Babilônia e suas filhas
“Veio um dos sete anjos que têm as sete taças, e falou comigo
dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha
sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da Terra; e
com o vinho de sua devassidão foi que se embebedaram os que habitam na
Terra. Na sua fronte achava-se escrito um nome: BABILÔNIA, A GRANDE, A
MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÔES DA TERRA” – Apoc. 17:1,2 e 5.
A grande “meretriz” descrita em Apocalipse 17, que também tem
o nome de “Babilônia, a grande, e mãe das meretrizes”, para os
evangélicos em geral, é um símbolo da Igreja Católica Romana.
Por que se acha sentada sobre muitas águas? – Águas, segundo a
Bíblia, em Apoc. 17.15, é símbolo de “povos, multidões, nações e
línguas”.
O que é “vinho de sua devassidão” que embriagou os habitantes
da Terra? – O vinho é símbolo das “falsas doutrinas e ensinamentos
errôneos mantidos pela Igreja Romana”, que tem embriagado os reis e os
habitantes da Terra.
Por que a Igreja Católica Romana é considerada “Babilônia, a
grande, a mãe das meretrizes”? – Aqui mostra que há outras
organizações religiosas, independentes, que constituem as filhas
apóstatas da Babilônia, e pertencem à mesma grande família.
Por que a Igreja Romana tem o nome de “Babilônia, a grande” e
é simbolizada por uma “mulher apóstata ou grande meretriz”? – “A
interpretação que identifica a Igreja de Roma com a Babilônia
apocalíptica não data da reforma Protestante. Tudo iniciou no sétimo
século, quando a Igreja Católica começou a apresentar os seus novos
dogmas, e a impô-los como necessários para a salvação. A
identificação da Babilônia apocalíptica com a antiga Roma pagã, é
uma invenção da moderna Roma papal” – Union With Rome, Chr. Wordsworth,
pág. 19, 20. London, Green & Cº.,1909.
Para confirmar o fato de que Roma papal é a Babilônia
apocalíptica, assim escreveu o reverendo Alexander Hislop: “Em 1825, na
ocasião do Jubileu, o Papa Leão XII cunhou uma medalha, tendo num lado a
sua própria imagem, e no outro, a da Igreja Romana simbolizada como uma
‘mulher’ segurando com a mão esquerda uma cruz, e com a direita um
cálice, com a legenda em volta dela: ‘Sedet super universum’, ou
seja: “Todo mundo é o assento da madre igreja” – The Two Babylons,
Ver. Alexander
Hislop, pág. 6. London, S. W. Partridge & Cº.,1907.
Como identificar a
Grande Babilônia
“Babilônia”, cujo termo significa “confusão”, não só
abrange a Igreja Católica Romana, mas também corpos religiosos que se
têm levantado dela, trazendo consigo muitos dos seus erros e tradições.
Dentre os erros e tradições criados pela Igreja Católica Romana
destacam-se a guarda do domingo, a crença na imortalidade da alma, a
crença do purgatório etc. Toda e qualquer denominação religiosa que
defende qualquer uma das tradições citadas colocam-se como filhas da
grande meretriz apocalíptica.
O Apocalipse mostra duas bestas, ou poderes político-religiosos
com autoridade para perseguir, prender, matar e até proferir blasfêmias
contra Deus. A primeira besta é Roma papal e a segunda é a América do
Norte. “Besta” é símbolo de um poder perseguidor e refere-se à Roma
pagã, que exerceu seu poder até 330 depois de Cristo, quando
Constantino, o Grande, transferiu a sede de seu império, de Roma para
Constantinopla. Em 15 de março de 533, a cidade de Roma foi cedida à
Igreja Católica e, pr força do decreto do imperador Justiniano, a Sé de
Roma tornou-se a cabeça de todas as igrejas. Assim, a sede de Roma pagã
tornou-se a sede de Roma papal. Então cumpriu-se Apocalipse 13:2, que
diz: “A besta que vi era semelhante a leopardo... E deu-lhe o dragão (o
império romano) e o seu poder (para governar em seu lugar), o seu trono
(a cidade de Roma) e grande autoridade”. De posse dessa autoridade, Roma
papal se coloca em lugar de Deus para perdoar pecados e condenar e até
matar os que lhes opõem contrários aos seus ensinamentos. Para confirmar
isso, assim escreveu o Papa Leão XVII: “Nós ocupamos nesta terra o
lugar de Deus Todo-Poderoso”.
Em 538 depois de Cristo, Roma papal instituiu a chamada “Santa
Inquisição”, que durou 1.260 anos de perseguição e morte aos
cristãos tidos como “hereges”. Nesse período, segundo dados do
próprio “Santo Ofício”, 31.912 pessoas foram queimadas vivas;
291.450 forma serradas ao meio, arrancados os membros com uso de
torniquetes, decapitadas, e outras tiveram os ossos quebrados por não
concordarem com as doutrinas da igreja. Maior número de cristãos foram
mortos à espada e estraçalhados por animais ferozes, em arenas, para
divertimento dos padres, bispos e seguidores do catolicismo. Ao todo,
foram sacrificados em nome do “Santo Ofício”, cerca de 100 milhões
de seguidores do cristianismo. Isto foi para cumpri-se o que profetizou
Daniel 7:25, que diz: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos (o dia que começa
ao pôr-do-sol, mudou para meia noite) e a lei (o quarto mandamento
recomenda santificar o sábado, e a igreja mudou a santificação do dia
do Senhor para o domingo); e os santos foram entregues nas suas mãos por
1.260 anos”. Os 1.260 anos proféticos, que tiveram início em 538 da
nossa era, quando foi estabelecida a “Santa Inquisição”, indo até
1798, quando, por ordem de Napoleão Bonaparte, o general Berthier invadiu
Roma e aprisionou o Papa Pio VI, levando-o a Paris, capital da França,
onde foi humilhado desfilando pelas ruas da cidade francesa com uma
coleira de cão presa ao pescoço e sendo puxado por um escravo. O poder
temporal do papado foi recuperado em 1929, quando Benito Mussoline,
estadista italiano, assinou a célebre concordata com o papa da época,
concedendo-lhe os 44 hectares que hoje constituem o Estado do Vaticano.
Como identificar as filhas da Babilônia
Babilônia, a grande, referindo-se a Roma papal, é apontada como a
mãe das meretrizes (Apoc. 17:5). Quem são as filhas da Igreja Católica?
– Todas as igrejas denominacionais que saíram da chamada “Madre
Igreja” e trouxeram suas doutrinas e tradições da fé católica, como
a observância do domingo e a crença na imortalidade da alma, estão
relacionadas como “filhas de Babilônia”.
No Catecismo da Doutrina Católica, pág. 50, publicado em 1913,
reza o seguinte: “Por que nós
católicos observamos o domingo em vez do sábado? – Observamos o
domingo em vez do sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de
Laodicéia, realizado em 336 A.D., transferiu a solenidade do sábado para
o domingo, em comemoração à ressurreição de Cristo”.
Em seu livro, “O Biblismo”, pág. 106, o padre Dubois de
Belém, faz a seguinte revelação: “A Bíblia Sagrada manda santificar
o sábado, não o domingo; Jesus e Seus discípulos guardaram o sábado.
S. Paulo e seus companheiros também guardaram o sábado. Foi a tradição
católica que honrando a ressurreição do Redentor, ocorrida num dia de
domingo, aboliu a observância do sábado”. O Catecismo Romano, pág.
440, confirma: “A igreja de Deus, na pessoa do Santo Papa, transferiu
para o domingo a solene celebração do sábado. Este ato é um sinal de
sua autoridade eclesiástica em assuntos religiosos”.
O monsenhor Segur, em seu livro “Plain Talk Protestantism of
today”, pág. 213, formula uma pergunta seguida de resposta: “A quem
os protestantes prestam homenagem quando decidem guardar o domingo em vez
do sábado? – A observância do domingo pelos protestantes é uma
homenagem que eles prestam à autoridade da Igreja Católica”.
O sábado serve de sinal para identificar o povo de Deus na Terra (Ezeq.
20:12 e 20). Assim como Deus tem um dia de guarda, a besta do apocalipse,
tem também, o seu dia de guarda, para identificar os seus seguidores.
Assim como o sábado é apontado como o “dia do Senhor” (Isa. 58:13),
o domingo é reconhecido como o dia do Papa, ou sinal da besta. As únicas
agremiações religiosas que se recusam observar o domingo como dia de
guarda são os adventistas do sétimo dia. A Congregação Cristã no
Brasil, além dos Mórmons e as Testemunhas de Jeová, não reconhecem o
domingo como dia de guarda, entretanto, se reúnem nesse dia em vez do
sábado. Essas denominações são consideradas “folhas soltas” da
árvore de Babilônia.
FONTE:
O Reformador - Jornal Alternativo
Edição
05 a 11 de Abril de 2004
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