Mulato¹



Mulato feito
a jato
que não gostou
do fato.

Que fato?
Que se amou
mais o jato
que o f-ato.





¹ “A ação é centralizada no vendedor que expõe a ‘mercadoria’ aos seus clientes. Senhoras com ares arrogantes, munidas de sombrinhas, cutucam os quadris das negras, enquanto as mãos intrusas do comprador apalpam o corpo seminu da escrava sob o possível pretexto de verificar a ‘qualidade do produto’. (...). A cena recupera melancólica particularidade do sistema escravocrata no Brasil.” In O OLHAR EUROPEU – O Negro na Iconografia Brasileira do Século XIX – Boris KOSSOY e Maria Luiza Tucci CARNEIRO, p. 57. São Paulo: Edusp, 1994.



Direitos reservados. Para citar este poema:

Mendes, Juscelino V. – Mulato. Página de Juscelino Vieira Mendes, seção "Poesia". Sítio http://planeta.terra.com.br/arte/juscelinomendes/, Internet, Campinas, 2003.












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