Como é bom um carro a àlcool! O Apollo GLS 92 não é exceção. Com mais potência
e maior torque que seu similar a gasolina, o motor mostra força e respostas mais imediatas ao comando
do acelerador, mesmo em baixas rotações. A superioridade do motor a àlcool neste Apollo GLS não chega
a ser prejudicada pela presença do catalizador, apesar de ter caído de 105 cv para 95 cv de potência
e de 17,0 mKgf para 15,5 mKgf no torque máximo. De qualquer forma, suas retomadas garantem ultrapassagens
seguras e um dirigir tranquilo. E há uma sensível diferença a seu favor: o nível de ruído de 65,67 decibéis contra os 66,67
decibéis do Apollo GLS sem catalizador.
Mas nem tudo é perfeito. O maior problema do carro a àlcool continua sendo a dirigibilidade a frio
e a menor autonomia. Para quem roda em trajetos curtos, onde o motor não consegue atingir a temperatura
ideal de operação, ou trafega em regiões com poucos postos de serviço, o veículo alternativo "made in Brasil"
pode não ser a melhor escolha. Isso se levado em conta o fato de as duas versões, àlcool e gasolina, contarem com um tanque de 64 litros.
No item design, o Apollo GLS não traz alterações de tirar o fôlego. A última inovação ficou por conta do desenho das rodas de liga
leve -- semelhantes ao conhecido modelo BBS alemão --, adotado ainda no modelo 91. Internamente,
o Apollo ganha novos aliados. Os acessórios de série da versão GLS deixam clara a intenção da Volkswagen
de oferecer um automóvel de porte médio com inúmeros recursos de conforto. Dentro dessa estratégia,
surgem comandos elétricos para os retrovisores externos e para os vidros, que podem
ser acionados logo após o carro ser desligado, graças a um temporizador. O toca-fitas digital estéreo e o eficiente
sistema de ar-condicionado complementam a lista.
Os bancos também merecem destaque, pois oferecem regulagem para assento e encosto, que possui apoio lombar. Em contrapartida, o maior pecado do carro está intimamente
ligado ao conforto: a ausência da direção hidráulica. Não que o Apollo GLS seja pesado para manobrar,
mas para um modelo luxuoso, alvo de grande simpatia do público feminino, é uma ausência quase imperdoável.
Mas essa falha foi estratégica, pois empurraram os consumidores para a lista do seu concorrente
direto na época, o Kadett, com sistema hidráulico de direção. O porta-malas, com 384 litros, tem boa capacidade mas péssimo acesso,
apesar do vão razoável proporcionado pela abertura da tampa.
O modelo GLS a àlcool acelera de 0 a 100 Km/h em 11s78, chegando à velocidade máxima de 170 Km/h. Resultado surpreendente para
um carro que atendia às leis antipoluição até 1996. Na retomada ele não se intimidou: fez de 40 a 100 Km/h em pouco menos de 20
segundos, sempre em quinta marcha. Mesmo com catalisador, o Apollo GLS a àlcool ainda um desempenho superior ao do modelo a gasolina sem conversor catalítico.
Ficha Técnica
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, comando de válvulas no cabeçote, alimentação por carburador de corpo
duplo. Potência de 95 cv a 5.400 rpm; Torque de 15,5 mKgf a 3.000 rpm.
Câmbio mecânico, tração dianteira, cinco marchas.
Carroceria três volumes, duas portas, cinco passageiros; dimensões externas com 421,5 cm de comprimento,
164,0 cm de largura,133,1 cm de altura, 240,2 cm de distância entre eixos, 140,0 cm de bitola dianteira e 142,3 cm de bitola traseira.
Tanque de 64 litros, porta-malas com 384 litros, carga total de 400 Kg, peso do carro testado
de 970 Kg.
Freios a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira com servo; direção mecânica de pinhão
e cremalheira, volante de 38,0 cm; rodas de aro 13 x tala 5,5 polegadas, pneus 175/70 R 13.
Equipamentos: De série: levantador elétrico dos vidros com temporizador, regulagem elétrica dos retrovisores
externos, antena elétrica, ar quente, bandeja protetora de cárter, janelas traseiras basculantes,
relógio digital, rodas de liga leve, rádio toca-fitas digital estéreo, vidros verdes com para-brisa
laminado degradê e desembaçador elétrico do vidro traseiro. Opcionais: ar-condicionado, bancos Recaro,
pintura metálica e trava elétrica das portas.
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Como é bom um carro a àlcool! O Apollo GLS 92 não é exceção. Com mais potência
e maior torque que seu similar a gasolina, o motor mostra força e respostas mais imediatas ao comando
do acelerador, mesmo em baixas rotações. A superioridade do motor a àlcool neste Apollo GLS não chega
a ser prejudicada pela presença do catalizador, apesar de ter caído de 105 cv para 95 cv de potência
e de 17,0 mKgf para 15,5 mKgf no torque máximo. De qualquer forma, suas retomadas garantem ultrapassagens
seguras e um dirigir tranquilo. E há uma sensível diferença a seu favor: o nível de ruído de 65,67 decibéis contra os 66,67
decibéis do Apollo GLS sem catalizador.