XXVII JORNADA INTERNACIONAL DE
CINEMA DA BAHIA
POR UM MUNDO MAIS HUMANO
19 a 24 de Setembro de 2000, Salvador - Bahia - Brasil


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N O T I C I A S

Aruanda aos Quarenta
Buñuel
O C I C
Sylvie Debs
Rigoberto Lopez
Zé Kéti, a Imagem e a Voz do Povo
Othon Bastos - Mais fortes s�o os poderes do ator brasileiro
40 Anos - O Tempo (Othon Bastos)




ARUANDA AOS QUARENTA (por JO�O BATISTA DE BRITO)

Imagino um jovem colegial de hoje, que entreouviu a palavra aruanda solta no ar, ficou curioso e, como sua fonte de pesquisa �bvia � a Internet, foi l� checar.

Depois de trope�ar em centenas de sites onde aruanda � nome de hotel de repouso ou produto de limpeza, caiu por fim no maior site de cinema da web, o Internet Movie Database. Clicou a palavra aruanda e a �nica informa��o que a p�gina lhe deu foi a de que se trata de um filme de 1960, realizado por Linduarte Noronha. Como o nome do realizador � clic�vel, clicou nele e a nova p�gina n�o lhe ofereceu mais que o nome do cineasta, sem nenhuma informa��o adicional (nem sequer local ou data de nascimento!), a n�o ser a filmografia do autor, resumida a Aruanda, de novo palavra clic�vel que reconduziu, tautologicamente, � p�gina anterior.
� tudo. Quem � Linduarte Noronha e de que trata o seu filme Aruanda?

O jovem curioso continua sem saber. O que me lembra um epis�dio, acontecido na terra de Linduarte Noronha, Jo�o Pessoa. Em suas interessantes iniciativas culturais, o SESC local estava promovendo, em 1988, um semin�rio sobre o documentarismo brasileiro, e um jovem cineasta ga�cho (cujo nome prefiro n�o mencionar) fazia uma palestra a respeito dos document�rios de seu Estado, para uma audit�rio lotado, predominantemente, de alunos do curso de comunica��o da Universidade Federal da Para�ba.

Na ocasi�o do debate, um dos participantes fez a pergunta inevit�vel. Perguntou o que o palestrante tinha a dizer do cinema paraibano. O jovem cineasta ga�cho se deteve, olhou em torno, confuso, sem saber o que fazer, at� que relaxou e confessou, sincero: E existe cinema paraibano? Bem, se existe, desconhe�o!.

O mal-estar criado foi tamanho que preferi no momento n�o rebater e nem me lembro mais como o incidente se concluiu.

Come�o meu depoimento sobre Aruanda com essas coisas porque acho que � a melhor maneira de ressaltar a propriedade e a urg�ncia de um pr�mio nacional que leva seu nome. Para quem n�o est� assim t�o por fora como o meu hipot�tico internauta, ou o nada hipot�tico jovem cineasta ga�cho, Aruanda � mais que um filme: � um �cone do cinema brasileiro, agora materializado na estatueta de Miguel dos Santos.

Sobre Aruanda muito j� se escreveu, mas aqui quero destacar dois aspectos, nem tanto, nem t�o bem discutidos. Primeiramente, o problema da sua categoriza��o dentro do g�nero do document�rio, e em segundo lugar, a sua significa��o, mais do que hist�rica, quase m�tica, no contexto do cinema paraibano e brasileiro.

Os seguidores de Jean Rouch que me perdoem, mas nunca existiu, nem vai existir, cinema-verdade; no m�ximo, um cinema com inten��o de verdade, provavelmente a verdade subjetiva e relativa do cineasta. O que em cinema se chama de document�rio �, portanto, algo de mais complexo do que aparenta.

A rigor. a verdade � que n�o existe document�rio: qualquer tomada, a mais objetiva poss�vel, j� implica escolha: de objeto, de dist�ncia, de �ngulo, de ilumina��o. N�o precisa ir muito longe, na obra dos maiores documentaristas do s�culo, para se constatar: Dziga Vertov, Robert Flaherty, Joris Ivens, John Grierson, Alberto Cavalcanti... nenhum deles se limitou a copiar o real. Todos eles, deliberadamente ou n�o, abriram espa�o para o experimento e a inven��o.

O maior defensor da c�pia do real, que foi o primevo pai do invento Louis Lumi�re (1864 -1948), em in�meras ocasi�es se traiu. Basta rever o seu O aguador aguado (L'arroseur arros�, 1895) que, ao inv�s de se restringir a copiar a realidade, conta ficcionalmente uma est�ria com come�o (o homem �gua o jardim), meio (a crian�a prende e solta a mangueira), e fim (o homem se molha).

Quando, em 1959, o jovem jornalista e professor de geografia Linduarte Noronha se dirigiu, com sua pequena equipe e sua c�mera emprestada, � Serra do Talhado, no Interior da Para�ba, para filmar Aruanda, ele estava consciente disso. O seu filme est� longe de ser um mero registro dessa comunidade de negros que sobrevivem da cer�mica: ele � conscientemente, e para o bem ou para o mal, um discurso de um estranho sobre esse povo. Discurso em oposi��o a hist�ria, no sentido ling��stico/semi�tico que est� em �mile Benveniste e que vem de Saussure, como fala, voz autoral que interfere e modifica o assunto de que trata.

Isto � mais do que evidente na primeira parte do filme que, assumidamente ficcional, conta, em cenas artificialmente concebidas e constru�das, o passado remoto dos habitantes do lugar. Assim, os figurantes que participaram dessa parte do filme, gente do local, foram obrigados a agir como atores, representando o que n�o s�o: os seus antepassados.




E se a segunda parte, onde se v� o trabalho atual com a cer�mica, � composta de tomadas realistas, esse realismo se esvanece no jogo da montagem imposta aos planos que, associada ao acr�scimo da m�sica, cria todo um ritmo que � muito mais est�tico do que ver�dico.

Por maior que seja o seu valor antropológico, etnográfico, Aruanda é, sim, criação.
A Serra do Talhado existe e ainda est� no mesmo lugar, ali�s, revisitada v�rias vezes pelos envolvidos no filme, por�m, como negar que os personagens no filme de Linduarte Noronha desfilam na tela diante de nossos olhos com, um pouco mais ou um pouco menos, a mesma qualidade po�tica que vemos nos camponeses de Joris Ivens ou nos esquim�s e pescadores de Flaherty?

Quer me parecer que o aspecto eminentemete ideol�gico do Cinema Novo brasileiro, pelo qual o filme de Linduarte Noronha terminou sendo absorvido quando da divulga��o, a n�vel nacional, feita por Glauber Rocha, teria enfatizado, talvez excessivamente, o lado verdade de Aruanda, em detrimento de seu lado, digamos, po�tico. Registrado pela historiografia, e pelos coment�rios cr�ticos subsequentes e dela tribut�rios, foi esse verdadismo que perdurou, e � nesse sentido que aqui proponho uma releitura, um pouco menos referencial e um pouco mais textual.

Com isso, passo ao segundo aspecto de Aruanda que me interessa.

Noutros pa�ses pode ser diferente, mas no Brasil o s�culo cinematogr�fico se finda de modo melanc�lico. Duvido que algu�m do ramo se d� por satisfeito com o que est� a�. Temos sido v�timas de circunst�ncias desfavor�veis, pol�ticas, econ�micas e de outra ordem, mas o fato � que a cinematografia presente est� a mil l�guas do minimamente aspirado. A sensa��o � bandeiriana: de um cinema que poderia ter sido e que n�o foi. N�o cabe aqui analisar por que n�o foi: para quem acompanha a hist�ria do nosso cinema desde a explos�o incontida do Cinema Novo, a sensa��o � esta, ou pr�ximo disso.

Pois leio muito Aruanda nesse vi�s bandeiriano. N�o que lhe atribua incomplei��es ou problemas desse tipo. Pelo contr�rio. Acho que Aruanda � uma pequena obra prima em seu g�nero, com toda a integridade para se tornar, como j� se tornou, monumento. A celebra��o que agora se faz de seus quarenta anos � corol�rio dessa monumentalidade. O que digo � que, por constraste, a sua import�ncia hist�rica pede um futuro que os cinemas paraibano e nacional, n�o tiveram.

Em seu livro O Discurso Cinematogr�fico dos Paraibanos, o cr�tico Wills Leal reserva um cap�tulo ao cinema espiritual, aquele que nunca existiu, a n�o ser nos papos de mesa de bar dos jovens intelectuais paraibanos da d�cada de sessenta: projetos e mais projetos que circularam de boca em boca sem nunca tomar corpo. Esse cinema imagin�rio, com certeza, n�o foi s� paraibano: uma por��o enorme do Cinema Novo, a que Aruanda est� t�o ligado, deve ter sido feita s� de conversa de mesa de bar, ou seja, de sonhos. Acho fundamental esse resgate, feito por Leal, porque aponta, por extens�o, para um cinema brasileiro em potencial, que nunca realizamos.

No caso do Cinema Novo (como tamb�m do documentarismo paraibano que Aruanda deslanchou) vieram os golpes militares, de 64 e 68, e dez anos depois de inaugurado, ele j� tinha a cara bandeiriana de que fal�vamos.

Para mim, pessoalmente e, talvez, um pouco nostalgicamente, Aruanda virou �cone - involunt�rio, � verdade - desse descaminho. Ele faz parte do grande imagin�rio do cinema brasileiro, nas v�rias acep��es da express�o: de sonhos em torno do feito, do por fazer e do nunca feito. Sonhos felizes e infelizes. Nisso ele conteria todas as nossas virtudes e todos os nossos problemas, todas as nossas vit�rias e todas as nossas derrotas.

Por isso (tamb�m!) �, em seus quarenta anos, perfeito.


BUÑUEL

A Prop�sito de Bu�uel � o novo e aclamado filme dos documentaristas Javier Riojo e Jos� Luis Lopez Linares, realizado para comemorar o centen�rio de nascimento de Luis Bu�uel. Esta produ��o espanhola de longa-metragem, in�dita no Brasil, ser� uma das grandes atra��es internacionais da XXVII Jornada Internacional de Cinema da Bahia, que este acontecer� de 19 a 24 de Setembro. Integrante do programa que a XXVII Jornada prepara para homenagear o centen�rio de nascimento do genial diretor de L'Age D'Or, o document�rio A Prop�sito de Bu�uel reconstr�i, atrav�s de entrevistas e imagens de arquivo, momentos da vida de Bu�uel, na tentativa de decifrar para o grande p�blico a enigm�tica personalidade do artista.

Ainda na programa��o em homenagem a Bu�uel a Jornada exibir� dois document�rios famosos do cineasta espanhol, Las Hurdes (Terra Sem P�o), uma produ��o francesa de 1932 sobre a Espanha primitiva e miser�vel, no alvorecer da Rep�blica, e Los Olvidados (Os Esquecidos), produ��o mexicana de 1950, que proporcionou a Bu�uel o primeiro grande reconhecimento internacional, ao conquistar em Cannes o cobi�ado pr�mio de melhor diretor.



O C I C

A Organiza��o Cat�lica Internacional de Cinema - OCIC - ter� J�ri especial na XXVII Jornada Internacional de Cinema da Bahia, que ser� realizada em Salvador, Bahia, de 19 a 24 de Setembro de 2000. A OCIC tem como finalidade prestigiar e difundir valores humanos, sociais e crist�os encontrados nos filmes exibidos em festivais internacionais atrav�s de premia��es. Nos �ltimos anos, formou J�ris Ecum�nicos em festivais como Cannes, Berlim e Veneza.

A OCIC-Brasil tem presen�a desde longos anos em festivais nacionais, a exemplo do Guarnic�, no Maranh�o, e da pr�pria Jornada Internacional de Cinema da Bahia.

Para a Jornada deste ano, a OCIC organizou um J�ri especial, com cinco membros, entre cr�ticos, professores e realizadores de cinema. Ser� presidido por Robert Molhant, secret�rio geral da Organiza��o em Bruxelas, cr�tico de cinema e especialista na organiza��o de j�ris para os Festivais.



SYLVIE DEBS



Professora
de Lettres Modernes � l'Universit� Robert Schuman de Strasbourg.



Membro fundadora do CINUS (Cin�ma Universitaire de Strasbourg) onde realizou diversos curta-metragens em 16mm.

Crítica de Cinema e Literatura. Preparou uma tese de doutoramento sobre a literatura e o cinema brasileiro na Universit� Le Mirail em Toulousse: La projection d'unhe identit� nationale. Litt�rature et Cin�ma au Br�sil: 1902-1998. Le cas du Nordeste.

Critica de Cinema e Literatura brasileira para diversas publicações como Latitudes, Cinemais, Arcalt, Caliban, Quadrant, etc.

Sylvie Debs será membro do Juri da XXVII Jornada Internacional de Cinema da Bahia.

RIGOBERTO LOPEZ




Seus document�rios e curta-metragens de fic��o tem o reconhecimento do p�blico e da cr�tica especializada de Cuba e estrangeira, assim como importantes pr�mios nacionais e internacionais.
Filmou na Espanha, Granada, Haiti, Panam�, Etiopia, Mal�, Burkina, Faso, Tanzania e Angola - onde foi tambem correspondente de guerra.
Diretor Geral de uma Telenovela da Venezuela, para a Companhia MARTE-TV - Distribu�da por Warner Brothers.
Nos Estados Unidos e Porto Rico foi produtor e realizador de um de seus mais not�veis filmes: Yo Soy del Son a la Salsa. Produzido pela Companhia norte- americana R.M.M. Film Works.

É membro da Uni�o de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC).

Rigoberto Lopez será membro do Juri da XXVII Jornada Internacional de Cinema da Bahia.
Diretor cinematogr�fico. Licenciado em Ci�ncias Pol�ticas pela Universidade de Havana. Trabalhou no Departamento de Cinema da Televis�o Cubana. Desde 1971 participa do Instituto Cubano de Arte e da Ind�stria Cinematogr�fica (ICAIC). Um dos mais destacados realizadores do Cinema Cubano.

ZÉ KÉTI, A IMAGEM E A VOZ DO POVO
(por
Guido Araujo)

Talvez o feito mais memor�vel de Nelson Pereira dos Santos ao fazer Rio Quarenta Graus, tenha sido o fato de, pela primeira vez no cinema brasileiro, haver colocado na tela como protagonista o povo brasileiro. Neste processo, o sambista e compositor popular Jos� Flores de Jesus, ou melhor Z� K�ti, foi uma fonte constante de inspira��o.

Em Rio, Quarenta Graus, Z� K�ti contribuiu com suas can��es, entre as quais A Voz do Morro, que se tornou s�mbolo do filme. Tambem fez parte da equipe t�cnica como assistente de c�mera e foi ator. Ao mesmo tempo, Z� K�ti era o Abre-te S�samo para as nossas incurs�es na favela do Morro do Cabu�u e em v�rias outras partes do sub�rbio carioca.

A m�sica de Z� K�ti nos confortava nas horas de tristeza e ressonava forte nos momentos de alegria. Recordo-me como se f�ra hoje, as noites que varamos na mans�o da Real Grandeza ao som de todo o repert�rio musical de Z� K�ti, festejando a libera��o pela Justi�a do nosso Rio, Quarenta Graus, arbitrariamente proibido por um prepotente coronel, chefe de pol�cia do Rio de Janeiro, ent�o Distrito Federal, naquele long�nquo ano de 1955.

A conviv�ncia cotidiana com Z� K�ti, sob o mesmo teto, perdurou por aproximadamente tr�s anos.
Primeiro, ele s�, no nosso famoso apartamento 1012, atr�s da Pra�a Cruz Vermelha, na Lapa.

Na nossa Rep�blica de rigidez marxista, os afazeres dom�sticos eram democraticamente divididos de acordo com os pendores de cada um. O trabalho culin�rio reca�a em Nelson, eu e Z� K�ti e aos demais o servi�o de limpeza. No dia que Z� K�ti assumia a cozinha era quase certo termos um quitute gostoso, mas , em compensa��o era o terror dos encarregados da limpeza, pois o nosso sambista tinha a capacidade de sujar todas as panelas e at� o teto da cozinha. O Jece Valad�o, que era dado a um comportamento individualista, nestas ocasi�es tentava tirar o corpo fora, para a tarefa ingrata da faxina recair nas costas de outro colega e a�, n�o raro, pintavam brigas hom�ricas, que Nelson com seu jeito conciliador tinha que apaziguar. Apesar de todas as dificuldades e da fome que por vezes passamos, foi um tempo maravilhoso, de muita amizade, desprendimento e aprendizado, que guardo indel�vel na minha mem�ria.

Quando terminamos Rio, Quarenta Graus, e nos mudamos para a mans�o de Botafogo, Z� K�ti trouxe a fam�lia (a sua mulher �ndia e a filha). O mesmo fazendo Nelson e H�lio Silva. Tambem foi um per�odo interessante, mas j� t�nhamos que conviver com certas limita��es da vida em fam�lia. Aquela liberdade de solteiro que goz�vamos, morreu, quando deixamos para tr�s o apartamento 1012.

Grande foi a participa��o de Z� K�ti em Rio, Quarenta Graus, contudo, infinitamente maior foi a sua presen�a em Rio, Zona Norte. Na realidade, Z� K�ti foi a fonte de toda a inspira��o de Nelson Pereira dos Santos, para construir o roteiro de Rio, Zona Norte. A gesta��o do filme teve in�cio num s�bado, quando pegamos o trem da Central do Brasil, para participar, a convite de Z� K�ti, de um batizado no sub�rbio do Rio, na casa de um seu compadre. Depois deste primeiro pontap�, o roteiro fluiu naturalmente, tendo como fonte inspiradora a pr�pria vida de Z� K�ti, um poeta do povo, ing�nuo e pobre, v�tima da esperteza dos parceiros inescrupulosos.

Atrav�s da magistral interpreta��o de Grande Otelo, o p�blico se comove com o drama criado por Nelson, na experi�ncia da viv�ncia de Z� K�ti como compositor popular e este, por sua vez, empresta mais uma vez, o seu talento para musicar o filme Rio, Zona Norte de melodias inesquec�veis. Z� K�ti emprestou ainda a sua colabora��o como m�sico e ator, para v�rios filmes representativos do Cinema Novo Brasileiro produzidos em 1965 como: O Desafio, de Paulo Cesar Saraceni; A Grande Cidade, de Cac� Diegues e A Falecida, de Leon Hirszman.

Em fins dos anos 50, com a minha partida para a Europa, perdi um pouco de vista o meu querido amigo Z� K�ti. Contudo, sempre o tinha na minha lembran�a e toda vez que me surgia uma oportunidade para soltar a voz naquelas terras frias, cantando m�sicas brasileiras, o meu repert�rio principal e mais aplaudido eram as can��es de Z� K�ti, sobretudo Malvadeza Dur�o.

Um belo dia, da d�cada de 60, atrav�s da imprensa brasileira, que me chegou �s m�os na distante e bela Praga, fui agradavelmente surpreendido com o �xito de Z� K�ti no Grupo Opini�o, onde as suas maravilhosas can��es ajudavam no processo de conscientiza��o e entusiasmo vivido ent�o pela parcela mais bela e solid�ria da sociedade brasileira, do Rio de Janeiro.

Jos� Flores de Jesus partiu para sempre em 15 de Novembro de 1999, mas Z� K�ti continua vivo na lembran�a daqueles que tiveram o privil�gio de ser seus amigos. Tambem a sua contribui��o criativa ser� uma perman�ncia constante no cinema, no carnaval e nas can��es que traduzem o sentimento positivo da alma brasileira.



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