JERUSALÉM, UMA CIDADE PISOTEADA POR MUITOS CONQUISTADORES

 

JERUSALÉM ATRAVÉS DOS SÉCULOS

"Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se recebeu a minha mão direita. Apegue-se a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria"(Sl 137.5-6)

 

        O rei Davi fez de Jerusalém a capital de seu reino e o centro religioso do povo judeu em 1003 a.C. (2 Sm 5.7-12). Cerca de 40 anos mais tarde, seu filho Salomão construiu o templo (centro religioso e nacional do povo de Israel) e transformou a cidade em próspera capital de um império que se estendia do Eufrates até o Egito (1Rs 6 a 10).

         Nabucodonosor, rei de Babilônia , conquistou Jerusalém em 586 a.C., destruiu o templo e exilou seu povo (Dn 1.1-2). setenta anos depois, com a conquista de Babilônia pelos persas, o rei Ciro permitiu que os judeus retornassem a sua pátria e lhes concedeu autonomia. Eles construíram o segundo templo no local do primeiro e reconstruíram a cidade e suas muralhas (Ed 6; Ne 3 a 6).

         Veio então, Alexandre Magno e conquistou Jerusalém em 332 a.C. Após sua morte, a cidade foi governada pelos ptolomeus do Egito e mais tarde pelos selêucidas da Síria. A helenização da cidade atingiu o auge sob o rei selêucida Antíoco IV (Epifânio); a profanação do templo e a tentativa de anular a identidade religiosa dos judeus deram origem a uma revolta.  

         Liderados por judas Macabeu, os judeus derrotaram os selêucidas, reconsagraram o templo (164a.c) e restabeleceram a independência judaica sob a dinastia dos hasmoneus, que se conservou no poder durante mais de 100 anos, até que Pompeu impôs a lei romana a Jerusalém. O rei Herodes (Lc 1.5), o edomita que foi posto no poder pelos romanos para governar a judéia (37-4 a.C.), estabeleceu instituições culturais em Jerusalém, construiu majestosos edifícios públicos e remodelou o templo, transformando-o num edifício de glorioso esplendor.

        A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C, pois o governo romano tornara-se cada vez mais opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C as legiões romanas comandadas por Tito conquistaram a cidade e destruíram o templo. Veja o que Flávio Josefo, testemunha ocular e escritor erudito, escreveu a respeito da tomada de Jerusalém pelo comandante Tito:

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  No ano 70 d. C., Tito encontrava-se com um exército imenso diante de Jerusalém. Por todos os caminhos e estradas avançavam para a cidade colunas como a Judéia nunca vira. Os romanos estabeleceram seus acampamentos nos arredores de Jerusalém. Um ultimato da parte dos romanos foi recebido com risos de escárnio. Tito replicou com a ordem de assaltar. A artilharia romana que possuía catapultas de tiro rápido foi disposta em ordem de ataque. Cada uma dessas catapultas podia arremessar pedras de cento e cinqüenta quilos a uma distância aproximadamente de cento e oitenta metros. Após várias tentativas de fazer os judeus se renderem, Tito, a fim de isolar a cidade hermeticamente, ordenou a construção de valas em redor de toda cidade. Revezando-se dia e noite, as tropas construíram, num vasto arco ao redor de Jerusalém, um altíssimo muro de terra, reforçado por treze construções e vigiado por uma espessa cadeia de postos. Esta circunvalação impediu aos sitiados de tentarem conseguir provisões durante a calada da noite. A fome apoderou-se da cidade superpovoada pelos peregrinos que haviam ido lá para festividade da páscoa. O desejo de comer invadiu a todos e não interessava o que poderiam comer, pois até mesmo coisas que os animais não comiam passou a servir de alimento para aquele povo. Os terraços estavam cheios de crianças e mulheres desfalecidos, as ruas repletas de velhos mortos. Pessoas andavam cambaleantes e caíam de fome. Tão esgotadas estavam que não podiam enterrar ninguém e caíam sobre os próprios mortos ao enterrá-los. Mesmo com todo este espectro os judeus ainda lutavam como possessos e não cediam. Confiavam que no último momento Jeová acorreria em seu auxílio e salvaria o santuário.

  Os romanos conseguiram entrar na cidade e após muitas matanças chegaram ao templo, aquela poderosa e fortíssima construção, com galeria, balaustradas e pátios. Tito queria fazer todo possível para poupar o famoso santuário, conhecido em todo império romano. Propôs aos sitiados uma rendição, mas teve uma resposta negativa. Mandou então incendiar as portas de madeira do templo. Tão logo as portas foram queimadas, deu instruções para que as chamas fossem apagadas a fim de abrir passagem para o assalto dos legionários. Tito entretanto, queria que o santuário fosse poupado, mas no tumulto selvagem que se estabeleceu os combatentes incendiaram tudo.  No ano 70, os legionários romanos implantaram suas insígnias no recinto sagrado dos judeus e sacrificaram nele. No ano 71, Tito mostrou aos romanos a grandeza de sua vitória sobre Jerusalém com um imenso desfile triunfal. A maior parte da população da terra prometida que não morreu na sangrenta guerra dos judeus de 66 a 70 foi vendida como escrava :    “ E cairão ao fio da espada, e serão cativos a todas as nações. ’’

        Esses relatos detalhados que não estão contidos na Bíblia, foram contados pelo mais famoso historiador erudito chamado Flávio Josefo. Viveu naquela época, foi chefe militar da Galiléia e prisioneiro de Tito. Foi o mensageiro enviado por Tito para que os judeus se entregassem, a fim de evitar derramamento de sangue desnecessário.

          A independência judaica foi restaurada por breve período durante a revolta de Bar-Koch-ba (132-135 d.C),mas os romanos novamente triunfaram. OS judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Aelia Capitolina e os romanos a reconstruíram, dando-lhe as feições de uma cidade romana. 

        Por um século e meio, Jerusalém foi uma pequena cidade de província. Esse quadro modificou-se radicalmente quando o imperador bizantino Constantino transformou Jerusalém em um centro cristão. A Basílica do Santo Sepulcro (335 d.C) foi a primeira de um grande número de majestosas construções que se ergueram na cidade.

        Os exércitos muçulmanos invadiram o país em 634 d.C e 4 anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Somente durante o reinado de Abd el-Malik, que construiu o Domo da Rocha (Mesquita de Omar) em 691 d.C, Jerusalém foi por um rápido período a residência do califa. Após um século de domínio da dinastia omíada de Damasco, Jerusalém passou, em 750 d.C, a ser governada pela dinastia dos obássidas de Bagdá, em cujo a época começou o declínio das cidades.

        Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099 d.C, massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a capital do reino cruzado. Sob o domínio dos cruzados, sinagogas foram destruídas, velhas igrejas foram reconstruídas e muitas mesquitas transformadas em templos cristãos. Os cruzados dominaram Jerusalém até 1187 d.C, quando a cidade foi conquistada por Saladino, o curdo.

Os mamelucos, que eram a aristocracia feudal militar do Egito, governaram Jerusalém a partir de 1250 d.C. Eles construíram numerosos e elegantes edifícios, mas viam a cidade apenas como um centro teológico muçulmano e a arruinaram economicamente, por seu desleixo e impostos exorbitantes.

Os turcos otomanos, cujo domínio se prolongou por quatro séculos, conquistaram a cidade em 1517 d.C. Suleiman, o Magnífico, reconstruiu as muralhas de Jerusalém (1537), construiu o reservatório do sultão e instalou fontes públicas por toda a cidade. Após sua morte, as autoridades centrais de Constantinopla demonstraram pouco interesse por Jerusalém. Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de decadência. 

Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. Um crescente números de judeus que retornavam à sua pátria ancestral, o declínio do império Otomano e o renovado interesse da Europa pela Terra Santa foram os fatores de reflorescimento da cidade.

O exército britânico, comandado pelo general Allenby, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948, Jerusalém foi a sede administrativa das autoridades britânicas na Terra de Israel, que fora entregue a Grã-Bretanha pela liga das Nações após o desmantelamento do império Otomano no final da Primeira Guerra Mundial. A cidade desenvolveu-se rapidamente, crescendo rumo ao oeste, parte que tornou-se conhecida como a "Cidade Nova". Foi também nesse período que os britânicos batizaram Jerusalém de terra da palestina. Alguns tradutores da Bíblia, apegaram-se a esse fato e nos mapas bíblicos colocaram erroneamente o nome palestina, terra dos palestinos – que não existe, mas sim terra do povo hebreu – judeus.

Com o término do mandato britânico em 14 de Maio de 1948 e de acordo com a resolução da ONU em 29 de Novembro de 1947, Israel proclamou sua independência e Jerusalém tornou-se a capital do país. Opondo-se ao estabelecimento do novo Estado, os países árabes lançaram-se num ataque de várias frentes, o que deu origem à Guerra da Independência em 1948-49. As linhas de armistício, traçadas ao final da guerra, dividiram Jerusalém em duas partes: a Cidade Velha e as áreas ao redor, ao norte a ao sul, ficaram sob domínio da Jordânia; Israel reteve o controle das partes ocidental e sudoeste da cidade.

Jerusalém foi reunificada em Junho de 1967, em resultado de uma guerra na qual a Jordânia tentou apoderar-se da parte ocidental da cidade. O quarteirão judeu da cidade velha, destruído sob o domínio jordaniano, foi restaurado e os cidadãos israelenses puderam de novo visitar os seus lugares santos, o que lhe tinha sido negado desde 1948 até 1967. (Centro de Informações de Israel)    

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A GUERRA DOS SEIS DIAS

 

Certa manhã a força aérea israelense equipada com jatos franceses e mirages, destruiu os aviões árabes ainda em terra. O homem responsável pelo ataque foi o general Mordecai Hod, 41 anos. O ataque foi a junção do dinheiro americano, jatos franceses e a perícia dos pilotos israelenses. A instrução dada aos pilotos era que voassem rápido e baixo para que os radares inimigos não pudessem detectá-los. Também utilizaram o silêncio total, nada de comunicação entre rádios. O primeiro dia de confronto no chão foi no deserto do Sinai e na faixa de Gaza. Os aviões atacaram os tanques, os campos de pouso e as instalações militares das cidades árabes do Cairo, Damasco e Yamon, respectivas capitais do Egito, Síria e Jordânia. Israel não parava de atacar e começou a colecionar vitória sobre vitória. Com a força árabe abatida, Israel começou a mudar a estratégia da guerra. Cinco divisões israelenses foram enviadas para combater contra 14 divisões árabes. A inferioridade era clara, mas em cinco dias as forças do Estado de Israel viraram o Oriente Médio de cabeça para baixo.

Na península do Sinai, três poderosas divisões israelenses atacaram as sete divisões egípcias. O presidente egípcio Gamal Abd-el Nasser tinha 900 tanques na região, foi dado aí o primeiro golpe mortal por Israel. As tropas israelenses avançaram e deixaram um rastro de armas e homens egípcios a mercê do vento e do sol escaldante. O avanço israelense através da península do Sinai em direção ao Canal de Suez foi feito por uma estrada conquistada na guerra de 1956. O general que comandou uma divisão de tanques no Sinai foi Abraham Yolf, 54 anos em 1967. Ele afirmava categoricamente que os árabes poderiam perder uma, duas ou três guerras e nada aconteceria, mas Israel não poderia perder nenhuma. Após conquistar toda península do Sinai as tropas israelenses avançaram para o canal de Suez. Nasser sabendo que tinha sido derrotado concordou com o cessar fogo. Enquanto isso a pouco mais de 20 Km da costa, torpedos israelenses atingiram um navio de comunicação americano, ocasionando 34 mortos e muitos feridos. Os Estados Unidos preferiram aceitar a versão de Israel de que tudo havia sido acidental. O navio Liberty tornou-se um caixão flutuante sobre o mar. Enquanto as tropas israelense varriam o Sinai, começaram os conflitos com a Jordânia.

A batalha por Jerusalém foi a mais violenta, não só por sua importância estratégica como pela importância simbólica da cidade, sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos. As brigadas programadas para saltar no Sinai foram desviadas para lá. O general Mordecai era o comandante e a meta era capturar a cidade velha. Soldados e oficiais foram enviados com a missão de colocar a bandeira de Israel no muro das lamentações. Haviam sonhado com aquele dia por anos e anos. O sonho de entrar em Jerusalém, estar em Jerusalém, lutar e morrer por Jerusalém era o desejo de cada soldado israelense. Os bombardeios duraram três dias, e quando tudo acabou, os moradores do lado judeu de Jerusalém deixaram os abrigos para comemorar o dia de glória. A emoção foi grande neste dia, e era enorme o número de soldados que tentavam a todo custo chegar ao muro, um dos lugares mais sagrados para os judeus no qual ficaram impedidos de acessá-lo por vinte anos.

Apesar da euforia em Jerusalém, a vitória mais importante da guerra dos Seis Dias foi conseguida por um grupo de blindados comandados pelo coronel Uri Ben Ari que tomou o caminho de Jericó. Foi ali que terminou o envolvimento da Jordânia no conflito. O lado oeste do rio Jordão passou a ser controlado pelos israelenses. Depois foi a vez da Síria quando duas brigadas israelenses atacaram as Colinas de Golã. Os jatos israelenses atacaram a posição Síria no amanhecer. Era o único foco de resistência na fronteira. Durante um dia inteiro os sírios lutaram em vão tentando se defender com as armas soviéticas. Cinco divisões blindadas Sírias e duas divisões de soldados foram destruídas ou expulsas da região. Enfim, Israel havia conquistado as colinas da fronteira norte. Foi a batalha mais difícil da guerra. Um dos poucos lugares onde houve luta corpo-a-corpo e muitas mortes de oficiais israelenses, já que eram eles que iam dando o exemplo como pelotão de frente. A vitória militar foi arquitetada por um homem pouco falante - o Chefe de Estado Yitzhak  Rabin.

Assim foi escrita mais uma página da história de Israel e foi aceso assim um dos menores estopins do Oriente Médio. A crise que temos hoje agrava-se porque os países que perderam a guerra de 67 querem que Israel devolva tudo que conquistou, inclusive Jerusalém Oriental onde querem fundar naquele local a capital palestina. Até 1967 não havia esse conflito entre israelenses e palestinos, havia conflito entre Egito e Jordânia, Síria e Líbano, na fronteira de Israel.

Os territórios ocupados por Israel portanto foram: Cisjordânia ou margem ocidental do Jordão, Jerusalém Oriental (até então ambos dentro das fronteiras jordanianas ) e a faixa de gaza que era de proteção do Egito.

NA história de Israel ainda vai correr muita água e ainda haverá um conquistador que irá momentaneamente conquistar até os corações dos judeus. Ele fará inclusive um pacto de paz com Israel e muitos e os judeus o aceitarão como o messias tão esperado. Jesus disse uma vez: “ vim em nome do Pai e não me aceitaram, virá outro em seu próprio nome e o aceitarão ”. esse grande conquistador será o anticristo que brevemente irá aparecer no cenário mundial, quando surgir a guerra pesada no Oriente Médio contra Israel.

Os judeus somente aceitarão a Jesus como salvador na última hora, quando Jesus descer no monte das Oliveira e os libertar das garras do anticristo. “e eles verão que aqueles que eles transpassaram era o seu verdadeiro Messias”.

VAMOS PROCLAMAR PARA O MUNDO QUE JESUS É O SENHOR!

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