ANO III  Nº 27  JUNHO 2000
Director : Armando Moreira Fernandes

 


 

 

Olá Arrifana
Armando Fernandes

 

Quando o cidadão pensa que cria o político, já o político se prepara para lidar o homem, dominando-o com o poder. A intenção do cidadão ao eleger o político é que este o represente e o sirva, e não para o arrumar. Mas o bicho político é tido como um sanguessuga. Enfraquece a sua tribo para poder ter subalternos, da mais diversificada instrução, mantendo-o ao mais baixo nível.

Não digo que o político se deveria enclausurar, mas abster-se de um protagonismo incontrolado e cheio de intenções sensacionalista nos meios de comunicação social, quer no futebol, em manifestações religiosas ou outras situações em que o fenómeno multidões esteja assegurado. Ora, o cidadão por mérito e respeito é que devia ser o enaltecido, o ilustre reconhecido, porque é Ele que o político deve estima e respeito por lhe ter confiado os desígnios da sua vida.

Mas acontece que estes profissionais da política são os mesmos que após o 25 de Abril se desdobraram em palestras - sessões de esclarecimentos aos agricultores. E, eufóricos, pronunciavam os mais disparatados incentivos de ajuda aos agricultores, como este: Nós (universitários), no fim do ano lectivo, ou seja em Agosto, vimo-vos ajudar na plantação das árvores. Ao fundo da sala, dois camponeses, com o seu cajado na mão, entreolham-se  e comentam: Tio Zé Manuel, estes universitários vêm plantar árvores em Agosto?

Estes são os políticos que temos à frente dos destinos dos nossos filhos e dos nossos netos. São estes políticos que tratam de arrumar os sem terra de Portugal, os desempregados e futuros, os drogados. E preservam e estimam os que enriquecem por quaisquer meios, tendo sempre como protecção e benefício da dúvida a justiça.

 


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Jornal o Arrifana - A vez e a voz dos penafidelenses
Penafiel - Junho 2000

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