ISRAEL, O RELÓGIO DE DEUS
Israel, um nome com apenas seis letras, mas de extrema importância para
humanidade. Tem uma população na faixa de seis milhões de habitantes
divididos em: cinco milhões de judeus e um milhão de árabes. Contudo, a sua
volta existem cem milhões de árabes, o que faz com que Israel esteja sempre em
alerta.
A
economia de Israel é considerada de primeiro mundo e o salário mínimo gira em
torno de U$$ 900 por mês. Sua economia está crescendo na faixa de 6 a 8% ao
ano.
Politicamente
possui um parlamento que é o Nesset e vários partidos de direita e esquerda.
Os mais importantes são o Likud, de direita e o Maarach, de esquerda. Também
possui: um partido trabalhista, o Meretz, o Hadash, o partido Democrata Árabe,
o Yahadut Torah ( religioso ), o partido Nacional Religioso, o Moledet ( extrema
direita ) e o Shass
( religioso ). Os partidos religiosos controlam 20% dos partidos. A
maioria de direita e religiosos consideram o território da Cisjordânia parte
do Israel Bíblico, e não querem devolver um centímetro sequer; a outra parte
não acha que o fator Bíblico seja importante e sim a segurança. Israel é um
país democrático, o único no Oriente Médio, e respeita todas religiões. É
uma região que prospera a cada dia que passa em todos os campos imagináveis.
Pouca
gente sabe ou imagina a importância que Israel expressa nos dias passados e de
hoje. Quer queiramos ou não, estamos ligados ao destino desta terra. Se você observar bem, verá que desde pequenos
somos bombardeados com notícias sobre Israel. Todos esses anos foram
repletos de acontecimentos naquela área, geralmente conflitos ou guerras. Após
a morte de Jesus, nunca mais houve
paz ali...
As festividades do aniversário de Jerusalém,
começaram no dia 4 de setembro de 95 e prolongaram-se até janeiro de
97. A capital de Israel está completando 3000 mil anos. Mas por que Jerusalém
é tão importante no cenário mundial? Por que se preocupar com esta pequenina
cidade?
Faremos agora uma rápida viagem no túnel do tempo para
podermos compreender o que significa Israel / Jerusalém. Tudo começa com a
vida dos patriarcas, a entrada de Abraão em Canaã, uma região que ficava em
meio a uma circunvizinhança pagã. O primeiro ato de Abraão foi erigir um
altar ao Senhor. Abraão que antes se chamava simplesmente Abrão, recebeu de
Deus suas bênçãos e consequentemente a promessa de que teria tantos
descendentes quanto as estrelas. Seu nome foi engrandecido não somente como pai
dos israelitas mas também dos islamitas. Foi também um exemplo de fé, um
homem que honrou e obedeceu a Deus ao ponto de não negar o sacrifício de seu
próprio filho, Isaque, tudo de mais precioso que ele possuía. Antes de sua
morte, deu a seu filho Isaque uma esposa, Rebeca e comprou a caverna de Mcpela,
onde passou a ser o lugar de sepultamento dele, Isaque, Jacó e suas respectivas
esposas.
Outra figura importante é Moisés, o homem a quem Deus
incumbiu a missão de livrar o povo judeu do julgo egípcio. A passagem do mar
vermelho deve ter sido a cena mais emocionante que jamais voltará acontecer,
pois uma enorme massa de água dividiu-se deixando o povo judeu passar. Os
soldados egípcios tentaram perseguir os israelitas mas foram todos afogados
quando as águas voltaram ao normal. Moisés teve grande trabalho em ser líder
deste povo. Foi no Monte Sinai onde recebeu de Deus o decálogo, para que o povo
daquele momento em diante jamais esquecesse o pacto entre eles e Deus, e para
que trilhassem numa vida santa. Um pacto para que fossem uma nação santa. Saíram
do meio egípcio, idólatra, para serem um povo consagrado a Deus.
Israel foi também assegurado que seria conduzido à terra de Canaã
no devido tempo. Passaram aproximadamente trinta e oito anos acampados ali no
monte Sinai. Houve desavenças, rebeliões, descontentamentos e falta de confiança
em Deus durante aquela estadia. Chegaram a fazer culto a um deus pagão chamado Baal,
um ato hediondo aos olhos de Deus. Os israelitas culpados por este ato foram
enforcados.
Após a morte de Moisés, Josué assumiu o comando para
conduzir a nação de Israel na conquista da Palestina. Passaram-se então séculos
desde que aos patriarcas fora prometido que seus descendentes herdariam a terra
de Canaã. Após a posse de Canaã, fizeram outras conquistas e muitas guerras
pelo poder. Destacam-se os reis Salomão e Davi que puderam colocar Jerusalém
no pódio dos impérios por séculos. Mas depois sucumbiram por causa do pecado
que sempre existiu dentro do coração dos homens desde
sua queda.
Israel sempre pecou por sua idolatria, não tinha persistência
no fervor a Deus, sempre fracassou em sua caminhada. E foi por essa falha
espiritual que em 586 a. C.,
Jerusalém foi destruída, tendo seu templo sido reduzido a cinzas e os judeus
foram levados ao cativeiro na Babilônia. Então Jerusalém que era orgulho para
muitos, de repente ficou desolada, despojada no meio das nações. Toda essa
violência provém do próprio
pecado.
Sob o reino de Nabucodonosor, o império babilônico ganhou
grande poder e expansão, e nunca mais foi igualado por nenhum outro sucessor.
Babilônia tem um significado tão forte que é sempre lembrada como apóstata,
perniciosa, símbolo do mal e da decadência. A glória deste reino começou a ofuscar após a morte de Nabucodonosor.
Em 539 a. C., Babilônia foi
conquistada pelos Medo-persas, por Ciro, o grande. A Pérsia tornou-se então
potência internacional de primeira estirpe. Aos judeus, contudo, foi concedido
o privilégio de se restabelecerem em sua pátria nacional, a Palestina. Após a
morte de Ciro e do suicídio de Cambises, seu filho, Dario I se apossou do
trono. No começo de seu reinado ele deu permissão para que os judeus
reiniciassem a construção do templo, que terminou em 515 a. C.
Deve ser salientado que, enquanto o povo judeu esteve no exílio,
viveu uma vida normal, afinal foram 70 anos de cativeiro na Babilônia. Daniel
estava entre os cativos e após a queda de Babilônia 539 a. C., continuou
prestando seus distinguidos serviços ao governo, sob Dario, o medo, e Ciro, o
persa. Profetas como Jeremias e Ezequiel também se destacaram durante o exílio,
ambos predisseram que Deus restauraria os judeus a sua própria terra. Eles
voltaram a Jerusalém e reconstruíram as muralhas sob a liderança de Neemias,
tiveram todavia, que enfrentar vários inimigos que não queriam ver as muralhas
erguidas.
Israel, porém, devido a dureza do coração e
idolatrias sofreu mais uma vez as conseqüências de sua fraqueza
espiritual. Uma profecia feita pelo próprio Jesus
na época em que estava com seus apóstolos alertou sobre o que aconteceria. “
Como lhe chamassem a atenção para a construção
do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: Dias virão em que destas coisas que vêdes, não ficará
pedra sobre pedra: tudo será destruído. ’’ “
Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos,
então sabei que está próxima a sua ruína. ’’ “...Cairão
ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém
será pisada pelos pagaõs, até se completarem os tempos das nações pagãs’’
( Lucas 21 ).
No ano 70 d. C., Tito encontrava-se com um exército imenso
diante de Jerusalém. Por todos os caminhos e estradas avançavam para a cidade
colunas como a Judéia nunca vira. Os romanos estabeleceram seus acampamentos
nos arredores de Jerusalém. Um ultimato da parte dos romanos foi recebido com
risos de escárnio. Tito replicou com a ordem de assaltar. A artilharia romana
que possuía catapultas de tiro rápido foi disposta em ordem de ataque. Cada
uma dessas catapultas podia arremessar pedras de cento e cinqüenta quilos a uma
distância aproximadamente de cento e oitenta metros. Após várias tentativas
de fazer os judeus se renderem, Tito, a fim de isolar a cidade hermeticamente,
ordenou a construção de valas em redor de toda cidade. Revezando-se dia e
noite, as tropas construíram, num vasto arco ao redor de Jerusalém, um altíssimo
muro de terra, reforçado por treze construções e vigiado por uma espessa
cadeia de postos. Esta circunvalação impediu aos sitiados de tentarem
conseguir provisões durante a calada da noite. A fome apoderou-se da
cidade superpovoada pelos peregrinos que haviam ido lá para festividade da páscoa.
O desejo de comer invadiu a todos e não interessava o que poderiam comer, pois
até mesmo coisas que os animais não comiam passou a servir de alimento para
aquele povo. Os terraços estavam cheios de crianças e mulheres desfalecidos,
as ruas repletas de velhos mortos. Pessoas andavam cambaleantes e caíam de
fome. Tão esgotadas estavam que não podiam enterrar ninguém e caíam sobre os
próprios mortos ao enterrá-los. Mesmo com todo este espectro os judeus ainda
lutavam como possessos e não cediam. Confiavam que no último momento Jeová
acorreria em seu auxílio e salvaria o santuário.
Os romanos conseguiram entrar na cidade e após muitas matanças
chegaram ao templo, aquela poderosa e fortíssima construção, com galeria,
balaustradas e pátios. Tito queria fazer todo possível para poupar o famoso
santuário, conhecido em todo império romano. Propôs aos sitiados uma rendição,
mas teve uma resposta negativa. Mandou então incendiar as portas de madeira do
templo. Tão logo as portas foram queimadas, deu instruções para que as chamas
fossem apagadas a fim de abrir passagem para o assalto dos legionários. Tito
entretanto, queria que o santuário fosse poupado, mas no tumulto selvagem que
se estabeleceu os combatentes incendiaram tudo.
No ano 70, os legionários romanos implantaram suas insígnias no recinto
sagrado dos judeus e sacrificaram nele. No ano 71, Tito mostrou aos romanos a
grandeza de sua vitória sobre Jerusalém com um imenso desfile triunfal. A
maior parte da população da terra prometida que não morreu na sangrenta
guerra dos judeus de 66 a 70 foi vendida como escrava : “ E
cairão ao fio da espada, e serão cativos a todas as nações.
’’
Esses relatos detalhados que não estão contidos na Bíblia,
foram contados pelo mais famoso historiador erudito chamado Flávio Josefo. Viveu naquela época, foi chefe militar da Galiléia
e prisioneiro de Tito. Foi o mensageiro enviado por Tito para que os judeus se
entregassem, a fim de evitar derramamento de sangue desnecessário.
Dos anos posteriores a 70, os arqueólogos não encontraram na
Palestina mais nada que indicasse uma construção de Israel, nem mesmo uma lápide
tumular com uma inscrição judaica. As sinagogas foram destruídas e até a
casa de Deus da tranqüila Cafarnaum ficaram em ruínas. Israel havia sido
riscada do mapa - “ dias virão em que destas coisas que vêdes, não
ficará pedra sobre pedra
’’ ( Lucas 21. 6 ).
Esta é a história inicial de Israel porque ainda não acabou.
Muita coisa ainda vai acontecer com Israel / Jerusalém. Você pode perguntar -
o que temos nós haver com uma cidade tão pequena e distante e com um povo de
costumes tão diferentes? Eu diria, tudo!
O mundo depende de Jerusalém e não é à toa que se incomodam com ela.
Preste atenção nessas afirmativas:
· Há 3000 anos, o rei Davi conquistou Jerusalém. Essa
cidade foi concedida por Deus a Israel para sempre. “ Em
Jerusalém porei o meu nome ’’ ( 2 Rs 21.4 );
·
“ Mas escolhi Jerusalém como lugar de residência
para meu nome ’’
( 2 Cr 6. 6 );
·
“ ... de Sião deve sair a lei, e de Jerusalém a palavra
do Senhor ’’
( Is 2. 3 );
· E mais... Em Jerusalém se cumpriram cerca de 330
promessas do Antigo Testamento a respeito da primeira vinda de Jesus;
·
Jerusalém é citada 657 vezes no Antigo Testamento e 154 vezes no Novo
Testamento;
·
Em Jerusalém se encontrava antigamente o único templo aceito por Deus sobre a
terra;
·
Em Jerusalém foi realizado o sacrifício completo de Jesus
por um mundo perdido;
·
Até geograficamente Jerusalém é o centro deste mundo.