhe que repita: ELA O COMPREENDERÁ. Não
se deixe impressionar pelo seu aspecto. Aja de forma natural.... Sorria....
é uma pessoa igual a você.
*Como pode
ajudar seu filho com PC
1.A MOTRICIDADE
A colaboração
dos Pais no tratamento é indispensável.
Ao lidarmos
com uma criança com Paralisia Cerebral damo-nos conta de uma variedade
de problemas, tais como: não segurar a cabeça, não
se manter sentada, não andar ou então mover-se de uma maneira
descontrolada e insegura.
O Fisioterapeuta,
ao longo de várias sessões de tratamento, vai ajudar os Pais
a compreender melhor os problemas do seu filho e a lidar com ele de uma
forma mais adequada.
Ao manejar
e posicionar o seu filho é importante movimentá-lo devagar,
dando-lhe oportunidade de se ajustar às
mudanças
de posição.
Só
o tratamento que a criança faz no Centro não chega.
2.A ALIMENTAÇÃO
No primeiro
ano de vida um dos problemas que se coloca aos pais é a Alimentação.
Ao nascer
algumas crianças apresentam uma sucção tão
fraca que têm muita dificuldade em chupar o peito ou o
biberão,
principalmente se estiverem muito tempo com sonda.
Os movimentos
dos lábios, língua, palato e mandíbula podem estar
afectados dificultando a mastigação e o engolir
(deglutição).
Quando é
altura de modificar a alimentação o problema torna-se maior,
pois a mãe, não sabendo como ultrapassar as dificuldades
continua a dar papas em vez de alimentos mais sólidos.
DÊ ATENÇÃO
À POSIÇÃO EM QUE SE DÁ DE COMER AO SEU FILHO
A posição
durante a alimentação deverá ter em conta a idade
da criança e deve permitir um bom controlo da postura e dos movimentos,
impedindo sobretudo o atirar a cabeça para trás. Tanto ao
colo, como numa almofada ou num banco especial é importante que
a mãe e o filho se sintam confortáveis, a fim de que a hora
da refeição seja agradável para ambos.
TIPOS DE ALIMENTOS
Os Pais devem
introduzir, pouco a pouco, alimentos mais sólidos, de acordo com
a idade e as possibilidades da
criança.
COMO DAR DE
COMER AO SEU FILHO?
Os Pais serão
orientados pelo Terapeuta de Fala quanto ao melhor tipo de colher e copo
a utilizar e qual a melhor
forma de o
fazer.
Quando o seu
filho está a aprender a comer sozinho, só lhe sê ajuda
naquilo que for mesmo necessário. Manifeste o seu contentamento,
quando ele é capaz de fazer qualquer coisa bem. Peça ajuda
para saber se é necessário adaptar talheres, pratos, copos,
etc. Se a criança se suja ou suja o chão com a comida, ponha-lhe
um bibe e um plástico no chão.
3.OS CUIDADOS
DE HIGIENE E A AUTONOMIA
A hora do
banho além de ser a oportunidade de a criança ficar limpa,
poderá ser também hora de brincadeira.
Aproveite
esta altura para brincar com o seu filho, peça ao seu terapeuta
informações sobre os melhores brinquedos assim como tudo
aquilo que existe para sentir que a criança fica em segurança
e bem instalada na banheira. Assim irá proporcionar momentos de
satisfação e de independência.
Não
se esqueça que é importante lavar os dentes, principalmente
depois das refeições principais. Evite dar açúcar
e doces entre as refeições.
Não
é fácil habituar qualquer criança a utilizar o bacio,
mas não deixe de o tentar. O seu terapeuta dar-lhe-á indicações
sobre que tipo de adaptações existem para que este treino
seja bem sucedido.
Estimule o
seu filho a vestir-se e a despir-se sozinho e, enquanto o faz, lembre-o
das partes do corpo. Converse com ele sobre as peças do vestuário,
para que servem e quais as suas cores. Pergunte ao terapeuta qual o tipo
de roupa mais adequada e conveniente
A tecnologia
(computadores, comunicadores, cadeiras de rodas eléctricas, etc.)
pode ajudar as crianças a melhorar asua autonomia e a terem experiências
enriquecedoras. Por exemplo, o computador pode produzir som, música,
pinturas coloridas, assim como letras e palavras de diferentes tamanhos
ajudando o seu filho a brincar, a comunicar e a escrever, proporcionando-lhe
mais possibilidades de realização, de independência
e de auto-confiança
4.COMUNICAÇÃO
E LINGUAGEM.
Existem várias
formas de comunicar: pelo olhar, sorriso, expressão da face, movimentos
do corpo, palavra, desenho ou escrita.
COMO AJUDAR
A DESENVOLVER A LINGUAGEM DO SEU FILHO
- enquanto
bebé, estimule e participe nos seus jogos vocais (palrar)
- proporcione-lhe
um ambiente estimulante, falando-lhe mesmo que ele não responda
- aproveite
para lhe falar de tudo o que o rodeia, das pessoas, das coisas, dos animais.
Contribui deste modo para
aumentar o
seu vocabulário
- não
continue a falar-lhe em linguagem infantil, como se fosse um bebé,
dê-lhe a possibilidade de crescer. Se lhe falar normalmente ajuda-o
a desenvolver a linguagem
- não
adivinhe os desejos do seu filho. Estimule-o e tente que ele se exprima
por sons, palavras, gestos ou por qualquer outro meio, de modo que não
se isole, desista ou se acomode no seu silêncio.
5.A EDUCAÇÃO
E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
As primeiras
relações são muito importantes para o desenvolvimento
da criança. O seu bebé pode ter dificuldade em, por si só,
chamar a atenção do adulto.
Serão
os Pais os primeiros a procurar a melhor forma de interagir com ele.
Os vários
técnicos poderão ajudá-los na descoberta do brincar,
sorrir, olhar, falar, olhar/comunicar.
A esta primeira
interacção segue-se toda uma fase de experiências sensoriais,
através do brincar por vezes com o recurso a brinquedos adaptados
às necessidades de cada criança.
A avaliação
contínua irá ajudar a definir as necessidades específicas
e capacidades de cada criança, em cada momento, encaminhando-a para
várias estruturas de apoio - Escola regular com ou sem apoio, Centros
e Escolas de apoio especializado.
A criança
deficiente frequentará sempre que possível o ensino regular,
no entanto, por vezes, poderá ter necessidade de frequentar, por
maior ou menor tempo, Centros mais especializados onde equipas transdisciplinares
intervindo junto da criança e da família, garantem um melhor
desenvolvimento e a continuidade de cuidados específicos do que
ela necessita, de forma a tornar possível uma maior autonomia e
uma futura integração na escola e sociedade.
* Tratamento da criança
com Paralisia Cerebral.
A espasticidade presente em grande
parte de lesões cerebrais é devido à perda de um controle
suprasegmentar
no tronco encefálico. Como
não há controle superior a atividade reflexa fica exacerbada,
há um reforço de reflexos primitivos, perde-se o controle
do tônus e a postura e movimento não mais podem ser realizados
em cimade uma base sustentável. Se é uma criança é
óbvio que ela não irá passar por todas aquelas fases
que deveria na época apropriada, tais como engatinhar ,arrastar,
preensão, etc.
O papel do fisioterapeuta é
identificar a idade da criança e o padrão motor esperado
para aquela idade e tentar
ajustar a criança para que
ela desenpenhe exatamente aquelas atividades previstas para aquela idade.
Veja uma
tabela simplificada de desenvolvimento
infantil.
Para isso ele vai ter que inibir
determinados reflexos, estimular algumas reações, dar oportunidades
à criança
para que ela experimente o máximo
de padrões motores possíveis e evitar as famosas retrações
musculares.
O tratamento precisa ser global,
é claro, por isso deve ser dada uma atenção especial
a parte respiratória da
criança, pois afinal de contas
o diafragma fica também comprometido devido à espasticidade:
pneumonia leva
grande parte das crianças
com PC ao hospital. Exercícios respiratórios associados a
técnicas de fluidificação,
descolamento e deslocamento de secreções
aliviam grande parte dos problemas.
Os músculos não perdem
sua força, mas sim o seu controle, eles não sabem como trabalhar
em conjunto. Por isso
trabalha-se muito em cima de técnicas
de ativação e inibição de reflexos (Bobath
e Kabat). Trabalhos ativos resistidos (com pesos) não devem ser
feitos pois reforçam as Reações Associadas, aumentando
a espasticidade em outro segmento ou outro membro.
Procura-se também trabalhar
os vários padrões de movimentos utilizando-se várias
posturas possíveis: experimente fazer determinado movimento na criança
com ela sentada com a cabeça virada para esquerda e braço
esquerdo estendido, após, vire a cabeça para o outro lado,
e após, flexione os braços. Você verá que o
movimento pretendido é diferente em cada uma das posturas adotadas.
Você com o tempo aprenderá a lidar com tudo isso, interpretando
cada postura, cada reação ou reflexo, e ajustando tudo isso,
de maneira a conseguir sempre novos padrões, testá-los e
não deixar as retrações se instalarem. O objetivo
sempre é conseguir funcionalidade para as estruturas envolvidas
com a espasticidade.
* O Médico.
O papel do médico é
de suma importância na reabilitação da criança
pois é ele que coordena todas as etapas da
reabilitação. A criança
precisa sempre estar voltando para uma reavalição no seu
médico, pois é ele que indica
uma cirurgia quando for o caso,
é ele que prescreve medicamentos, avaliação da condição
clínica da criança.
Novos tratamentos sempre estão
surgindo e o médico pode e deve aplicá-los sempre que conveniente,
veja alguns:
# AVC = Acidente Vascular Cerebral
* Definição
* Tipos de AVC
* Fatores de risco:
# Conduta Inicial: A Cadeia de Sobrevida e Recuperação do AVC
A cadeia de
sobrevida e recuperação do AVC requer o reconhecimento rápido
dos sinais e sintomas do AVC, ativação imediata das equipes
do SME, transporte e intervenções pré-hospitalares
rápidas, pré-notificação ao hospital de destino,
diagnóstico e cuidados definitivos rápidos (incluindo o uso
de trombolíticos e outras terapêuticas emergentes) a serem
realizadas no hospital de destino.
Emprestando
da cadeia de sobrevida do atendimento de emergência cardiológico,
Hazinski desenvolveu uma cadeia de sobrevida e recuperação
do AVC, constituída de sete etapas (1) :
#
Drogas: Terapia Trombólica para AVC Isquêmico
Recentemente
o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso de TPA intravenoso em
pacientes selecionados com AVC I... baseado nos resultados positivos do
estudo do NINDS (8,9). Os pacientes tratados com TPA dentro das três
primeiras horas de início dos sintomas apresentaram 30% ou mais
de probabilidade de terem seqüelas mínimas ou ausência
de seqüelas no terceiro mês de evolução, quando
comparado com aqueles tratados com placebo (10). Entretanto, o grupo tratado
apresentou um aumento de 10 vezes no risco de hemorragia intracraniana
fatal (3% vs. 0,3%) e na freqüências de todas as hemorragias
cerebrais sintomáticas (6,4% vs. 0,6%). Ao contrário de outros
estudos, este aumento de hemorragia sintomática não causou
aumento da mortalidade no grupo tratado.
Todos os pacientes
apresentando, dentro das primeiras três horas, sinais e sintomas
consistentes com AVC isquêmico devem ser considerados para terapia
trombolítica intravenosa. Serão discutidos os aspectos a
serem considerados pelo profissional de emergência quando estiver
avaliando pacientes para terapia trombolítica.
Vamos conhecer a palavra AIDS:
A
- adquirida - que se pega, não &é herdade de pai p/ filho.
I
- imonológica - defesa, prote&cccedil;ão.
D
- deficiência - fraqueza, sem forrças. A defesa do corpo perde
a briga contra o HIV.
S
- síndrome - conjunto de sintomaas ou sinais de doenças.
* Etiologia e subtipos de HIV
Início da Epidemia e descoberta
do agente
Os primeiros casos da Síndrome
da Imunodeficiência adquirida (AIDS) foram descritos em homossexuais
masculinos nos Estados Unidos em 1981. Esses relatos foram seguidos pela
descrição da Síndrome em hemofílicos, hemotransfundidos,
usuários de drogas, crianças nascidas de mães infectadas
e parceiros sexuais de indivíduos infectados.
A primeira indicação
de que a AIDS fosse causada por um retrovírus aconteceu em 1983,
quando foi isolado um vírus com atividade de transcriptase
reversa a partir do linfonodo de um paciente com linfoadenopatia persistente
e de um paciente com AIDS. A existência do estado do portador foi
demonstrada com o isolamento do mesmo agente em indivíduos assintomáticos.
O vírus inicialmente designado LAV (Lymphadenopathy-associated virus),
HTLV-III (Human T cell leukemia/lynphotropic virus type III) e ARV ( AIDS
associated retrovirus), respectivamente por esses autores, é atualmente
designado como vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1).
Em 1986 um outro retrovírus,
deferente do já caracterizado, foi isolado de dois pacientes
com AIDS originários da África Ocidental, sendo denominado
vírus da imunodeficiência humana tipo 2 (HIV-2).
* Classificação
dos retrovírus
Retrovírus são
vírus RNA que, através da enzima DNA-polimerase RNA-dependente
(transcriptase reversa-RT), são capazes de copiar seu genoma de
RNA em uma dupla fita de DNA e integrar-se ao genoma da célula hospedeira.
Até há alguns
anos os retrovírus eram divididos em três subfamílias:
Oncovirinae, Lentivirinae e Spumavirinae. Atualmente, uma nova classificação,
baseada na homologia da seqüência de aminoácidos da enzima
transcriptase reversa, divide os retrovírus em sete gêneros:
Lentivirus (HIV-1 E HIV-2); Spumavirus; retrovírus tipo B; retrovírus
tipo C de mamíferos; retrovírus tipo C de aves; retrovírus
tipo D; BLV-HTLV ( vírus linfotrópico bovino e humano).
* Morfologia e organização
genômica
O HIV é um vírus
de aproximadamente 100 nm de diâmetro, envelopado, apresentando em
sua superfície uma membrana lipídica oriunda da membrana
externa da célula do hospedeiro e duas glicoproteínas (gp41
e gp120). Internamente a essa membrana, está a matriz protéica,
formada pela proteína p17 e o capsídeo viral de forma cônica
composto pela proteína p24. O material genético, assim como
o tRNA e as enzimas necessárias para os primeiros eventos da replicação
viral, encontram-se dentro do capsídeo viral.
O genoma do HIV, de aproximadamente
10 Kb, contém nove genes e duas regiões denominadas LTR (
Long Terminal Repeats), onde estão presentes elementos de controle
para integração, transcrição e poliadenilação
dos RNA mensageiros. Os genes podem ser divididos em dois grupos: os que
codificam as proteínas estruturais (gag, pol e env) e os que codificam
proteínas não-estruturais (tat, ver, nef, vif, vpu, vpr).
O gene gag (antígeno
de grupo) codifica a matriz protéica (MA ou p17), o capsídeo
viral (CA ou p24 e as proteínas nucleares (NC ou p6 ep7). O gene
pol (polimerase) codifica as seguintes enzimas virais: transcriptase reversa
(RT ou p51/p66), que também possui atividade de Rnase H, protease
(PR ou p10) e integrase (IN ou p32). O gene env (envelope) codifica uma
proteína inicial de 160 kd, que é clivada dando origem à
proteína de transmembrana (TM ou gp41) e à proteína
de superfície (SU ou gp120).
A gp120 apresenta cinco regiões
variáveis intercaladas por regiões conservadas. Um dos epítopos
variáveis, designado V3, é formado por uma alça, composta
de 35 aminoácidos, unida por pontes de dissulfeto. Essa região
é imunodominante e contra ela são produzidos anticorpos neutralizantes.
Os genes não-estruturais
podem ser subdivididos em regulatórios (tat e rev), que são
necessários para replicação viral in vitro e em genes
acessórios (vif, vpu, vpr e nef), que não são essenciais.
* Ciclo Viral
A infecção pelo HIV
inicia-se com a entrada do vírus na célula, através
da ligação da proteína de superfície (gp120)
com o receptor da célula (molécula CD$). A entrada ocorre
através da fusão do vírus com a membrana da célula,
sendo essa reação mediada pela gp41. Desde a sua descoberta,
ficou claro que a molécula de CD$ não poderia ser o único
receptor do HIV. Isto porque existiam células suscetíveis
à infecção viral que não apresentavam a molécula
de CD4 em sua supefícia, além disso não se conseguiu
infectar células de camundongos transfectadas com o gene da molécula
de CD4. Posteriormente foi descoberto que as moléculas CXCR4
e CCR5, cujos ligantes naturais são quemoquinas (SDF-1, para a primeira
e o RANTES, MIP-1? e MIP-1? para a segunda), eram o co-receptor do HIV.
Indivíduos com deleção no gene CCR-5 são resistentes
à infecção pelo HIV. Alguns estudos sugerem que os
indivíduos heterozigotos evoluem de forma mais lenta para a AIDS.
Após entrar na célula,
o RNA viral é convertido a DNA pelas enzimas transcriptase reversa
e ribonuclease H. Essa reação ocorre no citoplasma da célula
nas primeiras seis horas de infecção. A dupla fita de DNA,
assim formada, é integrada de forma randômica ao genoma do
hospedeiro através da enzima integrase. Uma vez integrado, o DNA
viral permanece na célula enquanto ela estiver viva.
Proteínas celulares e virais
controlam a expressão gênica do HIV. Inicialmente, apenas
as proteínas tat, rev, nef são sintetizadas, sendo a seguir
sintetizadas as proteínas estruturais e o RNA genômico. A
liberação do vírus é por brotamento; durante
esta fase, a enzima protease processa as proteínas precursoras do
pol e gag, tornando a partícula viral madura e capaz de infectar
uma nova célula.
O conhecimento do ciclo viral permitiu
que fossem desenvolvidas drogas anti-retrovirais, que atualmente podem
ser divididas em:
a) inibidores da transcriptase reversa,
que atuam na fase inicial do ciclo, impedindo a formação
do DNA a partir do RNA;
b) inibidores da protease, que atuam
no final do ciclo impedindo a maturação da partícula
viral
Outros sítios promissores
para o desenvolvimento de anti-retrovirais são os inibidores da
integrase e da proteína tat.
* Classificação
genética do HIV
Com a melhoria das técnicas
de sequenciamento foi possível, em curto espaço de tempo,
obter seqüências de várias cepas de vírus obtidas
de diferentes regiões do mundo. Isto permitiu que em 1993 fosse
sugerida uma classificação filogenética do HIV-1.
O HIV é classificado em dois tipos (1 e 2), sendo que o HIV-1 é
subdividido em dois grupos M (major) e O (outlier). cada um desses vírus
representa eventos separados de transmissão que correu de
outras espécies de primatas para a humana, provavelmente algumas
décadas atrás. Recentemente foi descoberto um novo grupo
de HIV-1 e denominado N (new).
Aparentemente o HIV-2 tem
uma infectividade e uma patogenicidade menor que o HIV-1. Ele foi encontrado
inicialmente em indivíduos na costa oeste da África. Nos
EUA e na Europa os casos encontrados em geral correspondem a pessoas oriundas
daquelas regiões.
A presença do HIV-2 no país
é controversa. Estudos iniciais indicaram que esse vírus
estava presente no Brasil. Esses estudos, porém, foram baseados
em teste sorológicos (Western Blot e radioimunoprecipitação,
respectivamente), que posteriormente foram considerados pouco específicos
para diferenciar para HIV-2, não conseguiram confirmar a presença
deste vírus num total de 3000 amostras avaliadas. Em 1991, Pieniazek
et al. encontraram três casos de infecção mista (HIV-1
e 2), utilizando a técnica de PCR e sequenciamento. Desde então,
nenhum outro caso de HIV-2 foi descrito no País.
O HIV-1 grupo O foi inicialmente
descrito em pacientes oriundos da República dos Camarões,
onde representa 105 das infecções. Ele foi encontrado em
outros países africanos a Nigéria e o Gabão, e tem
sido encontrado esporadicamente nos EUA e na Europa.
Tanto o HIV-2 quanto o HIV-1
grupo O podem não ser detectados pôr testes de ELISA baseados
apenas em proteínas sintéticas ou peptídeos do HIV-1
grupo M. Pôr este motivo é importante que a presença
destes vírus seja sistematicamente monitorada, e que possam detectar
todas as variantes do HIV. Estes vírus também não
são detectados pelos testes comerciais de carga viral.
O grupo M do HIV-1 representa a
maior parte da pandemia. O sequenciamento de uma cepa de 1959, oriunda
do Congo, sugere que a introdução do vírus ancestral
deste grupo ocorreu no final da década de 1940. Atualmente já
foram descritos 10 subtipos de A a J. Na África, local de origem
da epidemia, encontram-se todos os subtipos, porém a freqüência
é diferente em cada região. Nos outros locais predomina o
subtipo que iniciou a epidemia naquela população. Este fenômeno
é denominado efeito fundador. A exceção é a
Tailândia, onde os primeiros casos de HIV foram detectados em usuários
de droga e caracterizados com sendo do subtipo B. Em seguida, ocorreu uma
explosão da epidemia pôr via heterossexual causada pelo subtipo
E Atualmente o subtipo E também predomina na população
de usuários de droga.
No Brasil, pelo menos quatro
subtipos foram encontrados até o momento: o subtipo B,C,D e F. O
subtipo B predomina em quase todas as regiões do país. Cerca
de 40% das cepas brasileiras têm uma característica que as
diferencia das outras cepas B encontradas nos EUA e Europa: no topo da
alça V3, que é a região imunodominante da proteína
gp120, o motivo GPGR foi substituído pôr GWGR. Cepas com esta
característica estavam presentes desde o inicio da epidemia no Brasil.
O subtipo C foi inicialmente
detectado na cidade de Porto Alegre, e parece predominar na cidade de Itajai,
em Santa Catarina. A freqüência é baixa na cidade de
São Paulo e Rio de Janeiro, já em Santos o subtipo C representa
5% das infecções. O subtipo F predomina em usuários
de droga na cidade de São Paulo, onde a freqüência pode
chegar a 20% 93,96. Nas cidades do Rio de Janeiro e Santos não foi
encontrada uma associação entre os subtipo F e o uso de drogas
endovenosas71,93. O subtipo D foi encontrado numa freqüência
baixa na cidade do Rio de Janeiro71,90,106.
A primeira cepa de HIV-1 recombinante
B/F foi detectada em um casal na cidade do Rio de Janeiro. Posteriormente,
ficou claro que este fenômeno não é raro, cerca de
10% das cepas submetidas ao banco de dados do laboratório de Los
Alamos/EUA são recombinantes. Casos de dupla infecção
por subtipos diferentes foram encontrados na Tailândia e no Rio de
Janeiro. Neste último estudo ambas as cepas foram transmitidas do
caso index para a parceira sexual e o recém-nascido.
Diaz et al. Demonstraram que dupla
infecção e recombinação ocorrem quando uma
pessoa é exposta a duas cepas ao mesmo tempo. Resta agora provar
se uma pessoa com infecção estabelecida pode ser infectada
por outra cepa viral.
Ainda não se tem claro qual
a importância clínica dos subtipos. Em termos de diagnósticos,
os testes de Elisa costumam Ter alta sensibilidade para todos os subtipos
do grupo M do HIV-1. O mesmo não pode ser dito para os testes de
carga viral, que pode apresentar, variações em sua sensibilidade
de acordo com o subtipo.
Alguns estudos sugerem que as cepas
pertencentes ao subtipo E são mais transmissíveis por via
heterossexual que as subtipo B. Esses dados porém precisam ser confirmados.
* Origem do HIV e da epidemia
A síndrome da imunodeficiência
adquirida (AIDS) foi identificada, praticamente, ao mesmo tempo NA América
do Norte e na África. Não há evidencias irrefutáveis
que a origem da pandemia tenha ocorrido na África ou que fosse endêmica
nesse continente, antes de sua eclosão.
O rastreamento para se chegar á
origem da epidemia via transmissão sexual foi considerado impossível,
dado o número de parceiros dos primeiros casos relatados. Estudos
do CDC, no que tange á transmissão sangüínea,
revelaram como data mais remota o ano de 1978 em que um paciente teria
se infectado com fatores de coagulação. Esse seria um caso
isolado, tendo ocorrido grande numero de infecções, por sangue
ou hemooderivados, em 1983 e 1984. Em 1971-72, cerca de 1,2% de amostras
de soro obtidas de usuários de drogas de administração
endovenosa, em estudo retrospectivo, nos Estados Unidos, apresentavam anticorpos
para o agente etiológico da AIDS.
Há relatos de casos isolados
de possível AIDS diagnosticados retrospectivamente, nas décadas
de 60 e 70, na América do Norte, América Central, África
e Europa.
Na África, a epidemia, reconhecida
como tal, parece que se irradiou a partir da região do Lago Vitória,
atingindo áreas adjacentes, a partir de 1980. Soros de africanos,
anteriores a 1975, não apresentavam anticorpos para HIV, mostrando
que, naquele continente, a epidemia emergiu também em anos recentes.
Atualmente, a maior parte dos cientistas
admite que o HIV é originário de primatas, tendo, de alguma
maneira, se transmitido para a espécie humana.
Vírus da imunodeficiência
dos símios, como o SIVmac, isolado do macaco Rhesus (Macaca mulatta)
e o SIVsm do macaco mangabey (Cercocebus atys) são intimamente relacionados
ao HIV-2. O primata Macaca mulatta é nativo da Ásia, e em
seu hábitat não apresenta tal vírus. Provavelmente,
esses animais foram infectados horizontalmente, a partir de macacos mangabey,
em cativeiro.
A introdução do SIVsm
nos Estados Unidos deve Ter ocorrido antes de 1969, pois 1968 foi o último
ano em que macacos mangabey selvagens foram levados ao YerKes Regional
Primate Center, em Atlanta. A semelhança entre HIV-2 e SIVsm é
tal que é provável que esses vírus tenham evoluído
em época recente, a partir de ancestral comum. Especula-se que o
SIV tenha infectado o homem a cerca de 30 a 40 anos e evoluído para
HIV-2. SIVsm, aparentemente, não é patogênico para
macacos mangabey mas quando inoculado em macaca mulata, determina o aparecimento
de quadro similar á AIDS. Vários retrovírus endógenos
apresentam fenômeno semelhante, denominado xenotropismo, pelo qual
o hospedeiro original é resistente, enquanto animais de espécies
próximas são suscetíveis. Tal endogenização
de retrovirus poderá ocorrer na espécie humana, como o HIV,
no processo de seleção de indivíduos resistentes.
São relatados casos de infecção
humana após exposição ocupacional ao SIV, com soro-conversão
indistinguível da infecção por HIV-2 e com persistência
do vírus.
Chimpanzés em estado selvagem,
na África Central, podem ser portadores do lentivírus SIVcpz
e seus anticorpos reagirem com as proteínas do HIV-1. O genoma do
SIVcpz é intimamente relacionado ao HIV-1, mais do que qualquer
retrovírus de origem símia conhecido, podendo ser considerados
subtipos do mesmo vírus.
Primatas, em geral, devem ser considerados
potenciais transmissores de retrovírus ao homem. Assim, babuínos
são portadores de um retrovírus endógeno (BaEV), com
capacidade de replicação em células humanas em cultura.
Este vírus é semelhante ao da leucemia de moloney murina
e da reticuloendoteliose aviária. Além disso, vírus
quiméricos podem provir da recombinação de retrovírus
de origem animal e humana, coinfectando uma célula.
A transmissão inicial de
retrovírus de primatas, a saber, SIVsm e SIVspz para o homem,
o que explicaria a origem da AIDS, (por HIV-2 eHIV-1,reapectivamente),pode
Ter ocorrido de varias maneiras. O risco potencial de contaminação
com primatas já está presente por ocasião da captura
( mordidas , escoriações , etc) , ou quaisquer contatos com
seu sangue , o que poderia explicar alguns casos de infecção
hum, esporádicos , na África. Entretanto coincidentemente
, a pandemia de AIDS acompanhou a utilização , em larga
escala , de primatas em experimentação biológica ,
inclusive xenotransplantes.
O risco de emergência de novos
retrovirus potencialmente patogênicos é uma possibilidade
após xenotransplantes.
Na década de 60 e início
da de 70 , vários xenotransplantes (rim, fígado, coração)
de primatas , principalmente chimpanzés, para homem, foram realizados
e alguns pacientes em coma hepático foram tratados com perfusão
de seu sangue em fígado de chimpanzés ou mesmo circulação
cruzada com primatas.
Os experimentos laboratoriais e
clínicos envolvendo primatas levaram à formulação
de uma das hipóteses de transmissão do SIVcpz para o homem,
originando a epidemia por HIV-1. Esta hipótese poderia ser testada
se tecidos ou soro dos primatas doadores ou dos receptores humanos dos
primeiros xenotransplantes estiverem armazenados.
Recentemente ,durante a VI Conferencia
sobre Retrovirus e Infecções Oportunistas (1999, Chicagos,EUA),
novos elementos sobre a provável conexão com chimpanzés
foram apresentados por Beatrice Haahn et al, dando subsídios
à hipótese que publiquei em 1993.
Esta pesquisadora demonstrou
que diferentes subespécie de chimpanzés são portadores
de diferentes subespécie de virus análogos ao HIV e
que uma determinada subespécie de chimpanzé encontrada no
Gabão, Republica dos Camarões e Guiné Equatorial,
teria sido a fonte das infecções humanas por HIV-1. A análise
da sequência genética do SIVcpz do Gabão é
muito semelhante à do HIV-1. O estudo , por Hahn , de amostras de
tecidos de um chimpanzé , armazenadas há mais de 10 anos
e que , na época, apresentava anticorpos para HIV-1, quando em cativeiros
nos Estados Unidos, revelou a presença do mesmo virus.
Taís vírus podem estar
presentes em chimpanzés há milhares de anos e, aparentemente
não causaram doença nesses animais suscetiveis foram
sendo eliminados, restando os resistentes, É possível que
pelo menos três transmissões independentes, de chimpanzé
para o homem, tenham ocorrido, para explicar os três grupos
principais de HIV-1. Uma vez concentrada tal transmissão, qualquer
que tenha sido o meio, vários fatores da sociedade humana – tais
como , promiscuidade sexual, emprego de transfusões de sangue e
de hemoderivados, hemodiálise, uso de drogas compartilhadas endovenosa
com seringas compartilhadas, etc, - provocaram a eclosão da epidemia,
agravada pela transmissão vertical, materno-fetal.
* Imunologia da infecção
pelo HIV
O curso clinico da infecção
pelo HIV reflete uma complexa interação entre os efeitos
do vírus sobre o funcionamento de células imunocompetentes
e a resposta imune do hospedeiro ao vírus. O que se sabe ou as hipóteses
formuladas como base para a imunossupressão induzida pelo HIV .
- Natureza e mecanismos da imunossupressão
Os efeitos da infecção
pelo HIV sobre o sistema imune são devidos em grande parte ao tropismo
especifico da gp 120 pela molécula CD4. se expressa nos linfócitos
T- auxiliares e estas células desempenham um papel central na indução
na maioria das respostas imunes. A infecção pelo HIV pode
levar a lise dos linfócitos T CD4+ ou à inativação
funcional destas células, sem citolise. Em qualquer dos casos, a
redução na atividade dops linfócitos T- auxiliares
resulta em um prejuízo de todos os tipos de respostas imunes.
Os efeitos citolíticos do
HIV sobre os linfócitos T CD4+ são refletidos pela redução
marcante destas células em pacientes de AIDS. A relação
entre linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+ no sangue periférico
é de aproximadamente de 2:1 nos indivíduos normais, mas ela
está freqüentemente reduzida, para até 0,5, em pacientes
de AIDS. Os linfócitos T CD4+ estão também reduzidos
nos tecidos linfóides e nos locais de inflamação.
Esta profunda depleção dos linfócitos T- auxiliares
ocorre a despeito do fato de que, nestes pacientes, provavelmente menos
de 1% dos linfócitos T CD4+ está infectado diretamente com
o HIV e mais de 99% destas células infectadas estão latentemente
infectados sem transcriptos do ARN viral detectáveis. Ademais, varias
anormalidades imunológicas estão presentes em indivíduos
infectados pelo HIV, mesmo antes que seus linfócitos T CD4+ tenham
sofrido redução numérica. Portanto, para a compreensão
da imunossupressão induzida pelo HIV, é crucial a elucidação
do fato de que o numero de linfócitos T CD4+ destruídos é
muito maior que o numero infectado e porque aquelas células imunes
que não são eliminadas ainda não funcionam apropriadamente.
Embora a resposta não seja
ainda bem conhecida, é provável que a depleçao dos
linfócitos T CD4+ se deve tanto a uma combinação da
lise direta das células infectadas, quanto a mecanismos indiretos
que envolvem células infectadas e não infectadas. Foram descritos
pelo menos três mecanismos de citolise direta dos linfócitos
T CD4+ induzida pelo HIV:
1. O processo de produção
do vírus leva a lise dos linfócitos T infectados, por causa
de um aumento na permeabilidade da membrana plasmática, resultante
da inserção da glicoproteina codificada por env e/ou brotamento
do víron. A maior permeabilidade resulta num influxo de íons
e água, levando a lise osmótica ou a um influxo de uma quantidade
letal do cálcio.
2. Uma grande quantidade de ADN
viral citoplasmática permanece no citoplasma, não sendo incorporada
ao genoma celular em células infectados pelo HIV. Isto pode ter
efeito tóxico sobre as células infectadas. Similarmente,
níveis elevados de transcriptos não funcionais de ARNm viral
no citoplasma também interferem com as funções celulares
normais.
3. Os produtos do gene env, como
a gp120, podem ligar moléculas CD4 recem-sintetizadas ou recicladas
no citoplasma e esta interação intracelular pode ser letal
à célula.
Embora o HIV possa infectar macrófagos,
estas células são relativamente resistentes aos efeitos citoliticos
do vírus. Isto pode refletir o fato de que níveis elevados
de expressão de CD4 são necessários, não só
para o ingresso viral nas células, mas também para a citotoxidade
induzida pelo vírus. A menor expressão de CD4 nos macrófagos,
em comparação com os linfócitos T- auxiliares, pode
proteger os macrófagos da morte induzida pelo vírus. De fato,
muitos macrófagos podem tornar-se infectados por uma via CD4-independente,
como a fagocitose de outras células infectadas ou pela endocitose,
mediada pelo receptor Fc, do HIV revestido por anticorpos. Visto que os
macrófagos podem ser infectados, mas geralmente não mortos
pelo vírus, eles são provavelmente um importante reservatório
para este vírus durante o longo curso clinico das doenças
relacionadas ao HIV. De fato, a quantidade de HIV associada aos macrófagos
excede em muito a quantidade de vírus associado aos linfócitos
T na maior parte dos tecidos de pacientes de AIDS, como o cérebro,
pulmões e linfonodos.
Há hipóteses para
pelo menos três mecanismos que respondem pela depleção
indireta dos linfócitos T CD4+ não infectados, induzida pelo
HIV:
1. O HIV pode bloquear a maturação
de linfócitos T CD4+ por infectar células que produzem citocinas
necessárias para a maturação dos linfocitosT.
2. Células infectadas pelo
HIV, expressando gp120 na superfície celular, podem ligar-se e fundir-se
com linfócitos T CD4+ não infectados; isto pode levar a formação
de células fusionadas, células gigantes multinucleadas ou
sincícios, in vitro. O período de vida dessas células
gigantes é breve. É possível que este fenonemo possa
contribuir para a depleção in vitro dos linfócitos
T CD4+, embora não haja evidencia direta para tal ocorrência.
3. A infecção pelo
HIV de alguns linfócitos T CD4+ pode levar a destruição
auto-imune de linfócitos T CD4+, tanto infectados quanto não
infectados. GP-120 soluvel liberado de células infectadas pode ligar-se
a CD4 na superfície de células não infectadas. Muitos
pacientes apresentam anticorpos circulantes anti-gp120, que poderiam mediar
a destruição destes linfócitos T revestidos de gp120,
por citotoxidade mediada por células dependente de anticorpo (ADCC)
ou pela fixação de complemento. É também possível
que os anticorpos específicos para proteínas virais possam
fazer reação cruzada com proteínas de superfície
dos linfócitos T normais, levando a destruição. Por
exemplo, a molécula gp41 do e3nvelope viral tem uma região
de homologia com o domínio ?1 das moléculas de classe II
do CHP. Vistos que o linfócitos T humanos ativados expressam a classe
II do CHP, anticorpos contra gp41 podem fazer reação cruzadas
com esses linfócitos T, mediando sua destruição. Similarmente,
gp120 e IL-2 partilham regiões de homologia; e anticorpos anti-gp120
em pacientes de AIDS podem ligar-se a il-2, interferindo com o crescimento
do linfócito T dependente de IL-2. alternativamente, a ligação
de gp120 a linfócitos T CD4+ não infectados pode tornar estas
células sucessíveis à lise por CTLs específicos
para gp120. isto foi demonstrado in vitro, ocorrendo quando linfócitos
T CD4+ não infectados internalizam e processam a proteína
gp120 e apresentam um derivado peptídico em associação
com as moléculas de classe II do CHP. CTLs específicos para
gp120, classe II-restritos, foram isolados e clonados do sangue periférico
de pacientes infectados pelo HIV e estes CTLs podem lisar outros linfócitos
T CD4+ que processaram a molécula gp120.
Alem da depleção dos
linfócitos T CD4+, que se torna mais significativa no curso avançado
da infecção pelo HIV, o vírus também causa
danos funcionais aos linfócitos T CD4+, de modo não diretamente
relacionado a efeitos citotoxicos ou à depleção
dos linfócitos T. linfócitos-T não-infectados em pacientes
infectados pelo HIV apresentam uma redução na expressão
de receptores de IL-2 e uma redução na secreção
de IL-2, em resposta a antígenos solúveis tanto in vivo quanto
in vitro. As respostas humorais quanto aos antígenos solúveis
e as respostas dos CTLs a certos agentes virais ficam também prejudicadas,
provavelmente como uma conseqüência da incapacidade dos linfócitos
T-auxiliares CD4+ em secretar quantidades adequadas das citocinas apropriadas
e necessárias para a diferenciação funcional dos linfócitos
B e CTLs.
Como ocorre com os efeitos citoliticos,
esta anormalidade funcionais dos linfócitos T CD4+ se devem mais
provavelmente à ligação de HIV ou da gp120 livre a
moléculas CD4 nos linfócitos T-auxiliares. Tal ligação
pode ter numerosas conseqüências. CD4 que se ligou a gp120 pode
não estar disponível para interagir com moléculas
da classe II do CHP nas células apresentadoras de antígeno
(APCs) e assim as respostas dos linfócitos T aos antígenos
solúveis podem ficar inibidas. Alternativamente, a ligação
de gp120 a CD4 pode sub-regular a expressão de superfície
de uma serie de moléculas necessárias para a ativação
dos linfócitos T, como CD3 e a própria CD4. esta regulação
negativa pode ser devida à modulação de CD4 induzida
por gp120 e, talvez, do cd3 associado, bem como à inibição
da transcrição dos genes para CD4 e CD3. ademais, a proteína
Tat do HIV também pode bloquear as respostas dos linfócitos
T induzidas por antígenos, presumivelmente por interferir com as
vias de ativação intracelular dos linfócitos T.
Os efeitos imunossupressivos do
HIV podem também estar parcialmente relacionados com os efeitos
que o vírus exerce sobre outras células, alem dos linfócitos
T CD4+. Anormalidade na ativação dos linfócitos B
são observadas freqüentemente em individuos infectados pelo
HIV. Paradoxalmente, estes pacientes apresentam tipicamente níveis
séricos elevados de Igs, devido a ativaacao policlonal dos linfócitos
B. Este pode ser um resultado de um efeito ativador policlonal do HIV ou
da própria gp120. a ativação policlonal dos Linfocitos
B pode também ser causada pela infecção pelo EBV,
que pode estar amplamente descontrolada em indivíduos infectados
pelo HIV, como uma decorrência de respostas imunes reduzidas dos
linfocitos T. a despeito dessa hiperatividade generalizada
dosv linfócitos B, as respostas ilmunes Humorais a antígenos
recém introduzidos estão muito reduzidas. A redução
da ajuda dos linfócitos T, bem como a refratariedade dos próprios
linfócitos B, podem ambas desempenhar um papel nessa deficiencia
.
Os macrofagos estão freqüentemente
lnfectados com o vírus e há relatos de que diversas funções
dos macrofagos estão prejudicadas em pacientes infectados pelo HIV.
Estes prejuízos são:redução da quimiotaxia,
produção de IL-1 e morte dos micróbios dependente
de metabolitos do oxigênio. Ademais, as capacidade de aprentacao
de antígenos dos monocidos e macrófagos estão reduzidas,
nos paciente de AIDS. Um mecanismos possível para este efeito é
regulação negativa da expressão da classe II do CHP,
que foi descrita como ocorrendo em macrófagos infectados pelo HIV.
Foi também relatado que as
células NK de pacientes de AIDS ficam funcionalmente prejudicados
pelo um organismo desconhecido e esta pode ser a razão para a inadequada
imunidade antiviral, nestes indivíduos.
Fica aparente, que muitas anormalidades
nas células do sistema imune resulta da infecção pelo
HIV. Com tudo, não esta ainda esclarecido quais defeitos contribuem
mais significativamente para imunodeficiência.
* Respostas imunes ao HIV
Tanto as resposta imunes humorais,
quanto medidas por células, especificas para uma ampla variedade
de produtos de os genes do HIV foram demonstradas em pacientes infectados
por este vírus.diante da taxa de mortalidade extremamente elevada
entre os indivíduos infetados pelo HIV,fica claro que estas respostas
imunes ao vírus não conferem uma proteção adequada.
Certamente isto se deve parcialmente ao fato de que os linfócitos
T CD4+ necessários para dar inicio as respostas imunes protetoras
contra o vírus são mortos ou inativados pelo próprio
vírus e assim as respostas imunes podem ficam demasiadamente comprometida,
para serem capazes da eliminação do HIV.alem disto, o genoma
do HIV exibe um grau notável de variabilidadegenética, em
grande parte como resultado da alta frequência de erro intrínseco
à transcrição reversa.
Um grau notável de variabilidade
genética, como um resultado de elevadas taxas de mutações,
inserções e deleções e recombinações
entre as diferentes linhagens virais. Isto resulta em variações
antigênicas que podem servir à sua evasão do sistema
imune do hospedeiro. A despeito da pouca eficácia das respostas
imunes ao vírus, é importante caracterizá-la por duas
razões. Primeiramente, as respostas imunes podem ser prejudiciais
ao hospedeiro, como já aludimos anteriormente; elas resultam na
morte auto-imune de linfócitos T não infectados ou podem
estimular a absorção de agentes virais opsonizados por células
não infectadas, por meio de uma endocitose mediada pelo receptor
Fc. Em segundo lugar, o planejamento de vacinas para a imunização
contra o HIV exige o conhecimento dos epítopos virais que, mais
provavelmente, estimulem as respostas imenes protetoras.
As moléculas mais imunogênicas
no HIV parecem ser as glicoproteínas do envelope e títulos
elevados de anticospos anti-gp120 e antigp41 estão presentes na
maioria dos indivíduos infectados pelo HIV. Outras imunoglobulinas
frequentemente encontradas em soros de pacientes são anticorpos
anti-p24, transcriptase reversa e produtos dos genes gag e pol. O efeito
destes anticorpos sobre o curso clínico das doenças
relacionadas ao HIV é provavelmente mínimo. Curiosamente,
os anticorpos antienvelope são geralmente inibidores fracos da infectividade
ou efeitos citopáticos do vírus, dando apoio a hipótese
de que os etípotos mais himunogênicos das glicoproteínas
do envelope são pouco importantes para as funções
destas moléculas. Além disso, os anticorpos são usualmente
específicos para a linhagem viral, de modo que anticorpos de um
indivíduo infectados frequentemente não reconhecem o HIV
isolado de outros indivíduos infectados. Isto implica em que as
porções imunogênicas do HIV não só são
funcionalmente pouco importantes, mas também são codificadas
por genes variáveis. É possível que a resposta imene
do hospedeiro possa atuar como uma pressão seletiva, que promove
a sobrevivência dos agentes virai mais variáveis geneticamente.
Títulos baixos e anticorpos neutralizantes que podem inativar o
HIV estão presentes em pacientes infectados pelo vírus, do
mesmo modo que anticorpos podem mediar a ADCC. Estes anticorpos São
usualmente específicos para gp120. Permanece controverso se há
uma correlação entre o título destes anticorpos e
o curso clínico da doença.
Anticorpos neutralizantes produzidos
experimentalmente, formados pela imunização de animais com
HIV ou com proteínas codificadas pelo HIV purificadas, são
potencialmente úteis para o tratamento dos indivíduos infectados.
Visto que o HIV pode disseminar-se por fusão intercelular, seriam
necessários anticorpos que bloqueiem a fusão, bem como neutralizem
as partículas virais livres. Ademais, tais anticorpos precisariam
reconhecer as partes invariáveis do vírus.
O papel das respostas imunes mediadas
por células à infecção pelo HIV está
também incompletamente compreendido. CTLs CHP - restritos, específicos
para os produtos dos genes env, gag e pol foram detectados em indivíduos
infectados pelo HIV. Além disso, existe uma atividades das células
NK contra alvos infectados pelo HIV, nestes pacientes. Estes mecanismos
efetores são claramente importantes no controle imunológico
ou outros tipos de infecções virais e seu papel na infecção
pelo HIV carece de mais pesquisas.
* Contágio
Para se pegar a doença, vírus
HIV, o líquido contaminado da pessoa doente tem que entrar no organismo
da outra pessoa.
Isso pode acontecer das seguintes
formas:
1- Relação sexual,
anal, oral ou vaginal.
2- Uso de seringas e agulhas contaminadas
com o vírus HIV por pessoas que usam drogas injetáveis (na
veia).
3- Transfusão de sangue.
4- Objetos cortantes.
5- Gravidez. (Numa forma de contágio
que oferece riscos para a criança, caso a mãe seja HIV-Positivo,
não para a mãe.)
6- Amamentação. (Numa
forma de contágio que oferece riscos para a criança, caso
a mãe seja HIV-Positivo, não para a mãe.)
* Sintomas
* Tratamento
- Novas drogas
Aproximadamente 20 (vinte) novas
drogas anti-retroviráis, estão em fase final de desenvolvimento
e dentro em pouco tempo deverão ser colocadas a disposição
dos médicos para serem administradas em pacientes soropositivos
para o HIV. Estes novos medicamentos demonstraram, durante as fases de
testes, ser significativamente mais potentes do que os atuais e provocam
menos efeitos tóxicos. Alguns possuem o que os médicos chamam
de meia vida longa (efeito prolongado) permitindo que os mesmos sejam tomados
em dose única diária, o que trará mais conforto ao
portador do HIV, facilitará a aderência ao tratamento e permitirá
uma melhoria na qualidade de vida do paciente.
Dentre as novidades estão
dois novos tipos (classes) de drogas: os Inibidores de Fusão e os
Inibidores da Integrase, que poderão ser muito úteis principalmente
no resgate de pacientes já extensamente tratados e que já
não apresentam respostas satisfatórias às drogas atualmente
em uso.
Os inibidores de fusão tem
a função inibir a entrada do HIV nas células CD4+.
Esta droga tem ainda a vantagem de evitar as mutações do
HIV, porque atua antes da ação da transcriptase reversa.
A seguir são apresentadas
algumas dessas novas drogas, de acordo com sua classe:
- Inibidores de Transcriptase reversa
Análogos de Nucleocídio: Entricitabina (FTC); PMPA; Lodenosina
(F-ddA); Adefovir; BCH 10650 e PZT.
- Inibidores da Transcriptase Reversa
Não Análogos de Nucleocídeo: Emivirina (MKC 442);
GW 42 0867X; AG 1549 e Calanolide A.
- Inibidores de Protease: ABT 378
(já em testes no Brasil); Timpranavir; DMP 450; L 756,423; BMS 232632
e DG 17/35.
- Inibidores de Fusão: T-20;
AMD-3100 e FP-21399
- Inibidores da Integrase: Zintevir
(AR 177).
- Coquetel
* Direitos como soro positivo
"Contra o preconceito, o pânico e a discriminação, a prática da solidariedade é salvadora."
Todas as pessoas têm o direito
à informação clara, exata, cientificamente fundada
sobre a AIDS, sem nenhum tipo de restrição. Os portadores
do vírus têm direito a informações específicas
sobre sua condição.
Todo portador do vírus da
AIDS tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem
qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida.
Nenhum portador do vírus
será submetido a isolamento, quarentena, ou qualquer tipo de discriminação.
Ninguém tem o direito de
restringir liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo
de serem portadoras do HIV, qualquer que seja sua raça, sua nacionalidade,
sua religião, sua ideologia, seu sexo ou orientação
sexual.
Todo portador do vírus da
AIDS tem direito à participação em todos os aspectos
da vida social. Toda ação que tende a recusar aos portadores
do vírus um emprego, um alojamento, uma assistência ou privá-la
disso, ou que tenda a restringí-la disso, ou que tenda a restringi-los
à participação nas atividades coletivas, escolares
e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por
lei.
Todas as pessoas têm direito
de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que
tenham sido rigorosamente testados para o HIV.
Ninguém poderá fazer
referência à doença de alguém, passa ou futura,
ou ao resultado de seus testes para a AIDS semo consentimento da pessoa
envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser
assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais
.
Ningúem será submetido
aos testes de AIDS compulsoriamente, em caso algum. Os testes de AIDS deverão
ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, para controle
de transfusões e transplantes, e estudos epidemiológicos
e nunca para qualquer tipo de controle de pessoas ou populações.
Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser informados.
Os resultados deverão se informados por um profissional competente.
Todo portador do vírus tem
direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu estado de saúde
ou resultado dos seus testes.
Todo portador do vírus tem
direito a continuação de sua vida civil, profissional, sexual
e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos
completos à cidadania.
* "ALCOOLISMO
É DOENÇA" (OMS - Organização Mundial de Saúde)
É o
que a medicina afirma, mas a maior dificuldade das pessoas é entender
como isso funciona. Alguns acham que é falta de vergonha; outros,
que é falta de força de vontade; outros, até, que
é coisa do "capeta", outros acham que leva algum tempo para desenvolver
tal "vício". A verdade é que algumas pessoas nascem com o
organismo predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem o
álcool. Aproximadamente dez em cada cem pessoas nascem com essa
predisposição, mas só desenvolverão esta doença
se entrarem em contato com o álcool.
O alcoolismo
é uma doença, de possível determinação
fatal e progressiva até mesmo em períodos de abstinência.
* Trageto
do álcool no corpo
Quando um
inindivíduo ingere bebida que cont'em alcool, ele sofre as repercussões
deste ato. O álcool rapidamente vai até o estômago
e o intestino delgado, onde é absorvido. Imediatamente cai na circulação
sanguínea. Juntamente com o sangue passa pelo fígado, indo
ao coração através da veia cava inferior. Em seguida
passa a artéria pulmonar, indo aos pulmões onde recebe a
companhia do oxigênio e retorna ao coração. Daí
ele vai ao Sistema Nervoso Central e repercute sobre formas de sensações
e perturbações. Ainda nos pulmões uma pequena parte
evapora com a expiração no ar ambiente, proporcionalmente
á quantidade de álcool contido no sangue. Uma outra parte
é eliminada através dos rins em forma de urina.
O alcool afeta
principalmente o fígado, fazendo com que suas células se
incham de pequenas gotas de gordura. Se o fígado continuar sendo
atacado pelo alcool, essas gotas de gordura vão se tornar maiores,
e somando-se a uma dieta fraca e desrregulada, produzirão o fenômeno
conhecido por cirrose hepática. Os rins também são
afetados, ocorrendo aumento de pressão, e com o passar do tempo,
podem, sofrer hiperte'são arterial crônica.
O alcoolismo
avançado pode produzir no viciado problemas de polineurite, gastrite,
nefrites, cirrose hepática, psicoses, desordens mentais, e em uma
última istância, o delirium tremens.
O nível
de álcool no sangue depende de vários fatores: quantidade
ingerida, velocidade da ingestão, estado de plenitude do estômago
e peso do ingestor. A velocidade de absorção depende de o
estômago estar vazio (absorção rápida) ou estar
repleto ( absorção demorada). A ingestão de 44g de
etanol (álcoo) na forma de cerveja (1400ml), alcançaria níveis
sanguíneos totalmente diferentes, dependendo do estômago estar
vazio (0,92g/l) ou repleto (0,49g/l), numa mesma pessoa.
* Álccol
no SNC
A ação
do álccool no SNC é de um depressor primário. A estimulação
é só aparente, pela perda da inibição. Várias
funções do SNC são afetadas, em doses relativamente
pequenas, tais como memória, coordenação motora, concentração
e percepção. As alterações de humor são
incontroladas e explosões emocionais são frequentes. Os efeitos
sobre o sistema nervoso são proporcionais à concentração
de alccool no sangue.
* O Alcoolismo é caracterizado por 4 fases:
* O que é estar alcoolizado?
* Proporção em álcool absoluto de diferentes bebidas
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* Os efeitos do álcool
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0,1 a 0,3 g/l - equivalente a um copo de cerveja, um cálice pequeno de vinho, uma dose de uísque ou outra bebida destilada | Zona de tolerância psicológica. Não há constatação de problemas. |
0,3 a 0,5 g/l - dois copos de cerveja, um cálice grande de vinho, duas doses de bebidas destiladas | O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando sensação de calma e satisfação |
0,51 a 0,8 g/l - três ou quatro copos de cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque | Reflexos retardados,
dificuldades de adaptação da visão a diferenças
de luminosidade, superestimação das
possibilidades e minimização de riscos e tendência à agressividade |
0,8 a 1,5 g/l - a partir dessa taxa, as quantidades são muito grandes e variam de acordo com o metabolismo, com o grau de absorção e com as funções hepáticas de cada indivíduo | Dificuldades de controlar automóveis, incapacidade de concentração e falhas na coordenação neuromuscular |
1,5 a 2,0 g/l | Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão |
2,0 a 5,0 g/l | Embriaguez profunda |
5,0 g/l | Coma alcoólica |
"É preciso ter sempre a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distingüir umas das outras"
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*Drama de
um apaixonado
Quando
a conheci, eu tinha apenas 16 anos.
Ela eu
não sei. Fomos apresentados numa festa por um carinha que se dizia
um amigo.
Foi amor
a primeira vista.
Ela me
enlouquecia. Nosso amor chegou a um ponto que já não conseguia
viver sem ela, mas era um amor proibido.
Meus pais
não aceitavam.
Fui repreendido
na escola e passamos a nos encontrar escondidos, até que não
deu mais.
Fiquei
louco, eu a queria mas não a tinha.
Eu não
podia permitir que me afastassem dela.
Eu a amava.
Bati com
o carro, quebrei tudo dentro de casa e quase matei minha irmã.
Estava
louco precisando dela.
Hoje tenho
39 anos, estou internado num hospital, sou inútil e vou morrer abandonado
pelos meus pais e amigos e por ela.
Seu nome
é cocaína, seu apelido é crack.
Meu amor,
minha vida, minha destruição e minha morte devo a ela.
( Autor desconhecido)
* O que
é
Droga é
toda substância que introduzida em um organismo vivo, pode modificar
uma ou mais de suas funções. Temos drogas que são
proibidas pela legislação, conhecidas vulgarmente como tóxicos,
como a maconha, cacaína, crack, LSD, haxixe, ópio, heroína,
etc. O uso de drogas pode trazer sérios riscos à saúde
física e mental dos usuários. Além desses problemas,
ainda trarão problemas aos usuários e traficantes com a polícia
e justiça.
* Categorização das drogas
- Maconha
É o
nome popular de um grupo de plantas arbustivas de origem asiática,
cujo nome científico é cannabis. Todas as plantas deste gênero
contém canabióis, que nada mais são do que uma substância
química responsável pelo efeito psicotrópico. O principal
ativo da maconha é o THC - Tetrahidrocanabinol. A espécie
de cannabis mais cultivada para fins psicotrópicos na América
é a Cannabis Sativa, trazida pelos europeus, e seu cultivo destinava-se
a produção de fibras têxteis.
= Consequências
para o organismo:
A fumaça
da maconha ao chegar nos pulmões é absorvida pela corrente
sanguínea, sendo levada ao cérebro e para quase todos os
tecidos do corpo. As substâncias ativas da maconha podem permanecer
por dias ou semanas no corpo do usuári. O uso frequente pode prejudicar
várias funções corporais:
- Cocaína
A droga cacaína
é derivada da planta Erythox coca, nativa da região dos Andes,
e pode ser consumida das seguintes formas: cheirada, injetada nas veias,
fumada com tabaco, ingerida com bebida alcoólica.
= Principais
sintomas e comoportamento de um usuário de cocaína:
= Consequências
para o organismo
A cocaína,
quando usada na forma de pó, é inalada. Ela afeta a mucosa
nasal, causa corriza, espirros, e até sangramento e em casos avançados
pode ocorrer perfuração do septo nasal. Os olhos ficam avermelhados
e lacrimejam com facilidade; pode atacar o tecido pulmonar e gerar bronquite
e infecções pulmonares. Ao ser usada na forma injetável,
coloca o viciado em risco e vulnerável a diversas doenças
infecto-contagiosas, inclusive a AIDS, tendo em vista a utilização
de agulhas e seringas não esterilizadas e reaproveitadas.
A ação
da cocaína co sistema nervoso central provoca uma sensação
de euforia e bem-estar, diminuição do apetite e da necessidade
de dormir.
O uso da cocaína
associada com o álcool é muito prejudicial ao organismo,
resultando no acúmulo de um metabólito da cocaína
chamado cocaethylene. Esse metabólito é farmacologicamente
ativo como a cocaína e tem ação mais longa.
O viciado
em cocaína tende a apresentar emagrecimento considerável.
A cocaína faz-se presente ainda no coração, aumentando
sensivelmente a frequência cardíaca. É importante salientar
que a substância intorpecente ainda pode provocar um espasmo das
artérias coronárias, gerando um enfarto agudo do miocárdio
e até causar morte súbita.
- Crack
Surgiu inicialmente
nos Estados Unidos e, na década de 90, difundiu-se em diversas capitais
brasileiras.
O crack é
derivado da cocaína. Utiliza-se pasta básica da coca, que
apresenta o formato de pedra branco-amarelada, e que aquecida dentro de
um cachimbo, cachimbo, será fumada pelo usuário. O crack
é uma droga de efeito destruidor que pode viciar na primeira tragada,
escravizando seu usuário e podendo levá-lo à morte
de maneira rápida e fulminante.
= Sensações
provocadas pelo uso do crack
O crack é
muito usado pelos marginais para a prática de crimes. A utilização
desta devastadora droga gera aumento da autoconfiança, desinibição,
euforia, coragem e agitação psicomotora.
= Efeitos
no organismo
O crack vicia
rapidamente, pois em segundos (mais ou menos oito) a droga vai rapidamente
dos pulmões ao cérebro. Ela produz efeitos mais rápidos
que o pó da cocaína (inalado ou injetado). O dependente químico
apresenta um aumento na atividade psicomotora e altera os centros cerebrais
responsáveis pelo prazer. Normalmente, o crack inibe a fome. Outros
sintomas são o aumento da pressão, transpiração
demasiada e algumas alucinações visuais. Seu uso contínuo
pode provocar prejuízos aos sistemas nervoso e cardiovascular.
Inicialmete
o usuário sentirá dores de cabeça, tonturas e desmaios.
Passados alguns dias sente vontade de fumar mais e mais. O efeito do crack
para o viciado é muito rápido e seu prazer dura apenas enquanto
tiver fumando. Depois disso o usuário fica com o corpo amolecido
e atinge um sono profundo, dando a impressão de que está
desmaiado. Tudo isso traz consigo a degradação física
e moral.
- Heroína
Heroína
é um alcalóide, que é uma substância extraida
de vegetais com pronunciada ação farmacológica sobre
os animaisÉ obtida da morfina, o principal e mais ativo dos alcalóides
do ópio, que é uma substância que se extrai dos frutos
imaturos de várias espécies de papoulas e que é utilizada
como narcótico (produz amnésia, hipnose e analgesia).
Heroína
é alcalóide obtido da morfina sob a ação do
anidrito acético e com propriedades fisiológicas muitas vezes
superior às da morfina; é cinco vezes mais tóxica
que a morfina e gera dependência física e psíquica.
= Efeitos
A heroína
apresenta efeitos mais destrutivos do que qualquer outro opiáceo.
Em geral, é injetada na veia provocando inicialmente uma sensação
física agradável, prazer esse que desaparece rapidamente,
passando a um relativo bem-estar, acompanhado de letargia e sono por algumas
horas. A heroína não provoca alucinações, como
ocorre com o ópio, e desenvolve rapidamente um processo de tolerância.
O usuário necessitará aumentar a quantidade das doses para
obter as mesmas sensações agradáveis. No caso de altas
doses, pode levar o usuário á perda da consciência
e até a morte.
Fisiológicamente,
a heroína reduz o ritmo da pulsação, dimunuindo os
movimentos respiratórios e causando também queda da pressão
sanguínea. O uso da heroína apresentará problemas
de coordenação psicomotora e terá ainda lentidão
de reflexos.
O suicídio
é três vezes mais comum entre usuários de heroína.
* Sinais e sintomas gerais do uso de qualquer droga
* O que leva um jovem a experimentar drogas ?
* Prevenção
Tente dar
aos seus filhos bons conselhos, através de um modo de vida que desestimule
o abuso de medicamentos. Encoraje seu filho a apreciar as coisas boas da
vida, procurando experiências válidas e gratificantes. Alias,
ele fará isso mais facilmente se notar que os pais se amam e desfrutam
de uma vida sadia.
O diálogo
é muito importante; fale com seu filho sobre as drogas; exclereça
qualquer possivel dúvidas.
AMOR, CARINHO,
COMPREENSÃO E DIÄLOGO São as melhores armas para combater
o abuso de drogas.
Os problemas
de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como durante o
período escolar surgem em situações diferentes para
cada aluno, o que requer uma investigação no campo em que
eles se manifestam.
Qualquer problema
de aprendizagem implica amplo trabalho do professor junto à família
da criança, para analizar situações e avaliar características,
visando descobrir o que está representando dificuldade ou empecilho
para que o aluno aprenda.
* A noção
do normal
O termo normal
apresenta várias definições devido a imensa
gama de autores que tratam este assunto.
Mielnik formula
a definição mais adequada quando afirma que para podemos
conceituar o que é normal, devemos buscar-nos progressos da criança,
em sua evolução e desenvolvimento, comparando-a com suas
próprias habilidades e capacidades em épocas diversas.
Como o movimento
da criança para a liberdade e autonomia acontece gradativamente
(através da superação de cada crise de desenvolvimento),
cabe então reconhecer as características próprias
do comportamento infantil em cada faixa etária.
* Problemático
ou patológico ?
Para que a
criança se desenvolva bem, ela precisa de um ambiente afetivamente
equilibrado, onde ela receba amor autêntico e onde lhe permitam fazer
as necessidades próprias de seu estado infantil. Quando isso não
acontece, inicia-se uma luta entre o ambiente em que a criança vive
e as exigências que ela apresenta, o que fatalmente levará
a uma situação de desequílibrio, possível geradora
de comportamentos problemáticos ou até patológicos.
De acordo
com Mielnik, a situação problemática abrange especialmente
o relacionamento difícil com o meio e as pessoas. Na criança,
ela se manifesta em dificuldades emocionais, supersencibilidade, sentimento
de rejeição, sensação de pânico em determinadas
circustâncias, ansiedade, regressão ou infantilização.
Ainda segundo
o autor, quando essas reações apresentam um evidente agravamento,
deve-se considerar o quadro como tendendo a anormal ou patológico.
Nesse caso a criança passa a apresentar atitudes destrutivas de
maneira compulsiva, medo excessivo de tudo, extrema agitação
(ou então'torpor e sonolência), desintegração
ou mesmo ausência de relacionamento pessoal.
O comportamento
anormal ou patológico pode ter origem na própria criança
(fator genético) ou no ambiente (fator social).
* O que
são problemas de aprendizagem
Os problemas
de aprendizagem referem-se às situações difíceis
enfrentadas pela criança normal e pela crianá com um desvio
do quadro normal mas com expectativa de aprendizagem a longo prazo.
Segundo J.
Paz podemos considerar o Problema de aprendizagem como um sintoma, no sentido
de que não aprender não configura um quadro permanente, mas
ingressa numa constelação peculiar de comportamentos, nos
quais se destaca como sinal de descompensação.
Esclarecer
claramente os limites que separam "problemas" de aprendizagem dos chamados
"distúrbios"de aprendizagem é uma tarefa muito complicada,
que fica a critério do especialista na área em que a deficiêncis
se apresenta.
* Tratamento
Cabe a escola
com toda sua equipe analizar todas as situações escolares
que possam agravar os problemas de saúde física e mental
das crianças; procurar sanar estes problemas, conhecendo os recursos
assistenciais da comunidade e os de fora dela; notificar doenças
contagiosas às autoridades sanitárias; orientar as famílias
no desenvolvimento de atividades educativas ligadas á saúde
do escolar.
Cabe ao professor,
portanto identificar os problemas e as queixas; observar a frequância
e a continuidade da manifestação; conhecer as condições
familiares; encaminhar para assistência especializada; acompanhar
cada caso, informanda-se sobree as prescrições dos profissionais
de saúde e dos resultados do tratamento; propiciar o desenvolvimento
de atitides, hábitos e habilidades favaráveis a saúde
física e mental.
O trabalho
docente, quando responsável e profissional, não deve envolver
excessos de mimo e dependência, mas sim segurança e firmeza;
a criança deve sentir-se amada, porém com exigência
sóbria daquele que sabe o que ela realmente pode fazer.
Respeitar
a criança é sobretudo apontar os seus limites e, ao mesmo
tempo, estimulá-la a alcançar o vôo maior da criatividade
individual.
Para o êxito
não há receitas e sim a segurança, o amor e a dedicação
à criança, seja ela normal ou não.