Pergunta : Quais os prejuízos que o excesso de gasto de energia pode produzir ?

 

Resposta :

 

A energia não se cria na Natureza, ela existe. É o que postula o princípio da conservação da energia. Quando o Homem utiliza a energia existente ele tem como objetivo aplicá-la em qualquer utilização que considera útil. Poderá ser para cozinhar, para fabricar utensílios ou para se divertir. Desde que o Homem aprendeu a lidar com a energia e conseguiu mais tempo livre para além da satisfação das suas necessidades básicas, utilizou esse tempo livre em atividades que em épocas menos prósperas são consideradas supérfluas. Estas atividades, tal como as outras, consomem energia. Para algumas pessoas esse consumo será um excesso de gasto de energia. Mas penso que a maioria das pessoas não pensa assim e aprova esses consumos.

 

Estabelecida esta reserva, a utilização efetiva da energia para os diversos fins deve ser feita de forma a consumir o mínimo de energia desde que se atinjam os fins que se pretendem. Por exemplo, é natural que se pretenda iluminar uma loja ou um gabinete de desenho com uma quantidade de luz maior que na iluminação de uma rua, o que corresponde, em princípio, a consumos proporcionalmente maiores para a loja, o que não significa, só por si, um excesso de gasto. Estabelecidas as justificações “morais” para um maior ou menor consumo de energia, quais serão os prejuízos que podem advir de um excesso de gasto ?

 

O primeiro prejuízo irá afetar o bolso do utilizador, que terá de pagar mais do que o necessário. Em seguida, as empresas produtoras, transportadoras e distribuidoras de eletricidade deverão providenciar mais instalações do que as necessárias para satisfazer a procura de energia, como é sua obrigação. Estou a referir-me à energia elétrica, mas poderia generalizar. Para fornecer energia é preciso produzi-la e isso implica que é preciso consumir mais combustível, como, por exemplo, carvão ou debitar mais água das barragens. No caso das barragens, a energia disponível é reposta todos os anos. Em certos anos a energia disponível poderá não ser suficiente, o que obrigará a procurar outras soluções, como, por exemplo, a importação de energia, o que implica desviar verbas, que poderiam ter outra aplicação, para pagar essa energia. No caso das energias não renováveis (a curto prazo), como sejam os casos do carvão, do petróleo, do gás natural ou do combustível nuclear é evidente que existe um limite para o consumo de todas as reservas existentes. Se o consumo aumentar permanentemente e de forma crescente é claro que as reservas acabarão por ser extintas. Mas estou confiante que se encontrarão soluções para satisfazer as necessidades ou através de novas formas de produção de energia ou através de outras formas de a utilizar ou por qualquer outra forma que de momento não imaginamos. No que respeita à produção, há muitos anos que se procura a produção de energia através da fusão nuclear, como acontece nas correspondentes bombas e no Sol. As grandes dificuldades encontradas ainda não o permitiram e não sei se a solução será encontrada, mas, se for, poderá resolver os problemas de energia, já que utiliza o hidrogénio como combustível, o que termina com os problemas das reservas de energia e do custo e, além disso, resolve o problema da poluição ambiental que todas as outras formas de produção, com excepção da hidroelétrica, acarretam e que tão naturalmente preocupam o Homem pelas consequências nefastas para o ambiente e, consequentemente, para si próprio.

 

Uma coisa é certa, se o problema da energia não for resolvido, teremos que passar a consumir menos e não só a reduzir os excessos, o que será complicado, tão habituados que estamos ao automóvel, às telenovelas e a tudo o resto. Teremos também que reduzir o número de horas que passamos na Internet ... Como se costuma dizer, uma desgraça nunca vem só.

 

 

 

 

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