Acompanhamento Terapêutico & Vontade de Poder:
Por um "fazer andarilho" em Psicologia1

Alex Sandro Tavares da Silva2

Resumo

Essa produção busca realizar algumas reflexões sobre o fazer do Acompanhamento Terapêutico (AT) para situá-lo como uma estratégia clínica de "acompanhar-esperar-questionar" os movimentos trágicos da vida.

Para tanto, divulgo experiências com o uso dessa modalidade de atendimento que acontece em locais não restritos ao tradicional setting terapêutico - os quais nessa produção assumem a genérica designação de "rua" - além de desenvolver conceitos instrumentais nesta compreensão tais como a idéia de dispositivo (de Michel Foucault) e vontade de poder (de Friedrich Nietzsche).

Ao final, propõe-se que o AT concebido como um "acompanhar-esperar-questionar" a "vida trágica" seja chamado de "fazer andarilho" através do qual se viabilize uma clínica que usa como "bússola" o desejo do acompanhado. É a partir do desejo do acompanhado que serão criados-aproveitados os dispositivos na/da "rua" que poderão exercitar-divulgar-acionar a vontade de poder.

Palavras-chave: Acompanhamento Terapêutico, dispositivo e vontade de poder.