A QUILHA
O velerio Atoll tem quilha fixa que pesa cerca de 430 quilhos. Cala (calado = medida minima necessaria de profundidade para que o barco nao toque o fundo)  um metro e quarenta e sete centimetros. Feita em ferro fundido e presa ao casco  (poceto) com nove parafusos de cerca de seis centimetros cada.
   Pois bem,  o Gaipava, Atoll com 20 anos de uso precisava de uma geral tambem na quilha. Com o barco na carreta percebia-se pontos de ferrugem na quilha e quando se empurrava a quilha com o pe se percebia a flexao da fibra no entorno de todo o poceto (casco).
    Os parafusos que prendem a quilha estavam cobertos por uma camada de lamina�ao, assim como a quilha que tinha sido parte laminada do casco por sobre a quilha.
   Esta lamina�ao do casco para a quilha escondia defeito de fabrica qual seja, o poceto (laminado) tem formato menor do que a quilha ai o estaleiro colocou mais de uma polegada de massa para enchimento.
   Como a reforma planejava uma lamina�ao de refor�o no entorno do poceto e a fixa�ao de astilhas o primeiro passo tomado foi recortar o molde interno do fundo do gaipava, permitindo total acesso ao local.
   Abri ai a lamina�ao que encobria os parafusos revelando suas cabe�as.
    A descida da quilha foi uma verdadeira opera�ao que contou com ajuda do amigo Jairo Leal, um macaco hidraulico,  cabos, pneus e madeiras para escora. 
Para baixar a quilha usamos uma estrutura que foi pensada com antecedencia, afinal o peso desta pe�a pode causar acidentes.
     Percebe-se a 
a faixa branca feita com massa para corrigir o defeito/diferen�a entre as medidas do poceto e da quilha. A faixa aberta no azul expoe a fibra e a quilha de ferro. Esta regiao era coberta por uma fina camada de laminacao.
A quilha foi solta vagarosamente, apoiada com o macaco hidraulico,  travada dos dois lados e presa com cabos.
Quando tirei o primeiro parafuso simplesmente nao pude acreditar que a quilha do veleiro era presa por estes parafusos que em minha opiniao sao muito pequenos.
    Comprei broca e macho. Meu amigo Jose Saide se incumbiu de refazer os furos e as roscas. O servi�o ficou muito bom.
    Comprei novos parafusos, bem maiores do que os originais o servi�o agora ficou bom e inspira total confian�a.
     Deixei um dos parafusos retirados da quilha ao relento e pasme, passado duas semanas, estava completamente enferrujado.
o piso foi rocortado permitindo acesso a regiao do poceto e aos parafusos que prendem a quilha
A quilha depois de trabalhada e recolocada agora com parafusos em a�o inox 316 com 8 cm a mais de comprimento e mais grosso tambem. Nesta foto mostra a relaminacao que foi refeita com manta, tecido e resina epoxi. Agora sim, nada de massa para enchimento e lamina�ao para encobrir matacoes.
O engenheiro naval recomendou que a quilha fosse jateada e depois pintada com tinta primer epoxi. Nao encontrei na epoca empresa que fizesse o jateamente, 430 quilos realmente e um problema para ser trabalhado. Uma empresa na epoca ate falou que poderia fazer o servi�o mas eu teria que me encarregar de levar e buscar a pe�a. Com todo o peso dela isto foi impossivel, ficaria com custo muito alto so de transporte. Decidi trabalhar a pe�a com as ferramentas que tinha.
Esmerilhadeira, lixa, e escovas de a�o adaptadas na furadeira. Apliquei sobre a pe�a um produto fosfatizante, agora resta saber quanto tempo vai durar o servi�o.
     Nas marinas do litoral o jateamento e mais facil de ser realizado e, se precisar pretendo refazer o servi�o quando da proxima puxada da agua.
   
quero voltar, ja li bastante
quero ler mais sobre o trabalho na quilha
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