Tous les Matins du Monde



"A vida é bela à medida que é feroz"¹




Não há volta nas manhãs,
Nos rios, nos perfumes,
Flores, gestos, sorrisos...

Não há encanto no futuro
Passado, ondas, brisas,
Afagos e ternuras...

Delicadezas flutuantes,
Flechadas profundas:
Tílias, tílias...

Não há promessas, Saint,
Marais, sons eternos,
Instantes, instantes...

Fantasias no espaço sideral
Nada no empírico,
Névoas coloridas...

Pássaro sem canto,
Mutação de penas,
Olhar de brilho fugidio:

Madeleine, sétima corda
Partida em laços febris e
Busca de tempo nenhum.





¹Do filme: Todas as Manhãs do Mundo (Tous les Matins du Monde, França, 1991. Direção: Alain Corneau. Com: Gerard Depardieu e Anne Brochet).



Direitos reservados. Para citar este poema:

Mendes, Juscelino V. – Tous les Matins du Monde. Página de Juscelino Vieira Mendes, seção "Poesia". Sítio http://planeta.terra.com.br/arte/juscelinomendes/, Internet, Campinas, 2003.















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