Respostas:

Circuito elétrico:

Pode encontrar resposta a esta e outras questões de eletricidade neste site na seção "O que é ...?". Para o circuito elétrico clique aqui.

Eletricidade doméstica:

A primeira utilização da eletricidade que mais entusiasmou as pessoas pela sua utilidade e pelo seu asseio foi a iluminação. Em sua casa há, com certeza, lâmpadas de vários tipos. Umas são lâmpadas de incandescência e outras são lâmpadas fluorescentes. As primeiras são normalmente “redondas” ou em forma de vela e chamam-se assim porque produzem luz quando o filamento que possuem se torna incandescente por acção do calor desenvolvido pela corrente elétrica ao passar no fio. As lâmpadas fluorescentes funcionam de uma maneira completamente diferente e o seu funcionamento é muito mais complicado. A vantagem destas lâmpadas é que consomem menos energia eléctrica, principalmente porque não aquecem como as de incandescência. Além disso, duram mais tempo e existem com vários tipos de cores, conforme a utilização (salas de estar, salas de desenho, etc.). Normalmente em casa ninguém se preocupa com estes pormenores e compra-se uma lâmpada qualquer.

Continuando a observar a casa, encontra na cozinha uma torradeira, um fogão a gás ou então um fogão elétrico ou o micro-ondas. A torradeira tem um fio chamado “resistência” que aquece sem fundir quando é percorrido pela corrente elétrica e tem um aparelho eletrónico (ou mecânico) chamado “temporizador” que desliga a corrente ao fim de algum tempo para não queimar a torrada. O fogão elétrico, se for do tipo mais corrente, também tem uma resistência como a torradeira e funciona da mesma maneira. O micro-ondas é diferente de todos os aparelhos elétricos que há em casa. Tem uma válvula eletrônica chamada “klistrão”. Esta válvula produz raios de grande “frequência”. Estes raios ou micro-ondas têm muita energia e fazem vibrar as moléculas do leite, aquecendo-as. Como estes raios são perigosos para nós, se abrir a porta do micro-ondas, o aparelho desliga logo e deixa de produzir os raios.

Continuando na cozinha, quando a loiça está suja põe-se na máquina de lavar loiça. Aqui está outra grande invenção, mais antiga que o micro-ondas, mas também muito útil. Afinal como é que a máquina lava a loiça? Quando se liga a máquina, abre-se a torneira da água, a água é aquecida, é espalhada pela louça, é misturado detergente, por fim a água é expelida e a louça é seca. Além disso, tudo isto é feito durante um certo tempo e na altura própria. O responsável por todo este trabalho é um aparelho (normalmente eletrônico) que tem um programa de trabalho guardado na memória e vai dando ordens para as atividades que falei. É claro que o aparelho também possui um temporizador para contar o tempo. O aparelho chama-se “programador”.

A máquina de lavar roupa também faz coisas automaticamente, como a de lavar a loiça. Uma coisa que esta faz e a da loiça não faz é enxugar a roupa. Como é que faz? O tambor onde está a roupa começa a rodar a grande velocidade e a água escoa-se pelos buracos do tambor por acção da força centrífuga, deixando a roupa mais enxugada.

Quem quiser pode secar a roupa num secador elétrico.

Para passar a roupa a ferro usam-se ferros elétricos, normalmente dotados de um termostato para desligar automaticamente.

Depois temos os aparelhos de música, de rádio, o televisor, que são aparelhos com funcionamentos mais complicados. Agora, a energia elétrica não serve para aquecer ou fazer rodar alguma coisa, agora ela produz som e imagem. Há ainda outros aparelhos eletrodomésticos que existem em casa e de que não falei aqui, vários deles que usam um motor elétrico.

Para terminar, quero lembrar que, para haver eletricidade nas tomadas e nas lâmpadas, existem dentro das paredes tubos de plástico com fios elétricos de cobre que ligam as lâmpadas aos interruptores e outros aparelhos. Há também fios ligados às tomadas. Alguns dos fios (chamam-se “condutores”) vão ligar a uma caixa que está à entrada da casa (chama-se “quadro de entrada”). Nesta caixa há uns aparelhos parecidos com interruptores (chamam-se “disjuntores”). Há um para a iluminação, outro para as tomadas e outro para a máquina de lavar roupa ou loiça. Podem haver mais, mas pelo menos estes existem. É por esta caixa que se recebe a energia elétrica em casa.

Economia elétrica:

Os aparelhos que mais energia consomem são os que produzem calor: aquecedores, ferros, fogões, etc. Na Europa os eletrodomésticos como fogões elétricos, geladeiras, máquinas de lavar, são classificados pela sua eficiência energética. Os que melhor utilizam a energia consumida têm a classificação A, a seguir B e assim por diante. Um aparelho mais barato na altura da compra, pode tornar-se mais caro a longo prazo que outro mais eficiente.

As lâmpadas de incandescência são menos eficientes que as fluorescentes devido a produzirem muito calor, mas estas últimas são mais cansativas para ler. Há aqui um equilíbrio entre conforto e economia.

Em locais onde se deseje utilizar climatização ambiente é importante o tipo de construção da casa, nomeadamente se tem vidros simples ou duplos, pois as trocas indesejadas de calor com o meio ambiente têm que ser compensadas pelo equipamento de climatização.

Existem procedimentos que ajudam a economizar energia como, por exemplo, evitar abrir e fechar frequentemente a porta da geladeira, tomar duche em lugar de imersão, não deixar ligados aparelhos desnecessariamente. Mais uma vez há que ponderar a relação economia/conforto.

Outro aspeto que pode influir na conta da eletricidade, em certos casos de consumidores que trabalham muito de noite e pouco de dia ou que se ausentam por períodos é a escolha do tarifário mais adequado para o seu caso particular.

Cuidados com a eletricidade:

A tensão elétrica usada nas nossas casas é perigosa para o ser humano. Por isso, existem normas para proteção quer das pessoas quer dos aparelhos. Os defeitos mais usuais que podem ocorrer são curto-circuitos, sobrecargas e contatos diretos ou indiretos com a corrente elétrica. Um curto-circuito ocorre quando dois condutores elétricos (fase e neutro) se tocam. Isso produz uma corrente muito elevada. Um fusível no aparelho ou o disjuntor no quadro de entrada deve então desligar. Se este acidente ocorreu deve ser desligado o aparelho da rede elétrica antes de religar o disjuntor. Mas o disjuntor pode disparar devido a uma sobrecarga que é um excesso de consumo em relação ao normal. Isto pode suceder facilmente se existirem demasiados aparelhos ligados simultaneamente, pois o disjuntor desliga o circuito por precaução ou então é porque foi ultrapassada a potência contratada com o fornecedor de energia elétrica. Em qualquer dos casos a solução é desligar pelo menos um dos aparelhos. Outra situação anómala que pode ocorrer é o isolamento de um condutor se deteriorar, de tal forma que o condutor entra em contato com uma parte metálica, por exemplo, do aparelho. Nesse caso, quando a pessoa toca na parte metálica (contato indireto) sofre um choque. Para evitar esta situação, existe um disjuntor diferencial que desliga o circuito. Estes aparelhos diferenciais estão normalmente combinados com os de proteção contra curto-circuitos e sobrecargas. Os contatos diretos podem acontecer principalmente com crianças que, por ignorância, introduzam objetos metálicos nos alvéolos das tomadas. Existem tomadas especiais para estes casos, em que os alvéolos estão fechados e só são abertos com a introdução da ficha elétrica. Além desta medida, os aparelhos diferenciais de alta sensibilidade também são indicados.

A proteção contra raios de origem atmosférica é feita com pára-raios. Uma proteção adicional é desligar aparelhos elétricos durante a trovoada.