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À
atenção da Junta de Freguesia de Guilhufe
D. Fayão
Os moradores da Póvoa, em Guilhufe,
há muito que andam descontentes com os responsáveis da Junta,
uma vez que estes parecem ignorar que aquele lugar, mesmo sendo periférico,
faz parte integrante da freguesia.
Com efeito, há vários anos que vêm reclamando o
calcetamento do largo, o que a ser feito permitiria minorar os incómodos
de quem lá mora. É que se no Verão não é
possível deixar uma janela de casa aberta, por causa do pó
provocado pelo constante movimento de carros - é bom não
esquecer que na Póvoa se encontra uma das principais oficinas de
blocos do concelho, que a uns 300 metros do lugar situa-se um importante
estaleiro, com o consequente afluxo de camiões e carrinhas, e à
noite o espaço fronteiro à capela da Senhora do Desterro
é um convite para os aceleras virem demonstrar as suas habilidades
automobilísticas -, no Inverno, quando chove, a Póvoa transforma-se
num imenso lamaçal.
O ano passado uma gigantesca pilha de paralelos foi lá colocada
( desconheço por quem ) , e os moradores convenceram-se finalmente
que a hora de verem satisfeita a sua velha aspiração chegara.
Infelizmente porém, da mesma forma que foram ali postos, da mesma
forma levaram sumiço, não se sabendo para onde, nem com que
fim. E a situação permanece, sem que se vislumbrem perspectivas
de melhoramento.
Com um problema semelhante se debatiam os seus vizinhos da Pedreira.
Só que os que moram nesta rua, que vai desembocar na Póvoa,
têm a sorte de pertencerem à freguesia de Rans. Ácerca
de dois anos, pouco mais ou menos, o Presidente da Junta de Rans, mandou
proceder ao arranjo daquele lugar, que desde então ficou muito mais
transitável, tendo-se detido precisamente no local onde principia
o lugar da Póvoa, porque não lhe competia meter a foice em
seara alheia.
Como as duas freguesias pertencem ao mesmo concelho, e sendo os
dois lugares confinantes, não é ridículo que o que
pertence à Junta de Rans esteja nos trinques, e o que pertence à
de Guilhufe um nojo ? É lamentável que não exista
uma melhor coordenação e diálogo inter-freguesias,
para que em casos como este, e uma vez que se estava com a mão na
massa, a mesma empreitada fosse aproveitada para que o trabalho pudesse
ser efectuado de uma só vez, satisfazendo-se os habitantes dos dois
lugares, e poupando-se recursos ao erário público.
Mas como isto não acontece, e nunca mais quem de direito resolve
o problema de quem habita na Póvoa, estes já se têm
perguntado se não deverão começar a pensar em pedir
a transferência para os domínios do Tino. Talvez só
desta forma eles tenham hipótese de ver os paralelos serem assentados
no chão.
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