A um passo da clonagem humana

A mesma técnica usada para criar a ovelha Dolly pode ser aplicada na duplicação de bebês

Antes de concluir que a clonagem humana é assunto de interesse exclusivo de narcisistas crentes de que o mundo merece cópias deles, de neonazistas que sonham em clonar Hitler ou de malucos, aventureiros e toda sorte de criadores de confusão, vale a pena fazer uma visitinha ao mercado. Um de nós pode muito bem estar lá.

Suponha por um momento que sua filha precise de transplante de medula e não haja doador compatível. Ou que a menopausa prematura tenha deixado sua mulher infértil. Ou que seu filhinho de 5 anos morreu afogado e é impossível superar a dor e admitir que aquela vida se foi para sempre. Em tal hipótese, não seria fácil ignorar o fato de que, no mundo todo, há laboratórios com gente trabalhando dia e noite com a intenção de xerocar um ser humano. Usa-se para isso a mesmíssima tecnologia que permitiu a cientistas escoceses produzir, quatro anos atrás, o famoso clone de ovelha, a Dolly

Bastou a primeira manchete sobre aquele animal espantoso para que especialistas em fertilidade começassem a ouvir as mesmas perguntas diariamente. São dúvidas como a do casal cuja filha de 2 anos morreu num acidente de carro: com o cachinho de cabelo guardado num álbum de recordações, seria possível cloná-la? Por que a lei dá mais liberdade para destruir um feto do que para gerar outro? Um câncer deixou o marido estéril. Há esperança para o casal?

Sondagens dessa natureza vêm pipocando porque há cientistas mais dispostos do que nunca a dizer que sim, que talvez haja esperança. No mês passado, um renomado especialista em infertilidade da Universidade do Kentucky, Panayiotis Zavos, anunciou que ele e o pesquisador italiano Severino Antinori — o mesmo que há quase sete anos ajudou uma mulher de 62 a dar à luz com o auxílio de óvulos de outra — estavam formando um grupo para produzir o primeiro clone humano. Na Coréia do Sul, cientistas afirmam já ter clonado um embrião humano, que teria sido destruído em vez de implantado no útero de uma mulher para a gestação.

Há pouco tempo, reportagens de capa nas revistas Wired e New York Times Magazine detalharam a iniciativa dos raelians, uma seita religiosa empenhada, entre outras coisas, em recepcionar os primeiros extraterrestres que pousarem por estas bandas. O grupo pretende clonar as células de um garotinho morto aos 10 meses cujos pais, desolados, querem na prática ressuscitar na forma de um novo bebê. Os raelians teriam o laboratório, os cientistas e, acima de tudo — considerando o volume de tentativas para se chegar a resultados—, uma lista de 50 mulheres dispostas a emprestar o útero para a gestação do embrião clonado.

Diante do progresso científico desde a criação de Dolly, ninguém vê muita dificuldade na mecânica da clonagem: basta pegar um óvulo doado, sugar o núcleo — e, portanto, o DNA—e injetar nele, por exemplo, uma célula da pele do ser humano a ser copiado. Com a ajuda de uma corrente elétrica, a célula reconstruída passaria então a crescer, já como réplica genética. "É inevitável que alguém vá tentar e conseguir", prevê Dolores Lamb, especialista em infertilidade da Universidade de Baylor. No setor biotecnológico, o consenso é que daqui a alguns anos — para alguns, apenas meses — virá a público o nascimento do primeiro clone humano.

Em tal momento, no mínimo duas coisas ocorrerão — uma privada, outra pública. Vai mudar para sempre o significado do "ser" humano — algo que até hoje envolvia, basicamente, a misteriosa fusão do DNA de dois indivíduos distintos — e também a noção da relação entre pais e filhos, meios e fins, fins e começos. Como resultado, o diálogo travado há anos por cientistas e eticistas sobre os limites à interferência humana no campo da reprodução vai chegar a todo lar, a todo púlpito, a todo gabinete de político.

É algo que deixa muito cientista apavorado. Ainda que todas as manchetes de jornais sejam barulho à toa e o nascimento do primeiro homem clonado seja algo distante, o simples fato de que, neste exato momento, há cientistas trabalhando na surdina, sem controle nenhum, é uma ameaça concreta. O perigo vai além do possível nascimento de bebês deformados, a exemplo de muitos animais clonados. Vai além de famílias desesperadas e gente com câncer e outros "clientes" em potencial que possam ter a esperança alimentada, o coração partido e a poupança de uma vida inteira devastada. O risco imediato é que uma revolta contra o uso irresponsável da ciência possa abalar, também, a aplicação da mesma de forma sensata.

Menos tolerante

O temor da classe científica é que, amedrontado pela ciência, o público fique menos tolerante a qualquer aspecto da técnica. Variações da clonagem, entretanto, já são empregadas em laboratórios de biotecnologia por todos os Estados Unidos. É essa tecnologia que viabilizará, entre outras coisas, a criação de rebanhos de ovelhas e vacas clonadas cujo leite terá poderes medicinais. Cientistas esperam ainda que, um dia, a capacidade de clonar células de seres humanos adultos permita o "cultivo" de corações, fígados e células nervosas.

Mas parte da mesma tecnologia pode servir também para gerar um bebê. Tentar conter um ramo da pesquisa talvez impeça o avanço de outro e derrube a chance de descobrir-se a cura para males como o de Alzheimer, Parkinson, câncer e problemas cardíacos. Especialista em clonagem da Universidade Rockefeller, Tony Perry acha que "seria catastrófico" se a clonagem humana viesse a provocar uma "reação exagerada de regulamentação pelas autoridades". "A uma certa altura, haverá risco de perda de vidas", alerta. Ao público cabe ponderar, pesar e questionar se o que assusta é a tecnologia ou o uso que é feito dela.

Durante o dia, Randolfe Wicker, 63 anos, administra uma loja de artigos de iluminação em Nova York. Mas nas horas vagas, como porta-voz da Human Cloning Foundation, ele é a personificação do ímpeto clonador nos Estados Unidos. "Bastou um passo na aventura para eu me render totalmente", diz Wicker, que planeja guardar um punhado de células da própria pele para o futuro. "Se não for clonado antes de morrer, meu testamento vai garantir que eu seja clonado depois", diz.

Homossexual, Wicker nutre uma velha frustração pela incapacidade de ter um filho natural com facilidade. Quanto mais velho, maior seu desejo de deixar herdeiros. Wicker sabe que um clone não seria uma fotocópia sua, mas discute traços que o garoto teria. "Ele vai gostar da cor azul, da cozinha árabe e de música romântica espanhola fora de moda." Wicker explica seus motivos: "Posso encarar a morte de frente e dizer: ‘Você vai me levar, mas não por inteiro", diz ele. "A fórmula especial que eu sou vai continuar em outra vida. É uma vitória parcial sobre a morte. Não deixaria minha marca na areia, mas em cimento."

Pensamentos desse tipo levam especialistas em ética a concluir que mesmo quem se acha informado sobre a clonagem — sem contar o público leigo — não entende a fundo todas as suas implicações. A clonagem, observa o estudioso da conduta humana Arthur Caplan, da Universidade da Pensilvânia, "não torna ninguém imortal, pois o clone é nitidamente uma outra pessoa. Se pegarmos gêmeos e atirarmos num deles, não será consolo nenhum para o falecido saber que o outro continua vivo, ainda que sejam geneticamente idênticos. Logo, o caminho da imortalidade não é a clonagem".

Esse é um tema tão perturbador que às vezes é mais fácil ser purista, em qualquer lado do debate. Para a Igreja Católica Romana, é tudo uma questão de visão do universo: se a vida é uma dádiva dos céus ou um mero produto industrializado, ligeiramente mais valioso que os outros. Quem acredita que a alma entra no corpo no momento da concepção acha razoável que Deus fabrique clones. Ele faria isso cerca de 4 mil vezes por dia ao dividir um óvulo fertilizado em gêmeos idênticos. Mas quando o assunto é manipular uma vida humana, fazer mecanicamente aquilo que Deus faria naturalmente é interferir nos atos divinos, e benefício nenhum seria capaz de justificar tamanha presunção.

No lado oposto da discussão está a ala libertária que detesta políticos, o clero ou comitês de ética interferindo naquilo que, para ela, deveria ser uma escolha estritamente individual. A reprodução é uma loteria fatídica; sob o ponto de vista deles, ela fica menos arriscada com a clonagem. Embora a tecnologia possa deixar confuso um pai em luto — pois a clonagem, ainda que dê certo, não ressuscita ninguém — , só a ele interessariam os motivos.

No caso de casais inférteis, "nossa meta é dar às pessoas o dom da vida", disse à TIME esta semana o aspirante a clonador Zavos. "Ética é uma palavra maravilhosa, mas precisamos ir além de questões éticas nesse caso. Isso não é uma questão ética, é uma questão médica. Temos um dever a cumprir. Há quem precise disso para fechar o ciclo da vida, para se reproduzir."

Sensação incômoda

No meio dessa confusão está a vasta maioria que encara a possibilidade com um vago temor, com a sensação incômoda de que a ciência está arrastando todos a um beco sem saída de onde será difícil voltar. A idéia do cientista Ian Wilmut, que clonou a ovelha Dolly mas se declarou publicamente contrário à clonagem humana, não era ajudar animais a ter filhotes do próprio sangue.

"Ele estava tentando colaborar para a produção de ovelhas geneticamente aprimoradas", frisa Erik Parens, especialista em ética do Hastings Center. "Sem dúvida é assim que a tecnologia funcionará no nosso caso." A clonagem, diz Parens, "não é uma técnica isolada da qual um punhado de gente iludida vai se valer, seja por achar que é o segredo da imortalidade ou o caminho para devolver a vida a alguém. Ela é parte de um projeto muito maior. Na prática, a grande dúvida é saber até onde estamos dispostos a ir para moldar geneticamente nossos filhos com a tecnologia reprodutiva".

Atualmente, o público norte-americano nitidatamente não está pronto para passos largos na questão da clonagem. Numa pesquisa feita pela TIME/CNN há duas semanas, 90 por centodos entrevistados disseram que clonar seres humanos era uma má idéia. "A clonagem, no momento, soa como alguma coisa trazida num tapete mágico, pilotado por um líder de seita, e vendida a quem puder pagar por ela", diz Caplan. "Isso deixa o público nervoso."

E ajuda a explicar o sigilo com que é conduzida grande parte da pesquisa. É possível que a notícia do primeiro ser humano clonado só venha à tona meses ou anos depois do seu nascimento. Isso se já não aconteceu, como especulam alguns cientistas. A equipe que clonou Dolly só foi anunciar sua existência quando o animal tinha 7 meses de idade. A criação dela exigiu 277 tentativas e, até o nascimento, pesquisadores mundo afora diziam que clonar um mamífero a partir de uma célula adulta era impossível.

"Há um vão considerável entre o que a classe científica se dispõe a revelar em público e suas aspirações privadas", diz o futurista britânico Patrick Dixon. "A lei da genética é que o progresso está sempre muito à frente daquilo que é divulgado. No mundo digital, o alarde é geral porque não há questões morais envolvidas — só o entusiasmo da mídia. Mas a tecnologia genética desperta tantas questões éticas que a ciência fica apavorada com a possibilidade de um levante do público caso o resultado final de suas pesquisas venha à tona."

Polêmico demais

É verdade que, com o tempo, tal reação muda. Vinte anos atrás, a fertilização in vitro era efetivamente ilegal em grande parte dos Estados Unidos. A mera noção de transplantar um coração já foi considerada horripilante. No caso da clonagem, a opinião pública vai evoluir de forma semelhante, prevêem os defensores da idéia. Enquanto isso, a cruzada seguirá, mesmo, longe dos holofotes. Biólogo de Princeton, Lee Silver teria conversado com especialistas em fertilização sem problemas morais quanto à clonagem e dispostos a oferecer tal serviço a quem possa pagá-lo. Nenhum, porém, repetiria a declaração a um repórter, diz Silver. O tema ainda é polêmico demais.

"A meu ver, o que aconteceu é que o grosso da classe médica resolveu adotar uma atitude de distanciamento por causa do calor da reação pública", observa o biólogo. "Acho que a esperança é que um grupo de vanguarda abra o caminho, que a prática aos poucos se popularize e, no fim, todos possam prestar o serviço aos pacientes."

Para alguns, bastará a primeira foto. "Assim que houver o retrato de um bebê normal com dez dedos nas mãos e dez nos pés, tudo vai mudar", diz o advogado Mark Eibert, de San Mateo, Califórnia, um partidário da clonagem diariamente consultado por casais inférteis. "Assim que houver uma criança na frente das câmeras, será a vitória." Por outro lado, observa Gregory Pence, professor de filosofia da Universidade do Alabama em Birmingham e autor do livro Who’s Afraid of Human Cloning? (Quem Tem Medo da Clonagem Humana?), "se o primeiro bebê for deformado, a clonagem será banida pelos próximos cem anos".

"Não me importaria em ser a primeira pessoa clonada se fosse de graça. Não me importo em ser cobaia", diz Doug Dorner, de 35 anos. Ele e a mulher, Nancy, trabalham na área de saúde. "Não temos medo da tecnologia", diz ele. Desde os 16 anos, Dorner sabe que nunca será capaz de ter filhos da forma convencional. A batalha contra um linfoma deixou-o estéril. Assim, quando o casal começou a pensar em filhos, ele passou a seguir o progresso científico da clonagem com mais atenção. Quanto mais lia, mais empolgado ficava. A tecnologia salvou sua vida aos 16 anos, mas às custas de sua fertilidade. "Acho que ela deveria me ajudar a ter um filho. É uma troca justa", argumenta Dorner.

Uma conversa com ele e sua mulher deixa entrever escolhas que a maioria dos casais mal poderia imaginar à sua frente. Qual deles, por exemplo, seria clonado? Nancy acha que seu elo com a criança seria garantido por levá-la no ventre. Logo, por que não deixar que o filho tenha o material genético de Doug? É incômodo saber que, na prática, ela estaria criando o marido na forma de um garotinho? "Não faria muita diferença. Ele já se comporta como se tivesse cinco anos de idade às vezes", diz ela, rindo.

Como eles supõem que seria criar alguém clonado, dada a experiência que já teriam acumulado? "Saberia exatamente quais são seus instintos básicos", diz Dorner. Sonhos e aspirações do garoto, porém, seriam exclusivamente dele, insiste. "Meu sonho era pilotar um caça", lembra, um desejo abandonado por causa do câncer. E por que não clonar Doug duas vezes? "Dois do mesmo...", pondera Doug. "Vamos deixar para pensar nisso na hora certa. Só sei que jamais faria o clone do nosso clone para ter um segundo filho. Uma vez que se começa a reproduzir algo, quem sabe como sairão as cópias?"

Na verdade, o risco embutido na clonagem de mamíferos é tamanho que Wilmut, o pioneiro da técnica, considera "uma irresponsabilidade criminosa" a ciência estar fazendo testes com humanos atualmente. Quatro anos acumulados de experiência na clonagem animal e o índice de fracassos continua altíssimo: 98 por cento dos embriões não vingam, morrem na gestação ou logo depois de paridos. Os que sobrevivem podem ter o dobro do tamanho normal de um recém-nascido, órgãos muito grandes, problemas cardíacos ou sistema imunológico precário.

Em pele de cordeiro

A "mãe" de Dolly tinha 6 anos ao ser clonada, o que talvez explique o fato de que as células do clone aparentam mais idade do que têm. A brincadeira, entre cientistas, é que o animal é uma ovelha em pele de cordeiro. Tal desvio levanta a possibilidade de que seres criados a partir da clonagem de adultos envelhecerão com rapidez anormal.

"Uma ovelha clonada nascida logo antes do Natal claramente não era normal", conta Wilmut. "Esperamos uns dias para ver se melhorava e, por piedade, acabamos recorrendo à eutanásia, já que era óbvio que o animal jamais seria saudável." Wilmut acha ser "praticamente certo" que crianças clonadas de seres humanos nasceriam com problemas semelhantes. E é lógico que ninguém vai matar bebês. Essas crianças, porém, provavelmente morreriam antes do tempo. Wilmut pára para pensar no gênio que ele libertou com a ovelha Dolly e na expectativa que criou. "Parece uma ironia muito profunda que, na tentativa de fazer a cópia de uma criança morta de forma trágica, um dos desfechos mais prováveis seja outra criança morta", diz ele.

Nada disso parece deter os cientistas do PROJETO CLONAID, gerenciado pela seita raelian. O grupo se diz disposto a tentar clonar um bebê morto. Embora seja fácil encarar com desdém o projeto, é possível que ele esteja muito à frente da concorrência, em parte porque tem uma vantagem sobre outras equipes. Um sério obstáculo à clonagem humana é a escassez de óvulos doados e barrigas de aluguel. A seita afirma ter ambos em estoque.

Segundo Brigitte Boisselier, diretora científica do Clonaid, no começo do mês uma moça de algum lugar na América do Norte visitou um laboratório do projeto, cujo endereço é sigilo absoluto. Lá, num procedimento realizado milhares e milhares de vezes, um médico introduziu uma sonda nos ovários da moça, removeu 15 óvulos e os lançou num caldo químico. Na semana passada, dois outros cientistas do Clonaid, segundo o grupo, praticaram a delicada arte de remover o material genético de cada um dos óvulos da doadora. Nas próximas semanas, a equipe científica dos raelians pretende colocar uma outra célula próxima ao óvulo enucleado.

A segunda célula, dizem, vem de um bebê de 10 meses, morto enquando era operado. O cenário prevê que ambas as células recebam uma descarga elétrica e se fundam, dando origem a uma nova célula, híbrida, já com os genes da criança falecida no lugar antes ocupado pelo material genético da moça. Assim que tal célula tiver se dividido em seis ou oito, será hora de adotar a técnica-padrão hoje usada na reprodução assistida: depositar delicadamente o embrião no útero de uma mulher e esperar que vingue. Cientistas do Clonaid esperam implantar o primeiro embrião humano clonado numa mãe de aluguel já no mês que vem.

Ainda que a técnica seja simples e soe perfeita para certos casais inférteis, a dúvida é saber se um pai em luto realmente deveria estar tomando tal rota. "É um sinal do crescente despotismo em relação à geração seguinte", opina Leon Kass, especialista em bioética da Universidade de Chicago. A clonagem abre a possibilidade de que os pais façam, para seus filhos, escolhas muito mais fundamentais do que decidir se vão estudar piano ou usar aparelho nos dentes. "Não é que os pais terão expectativas para tais crianças", diz Kass. "Eles terão expectativas com base numa vida já vivida. Que fardo não será continuar a vida de alguém que morreu?"

 

—Reportagem de David Bjerklie e Andrea Dorfman/Nova York, Wendy Cole/Chicago, Jeanne DeQuine/Miami, Helen Gibson/Londres, David S. Jackson/Los Angeles, Leora Moldofsky/Sydney, Timothy Roche/Atlanta, Chris Taylor/San Francisco, Cathy Booth Thomas/Dallas e Dick Thompson/Washington com a colaboração de outras sucursais

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