MARÇO 2000
Papa visita Mar da Galiléia ( 24/3/2000 )
Arafat reafirma que proclamará Estado Palestino ( 24/3/2000 )
Barak e Mubarak querem avanço no processo de paz (25/3/2000)
Conselho debate Estado Palestino( 28/3/2000)
Papa visita Mar da Galiléia
O Papa João Paulo II visitou hoje o Mar da Galiléia, onde celebrou uma missa perto do lugar que a bíblia diz que Jesus fez o Sermão da Montanha. Milhares de fiéis saudaram a chegada do pontífice em seu papamóvel. Desde a chegada de João Paulo II, na terça-feira, procedente da Jordânia, onde deu início à peregrinação à Terra Santa, cada uma de suas escalas esteve fortemente carregada de referências à política contemporânea. No monumento Yad Vashem, na quinta-feira, erguido em homenagem às vítimas do genocídio nazista, o papa expressou sua dor pelo sofrimento dos judeus.
Comentário: A visita do papa a Jerusalém é algo realmente profético, visto que Roma está se aproximando de Israel. Na época da tribulação, quando o anticristo assumir o poder ele irá fazer um pacto de paz com Israel e tudo indica que ele irá dividir Jerusalém para os três grupos religiosos mais poderosos do mundo: Católicos, Judeus e Muçulmanos. Dessa forma, todos conviverão em paz, sem desarmonia.
Arafat reafirma que proclamará Estado
O Vaticano afirma que não pede a
internacionalização de Jerusalém, mas um estatuto especial para os Lugares
Santos.
O presidente da Autoridade Nacional
Palestina, Yasser Arafat, reafirmou ontem que está decidido a proclamar em 13
de setembro o Estado palestino. Foi o que em afirmou em Gaza.
Antes do fracasso da cúpula de Camp David em julho, o Conselho Central da
Organização para Libertação da Palestina (OLP), integrado por 129 membros,
decidiu pela proclamação na data, se até lá não se chegar a um acordo de
paz.
O chanceler do Vaticano, dom Jean-Louis Tauran, esclareceu que a Santa Sé
"não pede uma internacionalização" de Jerusalém Oriental. A
proposta do Vaticano, é de um "estatuto
especial que permita aos Lugares Santos serem internacionalmente garantidos".
"O que pedimos" - disse Tauran - "é que os santuários das três
religiões possam no futuro manter seu caráter único e sagrado através de
garantias internacionais".
Comentário: os judeus possivelmente nunca permitirão que alguém meta a mão em Jerusalém Orienta. Lá está a parte sagrada de Jerusalém, lugar de Abraão, Jacó...Eles darão a vida por Jerusalém. Haverá ainda uma guerra feia por causa desse pedaço de terra. Mas como está escrito em em Zacarias 12.2-3: "Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor... Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra". Por isso não se espante, Jerusalém ainda vai dar muito o que falar!
Barak e Mubarak querem avanço no processo de paz
O premier de Israel, Ehud Barak, chegou ontem ao Egito
para discutir o processo de paz israelense-palestino com o presidente Hosni
Mubarak.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, e o
primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, se mostraram de acordo ontem, em Alexandria
(Egito), sobre ``a necessidade de dar mostras de flexibilidade e avançar
no processo de paz'', declarou o chefe da diplomacia egípcia, Amr Mussa.
"Era uma reunião importante. Houve acordo sobre a necessidade (das duas
partes) de dar mostras de flexibilidade, de avançar no processo de paz e de não
permitir que este processo fracasse'', declarou Mussa à imprensa ao final de
uma entrevista entre Mubarak e Barak.
O chefe da diplomacia egípcia desmentiu que seu país esteja pressionando o
presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, para que faça concessões em
relação a Jerusalém. ``Não é nosso trabalho'', disse. ``As concessões são
necessárias, de ambas as partes, dentro da legalidade internacional'', afirmou
Mussa.
Segundo o chanceler Amr Mussa, seu país intensificará seus contatos com todas
as partes, inclusive os Estados Unidos, afirmando que o Egito está preparado
para ``ajudar'' a encontrar uma solução para o assunto de Jerusalém ``mas
dentro das resoluções das Nações Unidas''.
O premier israelense Ehud Barak, enfraquecido no plano interno, chegou a
Alexandria para examinar com o presidente egípcio Hosni Mubarak o processo de
paz depois do fracasso do encontro de cúpula israelo-palestino em Camp David
(Estados Unidos).
Estas conversações se realizam um dia depois das mantidas pelo mandatário egípcio
com o líder palestino Yasser Arafat sobre a forma de continuar as negociações
de paz, apesar das profundas divergências com Israel sobre a questão de
Jerusalém, que provocaram o fracasso da última reunião de cúpula.
Durante este encontro, o premier Ehud Barak fará um balanço da conferência
tripartite que terminou no dia 25 de julho, sem um acordo sobre o estatuto final
dos territórios palestinos, informaram autoridades israelenses.
Nas declarações que fez aos jornalistas no avião de Barak, um alta autoridade
israelense estimou que ``o Egito pode desempenhar um papel para dar um novo
impulso às negociações com os palestinos, tal como fez (ao sediar uma reunião
israelo-palestina) em Charm el-Cheik'', em setembro do ano passado.
Comentário: Jerusalém tornar-se á um cálice de tontear as nações.
Conselho debate Estado palestino
O Conselho Central da Organização para a Libertação da Palestina (CCOLP)
espera realizar uma reunião antes da data-limite de 13 de setembro para
discutir a proclamação do Estado palestino, disse ontem, em Nablus (Cisjordânia),
o chefe do colegiado, Salim Zaanun.
"O CCOLP deve se reunir antes de 13 de setembro para anunciar o nascimento
do Estado palestino, mas se a direção política nos pede que adiemos a
proclamação, vamos fazer uma votação sobre o assunto'', disse Zaanun aos
jornalistas depois de uma reunião do órgão executivo da OLP na cidade de
Nablus.
"Pedimos à direção palestina que não publique um comunicado anunciando
o adiamento'' da proclamação da independência, disse.
Durante uma reunião em 3 de julho na Faixa de Gaza, alguns dias antes da reunião
de Camp David, o CCOLP se comprometeu a proclamar um Estado palestino em 13 de
setembro, com ou sem acordo de paz com Israel.
Com o fracasso de Camp David em 25 de julho, o presidente palestino Yasser
Arafat deu algumas declarações contraditórias, afirmando primeiro que
proclamaria um Estado independente em 13 de setembro, para depois dizer que o
faria ``no momento oportuno''.
O percentual de palestinos favoráveis à violência contra Israel atingiu seu máximo
nível em seis anos, segundo os resultados de uma pesquisa publicada ontem.
Cinqüenta e dois por cento das pessoas consultadas se dizem favoráveis a
"ataques armados contra objetivos israelenses", segundo a pesquisa
realizada pelo Centro Palestino para Política e Pesquisa. Somente 44% dos
palestinos tinham esta opinião em março.
Comentário:
Provavelmente os palestinos adiarão mais uma vez a fundação do Estado visto não
ter o apoio da comunidade internacional. Essa capital vem sendo adiada desde 4
de março de 1999. Tudo leva a crer que os dois grupos realmente entrarão
em guerra por Jerusalém Oriental.