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Olá
Arrifana
Armando Fernandes
Quando
o cidadão pensa que cria o político, já o político se prepara
para lidar o homem, dominando-o com o poder. A intenção do cidadão ao eleger
o político é que este o represente e o sirva, e não para o arrumar. Mas o
bicho político é tido como um sanguessuga. Enfraquece a sua tribo para poder
ter subalternos, da mais diversificada instrução, mantendo-o ao mais baixo nível.
Não
digo que o político se deveria enclausurar, mas abster-se de um protagonismo
incontrolado e cheio de intenções sensacionalista nos meios de comunicação
social, quer no futebol, em manifestações religiosas ou outras situações em
que o fenómeno multidões esteja assegurado. Ora, o cidadão por mérito e
respeito é que devia ser o enaltecido, o ilustre reconhecido, porque é Ele que
o político deve estima e respeito por lhe ter confiado os desígnios da sua
vida.
Mas
acontece que estes profissionais da política são os mesmos que após o 25 de
Abril se desdobraram em palestras - sessões de esclarecimentos aos
agricultores. E, eufóricos, pronunciavam os mais disparatados incentivos de
ajuda aos agricultores, como este: Nós (universitários), no fim do ano
lectivo, ou seja em Agosto, vimo-vos ajudar na plantação das árvores. Ao
fundo da sala, dois camponeses, com o seu cajado na mão, entreolham-se
e comentam: Tio Zé Manuel, estes universitários vêm plantar árvores
em Agosto?
Estes
são os políticos que temos à frente dos destinos dos nossos filhos e dos
nossos netos. São estes políticos que tratam de arrumar os sem terra de
Portugal, os desempregados e futuros, os drogados. E preservam e estimam os que
enriquecem por quaisquer meios, tendo sempre como protecção e benefício da dúvida
a justiça.
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