Uma Ponte Para Paz
Maurício da Silva1

 

NOTA DO EDITOR.
O Incansável Guerreiro da Paz. O que leva alguém deixar de lado suas principais preocupações e a posicionar-se como um obstinado soldado numa frente de batalha contra a guerra do nosso cotidiano, transformando o sonho da conquista da Paz numa bandeira de total convicção?

Professor Maurício da Silva pode explicar muito bem o que isto significa. Com mais de 20 anos de magistério lecionando Matemática, Ciências e Física, tem apresentado sua efetiva contribuição em prol da Paz, pelas mensagens que têm procurado transmitir aos seus alunos, pelo acervo literário que tem produzido e mais recentemente pela Coordenação providencial do seu Projeto:


VIVAVIDA COM PAZ.
Aqui neste Livro, o segundo sobre a temática da violência, ele expõe sua visão crítica a cerca dos nossos Governantes, mas apresenta também sua Proposta. Sua visão nos leva à análise e à reflexão sobre atitudes que num conjunto de ações, indicarão o caminho para uma convivência pacífica ou dentro dos padrões
considerados aceitáveis.

Assusta-nos, ao citar a proporção "geométrica" em que a violência se agiganta com o passar dos dias, mas também conforta-nos ao apresentar exemplos e atitudes que dentro do caráter coletivo serão capazes de fazer frente a esta onda de violência, estabelecendo uma nova condição, sem utopia, palpável unicamente na surpreendente capacidade humana.

Violência, o Desafio da Paz, constitui mais uma importante ferramenta que este incansável Guerreiro da Paz habilmente coloca em nossas mãos, onde após o contato como o teor de suas propostas nos indicará o posicionamento que deveremos ter quanto ao que queremos e esperamos e o que realmente podemos
realizar, contribuindo com louváveis atitudes individuais em prol da necessária coletividade, fazendo-nos acreditar que a convivência pacífica entre os homens é mais que possível. EVIRT-EDITORA VIRTUAL


NOTA DO AUTOR

A Hora da Mobilização.
Prezados amigos é chegada a hora da nossa mobilização articulada na luta contra a violência. Abra o seu coração, nos dê as mãos. Vem! Vamos construir uma ponte para a paz?

A violência urbana devastadora, dos dias de hoje, é uma componente da violência generalizada, que tornou tão horrorosa a carcarejada civilização moderna. Deixou-a espantosamente feia, destituída dos valores morais, espirituais, morais e éticos.

Esta já não reúne mais as qualidades transcendentais de urbanidade, porisso está totalmente descosmificada, destituída da beleza interior. Enquanto uma pequena parte da sociedade se envaidece com a tecnologia de ponta produzida pela ciência, há por toda parte milhões de pessoas montadas na infelicidade, na fome, na miséria, na desnutrição, no desemprego, no empobrecimento progressivo, provocados pela economia globalizante.

A sociedade se tornou espantosamente cruel e feia. A caridade encolheu, o amor murchou e ninguém sente pena de ninguém. Os mendigos, os drogados, os desempregados, os sem-terra, os sem-teto, os sem-nada, se amontoam pelas calçadas das ruas, pelas praças, pelas praias,etc. e ninguém os nota, ninguém se
sensibiliza com eles, ninguém se apieda deles. Os corações endureceram, as pessoas perderam a sensibilidade e a capacidade de assombro. Não importamos mais com o nosso semelhante!

Há os carros do ano, os televisores, os computadores, os bens e insumos da tecnologia de ponta; há os mostruários, as vitrines dos luxuosos shoppings,que definitivamente estão fora do alcance dos deserdados pela sorte. Isto é desequilíbrio social, é violência generalizada. As pessoas dos centros urbanos destes tristes tempos tornaram-se agressivas, desassossegadas, ansiosas, tensas, estressadas, demasiadamente grosseiras. A amizade, a sinceridade, a solidariedade, a preocupação com o semelhante e a empatia, etc., são valores perdidos pela sociedade urbana. Gemem os famintos desnutridos, os doentes sem assistência médica e hospitalar, da mesma forma que murmura a multidão carregada de encargos sociais, impostos, taxas exorbitantes, pesados aluguéis, etc. As dívidas, inadimplências têm atingido a todos; da mesma forma que nos devem, devemos aos outros. Ninguém vive com tranqüilidade, todos estão mergulhados nas preocupações que estão despedaçando-lhes o cérebro e ninguém mais tem felicidade.

A maior parte dos políticos, dos detentores do poderio econômico e religioso, revestidos de ostentação, brinca com a diplomacia e se apoia na burocracia, faz malabarismo político, sem importar um pouco com a dor dos povos.

Se os pobres não são felizes, por estes tempos, os ricos também não são e muito menos é a classe média, que fica entre a cruz e a espada. Como disse o Dr. Samael: "ricos e pobres, crentes e descrentes, comerciantes e mendigos, sapateiros e funileiros, vivem porque têm que viver; afogam no vinho suas torturas até se converterem em drogados para escapar de si mesmos".

As pessoas das cidades tornaram-se agressivas, tensas, stressadas, maliciosas, receosas, descosmificadas, astutas, perversas, atc. Todo mundo engana todo mundo. Ninguém acredita mais em ninguém. A burocracia (desconfiança) aumenta escandalosamente, dia após dia. Impõem-se registros de todas as espécies, fichas de controles de presenças, relógios-de-pontos, certificados, documentos, etc., tanto nas instituições produtivas, que ainda é admissível, quantos nas instituições religiosas e esotéricas, que a meu ver, é um grande absurdo.

Já não há mais empregos para todos. Já não há mais felicidades para a maioria dos seres humanos. Com a inversão de valores, perdeu-se o verdadeiro sentido da convivência coletiva, da solidariedade, da amizade, do amor, etc. A televisão, o cinema, os meios de comunicação em massa banalizaram intensivamente o sexo, tornando-o animalesco, selvagem, desprovido do romantismo e do amor. Casam-se hoje e separam-se amanhã. Em média os casamentos vem durando cerca de dois ou três anos, aproximadamente. O homossexualismo, o lebianismo, o sexo deturpado, tornaram-se comuns e normais nesta época de valores invertidos.

Boa parte da internet está desvirtuada, está sendo instrumentalizada e usada para propagação ideológica ou comercial de idéias e produtos nocivos à sociedade. Infelizmente, a Internet com a sua extraordinária capacidade de comunicação possui inúmeros escritos, enúmeras páginas preenchidas por ideais macabros, por mentes distorcidas e criminosas, que estão interessadas em dissiminar a violência sob a forma de: herotização, banalização do sexo, anomalias sexuais, como a pedofilia, onanismo, lesbianismo, homossexualismo e muitos outros tipos de sexos antinaturais, pervertidos; há ai venda de drogas, armas e instruções para fabricação de bombas, etc.

Há crimes hediondos, seqüestros, guerras e mais guerras, revoltas e mais revoltas, guerrilhas e mais guerrilhas, atropelamentos no trânsito, batalhas nos campos de futebol, nos clubes sociais, nas grandes aglomerações, etc. Onde quer que haja concentração de pessoas reside o perigo. Há roubo, assaltos e execuções de todos os tipos: há muita confusão nas cabeças das pessoas; é o caos instalado! E o caos é o beco-sem-saída deixado pelo rastro da violência. No caos há muita perda de energia e de esforços em vão, porém, não aparecem soluções para os problemas. Caos é caos, é a razão de ser da desordem, comandado pela entropia avassaladora.

Para vivermos equilibradamente, em meio ao caos, buscando a paz permanentemente e a felicidade, precisamos conhecer e aplicar a Psicologia Revolucionária do VM. Samael. Com a vivência da Psicologia Revolucionária, certamente pensaríamos e agiríamos de modo diferente.

Muitas pessoas desta época confundem prazer com felicidade. Apesar de existirem realmente momentos prazerosos, muito bons e etc; entretanto isto não é felicidade. Orgias, erotização, glutonaria, etc. não trazem felicidade. Se não conhecermos a prática da Psicologia Revolucionária, passamos a vida toda atrás da felicidade por todos os lados e chegamos à morte sem tê-la encontrado. Não há, neste mundo cruel, que vivemos, pessoas realmente felizes; toda massa humana é muito infeliz, seja constituída de pobre ou de rico.

Há muitos ambiciosos cheios de dinheiro, carregados de problemas, de medo de seqüestro, de assalto, etc. Conclusão: não são felizes! De que adianta ser rico de coisas materiais, se espiritualmente for desprovido de amor, de paz, de felicidade, etc? Estes pobres magnatas são mais desgraçados do que os pobres mendigos da rua. A verdadeira paz, a verdadeira felicidade está diretamente ligada às coisas internas, não têm conexão com as coisas materiais externas, efêmeras, com as coisas que passam com o tempo e que dependam do dinheiro.

Em busca da tão propalada paz, muitos se perdem pelo caminho, tentam escapar da rota da infelicidade através das drogas, do alcoolismo; porém colidem frontalmente com a violência e ficam presos definitivamente no submundo das drogas, dos vícios, etc.

Ao estudar e aplicarmos a Psicologia Revolucionária do Mestre Samael, descobriremos as reais causas da violência, da miséria, do desemprego, da fome, da dor, das amarguras, da infelicidade, etc. E só quando descobrirmos as causas verdadeiras de tanta amargura, de tanta violência, de tanta infelicidade, é que podemos errádicá-las.

 

MOBILIZAÇÃO CONTRA A VIOLÊNCIA.

Felizmente, a sociedade está se mobilizando e se articulando para combater a violência. Devemos nos animar e intensificar os atos de construção da paz; por que se atuarmos na causa, podemos mudar o efeito, as conseqüências da violência e evitar o caos social que está por vir.

A violência urbana tem crescido assustadoramente por conta de uma série de fatores decorrentes da hipertrofiação dos agentes do ego, apiada na falta de perspectiva dos jovens, no desemprego dos pais, etc. Os interesses econômicos se sobrepõem à fome, a miséria, etc, que saltam aos nossos olhos em quase todas as esquinas, ruas e avenidas, em hospitais, presídios, etc, da maioria das nossas cidades. Segundo estimativa da Unicef, cerca de dois milhões de crianças morreram em conflitos armados nos últimos 10 anos, como vítimas indeléveis da violência generalizada.

Nossas crianças, adolescentes e os desempregados são vítimas de uma violência não declarada, que é magistralmente ofuscada pela ideologia neoliberal da camada dominante. A imprensa tem divulgado com muita propriedade, o que acompanhamos com muita tristeza: denúncias, relatos de maus tratos, assassinatos, impunidades, corrupção, etc., mostrando as vítimas e os atores da
violência. Porém, os verdadeiros autores e as verdadeiras causas, a imprensa não ousa mostrar.

A camada dominante da sociedade, dos setores conservadores, esconde a verdadeira violência, que é a concentração de renda e a injustiça da má distribuição desta, o desemprego, a ausência de política habitacional, a má assistência à saúde e à educação da massa social majoritária. Portanto todas as pessoas de bem, que ainda não estão corrompidas pela violência exarcebada da
concentração descomensurada de renda, que têm consciência do beco-sem-saída que a violência nos colocou, devem lutar pela construção da paz das crianças e dos adolescentes e promoverem atos, passeatas, etc. em defesa da vida.

 

PAZ SOCIAL, UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA.

A paz social deve constituir-se em objetivo mundial, a ser construído coletivamente pelo conjunto das nações através de todo os povos. A paz não advém casualmente do nada, a esmo, gratuitamente. Ela só pode ser construída coletivamente, com a participação ativa de todos segmentos da sociedade, através de ações concretas de cada um de nós cidadãos, com muito sacrifício. Para isso, precisamos aprender a aprender como construí-la. Dialeticamente sabemos que só se constrói a paz erradicando a violência e reconquistando os valores éticos morais e espirituais perdidos pelos seres humanos.

A violência generalizada está crescendo em PG. Se hoje 5 pessoas são vitimadas por ela, amanhã serão 25, depois de amanhã 625, etc., até que se cumpram as previsões de que a terceira quarta parte da humanidade seja extinta; 4,5 bilhões de pessoas dizimadas pelas diversas formas de violência! Se nada fizermos para reverter estas causas da violência, enquanto ainda há um pouquinho de tempo, as conseqüências serão catastróficas para o destino da humanidade. Vivemos num universo de causa e efeito, onde todos nós somos co-autores e vítimas da violência. Se não combatermos as causas desta, as ocorrências dos efeitos se constituirão num dado certo.

Nos nossos dias atuais faz necessário repensar a trajetória da humanidade, no momento em que sua continuidade se vê ameaçada pelo crescimento da violência generalizada: no campo, nas cidades, nos esportes, na família, nas escolas, nos shows, nas aglomerações, na sociedade, etc.

O corpo social da humanidade está em decomposição pela corrupção dos dirigentes públicos, pela erotização dos meios de comunicação, pela deturpação na Internet, pela banalização da vida. Os valores morais, éticos e espirituais foram invertidos.

Reconquistar os valores éticos, morais e espirituais dos entes sociais se constitui em objetivo geral do "Projeto Viv@vid@ com Paz", projeto de combate a violência na causa, através da construção da paz, que deverá ser levado adiante através da família, das escolas, das religiões, dos sindicatos, dos diferentes segmentos sociais, no mundo todo.


COMBATE À VIOLÊNCIA NA CAUSA.

Este método consiste em levar o educando aprender a aprender investigar os seus próprios defeitos, através da técnica da auto-observação de si mesmo; para, em seguida, efetuar a eliminação destes, por meio da aplicação do primeiro fator de revolução da consciência, conforme está didaticamente demonstrado na Psicologia Revolucionária do Dr. Samael.

Se não combatermos a violência, em seu nascedouro, na causa, , por todos os meios disponíveis, como numa verdadeira batalha, a massa social vai ser dizimada em progressão geométrica indelevelmente. Nós poderíamos vencer esta batalha, se praticássemos o que se ensina na Psicologia Revolucionária do Dr. Samael. Se praticássemos o exercício da auto-observação, continuamente, iríamos constatar o realismo da existência da eterna batalha entre o bem e o mal; e que esta não está lá fora, mas dentro de cada um de nós mesmos aqui e agora.

A violência é apenas um efeito dos componentes do mal, que estão radicados sobre os agentes do ego, em nossa psique. É apenas efeito de um dos componentes dos sete defeitos capitais, que tem por causa um elemento psíquico chamado ira. Então, o mal chamado de violência, nossos erros, nossos defeitos e nossos sofrimentos, são gerados em nosso interior psicológico através dos agentes psíquicos componentes do ego.

Por outro lado, existe também, em nosso interior, um componente psíquico determinante do bem, chamado de Essência, em quantidade diminuta, num percentual ínfimo de 3%, conforme já frisamos em nosso livro Violência Nas Escolas, Caos na Sociedade. Então, o verdadeiro combate à violência, se faz, de maneira eficaz, ao atacá-la na causa, com uma verdadeira educação. Educação que ajude o estudantado aprender a aprender erradicar de dentro de si mesmo os agentes causadores da violência e liberar a essência fabricadora das virtudes, causas do bem, agente da paz, antítese da violência. Ai está uma condição essencial para se encontrar os parâmetro éticos perdidos e restabelecer os valores morais e espirituais por entre os seres humanos.

 

O DESAFIO DE SE ENCONTRAR A FELICIDADE.

Há os carros do ano, os televisores, os computadores, os bens e insumos da tecnologia de ponta; há os mostruários, as vitrines dos luxuosos shoppings,que definitivamente estão fora do alcance dos deserdados pela sorte. Isto é desequilíbrio social, é violência generalizada. As pessoas dos centros urbanos destes tristes tempos tornaram-se agressivas, desassossegadas, ansiosas, tensas, estressadas, demasiadamente grosseiras. A amizade, a sinceridade, solidariedade, a preocupação com o semelhante, a empatia, etc., são valores perdidos pela sociedade urbana. Gemem os famintos desnutridos e os doentes sem assistência médica e hospitalar, da mesma forma murmura a multidão carregada de encargos sociais, impostos, taxas exorbitantes, pesados aluguéis, etc. As dívidas e a inadimplência pegam a todos; da mesma forma que nos devem, devemos aos outros. Ninguém vive com tranqüilidade, todos estão mergulhados nas preocupações que estão despedaçando o cérebro e ninguém mais tem felicidade.

A maior parte de políticos e dos detentores do poderio econômico, revestidos de ostentação, brincam com a diplomacia e se apoiam na burocracia, fazem malabarismo político, sem que lhes importa em pouco com a dor dos povos.

Se os pobres não são felizes, por estes tempos, os ricos também não são e muito menos é a classe média, uma vez que fica entre a cruz e a espada. Como disse o Dr. Samael: "ricos e pobres, crentes e descrentes, comerciantes e mendigos, sapateiros e funileiros vivem porque têm que viver"; afogam no vinho suas torturas até se converterem em drogados para escapar de si mesmos.

As pessoas das cidades tornaram-se agressivas, tensas, stressadas, maliciosas, receosas, descosmificadas, astutas, perversas, atc. Todo mundo engana todo mundo. Ninguém acredita mais em ninguém. A burocracia(desconfiança) aumenta escandalosamente dia após dia. Impõem-se registros de todas as espécies, certificados, documentos, etc.

Já não há mais empregos para todos. Já não há mais felicidades para a maioria dos seres humanos. Com inversão de valores, perdeu-se o verdadeiro sentido da convivência, da amizade, do amor, etc. A televisão, o cinema, os meios de comunicação em massa banalizam intensivamente o sexo, tornando-o animalesco, selvagem e desprovido do romantismo e do amor. Casam-se hoje e separam-se amanhã. O homossexualismo, o lebianismo, o sexo deturpado, tornaram-se comuns e normais nesta época de valores invertidos.

Há crimes hediondos, seqüestros, guerras e mais guerras, revoltas e mais revoltas, guerrilhas e mais guerrilhas, atropelamentos no trânsito, batalhas nos campos de futebol, nos clubes sociais, grandes aglomerações, etc. Onde quer que haja concentração de pessoas reside o perigo. Há roubo, assaltos, seqüestros de todos os tipos, há muita confusão de todos os tipos nas cabeças das pessoas, é o caos instalado. E o caos é o beco-sem-saída deixado pelo rastro da violência. No caos há muita perda de energia, de esforço, porém não aparece solução para os problemas. Caos é caos, é a razão de ser da desordem. A unidade dos lares se perdeu definitivamente, a família se decompôs e as escolas desviaram as suas funções, se transformaram em depósitos de gente, com objetivos assistencialistas; já não possuem uma didática transformativa, calcada em objetivos educacionais. A escola está apenas adestrando a parte animalesca do ente humano, ao rechear o ego, hipertrofiar o intelectualismo.

O Dr. Samael apresenta um caminho para todos nós conhecermos todas as coisas caóticas que se encontram em nosso interior, para identificarmos as causas de toda esta podridão, para buscarmos e questionarmos o porquê de tudo isto, no livro GRANDE REBELIÃO, da editora gnose e outras.

Para erradicar a violência urbana já não serve mais as teorias desprovidas da prática vivenciada, as promessas de campanhas de políticos, as demagogias, as boas intenções e os discursos distanciados da ação, precisa-se de atos concretos de todos nós, articulados através da mobilização da sociedade como um todo. Para erradicarmos a violência, precisamos conhecer as leis universais de causa e efeito, a dialética da dualidade. Precisamos com urgência saber de fato qual é a real causa da violência. Saber o que se esconde ideologicamente por detrás de tudo isto. Precisamos compreender que as causas da violência, do nosso sofrimento individual e da dor universal do coletivo humano, têm origem no ego.

 

GLOBALIZAÇÃO, EMPOBRECIMENTO E CAOS NA TERRA.

A globalização econômica, o pseudoprogresso humano, o empobrecimento e o caos social de onde originam? Qual é a raiz de tudo isto? Será que há priorização do econômico, ou do social nas administrações e na construção da existência aqui no Planeta? Multidões de pessoas já estão morrendo de fome, de miséria, por falta de mínimas condições de condignidade humana, em meio a apocalíptica globalização econômica. A etapa neoliberal do capitalismo comete o erro de priorizar o econômico em detrimento do social. Dá ai vem muito desequilíbrio, muita dor e violência.

Como não há prioridade pela vida, pelo o humano, pelo social, já a esta altura dos acontecimentos. Por que não há globalização da justiça social de distribuição econômica para o bem estar do ser humano? Como o interesse pelo o econômico sobrepõe o social, a alimentação do ser humano está contaminada por todo tipo de agrotóxico, hormônios, inseticidas, etc, etc., que trazem todo tipo de doenças e
mutações genéticas aos entes sociais.

Como na tarefa de construção da existência humana sobre a terra há mais interesse pela morte do que pela vida, aproximadamente 3/4 da população dos trabalhadores trabalham a favor da morte, contrário à vida, fabricando bombas, na industrialização de artefatos e insumos bélicos, bombas atômicas, bombas microbianas e na composição e execução de tarefas inerentes aos enormes contigentes militares que guarnecem as nações da Terra. Há um enorme contingente militar por todas as nações do mundo, em estado de alerta, prontos a destruir tudo aquilo que a maquinaria egóica edificou. Há muita gente que trabalha na sustentação deste poderoso contingente militar: cientistas, profissionais de diversas áreas, donas de casa, crianças, etc.

Como a política de construção da existência humana não prioriza a vida, estão morrendo milhões de pessoas de fome, de pestes, de drogas, de guerras, etc., vitimadas pela violência econômica, imposta pelo violento homem moderno, detentor do poderio econômico, político e militar. Os violentos gananciosos construíram industrias em bosque, devastaram áreas de enorme importância para preservação dos ecossistemas terrestres, cometeram e cometem crimes bárbaros contra a natureza, contra a vida e contra a humanidade, ao explorarem madeiras, petróleo e outros minérios indiscriminadamente, convertem o planeta em algo que caminha a passos largos para a desertificação.

O dióxido de carbono se multiplicou, formando uma grossa camada, uma capa na atmosfera. Tal capa está como filtro das fatalidades. O clima da Terra já está mais quente, com uma temperatura maior que o normal e o calor já está fundindo o gelo dos pólos e o nível dos oceanos já estão subindo avassaladoramente a ponto de se constituir numa ameaça para as cidades costeiras do mundo inteiro. Um novo Dilúvio universal de águas pastosas, muito quentes, um verdadeiro melado ígneo, um fogo escaldante das lavas vulcânicas do fundo do mar, está às portas. Devido às inclinações dos eixos da Terra, decorrentes das violências na ecologia e às alterações provocadas pelo homem na natureza, os pólos já estão se transformando em equador e vice-versa.

Estranhas enfermidades estão aparecendo, impossíveis de serem curadas e os médicos estão atônitos. Ocorrem graves desordens na atmosfera, em decorrência do impedimento da entrada da luz solar e dos raios ultravioletas pelo smog. Estamos já vivenciando as auterações climáticas, ciclones espantosos, furacões, tufões, terremotos, grandes catástrofes, movimentação do gelo polar para o equador, etc. E o pior de tudo, apesar das campanhas de conscientização e da legislação ambiental existente, o violento homem moderno continua destruindo a flora e fauna, contaminando o solo, o ar e os mares, os mananciais de água potável, destruindo os manguezais, destruindo o plâncton, etc., estamos assistindo uma tragédia mundial.

A quantidade de oxigênio produzida vai diminuindo gradativamente, devido à diminuição da quantidade de radiação solar, indispensável à fotossíntese, em decorrência das atividades industriais descomedidas. As reservas de oxigênio estão se esgotando muito rapidamente, em decorrência da contaminação dos mares e oceanos e à destruição do plâncton. Como conseqüência imediata de tudo isto estão morrendo os vegetais, os animais e os seres humanos. As pessoas estão morrendo de sede, porque a água está contaminada, já não existem água potável para todas pessoas, devido às contaminações industriais, devido à exploração descomedida dos poços de petróleo e outros tipos de poluição.

Mesmo nas ditas águas potáveis reaproveitadas, tratadas, etc., os cientistas têm encontrado vírus de todos os tipos, calibacilos, patógenos, bactérias de tuberculose, tifo, varíola, larvas, etc., As epidemias se fazem presentes, quase todos os tipos delas estão voltando atualmente. Há ivestigação científica que assegura que uma grande parte de águas do Oceano Pacífico e do Atlântico já estão contaminadas com resíduos radioativos, em decorrência das explosões atômicas. O homem comete uma das piores violências ao aniquilar as aves, os animais e os plânctons marinhos, que produzem 70% do oxigênio terrestre. O violento homem moderno está aniquilando todas as espécies viventes com a devastação desmedida da natureza, colocar nela grandes quantidades de petróleo, de
inseticidas de toda espécie, múltipla substâncias químicas, gases venenosos, gases neurotóxicos, detergentes, lixos que estão indo para os mares, etc. Os mares e oceanos foram convertidos em uma grande lixeira.

O violento homem moderno está resolutamente empenhado em destruir o Planeta. Quer destrui a natureza e a vida que nela existe. Quer ampliar a violência e acabar com a paz, transformar terra num grande deserto inabitável. E a questão toda é que está conseguindo o seu propósito.

Lamentavelmente a humanidade caminha para um beco-sem-saída, para o caos, para fim de si mesma, apocalipticamente está destruindo os ecossistemas e a vida com velocidade espantosa.

O Violento homem moderno está conseguindo o seu objetivo de acabar com a vida no Planeta, ao contaminar os oceanos, os mares e os lagos e o ar com tanta imundice, ao envenená-los com a fumaça dos carros e os poluentes das indústrias. O violento homem moderno está destruindo o mundo com violentas explosões atômicas subterrâneas e comete todo tipo de abuso à crosta terrestre com elementos prejudiciais. O homem que está destruindo o homem, submeteu o Planeta Terra a um longo estado de agonia profunda. O Planeta está em agonia! As causas da destruição já estão postas, os efeitos advirão e as conseqüências serão drásticas para todos seres vivos. Se nada fizermos para reversão destes fatos, irreversivelmente haverá de acontecer uma grande catástrofe apocalíptica na Terra.

 

O EGO, CAUSA DO SOFRIMENTO NA CIDADE.

Como vivemos num universo de causa e efeito, não poderemos ser felizes, individual e coletivamente enquanto persistirem as causas da violência generalizada contra a natureza, contra as pessoas e contra tudo. As causas dos nossos sofrimentos se encontram no substrato do ego. Indicar o caminho para sua identificação e erradicação se constitui em objetivo deste livro. Nós trabalhamos muito pela nossa sobrevivência física, queremos existir de qualquer maneira; porém, não somos felizes, não temos paz e nunca iremos ter enquanto existir o ego.

Nós trabalhamos muito pela nossa sobrevivência física, queremos existir de qualquer maneira; porém, não somos felizes, não temos paz e nunca iremos ter enquanto existir o ego. Em meio a tudo isto: à violência, ao caos, a tantas amarguras, não podemos perder a esperança de paz. Não podemos deixar a violência matar a nossa paz! Mesmo que não soubéssemos como e de que maneira. Porque, apesar de tanto sofrimento e de tanta violência, queremos viver; não queremos morrer.

 

MINHA PROPOSTA PARA CONSTRUÇÃO DA PAZ.

A todas pessoas do mundo conturbado que estamos vivendo nestes tempos difíceis, apresento minha proposta de construção da paz, como cidadão, que juntamente com vocês, está vivendo no beco-sem-saída que a violência nos coloca! Espero assim estar contribuindo para pacificar a humanidade um tanto quanto meio louca a estas alturas dos acontecimentos, já bastante caótica, em decomposição! Espero que você também elabore sua proposta para paz, entre para o Projeto Violência Não do Movimento Vivavida com Paz, nos apresente críticas e propostas, para juntos construirmos a paz. A paz social só pode ser construída com a participação de cada um de nós no coletivo da massa social.

Em l986 sai da cidade de Itariri para dar aulas em São Paulo. Foi quando tomei conhecimento do universo da violência escolar, ao observar o comportamento agressivo da maioria dos alunos, o desassossego, as inquetudes de tendência agressivas, a falta de respeito, a ausência de valores éticos, morais e espirituais. Conclui que o interior de uma sala de aula é um palco de dramatização da violência, onde as peças são apresentadas, uma após outra, na forma de desrespeito ao professor, desacatos, ameaças, etc, por alunos que desrespeitam ao professor, não respeitam seus colegas, não respeitam a si mesmo, fazem do templo da aprendizagem o palco da violência.

Foi ai que percebi que a violência escolar é extensão da violência familiar, e da social e que cresce diariamente em progressão geométrica , de maneira assustadora a ponto de colocar em risco a continuidade da vida no Planeta, se nada fizermos para reversão das causas desta. E para reverter este quadro caótico é que resolvi dar minha singela contribuição para o processo de construção da paz, fundando o MOVIMENTO VIVAVIDA COM PAZ.

O Movimento Vivavida com Paz pertence à humanidade e está para ser construído por todos nós que tomamos consciência das dimensões caótica da violência. Ele terá a configuração final que desenharmos, terá a pintura que fizermos. Vamos desenhá-lo? O Movimento já conta com um projeto de construção da paz, com um livro editado pela Evirt e outros em processo de edição, está conectado ao Projeto Jornal Escola e Comunidade da A Tribuna e conta com o apoio da Editora Evirt, sua maior divulgadora e incentivadora.

Então, meus caros amigos professores, coordenadores e diretores, ao fazer o lançamento oficial aqui, hoje de um trabalho que começou em 1986, presto conta à humanidade do que fiz a ela, até agora, e do que pretendo fazer daqui para frente, juntamente com todos os envolvidos e os que se envolverem no processo de construção de dias mais felizes para a sociedade, ao participarem do PROJETO DE COMBATE ÀS CAUSAS DA VIOLÊNCIA. EE BRAZ CUBAS, SANTOS ,SP, 25 de maio de 1999. Maurício da Silva.

 

OBJETIVOS GERAIS.

Levar o aluno aprender a aprender:
1. Praticar auto-observação de si mesmo, para descobrir e erradicar estados psicológicos equivocados geradores de violência: anciosidade, agressividade, tensão, etc.
2. Despertar o interesse pelo de si mesmo, para eliminar de dentro de si os fatores que causam violência.
3. Praticar técnicas de relaxamento, de concentração, para perceber e eliminar os agentes do desequilíbrio emocional.
4. Perceber a conscientizar-se do beco-sem-saída em que a sociedade foi colocada pela violência generalizada e elaborar planos para sair daí.
5. Viver a vida sem violência, lutando sempre pela construção da paz.
6. Lutar pela reconquista dos valores éticos, morais e espirituais perdidos, eliminando os defeitos geradores de violência, criando as virtudes geradoras da paz.
7. Refletir para compreender a responsabilidade que todos nós temos na luta contra a violência, para construir a paz.
8. Desenvolver faculdades de percepção, de atenção, de observação, discriminação, análise, síntese, dedução e criatividade acerca do processo de criação da paz.
9. Adquirir hábitos de pesquisar assuntos acerca da violência em jornais, revistas, livros, etc., para auto-sensibilização.
10. Conhecer os Três Fatores de Construção da Paz, emergentes dos Fatores de Revolução da Consciência instituídos pelo Dr. Samael Aun Weor.

 

CONTEÚDOS.
1. O que é a paz?
2. A violência nas escolas.
3. A Violência na família.
4. A Violência onde há aglomeração de pessoas: shows, jogos, comícios, etc.
5. Violência social.
6. Violência nas instituições públicas;
7. Violências nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
8. Disciplina e ordem.
9. Fatores de causas da violência: anciosidades, tenção, agressividade, desassossego, etc.
10. Autoridade, autoritarismo, limites e permissividade.
11. Perdas de parâmetros éticos.
12. Erotização na mídia, na televisão, no cinema, na música, na internet, etc.
13. As causas da depredação, da pichação e do usou de drogas nas escolas.
14. O ego e a essência.
15. Pseudo Educação.
16. Punição: forma de castigo ou de discriminação.
17. Educação não combina com competição.
18. Psicologia da Violência.
19. Técnicas para dissolução da violência.
20. Educação e violência múltipla.
21. Ação nas causas da violência.
22. Propostas concretas de combate a violência.
23. Educação Revolucionária.


ESTRATÉGIAS.

1. Aulas expositivas e dialogadas.
2. Leitura e interpretação de textos de violência, em jornais, revistas, livros, etc.
3. Discussão das atividades desenvolvidas pelos alunos acerca da violência.
4. Trabalhos individuais ou grupos sobre violência, utilizando as diversas técnicas de dinâmica de grupo.
6. Entrevistas feitas pelos alunos a especialista em assuntos de violência.
7. Realização de visitas dos alunos a pessoas atingidas pelas diversas formas de violência.
8. Projeção de filmes sobre violência.
9. Realização de pesquisas bibliográficas.
10.Leitura em jornais dos assuntos inerentes à violência cotidiana.
11. Painéis sobre violência.
12.Seminário sobre violência.
13.Debates acerca da violência.
14.Escrever cartas e mandar e-mails ao maior número possível de pessoas acerca da violência generalizada.
15.Colocar placares sobre violência nas escolas em locais de grandes concentrações de pessoas.
16.Feitura de Composições, pelos alunos, sobre violência, com auxílio professores de português, utilizando textos de jornais, revistas, livros, etc.
18.Montagem do histórico da violência generalizada nos quatro cantos do mundo, com orientação de professores de história.
19.Mapeamento pelos alunos da violência no mundo, com auxílio dos professores de geografia.
20.Retratação da violência pelos alunos, com auxílio dos professores de ed. Artística.
21.Elaboração pelos alunos da estatística da violência mundial, com auxílio do prof. de matemática.
22.Elaboração pelos alunos de propostas de paz.


DO COMBATE ÀS CAUSAS DA VIOLÊNCIA AO ENCONTRO COM A PAZ.

Ao agirmos naturalmente, mecanicamente, como a natureza deseja e nos programa, só conseguiremos desenvolver, mais ou menos uns 10% de nossa capacidade cognitiva, como se consta nos anais científicos, ante aos sucessivos eventos que a todos nós se apresentam, ao longo de nossa existência, por mais que vivamos neste mundo e por mais que nos desenvolvamos cognitivamente. Então, desperdiçamos um potencial cógnito de cerca de 90% de nossa capacidade intelectiva. E, para tudo isto, queima-se umas poucas células disponíveis para tal propósito, mesmo que façamos nossa trajetória escolar, desde do Jardim da Infância ao Doutorado, aproveitando todas as oportunidades de aprendizagem que ai se apresentam. Então, apesar do avanço das ciências sociais, através de todos os tempos, até hoje, se conhece muito pouco acerca do universo psíquico do ente humano. Conhecemos muito pouco sobre tudo o que existe e quase nada sobre nós mesmos. Em números, não conseguimos ultrapassar 10% de nossa capacidade cerebral, isto é, não conseguimos despertar a nossa consciência além do limite de 3%. Conseqüentemente estamos submersos num estado de ilusão, de subconsciência total, com 97% de nossa capacidade cônscia totalmente em inatividade. Isto em realidade, chama-nos atenção para o fato de que estamos dormindo, mesmo em plena luz do dia. Vivemos sonhando, não só quando estamos dormindo, mas também, quando estamos acordados, como diz o Mestre Samael em seu Tratado de Psicologia Revolucionária. Assim, a maior parte de coisas reais são para nós ocultadas. Nossas faculdades mentais, atrofiadas em 97% de seu potencial, não permitem ver a realidade, não possuem conexão com a Verdade. Porisso Shakespeare dizia que há muito mais mistérios entre o Céu a Terra, do que a nossa vã filosofia pode imaginar. Para a essência desperta, para a consciência, não há mistério, não há o oculto, conforme nos ensina o Mestre Rabolu, em sua Ciência Gnóstica. Tudo é desnudado com a luz da Consciência! A Consciência, é a conexão direta com a Realidade, que é em si a própria Verdade. A subconsciência , substrato do Ego, não tem acesso às coisas reais. O subconsciente (Ego) somente se conecta com a obscuridade, com a ilusão, com a fantasia que é o mundo que perfilamos. Partindo-se do Ego, não se chega ao universo Absoluto da realidade, somente se chega ao Cosmo Relativo da ilusão, que é o mundo Maya, o mundo da fantasia, da Irrealidade. Como dizia Eistein: "do mundo dos fatos (Ego) não se conduz nenhum caminho para o mundo dos valores" (Consciência). Ai reside o mistério shakespeareiano Ser ou Não Ser, Eis a Questão. O nosso nível de Ser, a nossa Seidade, é diretamente proporcional ao percentual de consciência, de essência desperta, menos de 3% em média. E o nosso Não Ser é preponderante, é proporcional ao nosso percentual de ego, 97% de consciência aprisionada nos eus, 97% de consciência adormecida, inoperante.

Enquanto na essência cônscia residem as sementes das virtudes, no ego moram os germes dos defeitos. Pertencemos a uma espécie do Cosmo, à raça humana, que possui tão somente menos de 3% de consciência, em média ,em cada cidadão. O que nos leva a nos constituirmos em uma sociedade demasiadamente violenta, caótica, complicada, etc.; porque é desproporcional a quantidade de defeitos que possuímos em relação às qualidades, às virtudes. Com uns 10% de consciência, só para se ter uma idéia, a humanidade já se safaria da guerra, da miséria, da fome, dos regimes políticos absurdos e de todo tipo de violência. Haveria paz na face da Terra, não haveria injustiça social e a Felicidade reinaria para sempre e em sua plenitude, conforme nos assevera o Dr. Samael em suas obras científicas.

Todavia, é bom que todos nós saibamos que, existe um meio revolucionário de elevar a nossa consciência de 3% a 100% , através dos três fatores que nos colocam a trabalhar em prol de nossos semelhantes, caritativamente e por meio de Componentes Vetoriais de Revolução Cognitiva: morrer em defeitos, nascer em virtudes verdadeira educação centrípeta, a Educação Revolucionária.

Mostrar este caminho de verdadeira revolução cognitiva, ampliar o conhecimento e a compreensão do universo psicológico do ente humano, contribuindo para o avanço das ciências sociais se constituem em objetivo deste livro, que propõe uma Pedagogia Revolucionária, uma Ciência Revolucionária, que promove um ensino-aprendizagem para dissolução das causas da violência, por intermédio de uma Educação Revolucionária.

Esta Educação Revolucionária que se propõe, está apoiada sobre as colunas da Psicologia Revolucionária que foi restaurada pelo Mestre Samael nos tempos modernos, possui predicados para promover uma verdadeira educação capaz de erradicar a violência escolar e a violência generalizada, que tanto infelicitam a todos nós seres humanos.

Denominamos de Pedagogia Revolucionária, nos termos aristotélicos, à ciência que propicia educar o estudantado para extirpar de dentro de si mesmo as causas da violência, por meio de uma Didática Centrípeta.

A Pedagogia Revolucionária, que proporciona uma educação revolucionária, por estar em conexão com a Psicologia Revolucionária, é uma ciência que busca a causa intrapsicológica da violência, que dá origem ao fenômeno da violência escolar e da violência generalizada. Uma ciência nestes moldes, como se configura a Pedagogia Revolucionária, está em consonância com o realismo de Aristóteles, cientista, filósofo e educador grego, que apregoava que a ciência é a busca das causas universais dos acontecimentos, das causas que originam os fenômenos.


QUAL A CAUSA DA VIOLÊNCIA?

Onde estão as reais causas da violência escolar, da violência familiar e da violência social como um todo? Há quem atribua os mais diversos fatores como causa da violência: ignorância, pobreza material, carência cultural, desigualdade social, regime capitalista, etc. Entretanto, ao nosso ver, tudo isso são fatores emergentes da violência; então, são determinados pela violência. A verdadeira causa da violência não é veiculada pelo saber convencional ,mas sim ocultada por este por motivos ideológicos de interesse dos sistemas sociais dominantes em obscurecer a verdade. A verdadeira causa da violência é tácita à Segunda natureza do ser humano, reside no subconsciente do seu universo psíquico, denominada por Freud de Ego. Ninguém pode saber das reais causas da violência, sem conhecer e compreender os mecanismos do Ego. Então, o que é o ego, com o seu complexo mecanismo de reação?

 

O EGO, A CAUSA DA VIOLÊNCIA.

Sigmund Freud não é o descobridor do ego, nem tampouco foi a primeira pessoa a falar deste; pois o ego é tão antigo quanto o ser humano na face da Terra. Freud foi o primeiro a usar o vocábulo Ego para denominar um conjunto de agentes psíquicos constituidores do subconsciente, causa dos defeitos psicológicos, emocionais que constituem a estrutura das neuroses e psicoses, por meio de uma investigação psicológica profunda dos processos que engendram a violência e a inconsciência no ente humano. Em sua Psicanálise, método de tratamento criado por ele para diagnosticar e tratar as desordens mentais, Freud dá o nome de ego para um conjunto de elementos psíquicos, de valores positivos ou negativos manifestos na psique do homem.

Tudo que possuímos no universo relativo, se apresenta sob a forma de matéria, de energia e de luz. A matéria, segundo Einstein é a energia que perde temperatura, se apassiva, pois o movimento de seus átomos se torna mais lento. A energia é a luz condensada (apassivada). A luz é a mais alta fonte de atividade dinâmica subatômica, a mais alta realidade de forma de energia do universo relativo. O ego é uma forma de energia apassivada a partir da essência. Portanto o ego é a luz da essência cósmica numa freqüência vibratória menor. Na realidade, o ego é uma forma de energia psíquica grosseira, que impede a manifestação da essência na forma de consciência. Em síntese, o ego é a treva, antítese da luz da essência, sintetizada a partir do rebaixamento da freqüência desta, para ofuscar a consciência.

Einstein se referiu a esta forma absurda de energia ao dizer: "O valor do homem é determinado, em primeiro lugar, pelo grau e pelo sentido em que ele se libertou de seu ego".

No universo relativo, todas as coisas se manifestam em dualidades bipolares: positivo e negativo, masculino e feminino, alto e baixo, tristeza e alegria, prazer e dor, evolução e involução, existência e morte, amor e ódio, essência e ego, etc.

No universo Hominal, de modo análogo, esta bipolaridade se faz presente em seu mundo psicológico nas formas de energias, que são denominadas pela Filosofia Moderna de: Seidade e Egocentrismo, Essência e Ego.

Na Filosofia Oriental, a manifestação da essência é chamada de Atman e a do ego, Aham. O cientista filósofo Humberto Rodhen descreve a essência como sendo o Uni do Universo e o Ego o Verso deste.

O Mestre Samael Aun Weor, nascido na Colômbia, em 3 de Março de 1.917, foi um homem de notável saber que, com suas profundas inquietudes, promoveu intensas investigações no campo das ciências sociais, das ciências naturais, da antropologia e da psicologia. Deixou-nos um vastíssimo conhecimento dialético acerca do ego , da essência e da consciência, registrado em mais ou menos 100 (cem) obras, traduzidas em diferentes idiomas.

O Sr. Joaquim Enrique Amortegui Valbuena, Mestre Rabolu, discípulo de Samael Aun Weor, sintetizou o ensinamento sobre o ego, sobre a essência e a consciência, usando uma linguagem mais simples, clara e concisa, para facilitar nossos estudos.

O ego é um conjunto de eus que geram os defeitos, enquanto que a essência produz as virtudes através do ente humano. A doutrina dos eus foi estudada na Filosofia Tibetana, na Egípcia e no Cristianismo Ocidental.

No Tibet Oriental, os eus, componentes do ego, são chamados de agregados psíquicos , ou simplesmente valores, conforme ensinamentos do Mestre Samael.

No Egito os agregados psíquicos, os eus, os valores, o ego, são chamados de Demônios Vermelhos de Seth, conforme está escrito nas obras de Psicologia Revolucionária do Mestre Samael.

No Cristianismo, os eus, componentes do ego, recebem a denominação de Legião, e os efeitos deste são chamados de Pecados. Ali, o conjunto de elementos psíquicos inumanos compõe um universo de sete Legiões: Cobiça, Gula, Luxúria, Inveja, Ira, Orgulho e Preguiça.

Sabemos que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo, lei da inércia. Da mesma forma, no nosso espaço psicológico, não podem atuar ao mesmo tempo, a essência (consciência) e o ego (subconsciência). Na realidade, a essência age, porque é pró-ativa, e o ego reage ante os acontecimentos, porque é reativo.

A psicologia revolucionária, criada pelo Mestre Samael, diz que o homem moderno possui tão somente 3% de essência produtora de virtudes, de qualidades, contra 97% de eus, germes do ego, geradores de defeitos. Então, o pobre ser humano, mecanizado como está, produz 97% de defeitos; entre eles, todo tipo de violência, de agressividade, de depredações, etc.; e apenas 3% de virtudes, em suas relações interpessoais e, também, nas relações intrapessoais, isto é, nas suas relações com o próximo, com o Cosmo e consigo mesmo.

Devido ao ego, o homem não possui individualidade definida e sim uma multiplicidade de comportamentos que se alternam entre si, de instante a instante, através da personalidade. Amarguras, dificuldades, etc., são efeitos da falta de unidade psicológica em nós. Há uma falta de organização psíquica em cada um de nós, decorrente da atuação dos múltiplos agregados psíquicos, dos eus.

Dentro de cada um de nós vivem milhares de eus, que podem ser evidenciados através da prática da auto-observação, conforme asseverou o Mestre Samael; o que pode ser comprovado por cada um de nós ao perceber as inumeráveis mudanças de comportamento, reações e contradições que se dão em nosso interior.

Nossa mente é como um palco e os eus são os seus atores, que ali atuam. Cada um ao cumprir o seu papel cósmico de drama, de comédia ou de tragédia é destronado pelo seguinte que entra em cena, conforme podemos comprovar na prática através dos ensinamentos que nos deixou o Mestre Samael. Da mesma forma, não possuímos um eu permanente, mas muitos eus, que geram comportamentos efêmeros; é uma legião de eus diabólicos, uma multidão de elementos infra-humanos que nos tornam seres agressivos, depredadores, usuários de drogas, violentos e absurdos.

Do ensinamento dado pelo mestre Samael e que pode ser comprovado por nós, conclui-se que também é um absurdo a teoria do Eu Superior e Eu Inferior, conforme apregoa a psicologia convencional. Porque estes são partes da mesma coisa, assim como o ponto-de-partida e o ponto-de-chegada de um móvel pertencem a uma mesma trajetória de movimento. Assim como o ponto inicial e o ponto final de um segmento de reta formam duas secções de uma mesma coisa, a inferior e a superior, o Eu Superior e o Eu Inferior em nós são dois aspectos do mesmo ego pluralizado, tenebroso e absurdo.

O Eu Divino ou Eu Superior é um disfarce ideologicamente formulado pelos inimigos da paz e da justiça social. Certamente é uma evasiva, uma escapatória para manter a sociedade na obscuridão, na ignorância e na violência generalizada.

Dentro de nossa personalidade (persona), que em Grego significa máscara, vivem muitíssimas personagens diferentes entre si, algumas boas, outras más, umas melhores, outras piores, algumas gulosas que nos levam a comer excessivamente, outras beberronas que nos levam aos bares, outras luxuriosas que nos levam ao abuso sexual, ao adultério, à fornicação; há aquelas iradas que nos levam ao desentendimento, à agressividade, à briga, à morte; há outras cobiçosas que nos levam a trabalhar compulsivamente, outras preguiçosas que nos conduzem à inércia total, etc.

Cada agente psicológico luta por sua hegemonia no espaço psicológico, querendo exclusividade, ao tentar controlar o centro intelectual por meio de pensamentos, o centro emocional através de sentimentos, o centro motriz por meio de movimentos, o centro sexual através do sexo desenfreado e o centro instintivo pelo automatismo da mecânica do organismo animal, conforme nos ensina a Psicologia Revolucinária do Mestre Samael.

 

A EDUCAÇÃO, BASE DA COOPERAÇÃO.

É preciso que se conheça na escola, por parte de professores, direção e alunos, esta rede intrincada de ações e reações, de ajustes e desajustes do ensino à economia, por meio de uma discussão coletiva, para o estabelecimento de relações mais críticas entre a sociedade, a escola e o indivíduo; partindo-se do cotidiano, da observação, da análise de situações concretas vividas por todos. É preciso que, ordenadamente, todo grupo de pessoas da comunidade escolar seja levado a discutir seus problemas e buscar soluções em conjunto para estes. Equivocadamente, sempre se associou educação do homem ao modelo econômico reinante. Porém, educação só se associa adequadamente à transformação interior do homem. O que se associa a modelos econômicos são, em verdade, os adestramentos, os treinamentos, as instruções mecânicas, etc. Educação não combina muito bem com competição, mas rima perfeitamente com cooperação, solidariedade e colaboração entre os entes humanos.

Já se adestrou o homem para a economia de escala, ensinando-lhe a apontar parafusos, nos modelos fordismo-taylorismo, executando rotineiramente tarefas simples, etc. Mas, agora, adestra-se o homem para modelos mais complexos de operações no trabalho, adequando-o à tecnologia moderna, aos meios de comunicações sofisticados, ao modelo neoliberal, à economia global, etc. Ninguém fala em educar o homem para empatia, eduzindo de seu interior os seus erros e ajudando-o nas transformações de seus defeitos em virtudes; elevando-o na escala da seidade interna, da ética, da moral, etc. E é uma pena, porque se assim agíssemos na educação deste homem, o social, o econômico, o ético, o desenvolvimento tecnológico, etc., viriam como conseqüência direta desta formação cêntrica.

É bom que todos nós educadores saibamos, que se são as exigências do sistema produtivo que determinam, em cada etapa histórica, os conhecimentos, os valores e os modos de comportamentos, que deverão ser inculcados nos nossos alunos, através dos sistemas de ensino, então aí não poderá haver educação. Se não, tão somente instrução, treinamento, adestração, etc.

Se nós educadores que compreendemos isto, não contestarmos incessantemente este sistema produtivo injusto; e o modo como nossos alunos são inseridos nele para serem treinados, domesticados e para serem adequados a esse tal sistema, estaremos cometendo uma grande falha; cumpre-nos capacitarmos constantemente, por hora, para nos tornarmos competentes mesmo que neste sistema que aí está; para daí adiante transformar a maneira de se enfocar as relações dentro da escola, direcionando a adestração, que o sistema impõe aos alunos, para uma verdadeira educação. Começando por levar todo o grupo a discutir seus problemas, construtivamente, e buscar respostas em conjunto, solidariamente.

Professores, diretores, funcionários, alunos e a sociedade em geral, estão bastante desencantados com esta pseudoeducação que se dá nas escolas convencionais e com a vida de modo geral.

Os educadores em geral sabem que os processos administrativos, a burocracia, etc., são fantasmas que pairam sobre as escolas; onde os diretores, os supervisores, etc., se preocupam demasiadamente com a infra-estrutura da sua escola; mas, se preocupam muito pouco com a transformação do estudantado; de modo geral, são portadores de uma mentalidade conservadora e retrógrada.

É preciso incentivar em todas estas escolas, em que a direção anda com o freio-de-mão puxado, o uso da quadra, da sala de projeção, do palco, da biblioteca e de todas as dependências, para realização de festa, olimpíadas, gincanas, campeonatos, teatros, shows, etc.; com o objetivo de integração e de educação dos alunos; e com o estabelecimento de novos valores, diferentes dos tradicionalmente estabelecidos.

A escola burocrata deve ser transformada, gradativamente, em palco de discussão e de crescimento para todos; onde os desejos dos alunos, suas necessidades, suas falas, suas culturas e seus cotidianos, constituem os principais parâmetros para se elaborar as diretrizes gerais de organização da escola e educação formativa do estudantado.


PSICOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DA PAZ.

Todo defeito do ente humano tem sua origem no ego. O ego é a causa de todo mal. É responsável por toda amargura, tristeza e fracasso da raça humana. Portanto, a causa da depredação, da pichação, do uso das drogas e da violência generalizada, na escola, na família, nos campos de futebol, no trânsito, na ecologia e na sociedade em geral, está inserida no ego, na forma de agregados psíquicos inumano, em suas múltiplas formas mentais.

Os elementos psicológicos da ambição são responsáveis pelo desequilíbrio do homem materialista; que tendo todo um aparato ideológico amparado pelo sistema, passa a acumular riquezas materiais, razão do desequilíbrio financeiro e da injustiça social. Pois tudo aquilo que é acumulado, de um lado por alguns, é exatamente o que faltará, do outro lado, para os demais.

O mestre Samael dizia que o homem sempre esteve diante de dois monstros que queriam devorá-lo; de um lado, o capitalismo e do outro, o socialismo. Hoje, já desapareceu o socialismo do Leste Europeu. Entretanto, sobrevive o monstro do capitalismo, sob a forma moderna do neoliberalismo.

A economia Global leva a riqueza, produzida por todos, a se concentrar nas mãos de poucos. Dentro em breve teremos o capital concentrado nas mãos de algumas poucas pessoas; enquanto que a grande maioria da massa de seres humanos estará descapitalizada, pobre, sem emprego, sem teto, sem educação, sem saúde, sem alimento, sem nada, e completamente escrava daqueles que detém o capital.

Só que, como a dinâmica é pendular, pela dialética dos fenômenos, tudo volta à origem, no incessante movimento de vai-e-vem; daí que não haverá segurança para ninguém. Nem para o violento acumulador de capital, que se aquartela em sua própria casa, com muros altos, com cachorros de guarda, com alarmes e todo tipo de dispositivo de segurança; e nem para o sem nada, que para sobreviver, hipertrofia e coloca em ação o eu do roubo, do seqüestro, do latrocínio, etc.

O sem nada, vitimado pela violência da injustiça social, robustece dentro de si o eu da ira; e, ao hipertrofiar este eu, eclode-se nas mais variadas formas de violências pluridimensionais. Coisa que escola nenhuma ensinou até hoje; porisso a educação do ente humano é um fracasso em todos os quadrantes da terra.

 

TÉCNICAS PARA CONSTRUÇÃO DA PAZ.

Não se pode erradicar a violência da sociedade, da forma como se tentou até hoje, atacando-a no efeito. É preciso atacá-la no seu nascedouro, na origem, na causa. E, para isso, precisamos saber onde ela nasce; coisa que a escola convencional não ensina às crianças. Não ensina, porque não sabe. E não sabe porque não quer saber a verdade, a crua realidade dos fatos.

E por incrível que pareça, qualquer indivíduo pode erradicar de dentro de si mesmo os germes da violência; para isto, basta saber como. E o saber como, até hoje, a escola não ousou ensinar, porque não aprendeu ainda. E, para ensinar isto ao ente humano, a escola precisaria ter uma didática concreta, que orientasse o estudantado a maneira correta de combater a violência na causa por meio da dissolução dos seus eus inumanos, do seu ego.

Para acabar com a violência social é preciso que a escola ensine aos alunos, crianças e adolescentes, entre estes aqueles que ainda não se tornaram demasiadamente violentos, a maneira como não se prostituírem socialmente com a violência generalizada do mundo adulto; a não se tornar violento, como mais uma vítima do sistema. E, é preciso ensinar, a quem já se contaminou com os vírus da violência, com os eus da ira, da ambição, da inveja, da preguiça, da gula, da luxúria, do orgulho, etc., a técnica de erradicação destes defeitos, por intermédio do sistema de revolução da consciência, que começa com a prática de auto-observação de si mesmo. É preciso ter a coragem de ensinar às crianças que a violência de concentrar bens materiais, no modelo econômico injusto, é responsável pela violência escolar, pela violência infanto-juvenil, pela violência senil, pela violência social, pela violência familiar, racial, etc.; e, mostrar onde ela inicia, no interior de cada um de nós mesmo, através dos agentes componentes do ego.

Para estancar a violência vigente, seria necessário promover a transformação do modelo econômico que aí está. Mas, para transformar este modelo vigente, promotor da violência pluridimensional, é preciso transformar o homem que o dirige. E, este não se transforma sem a erradicação do ego de dentro de si mesmo.

Uma verdadeira educação, para elevação do homem e da sociedade ao grau de HUMANO, começa por ensinar o aluno a destruir dentro de si mesmo os aspectos animalescos que possui, o ego, o germe de todos os males, raiz da violência pluridimensional.

É preciso uma didática concreta de dissolução destes eus geradores de defeitos, para ensinar ao homem erradicar do interior de si mesmo o germe da ambição e todos os outros eus engendradores de todo tipo de violência. É preciso educá-lo com aquela educação que possui a inteligência vegetal; da árvore produz frutos para alimentar não só a si mesma, mas a todos os demais seres vivos da biomassa. E o homem cria um sistema econômico violento, que lhe permite usar o trabalho de outros homens em benefício próprio; assim, consegue ajuntar só para si, por possuir em seu interior os agentes danosos da ambição, tudo aquilo que a árvore produziu universalmente para todos os demais seres vivos. E depois dizem que o indivíduo de hoje, concentrador do grande capital, é moderno, evoluído, coisa e tal.

 

EDUCAÇÃO PARA A PAZ.

Pitágoras já dizia, há 2.500 anos: "Eduquem as crianças de hoje e não será preciso castigar os homens de amanhã." Porém, a ação de educar não se vingou, a partir de Pitágoras, até hoje. No nosso mundo atual, pseudo-evoluído, as preocupações econômicas e financeiras absorveram completamente os 3% de inteligência da raça humana, tanto dos que governam o país quanto dos que são governados. Na escola convencional de qualquer grau só se trata da instrução e da adestração. Esqueceu-se por completo da Maiêutica Socrática, geratriz da verdadeira educação.

Uma verdadeira educação deve-se fazer presente na escola, em todos os momentos, principalmente no ensino fundamental, que é o alicerce formativo; esta deve ser completamente desarticulada da questão econômica e voltada para os valores éticos .

Quem forma o caráter de um indivíduo que, por sua vez, vai compor a sociedade, é a educação que ele recebe quando ainda é criança ou jovem. O destino das criaturas humanas que compõem a sociedade está em conexão com os princípios educacionais que lhes foram inculcados na infância e na adolescência. Daí, pode-se dizer que a horrorosa violência, que ronda os quatro cantos do mundo, possui suas raízes no fracasso dos sistemas educacionais. A famigerada violência, crescente em suas múltiplas formas, nos dias de hoje, está estritamente relacionada à inegável falta da educação, no sentido real da palavra.

Como o povo, tanto o rico como o pobre, não auto-educou-se, ao longo da existência humana, hoje a sociedade é um caos. Segurança, na atualidade, é questão de vida ou de morte. Porque a violência atinge a todas as pessoas de qualquer nível social. Ninguém é feliz, ninguém tem paz! O desespero e o medo atingem a todos. Pois, ninguém tem tranqüilidade nas ruas, em casa, nos campos de futebol, nas praças de esportes, no aglomerados de pessoas, nos templos, nos carros, nos ônibus, nos aviões, dentro ou fora da cidade.... Todo mundo vive desassossegado, de dia e de noite, a qualquer hora. É uma situação caótica, deplorável, a que chegou o ser humano !

A violência representou o fracasso da sociedade em seu processo de humanização. Esta violência criou um quadro imbatível, imprevisível e absurdo, com os assaltos a bancos, à residências e a estabelecimentos comerciais; como se verificam freqüentemente nos dias de hoje no meio social, o que por si só comprovam a veracidade dos fatos. A população vive atemorizada com os assaltos às pessoas, nas cidades e nos campo, como mostra os noticiários de violência de todo tipo, agressões e crimes, que já tomam a maior parte da televisão, do rádio, dos jornais, das revistas, etc.

A raça humana tornou-se vítima de si mesma e está num beco sem saída! Ao sair à noite pelas ruas, a pé, é agir imprudentemente; pois é grande a possibilidade de ser assaltado aí. Ficar em casa também corre o mesmo risco. As estatísticas dos crimes contra a ecologia, contra as pessoas, o vandalismo, o bandidismo, a corrupção, a sodomia, a depravação e a degeneração humana, crescem assustadoramente todos os dias. Isto está nos noticiários, nas páginas dos jornais e é do conhecimento de todos. É a realidade atual do nosso COSMOS que virou CAOS.

As medidas que os governos vem adotando não têm conseguido resolver os problemas e nem remediá-los. Porque qualquer solução, do processo de violência crescente, passa pela transformação da sociedade através da educação. Mas, como não há educação para transformar a massa social, a questão da violência fica insolúvel.

Jogamos a culpa nos políticos, nos governos, pela violência descomedida; mas quem é o governo? Nada mais é do que o expoente que sai de uma base (a sociedade). Se a base é suja, é corrupta, é violenta, etc., produz, conseqüentemente, expoentes sujos. Se não há transformação, através da educação da base, o expoente sai sujo e deplorável, ainda que sua aparência externa seja revestida de uma pseudobeleza.

Como transformar base suja em expoentes limpos, se esqueceu completamente do papel da educação? Expoente, não transformado pelo filtro da educação, reproduz com fidelidade a base impura. Se não se coloca a escola como filtro transformador de bases sujas em expoentes limpos, a superação da violência múltipla, dessa verdadeira calamidade pública, que tanto infelicita os países, não encontrará solução no nosso mundo.

Uma educação eficaz certamente seria uma grande força para transformação das bases sujas em expoentes limpos e imaculados; o que resultaria na diminuição da violência. É irrefutável que a prática da educação para a modificação do caráter do cidadão, propicia-lhe insumos para uma vida equilibrada na sociedade. Uma educação verdadeiramente formativa, transforma bases sujas em expoentes limpos. Da mesma maneira que se formam os políticos, se formam os médicos, os dentistas, os engenheiros, etc.

O sistema escolar convencional que ai está é um fracasso total, enquanto agente transformador da massa social; porque este só ousa instruir, adestrar, segundo o modelo econômico vigente, para as coisas materiais, o que é muito pouco no caminho da transformação. Porque é preciso educar os jovens, inculcando-lhes princípios morais e éticos, norteadores de suas vidas; dirigindo-os para o espírito de cooperação mútua, ao invés da competição egocêntrica que lhes é imposta pelo sistema escolar adestrativo.

A violência, a indisciplina e a desordem caótica, são frutos da pseudueducação, da permissividade dos pais, da despersonalização da culpabilidade, etc. Os pais e a escola, ausentes, têm produzido cidadãos delinqüentes; uma legião de seres desajustados, esquizofrênicos, irresponsáveis, etc. É preciso que os governos e a sociedade em geral acreditem no que Pitágoras disse há cerca de 2.000 anos a respeito da educação: "Educar as crianças de hoje, para não ser preciso castigar os homens de amanhã." Porque os jovens não nascem delinqüentes. Os germes da delinqüência, que residem em sua psique, ao invés de serem germinados por falta de educação, como geralmente ocorre, podem ser transformados pelo filtro da mesma. Porque todos são educáveis, sem distinção de raça, sexo, cor, classe social e de faixa etária. Basta, para que isso ocorra, que haja priorização da educação, como meio de elevação dos parâmetros éticos do ente social. Tratem-se de fazer a educação na escola, nos meios de comunicação, nos sindicatos, na família, etc., que os resultados serão altamente positivos.

Nunca se viu tanta violência: urbana, no campo, na ecologia, nos esportes e na sociedade em, no Brasil e em outros países, o que se tem constituído em verdadeiras guerras civis disfarçadas. Isto é o resultado da ausência de educação para formação moral, espiritual e ética do ente humano. Desta maneira este não logrou avançar na escala de valores da seidade interna; o que se agravou com a falta da noção de cidadania, espelhada na repetência e na evasão escolar, no fracasso escolar, no desemprego maciço, nos salários irrisórios, etc.; frutos da injustiça social, propiciados pelo monstro do capitalismo. Para dar fim a este estado de coisas, é preciso investimento no social, na criança, no homem, educando-os, formando-os com valores morais, espirituais e éticos. A experiência demonstra que investir no cidadão, na criança, é o melhor caminho para se controlar a violência. Então, é preciso que a sociedade comunitária e o governo como um todo, trabalhem conjuntamente, para combater as drogas, vetor da violência, para reduzir a miséria, para retirar os marginalizados da rua e dá-los abrigo e assistência condizentes com a dignidade do ente humano.

É necessário montar um sistema embasado nos valores educacionais; onde o aluno deve ser levado a conhecer a verdade, acerca de todas as coisas e de si mesmo. Então, a escola deve informar ao aluno que a violência tem origem no ego; que este quem engendrou o modelo econômico que ai está, para propiciar uma distribuição injusta de renda. Ego, que por sua vez, dá origem à miséria, ao desemprego, a favelação dos pobres e à violência em geral. Também deve ser ensinado que, por outro lado, o modelo econômico vigente, na forma de capitalismo voraz, na sua etapa apocalíptica, e que é o grande responsável pelo desequilíbrio social, tem sua origem na hipertrofiação do ego.

Portanto, se desintegrarmos este ente gerador de defeitos, por meio de uma didática concreta, que nos ensine o caminho da revolução da consciência, a transformação do homem será um evento certo; que por sua vez demandará a transformação da sociedade e do modelo econômico desumano que ai está ,etc. Então, a miséria, a injustiça social, a violência, etc., serão erradicadas, como conseqüência direta da transformação da humanidade. Desta forma, estaremos combatendo estes males, vetores da violência generalizada, onde eles nascem, nas causas, ao erradicar do interior de cada estudante os eus da ambição descomedida.

Esta mudança é radical e representa a última esperança para o homem telúrico. Por este motivo ,a educação genuína do ente humano não poderá estar atrelada ao modelo econômico. Não se pode fazer um projeto de educação do ente humano, atrelado ao modelo, como se fez até hoje. Temos que conectar a educação do homem a valores virtuosos da essência: éticos, espirituais, morais, etc. Porque se o educando permear-se destes valores, a transformação da sociedade estará garantida; pois que este é o meio mais eficaz de se combater a violência generalizada, na causa. Mas, do combate da violência no efeito, sem a transformação da sociedade pelo filtro escolar que transforme defeitos em virtudes, nada resultará.

Porém, se o ente humano for transformado pelo filtro da educação, dialeticamente à luz da ética, se tornará em uma poderosa força motriz agente de todas as outras transformações que virão em decorrência.

Considera-se como educação para erradicação da violência, aquela que se veicula ao estudante para o alongamento de sua inteligência, para ampliar a sua compreensão e revolucionar a sua consciência; levando-o a conhecer-se a si mesmo, por intermédio de técnica da auto-observação; prática que permite-lhe visualizar os elementos psicológicos atuando na construção dos defeitos e da violência generalizada, o que tanto infelicita os povos da nossa sociedade. Os sistemas de ensino, ao elaborarem os seus projeto educacionais, devem ter como objetivo o sucesso do homem, da escola e da sociedade. E nenhum sucesso econômico, tecnológico, material. etc., compensa o fracasso da massa social, aqui no Planeta terra. E, todos nós sabemos que este fracasso vem na forma de globalização econômica, destruição familiar, desemprego, trabalho infantil, fome, injusta distribuição de renda, ausência de política concreta de reforma agrária, imoralidade generalizada, perdas de parâmetros éticos da sociedade, mortalidade infantil, epidemias, discriminação social e racial, torturas, guerras entre os povos, agressividade, drogas nas escolas , pichação, depredação escolar, criminalidade exacerbada e violência geral; coisas que exterminam a raça humana e põem fim à espécie Homo sapiens, no Planeta Terra.

É preciso levar em conta, ao planejar o ensino, a perda de parâmetros éticos do ente social, em quase todos os setores da vida. Nossa sociedade evolucionou tecnologicamente, sem que houvesse expansão da sua consciência. Daí perdeu-se os referenciais éticos, na família, nos aglomerados sociais, na política, na televisão, no rádio, na dança, na música, na Internet, nos esportes, nas escolas, no comércio, nos serviços públicos, etc. Devido ao hipertrofiamento do ego, levar vantagem em tudo é a lei do homem atual, torpe e egoísta em sua totalidade.

 

O PRAGMATISMO.

Ação na causa dos acontecimentos, é algo que vai além da mera intenção e sacramenta o pragmatismo das pessoas ética que articulam intenção à ação. "Era uma vez três pescadores que estavam pescando num determinado rio, no meio de uma imensa floresta. Derrepente, um dos pescadores notou que uma criança caiu dentro do rio; imediatamente parou de pescar, para socorrê-la. Tendo socorrido-a, voltou a pescar novamente. Logo em seguida, notou que mais duas crianças haviam caído no rio. Imediatamente, deixou mais uma vez, a pescaria, chamou seus dois outros amigos para ajudá-lo. Entretanto, somente um deles atendeu ao chamado; enquanto que o terceiro amigo continuou a pescaria normalmente. Após socorrerem as duas crianças, puseram-se a pescar outra vez. Logo, em seguida, observaram que seis crianças haviam caído dentro do rio. De pronto, os dois amigos convidaram o terceiro, para socorrerem as crianças. Todavia, este, novamente não veio; não adentrara à água. Perguntado pelos dois primeiros amigos, qual era a razão da não ajuda, ele disse categoricamente: enquanto vocês dois fazem a operação de resgate destas seis crianças, eu vou investigar de onde e porque estão caindo". E, assim, enquanto os dois primeiros amigos efetuaram o resgate das crianças, o terceiro deles encontrou o local de onde as crianças caiam e a razão de tais quedas. Assim, pôde-se evitar que mais crianças caíssem, em progressão geométrica, erradicando os motivos das quedas, na fonte, na causa.

O terceiro agente desta narrativa teve um valor de ação superior; pois atuou na causa do problema, para equacioná-lo e solucioná-lo definitivamente. Enquanto que os dois primeiros, embora tivessem atuado com feitos heróicos, o fizeram no efeito, sem qualquer equacionamento e resolução do problema.

Esta história, que se adapta a muitas coisas, serve para nos mostrar as diferenças gigantescas que há entre a instrução adestrativa, dada pelas escolas convencionais até hoje e a verdadeira educação que poderá ser dada no futuro, como uma última esperança da raça humana, aqui no Planeta . Porque a verdadeira educação ataca o problema da violência na causa e não no efeito, como se fez até hoje, com um ensino da escola convencional, que é genuinamente adestrativo, dirigido á subconsciência, ao ego do estudantado.

Equacionar e solucionar o problema da violência é uma questão puramente educacional. Ou se resolve esta questão de uma vez por toda, na causa, com educação; ou, do contrário, com instrução amestrativa, como a que é dada ai, ficará insolúvel, por ser hipertrofiadora do ego; pois é dirigida a este. Sem educação transformadora, dirigida à consciência do educando, as nossas crianças continuarão caindo no rio da violência, em progressão geométrica; e os dois pescadores (escolas convencionais de adestramento) não conseguirão salvá-las, por atuarem no efeito do fenômeno.

É preciso, urgentemente, implantar a Educação do Terceiro Milênio, para atacar o problema da violência na causa, no seu nascedouro, no ego, que é a raiz de todos os males (onde as crianças caem no rio das drogas, da agressão, do caos). Não se pode continuar com os sistemas de ensino como estão, sob pena de fracasso total da raça humana. Não se pode também continuar tratando o problema das drogas, da depredação, da agressão e da violência generalizada, no efeito apenas, assim como fizeram os dois pescadores que salvaram as crianças do afogamento.

É preciso atacar a violência na causa, inteligentemente, com educação verdadeira, como fez o terceiro pescador, para salvação integral de todas as nossas crianças.


EDUCAÇÃO REVOLUCIONÁRIA PARA CONSTRUÇÃO DA PAZ.

Ao falarmos em educação cêntrica, centrípeta, educação genuína, educação verdadeira, etc., ao longo deste livro, referíamos à Educação Revolucionária.

Educação Revolucionária é aquela que possui a pedagogia da antiviolência, que promove a revolução da nossa consciência. E a verdadeira revolução é aquela que nos leva a romper definitivamente com o passado e conectar ao futuro através da estreiteza do presente.

Então, para a Educação Revolucionária, o importante é a vida do estudantado no presente; porque, a escola convencional tem preparado o alunado para um futuro tão distante, que chega ser irreal, ilusório, fantasioso. Pois a vida moderna num mundo globalizado, é tão dinâmica, as coisas mudam tão rapidamente, que se torna quase impossível prever o futuro. Quando o futuro real chega, quase toda preparação, que o aluno recebera no passado, já se encontra desatualizada, desfigurada, descontextualizada, etc. O importante é fixar-se firmemente ao estreito presente, que é síntese entre o passado antitético e o futuro, hipotético.

A Educação Revolucionária é aquela que se sustenta firmemente sobre o alicerce sólido da Psicologia Revolucionária do Mestre Samael; e esta Psicologia deve ser estudada profundamente e vivenciada por todos os dirigentes de ensino, por professores, estudantes e comunidade escolar em geral.

A Psicologia Revolucionaria sempre esteve presente entre os seres humanos, desde o princípio dos tempos. Portanto, ela não é uma ciência contemporânea como se supõem; pois é uma ciência antiquíssima que remonta às velhas escolas dos mistérios arcaicos. O Mestre Samael disse que "é impossível definir isso que se conhece como psicologia porque, exceto nesta época contemporânea, ela já mais existiu sob seu próprio nome, devido a que por tais e quais motivos, sempre foi suspeita de tendências subversivas de caráter político ou religioso. Porisso, viu-se na necessidade de se disfarçar com múltiplas roupagens."

O Mestre Samael também nos ensina que, desde a antigüidade, nos mais diferentes lugares do mundo, a psicologia experimental, que se apresentava sob o nome Philokalia, sempre representou inteligentemente o seu papel, disfarçada com as vestimentas da filosofia.

A Philokalia dos antigos tempos, que sempre esteve ligada à arte, à ciência, à religião e a filosofia, que hora se apresentava, hora se ocultava da massa social, foi restaurada na sua plenitude, em 1950, pelo Mestre Samael, com a denominação de Psicologia Revolucionária. Esta psicologia experimental, é uma Psicologia Revolucionária, que estuda o homem com profundidade do ponto de vista da revolução da consciência.

A Psicologia Revolucionária do Mestre Samael, que dá base ao nosso presente tratado de Educação Revolucionária, espalhou-se pelo mundo todo através das muitas obras que ele escreveu, aproximadamente 100 (cem); entre estas, temos por exemplos: Educação Fundamental; Tempo, Espaço e Consciência; Antropologia Gnóstica; Dialética da Razão Objetiva; De Lábios a Ouvidos; Conferências extraordinárias; A grande Rebelião, Transformação Social da Humanidade; Revolução da Dialética; TRATADO DE PSICOLOGIA REVOLUCIONÁRIA e muitos outros.

A educação escolar da forma como está, embasada na psicologia do ego, não serve para tirar o estudantado e a humanidade do mar de violência, do caos que estamos submetidos. Porque esta psicologia convencional se degenerou ao longo dos tempos. Esta psicologia degenerada da escola convencional conseguiu o seu objetivo: reproduzir ignorância, violência e o caos entre a massa humana.

A psicologia da escola convencional, além de ser retrógrada, reacionária, perdeu o seu sentido de ser e todo contato com a Philokalia, com a verdadeira Psicologia de Revolução da Consciência.

Uma verdadeira Educação Revolucionária leva-nos a compreender a importância da formação do homem ético, destituído de qualquer resido da violência, habilitado a promover a paz.

A Educação Radical forma o estudantado com base na revolução de sua consciência. Para tal está embasada na Psicologia Revolucionária, que ensina ao estudantado os princípios, leis e fatos intimamente relacionados com a transformação definitiva e radical deste.

É preciso que os agentes do ensino, professores, dirigentes, estudantes e comunidade escolar dêem conta do momento crítico que atravessamos, em meio à pichação, à depredação às drogas e à violência generalizada, e proporcionem uma nova maneira de formar o alunado, baseada na Educação Revolucionária, que possui a capacidade de erradicar tais males das gerações do futuro.

É preciso que a escola aprenda a conduzir a nova geração através da Educação Revolucionária, para erradicar de dentro de estudante a semente do individualismo, que foi plantada pela sociedade ancestral, a semente do egoísmo, das agressões acirradas, da violência generalizada, etc.; atacando estes males na causa, e promovendo o espirito de coletivismo, a paz, a cidadania e a solidariedade.

A escola do Terceiro Milênio poderá direcionar a instrução que dá ao ente humano atrelada à economia, com base na competição egóica, para uma educação holística, para uma formação centrípeta, sustentada na Psicologia Revolucionária. Então, esta escola possuirá um Ensino Revolucionário, totalmente objetivo, prático e real. Daí, o estudantado aprenderá a aprender a ler o mundo, tendo a vida como centro. Aí, a Pedagogia Revolucionária transmitirá ao alunado, métodos para despertar as suas potencialidades internas e, através da leitura da vida e do mundo, conquistar seu próprio conhecimento, adquirir sabedoria e expandir a consciência.

 

PROPOSTAS CONCRETAS PARA CONSTRUÇÃO DA PAZ.

A única maneira eficaz de erradicar a violência das escolas e da sociedade em geral, seria combatê-la na causa, dissolvendo seus agentes causadores, os elementos psicológicos inumanos componentes do ego. Porque, neste cosmo relativo, existe a lei de causa-efeito. E, naturalmente, cessando a causa, cessa o efeito. Se eliminarmos o ego, causa dos defeitos, cessa a violência, que é seu efeito, conforme já foi dito. A violência possui muitas causas e uma só conseqüência: infelicita a todos nós.

Enquanto a sociedade não se decida, e provavelmente nunca se decidirá, combater a violência no seu nascedouro, na causa, eliminando os agregados psíquicos de dentro de si mesma, é preciso estabelecer programas alternativos de combate desta; mesmo que seja em no efeito, para amenizar seus resultados catastróficos; antes que seja tarde demais e a massa social vá ao caos total. Então, na minha visão, um programa eficaz de combate à violência se faz de dois modos interativos, concomitantes e permanentes, em duas frentes: 1º-Combate constante no efeito desta, com prevenção e com repreensão, dependendo de onde ela esteja situada na senda do crime, no seu movimento que vai desde da intenção até a prática da delinqüência; 2º- Combate constante e intensivo na causa, com educação revolucionária, calcada nos princípios morais, espirituais e éticos; com base na Filosofia Socrástica, na Mecânica Newtoniana, na Cosmovisão Einsteiniana e na Psicologia Revolucionária do Mestre Samael.

 

COMBATE À VIOLÊNCIA NO EFEITO.

Para combatermos a violência no efeito, de modo preventivo, como se fez até hoje, podemos agir, na minha compreensão, como se segue:
1-Fazer uma profunda reflexão em todo o mundo acerca da violência múltipla, na família, na escola, no trânsito, nos esportes, na ecologia, etc.
2-Instituir um dia universal de cada ano, para passar os nossos feitos negativos a limpo, refletir sobre os nossos defeitos, nossos erros, que quase sempre engendram violências; arrependermos de possuí-los e tomarmos atitudes sérias para emendarmos deles, combatê-los e erradicá-los, para o bem de nosso semelhante e da empatia da massa social. Poderia ser este dia, o dia da morte de Jesus Cristo, a maior autoridade entre os seres humanos a posicionar radicalmente contra a violência e a favor da paz; entretanto foi barbaramente vitimado pela injustiça e pela violência descomedida do ente humano.
3-Incluir nos currículos escolares e programas de ensino, proposta de conscientização acerca da origem e conseqüência da violência entre os seres humanos; estabelecendo atividades educativas, profiláticas, etc., para enfrentamento e erradicação desta.
4-Desenvolver ações integradas, no mundo inteiro, envolvendo a família, a escola, todos os segmentos sociais, as instituições sociais, etc., no sentido de encaminhar soluções de combate a todo tipo de violência.
5-Conscientizar a todos, através das escolas e dos veículos de comunicação, acerca de que a violência é algo que diz respeito a todos nós; porquanto é fruto e desmembramento das condições sociais, econômicas e da perversa política econômica do injusto regime capitalista, vigentes em nosso país e no mundo.
6-Conscientizar o estudantado a identificar através da observação, a presença da violência no cotidiano, na família, no trabalho, no trânsito, nos esportes, na escola, em todas camadas sociais, na ecologia, em pessoas escolarizadas da mais alta formação intelectual, etc. Identificando preliminarmente, através da observação da violência existente em si mesmos, devido à presença do ego em cada um de nós. 7-Levar o estudantado a se conscientizar de que a violência é altamente dissiminada pelos meios de comunicação de massa, que é institucionalizada pelo sistema político, pelo sistema econômico dominante, etc.; que, em conseqüência disto, a vida se torna mais difícil e complicada para todos nós; e de que a vida, enquanto valor divino, supremo, se torna cada vez mais desrespeitada e banalizada.
8-Ajudar o estudantado a se conscientizar de que os laços de amizades genuínas, de cooperação, de solidariedade, o espirito comunitário e o exercício de cidadania plena, estão desaparecendo do nicho ecológico do ente humano, por causa da hipertrofiação do ego, da violência generalizada e da banalização da vida.
9-Conscientizar o estudantado acerca da perda dos parâmetros éticos, morais e espirituais entre os entes sociais componentes da massa humana; e ajudar o alunado a desenvolver atitudes positivas no sentido de reconquistar tais valores, que foram perdidos.

E, repreensivamente é a maneira com que se combateu a violência até hoje. O sistema possui todo um aparato, revestido adequadamente, com a ideologia dominante, para a execução desta função. Sobre esta já se falaram exaustivamente, muitos autores, entre eles, por exemplo, os que citamos ao longo deste livro, Michel Foucalt; Áurea M. Guimarães, Einstein e outros. Então, Não precisamos abordá-la novamente, pois foi o que fizemos ao longo de todo este trabalho investigar os seus próprios defeitos, através da técnica da auto-observação de si mesmo; para, em seguida, efetuar a eliminação destes, por meio da aplicação do primeiro fator de revolução da consciência, conforme está didaticamente demonstrado na Psicologia Revolucionária do Mestre Samael.

 

COMBATE A VIOLÊNCA NA CAUSA.

Este método consiste em levar o educando a aprender que se não combatermos a violência, em seu nascedouro, na causa, enquanto se combata também paralelamente no seu efeito, por todos os meios disponíveis, com uma verdadeira batalha, a massa social vai ser dizimada em progressão geométrica indelevelmente. Nós poderíamos vencer esta batalha, se praticássemos o que se ensina na Psicologia Revolucionária do Mestre Samael. Se praticássemos o exercício da auto-obervação, continuamente, iríamos constatar o realismo da existência da eterna batalha entre o bem e o mal; e que não está lá fora, mas dentro de cada um de nós mesmos.

A violência é apenas um efeito dos componentes do mal, que estão radicados sobre os agentes do ego, em nossa psique. É apenas efeito de um dos componentes dos sete defeitos capitais, que tem por causa um elemento psíquico chamado ira. Então, o mal chamado de violência, nossos erros, nossos defeitos e nossos sofrimentos, são gerados em nosso interior psicológico através de agentes psíquicos componentes do ego.

Por outro lado, existe também, em nosso interior, um componente psíquico determinante do bem, chamado de Essência, em quantidade diminuta, num percentual ínfimo de 3%, conforme já frisamos. Então, o verdadeiro combate à violência se faz, de maneira eficaz, ao atacá-la na causa, com uma verdadeira educação, que ensine ao estudantado aprender a aprender erradicar de dentro de si mesmo os agentes causadores da violência e liberar a essência fabricadora das virtudes, causas do bem, agentes da paz e antítese da violência; condição essencial para se achar os parâmetro éticos perdidos e restabelecer, assim os valores morais e espirituais, entre os seres humanos.

 

Notas

1 - - Graduado em Ciências, Física, Matemática e Pedagogia (Vivavida com Paz), Santos - SP. E-mail: [email protected]. Site: http://sites.uol.com.br/maudasi/


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