UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE ESTUDOS DA LINGUAGEM

DEPARTAMENTO DE LINGÜÍSTICA

RESUMOS DAS DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE LÍNGUAS INDÍGENAS APRESENTADAS NO IEL-UNICAMP (1977-1998) [continuação]

 

 

GUIRARDELLO, Raquel (1992). Aspectos da morfossintaxe da língua Trumai (Isolada) e de seu sistema

de marcação de caso. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 200 p.

Orientadora: Profa. Dra. Lucy Seki.

 

Esta dissertação apresenta resultados de uma análise sobre a língua Trumai, isolada (P.I. Xingu - MT). O estudo é de cunho funcional-tipológico. São levados em conta os estudos de Aur ore Monod-Becquelin sobre o Trumai (1975, 1976), fazendo-se uma revisão deles (com reanálise para alguns pontos) e aprofundando-se aspectos da língua que foram pouco abordados no trabalho de Becquelin.

No capítulo, há uma apresentação da língua quanto a número de falantes; localização geográfica das aldeias; informações culturais e históricas sobre o povo; situação do Trumai frente ao Português e outras línguas xinguanas, etc. A seguir, é abordada a fonologia da língua, apresentado-se o quadro de fonemas e suas realizações, o acento, o padr&ati lde;o silábico, uma reinterpretação dos segmentos y e w e, por fim, os fenômenos morfossintáticos do Trumai.

No capítulo 2, são abordadas as classes gramaticais da língua, definindo-as com base em critérios morfológicos e sintáticos. São levantadas algumas discussões sobre a identific ação de certas classes e classificação de determinados morfemas.

No capítulo 3, são enfocados os tipos oracionais do Trumai e o seu sistema de marcação de caso. São apresentadas as colocações teóricas de Hooper e Thompson sobre transitivi dade e as de Dixon sobre ergatividade, e a seguir há uma proposta de interpretação para o sistema de caso do Trumai. Há ainda algumas colocações sobre a ordem dos constituintes da oração d a língua em estudo, com uma pequena discussão sobre a ordem básica e sobre os princípios que regulariam a mobilidade de posição dos constituintes oracionais.

Por fim, há uma conclusão, retomando idéias gerais a respeito dos fatos encontrados na língua Trumai.

 

PALAVRAS-CHAVE: Fonologia, Sintaxe Funcional, Ergatividade.

 

HERMOSILLA SÁNCHEZ, Julia Elisa (1997) Las lenguas que me enredan: rumo a um planejamento

bilíngüe mapudungun e espanhol. Tese de Doutorado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 146 p.

Orientadora: Profa. Dra. Ângela del Carmen Bustos Romero de Kleiman.

 

Esta tese visa fornecer elementos lingüísticos-culturais que viabilizem um planejamento de ensino bilíngüe para crianças pré-escolares mapuche do Chile. O estudo focaliza o repertório verbal produzido por duas crianças bilíngües, em interação conversacional com seu grupo familiar, com especial atenção às atividades ou eventos de fala.

Para explicar o conflito diglóssico de caráter ‘socio-histórico-cultural em que as crianças desta pesquisa estão imersas, consideram-se as argumentações teóricas relacionadas a es se conflito. As implicações educacionais foram formuladas tendo-se em vista a Nova Lei Indígena de 1993, em que o Governo de Chile reconhece as línguas e culturas indígenas do país, por seu efeito de apoio institu cional.

A metodologia empregada foi a do tipo colaborativa entre pesquisadora e adultos da família mapuche desde a tomada de dados até a interpretação qualitativa.

Nesta pesquisa, caracterizou-se o repertório verbal de crianças bilíngües diglóssicas com alternâncias de código para o mapudungun e o espanhol, o que permitiu levantar pistas para a constru ção de subsídios para a elaboração de um currículo crítico em nível de sala de aula.

As pistas fornecem também subsídios para uma formação conscientizadora, tanto do docente, na escola, quanto do agente educativo mapuche familiar, em casa, unidos pelo repertório verbal da crianç a mapuche, aluna da pré-escola. Esse empreendimento conduz à legitimação do repertório verbal dessa criança na instituição escolar, base da reafirmação e do desenvolvimento de sua ident idade lingüística sócio-histórico-cultural. Como conseqüencia da legitimação desse repertório verbal, preserva-se a língua e a cultura mapuche.

 

PALAVRAS-CHAVE: Lingüística Aplicada, Bilingüismo, Índios de Chile, Educação Bilíngüe.

 

 

JENSEN, Cheryl Joyce S. (1984). O desenvolvimento histórico da língua Wayampi . Dissertação de

Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 183 p.

Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

Esta dissertação foi publicada em 1989 pela Editora da UNICAMP, Série Línguas Indígenas.

 

Este trabalho visa a descrever aspectos da fonologia e morfologia da língua Wayampi dentro do quadro da família lingüística Tupí-Guaraní, dando atenção especial a mudanças nesta língua a partir de reconstruções fonológicas e morfológicas do Proto-Tupí-Guaraní. Foram utilizadas basicamente as reconstruções fonológicas propostas por Leme (1971), com modifi cações sugeridas por Rodrigues (Capítulo 1). Procedeu-se a uma comparação sistemática das regras fonológicas do Wayampi com as do Tupinambá, formuladas por Rodrigues (Capítulo 2). As reconstru ções morfológicas foram elaboradas pela autora, com base em dados comparativos de línguas representativas de vários sub-conjuntos da família Tupí-Guaraní (Capítulo 3). Para concluir, há uam discussão sobre a utilidade de um estudo diacrônico na descrição de uma língua atual (Capítulo 4).

 

PALAVRAS-CHAVE: Lingüística Histórica, Proto-Tupí-Guaraní.

 

 

LIPHOLA, Marcelino Marta (1991). Tom, entonação e acento de intensidade na língua Sí-Mákonde:

bases para um estudo morfotononológico. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-

UNICAMP. 138 p.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernadete Marques Abaurre.

 

Uma tentativa de inserir informação prosódica na representação fonológica tem sido parte de estudos lingüísticos que, ultimamente, vêm despertando o interesse de estudioso s e pesquisadores do ramo.

Tal interesse não só é justificado pela multiplicação de teorias lingüísticas que procuram dar conta da "sílaba", como também pelo desenvolvimento das mesmas, pe rmitindo que noções novas, tais como "proeminência relativa", estejam hoje ligadas a interpretação de conceitos relacionados com os níveis segmentais e supra - segmentais.

Objetivando procurar dar conta de aspectos segmentais e fenômenos supra - segmentais, o presente estudo busca compreender a forma como os níveis fonológico e fonético podem receber tratamento formal difere nte daquele que se baseia em unidades elementares que, posteriormente, formam níveis ou cadeias maiores na língua.

O propósito básico deste estudo é tentar fornecer um pequeno subsídio para uma análise do tom, entonação e acento de intensidade ocorridos na língua Sí-Mákonde, e ntendendo os referidos aspectos prosódicos não como sendo secundários, no sentido de serem uma modificação de sons básicos de fala, mas sim, como traços articulatórios (distintivos), sobre os quais p odem ser estabelecidos linhas de associação entre níveis lingüísticos diferentes. Relacionando a ocorrência de tom (padrão tonal), acento de intensidade e estrutura silábica da língua, conclu&iac ute;mos que os níveis inferiores, tais como o segmento, se vinculam às categorias superiores em que se alicerça a fala humana.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Fonêmica, Morfofonêmica, Tom, Línguas Bantu .

 

 

MAHER, Terezinha de Jesus Machado (1990). Já que é preciso falar com os doutores de Brasília ... Subsídios para o planejamento de um curso de Português Oral em contexto indígena.

Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada. IEL-UNICAMP. 129 p. + 24 p. Anexo.

Orientadora: Profa. Dra. Marilda do C. Cavalcanti.

 

O propósito deste trabalho é subsidiar o planejamento do componente oral do curso de português como segunda língua para jovens Guaraní da aldeia "Morro da Saudade". Neste sentido espera-se sensibilizar os professores responsáveis por tal planejamento para os modos como a linguagem contribue para a reprodução ou transformação das relações de poder, a fim de que possam ter mais elementos para pensar uma prática pedagógica condizente com as necessidades apontadas por seus alunos. Tais necessidades incluem a capacidade de atuar comunicativamente em interações institucionais de carácter reivindicatório c om os membros da sociedade envolvente. Este estudo se propõe, então, a fazer a análise de um evento comunicativo desta natureza, buscando determinar os modos como a assimetria a ele inerente se reflete no comportamento dos interlocuto res e afeta os objetivos conversacionais dos interagentes índios. São focos de análise os mecanismos de controle da compreensão, do turno e do tópico.

 

PALAVRAS-CHAVE: Educação Indígena, Português Oral, Lingüística Aplicada.

 

 

----------(1996). Ser professor sendo Índio: questões de Lingua(gem) e identidade. Tese de Doutorado em

Lingüística. IEL - UNICAMP. 261 p.

Orientadora: Profa Dra. Marilda do C. Cavalcanti

 

O objetivo desta tese é descrever e discutir os modos pelos quais as práticas discursivas dos participantes índios de um projeto de educação indígena na Amazônia Ocidental refletem process os de (re)definição do que é ser, hoje, um professor - índio, tendo em vista o momento sócio - histórico. As práticas discursivas eleitas como recorte para esta reflexão são aquelas que dizem respeito à identidade lingüística destes professores, ou seja, às interpretações culturais de suas relações com as línguas que compõem seu repertório verbal. (cf. Rampton, 1995).Um a vez que os sujeitos desta pesquisa estão imersos em conflito diglóssico, tal conflito é considerado pano de fundo para a análise de seus processos identificatórios (cf. Boyer, 1985).

Coletados etnograficamente, os dados analisados recebem tratamento qualitativo. O corpus investigado é composto de entrevistas, aulas e atividades extracurriculares gravadas em áudio e vídeo durante cinco cursos de formação padagógica de que os professores - índios em pauta participaram. Documentos escritos e gravações realizadas em uma aldeia indígena constituem dados secundários de investigaç ;ão. A observação participante informa o exame dos depoimentos concedidos e a microanálise de interações espontâneas (cf. Erickson, 1992).

Discursos referentes a esforços de preservação e recuperação de línguas indígenas, em suas modalidades orais e escritas, são discutidos por se mostrarem fatores determinantes n os processos de (re)construção de facetas da identidade dos professores - índios observados. A emergência de um Português Índio utilizado pelos sujeitos de pesquisa para marcar etnicidade, bem como a utilizaç ão da língua dominante para o estabelecimento de uma identidade indígena pan - étnica são, também, focos de reflexão.

A expectativa é de que os resultados desta pesquisa possam provocar e subsidiar reflexões acerca dos processos de formação pedagógica de professores - índios no país.

 

PALAVRAS CHAVE: Educação Indígena, Identidade, Bilingüismo, Educação Intercultural.

 

 

MEER, Tine H. Van Der (1982). Fonologia da língua Suruí. Dissertação de Mestrado em Lingüística.

IEL-UNICAMP. 71 p.

Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

 

Este trabalho visa a descrever a fonologia da língua Suruí, da família Mondé do tronco Tupi, a partir de um enfoque gerativo, dando atenção especial a mudanças morfofonêmicas v erificadas em fronteiras de morfema, clítico e palavra e interiormente a palavras. Antes de entrar neste assunto, porém,

aborda-se a fonologia geral e dentro ela, como um caso especial, a dos ideofones; e a sílaba, com atenção especial ao tom e à acentuação. No final é feita uma comparação de alguns dados desta língua com seus correspondentes em Cinta-Larga, outra língua da família Mondé.

 

PALAVRAS-CHAVE: Fonologia Gerativa, Suprassegmentos, Línguas do Tronco Tupí.

 

 

MENDES, Jackeline Mendes (1995). Descompassos na interação professor - aluno na aula de

Matemática em contexto indígena. Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada. IEL-

UNICAMP. 70 p.

Orientadora: Profa. Dra. Marilda do C. Cavalcanti.

 

Este trabalho tem como proposta desenvolver um estudo interdisciplinar que integra as áreas da Lingüística Aplicada e da Educação Matemática.

Como primeiro resultado deste integração, é apresentada uma reflexão sobre o conceito de alfabetização matemática e numeramento desenvolvido a partir dos estudos sobre a alfabetiza&cc edil;ão e sobre o letramento.

A construção da interação na aula de matemática é tomada como foco de pesquisa, tendo como cenário as aulas de matemática ministradas a um grupo de professores índios Gu araní, num contexto de segunda língua. O objetivo da pesquisa desenvolvida é levantar alguns subsídios para a formação e atuação de professores não - índios que trabalham com professore s índios.

Dada a configuração de uma interação transcultural, focalizamos como pressuposto a existência de descompassos na construção desta interação. Assim, a análise &eacu te; desenvolvida com o objetivo de identificar os descompassos e observar como se dá a construção da interação a partir destes.

Esta pesquisa tem como base a microetnografia da interação, onde a análise é desenvolvida a partir de um microevento, sem deixar de abarcar o macroevento social. São usados como fonte de dados as g ravações em áudio das aulas, notas de campo e diário do professor.

Tomando inicialmente como foco de estudo a construção da fala do professor, são levantados dois descompassos na interação. Um deles referente às diferenças de expectativas sobre a aul a de matemática, mostrando, por um lado, o modelo de ensino tradicional. O outro descompasso demonstra a existência de diferenças culturais nas estruturas de participação na aula, relativas ao tempo de silêncio ent re pergunta e resposta e manutenção do turno e do tópico.

Os resultados da análise levantam questões de importância para a formação e atuação de professores não - índios que trabalham como professores índios. O primeiro d escompasso traz à discussão a questão da educação indígena específica e diferenciada. O segundo, sobre as diferenças culturais de organização de fala, aponta a necessidade de estudos de línguas indígenas que abordem essa questão, a fim de subsidiar a atuação dos professores não - índios.

 

PALAVRAS-CHAVE: Lingüística Aplicada, Ensino da Matemática, Educação Indígena.

 

 

NUNES, José Horta (1996). Discurso e instrumentos lingüísticos no Brasil; dos relatos de viajantes aos

primeiros dicionários. Tese de Doutorado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 267 p.

Orientadora: Profa. Dra. Eni Puccinelli Orlandini.

 

Esta tese mostra a formação de um discurso sobre o léxico no Brasil, através da análise dos primeiros dicionários bilíngües e monolíngües . Apresenta-se uma histó ria da lexicografia brasileira, levando-se em conta instituições, acontecimentos, teorias e o estabelecimento de uma língua nacional. Os inícios de um saber lexicográfico são visualizados em relatos de viajantes, na época colonial, em que emergem comentários pontuais sobre elementos lexicais e formam-se domínios temáticos. O enunciado lexicográfico é observado nas formas narrativas, descritivas e dialogais. Nos dicion&aacu te;rios bilíngües português - tupi / tupi - português, elaborados pelos jesuítas, explicita-se um saber sincrônico que alia reflexão gramatical e enunciação da discrepância entre palavras e c oisas na situação de uso. Na época imperial, examina-se a produção e edição de dicionários bilíngües promovida pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro com a finalid ade de se construir e atestar uma história do Brasil. Mostra-se a inserção de uma dêixis histórica nos dicionários. Por fim, analisam-se enunciados definidos dos primeiros monolíngües do português , incluindo-se, no Brasil, dicionários de regionalismos, de complementos e de brasileirismos.

 

PALAVRAS-CHAVE: Análise do discurso, lexicografia, dicionários bilíngües, língua portuguesa

 

 

MUJICA, Mitzila Isabel Ortega (1992). Aspectos fonológicos e gramaticais da língua Yawalapití (Aruak) Disseratação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 92 p.

Orientadora: Profa. Dra. Lucy Seki.

 

Esta dissertação visa apresentar uma descrição dos aspectos relevantes do sistema fonológico da língua Yawalapití (Aruak) do ponto de vista da fonêmica clássica, assim co mo também dados histórico - etnográficos da aldeia Yawalapití. Descrevemos também a metododologia utilizada na coleta de dados e aspectos gramaticais da língua.

 

PALAVRAS-CHAVE: Análise Fonêmica, Línguas Arawák do Xingu.

 

 

PACHECO, Frantomé Bezerra (1997). Aspectos da gramática Ikpeng (Karib).

Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 145 p.

Orientadora: Profa. Dra. Lucy Seki

 

Esta dissertação visa oferecer uma descrição preliminar de alguns aspectos da gramática da língua Ikpeng, falada na parte central do Parque Indígena do Xingu por duzentas e quinze pes soas. A dissertação mostra quais as classes de palavras encontradas em Ikpeng, como se organizam as orações independentes e a oração causativizada, bem como as estratégias de relativização e m arcação do núcleo nominal dentro da oração relativa.

 

PALAVRAS-CHAVE: Línguas Karib, Tipologia, Gramática, Línguas do Xingu.

 

 

PALÁCIO, Adair Pimentel (1984). Guató: a língua dos índios canoeiros do rio Paraguai. Tese de Doutorado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 155 p.

Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

 

Este trabalho tem por objetivo específico registrar a língua Guató, uma das aproximadamente 40 línguas indígenas brasileiras ainda não analisadas. Trata-se de uma língua falada por ce rca de 50 índios canoeiros, habitantes das margens do Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul.

O registro é feito através de uma descrição estrutural sistemática, de abordagem bastante concreta, resultado do estudo da fonologia e da gramática (morfologia e sintaxe).

A análise revela que o Guató é uma língua tonal, altamente aglutinante, de padrão VSO e morfologicamente complexa, com marcadores morfológicos indicando que opera tanto com o sistema ergativ o / absolutivo quanto com o sistema nominativo / acusativo.

A descrição apresenta detalhes para permitir observações sobre a estrutura da língua, detalhes que poderão vir a contribuir com subsídios para os estudos tipológicos. A contrib uição para a tipologia lingüística é o objetivo geral deste trabalho.

 

PALAVRAS-CHAVE: Análise Estrutural, Fonêmica, Morfologia, Sintaxe, Línguas Macro-Jê.

 

 

PIRES, Nádia Nascimento (1992). Estudo da gramática da língua Jeoromitxi (Jabuti). Aspectos sintáticos das clásulas matrizes. Dissertação de Mestrado em Lingüística . IEL-UNICAMP. 157 p.

Orientadora: Profa. Dra. Charlotte Marie Chambelland Galves.

 

Os objetivos básicos deste trabalho consistem em apresentar uma descrição e análise introdutória de alguns pontos básicos da gramática Jeoremitxi, como fonologia, morfologia e, mais p articularmente, alguns aspectos sintáticos observados na formação de palavras, nas estruturas dos tipos básicos de oração e nas construções que apresentem negação e interrogaç&at ilde;o.

No primeiro capítulo será apresentada uma breve descrição da fonologia da língua, por ser este o primeiro trabalho realizado sobre a língua Jeoromitxi, e pelo fato de o tratamento do corpus utilizado neste trabalho requerer uma análise consistente do que constitui a base de uma língua - a fonologia. Os aspectos fonológicos seguirão uma abordagem fonêmica.

O segundo capítulo apresenta de maneira resumida alguns pontos básicos sobre a morfologia. Acredito que as informações apresentadas sobre a morfologia representarão a "viga mestra"do trab alho, visto que, neste capítulo, serão definidas as classes de palavras através de critérios distribucionais e relacionais dos elementos categoriais.

O cerne deste trabalho encontra-se no capítulo três, em que serão discutidos os tipos sentenciais básicos e alguns processos sintáticos como (i) formas de negação e (ii) tipos de inter rogação.

Sendo este o primeiro trabalho sobre a língua Jeoromitxi, pretendemos fornecer informações sobre a sua sintaxe, morfologia e fonologia necessárias para o seu conhecimento, esperando assim, que este estudo , além de contribuir para o registro e documentação de mais uma língua amazônica até agora desconhecida, contribua também como um subsídio para um eventual material didático que possa ser reali zado sobre esta língua.

 

PALAVRAS-CHAVE: Fonêmica, Morfologia, Sintaxe.

 

 

RODRIGUES, Daniele Marcelle Grannier (1974). Fonologia do Guarani Antigo. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IFCH-UNICAMP. 123 p.

Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

 

Dissertação publicada em (1990) pela Editora da UNICAMP, Série Línguas Indígenas.

 

Descrição das variedades do Guaraní Antigo faladas nos séculos 17 e 18 documentadas em trabalhos dos missionários jesuitas Antonio Ruiz de Montoya e Pablo Restivo. A dissertação consi dera apenas os trabalhos de Ruiz de Montoya, sobretudo: Tesoro de la lengua Guarani (1639) e Arte y Vocabulario de la Lengua Guarani e o Catecismo de la Lengua Guarani, ambos deles publicados em 1640.

A análise fonológica é baseada em critérios distribucionalistas, os valores fonéticos da escrita de Ruiz de Montoya foram determinados com base às informações presentes nos tra balhos desse autor, e com base nas comparações de trabalhos mas recentes de variedades guarani.

A análise segue fundametalmente o modelo de descrição fonêmica (Pike, 1947), complementada com outros processos analíticos, como a caracterização dos fonemas em termos de traços distintivos.

Segundo a autora, é possível reconhecer e definir três níveis fonológicos além do nível de fonema: sílaba, grupo de acento e grupo de pausa .

 

PALAVRAS-CHAVE: Análise Fonêmica, Filologia, Dialetos do Guarani.

 

 

SAMPAIO, Wany Bernadete de Araujo (1998) Estudo comparativo sincrônico entre o Parintintin

  • (Tenharim) e o Uru-eu-uau-uau (Amondava):contribuições para uma revisão na classificação das línguas Tupí-Kawahib. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IE L-UNICAMP. 100 p. + Anexos

    Orientadora: Profa . Dra .Tânia Alkmin

    Dissertação que apresenta um estudo preliminar sobre a relação lingüística sincrônica entre as

  • Línguas Tupí-Kawahib: Parintintin (Tenharim) e Uru-eu-uau-uau (Amondava). O trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo apresenta-se uma descrição etnográf ica e língüística dos povos Parintintin e Uru-eu-uau-uau. O segundo, inclui uma análise comparativa da fonologia de ambas as línguas. No terceiro capítulo, a autora mostra uma comparação lexical dessas línguas. Como conclusão, a autora assume que o Parintintin e o Uru-eu-uau-uau são variantes dialetais de uma mesma língua.

     

     

    PALVRAS-CHAVE: Fonêmica, Línguas Tupí, Lingüística Comparativa

     

     

    SÂNDALO, Maria Filomena Spatti (1989). Aspectos da língua Pirahã e a noção de polifonia.

    Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 125 p.

    Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernadete Marques Abaurre.

     

    Este trabalho retoma alguns aspectos da língua Pirahã já anteriormente descritos, acrescenta alguns dados e descreve fenômenos ainda não abordados.

    O trabalho focaliza principalmente a nasalização no nível fonético-fonológico, e as partículas sentenciais hoagá e / agía, que ocorrem no nível morfossintático.

    A autora visa demostrar que os glides : [y], [w], [/ ] e [h] funcionam como uma classe natural capaz de condicionar a nasalização de segmentos vocálicos. Uma possível explicação do espalhamento da nasalidade, é procurada, pela autora, na análise do dis curso, especificamente na noção de polifonia.

    No nível morfossintático as partículas senteciais hoagá e / agía são consideradas como operadores argumentativos sob a ótica da semântica argumentativa.

    A hipótese central da autora é que a noção de polofonia contribuiria na solução de fenômenos problemáticos para a fonologia ou para sintaxe: "como as análi ses tradicionais não oferecem uma explicação suficiente para as questões que os dados levantam, buscarei na noção de polifonia uma possível explicação" .

     

    PALAVRAS-CHAVE: Nasalização, Semântica Argumentativa, Análise do Discurso, Línguas Múra.

     

     

    SILVA, Márcio Ferreira da Silva (1981). A fonologia segmental Kamayurá. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 112. p.

    Orientadora: Maria Bernadete Abaurre Gnerre.

     

    O presente trabalho tem por objetivo o estudo de aspectos da fonologia segmental da língua falada pelo povo da Nação Kamayurá, localizada na região dos formadores do Rio Xingu, no Estado do Mato Gr osso, Brasil. A dissertação se divide em duas partes: Na primeira, descrevemos os sons lingüisticamente significativos, com base em suas propriedades articulatórias. Esse estudo está baseado sobretudo nas propostas formula das por David Abercrombie (1967). Na segunda parte, intentamos propor um conjunto de hipóteses sobre aspectos da estrutura fonológica da língua, através de regras formalmente especificadas. Essa análise se baseia no mode lo teórico desenvolvido por Noam Avram Chomsky e Morris Halle (1968). A introdução desse trabalho visa a, tão somente, fornecer algumas informações genéricas sobre a Nação e a língua es tudada, e sobre aspectos do trabalho de campo que precedeu nossa análise.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Fonologia Gerativa, Línguas Tupí-Guaraní, Línguas do Xingu.

     

     

    SOARES, Marília Facó (1992). O suprassegmental em Tikuna e a teoria fonológica. Tese de Doutorado

    em Lingüística. IEL-UNICAMP. 648 p. em 2 volumes.

    Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernadete Marques Abaurre.

     

    Este trabalho é o resultado da execução de um projeto que, levando o mesmo nome da tese, é ele próprio fruto de uma projeto anterior de pesquisa da autora com a língua Tikuna, língua considerada isolada.

    Na análise da sintaxe do Tikuna, a autora focaliza os aspectos relacionados com tópico e as restrições existentes em construções transitivas, a localização de sujeito e objeto nominais.

    Em termos da autora, o Tikuna é uma língua sem movimento, o que não impede de se falar em ordens derivadas. A ordem dos constituintes é determinado por relação estrutural e por marcadores de caso. Assim, o parâmetro básico estrutural do Tikuna é núcleo final com predicação e atribuição de papéis temáticos e casos estruturais à esquerda. A manifestação c asual inclui a) casos estruturais: nominativo e acusativo, b) casos morfológicos, c) casos via cadeia com clíticos, d) casos via modificação na forma do verbo.

    No volume dedicado ao ritmo, o objetivo da autora é fornecer uma visão do processo de organização dos padrões rítmicos na língua e, ao mesmo tempo, o de determinar o tipo de rela&cced il;ão que, nessa organização, mantêm a altura e a duração. Segundo a autora, há uma regulação rítmica, na língua Tikuna, que se desenvolve em mais de um plano .

     

    PALAVRAS-CHAVE: Fonologia Gerativa, Sintaxe Gerativa, Tipologia, Fonologia Suprassegmental.

     

     

    SOUZA, Isaac Costa de (1988). Contribuição para a fonologia da língua Arara (Karíb). Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEl-UNICAMP. 71 p.

    Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

     

     

    Esta dissertação consiste na tentativa de apresentação dos resultados da análise preliminar da fonologia da língua Arara (Karíb), efetuada principalmente segundo os princípios da fonêmica estruturalista. Em primeiro lugar, fazemos uma breve apresentação dos segmentos fonéticos da língua Arara (Cap. 1); depois, à partir desses registros, organizamos a distribuição alofô ;nica de sons consonânticos e vocálicos; finalmente, apresentamos alguns fenômenos assimilatórios específicos de fronteira de morfema ou palavra (tópico 4. do Cap. II ). Tudo isto compõe uma possibilidade de larga margem de variação na língua Arara, uma vez que, apesar de haver pronúncias mais recorrentes (II. 3.3), há sempre a possibilidade de recuperar -- em emissões mais detidas -- certos elementos subjacentes. E i sto é possível em qualquer uma das regras apresentadas, mesmo em 4. e 5. do Cap. II. Uma tentativa de justificativa da variação está n Cap. II, 3.2.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Fonêmica, Línguas Karíb.

     

     

    SOUZA, Tânia Conceição Clemente de (1994). Discurso e oralidade. Um estudo em língua indígena.

    Tese de Doutorado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 398 p.

    Orientadora: Profa. Dra. Eni de Lourdes Puccinelli Orlandini.

     

    Esta tese procura descrever o discurso indígena trabalhando com a materialidade do kuR « ita) R ) , língua dos Bakairi, sob a perspectiva da dualidade entre a análise do discurso e a lingüística. Assim, a análise da autora, busca, por um lado, sublinhar as marcas do conflito instaurado com a Luz: os kuR « estarão sempre divididos em dois mundos - o dos Bakairi e dos Karaiwas. Por outro lado, descrever a meterialidade de uma língua, em cuja historicidade não se inscreve o advento da escrita e, em larga distância, definir um tipo específico de oralidade - histórica - e que não supõe a escrita .

     

    PALAVRAS-CHAVE: Análise do Discurso, Discurso Indígena, Oralidade, Línguas Karíb.

     

     

    SUZUKI, Edson Massamiti (1997). Fonética e fonologia do Suruwahá. Dissertação de Mestrado em

    Lingüística. IEL-UNICAMP. 108 p.

    Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernadete Abaurre.

     

    Esta dissertação trata sobre a fonologia do Suruwahá, uma língua indígena da família Arawá, falada por aproximadamente 140 pessoas, an região do Estado de Amazonas, Munic&iacut e;pio de Tapauá.

    A fonologia da língua constitui-se de 18 fonemas consonantais e 5 vocálicos. Os fonemas foram postulados seguindo a metodologia lingüística desenvolvida por Kenneth Pike, que assume basicamente os procedime ntos de descoberta.

    Os dados submetidos à análise Pikeana foram selecionados a partir de um corpus de 2500 palavras, colhidas em trabalhos de campo.

    Embora a metodologia e modelo teórico Pikeano não seja suficiente para explicar diversos processos morfofonêmicos da língua Suruwahá, a análise apresentada pelo autor dá uma visã ;o abrangente da fonologia dessa língua, principalmente no que diz respeito ao inventário de fonemas e suas alofonias.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Línguas Indígenas, Fonêmica, Família Arawa, Língua Suruwahá.

     

     

    TEIXEIRA, José Baltazar (1988). Contribuição para a fonologia do dialeto Kaingáng de Nonoai. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEl-UNICAMP. 46 p.

    Orientador: Prof. Dr. Aryon Dall’Igna Rodrigues.

     

    Este trabalho é o estudo de alguns aspectos fonológicos do dialeto Sudoeste do Kaingáng falado no Posto Indígena de Nonoai, no Município de Nonoai, RS.

    Foi usado o modelo analítico proposto por Pike (1947). As etapas do trabalho foram: a) descrição dos segmentos consonantais, examinando as relações existentes entre eles e fixando seu status fonol& oacute;gico; b) descrição dos segmentos vocálicos, também por meio da observação das relações entre eles, e fixação de sua condição fonológica; c) tratamento de tr& ecirc;s situações especiais não consideradas no quadro geral de estabelecimento dos fonemas (consoantes longas, vogais eco, oclusiva glotal).

     

    PALAVRAS-CHAVE: Fonêmica, Dialetos Kaingáng.

     

     

    VALLE, Cláudia Netto de (1986). Popu) nkare - ou "nos mesmos". Dissertação de Mestrado em

    Lingüística. IEL-UNICAMP. 142 p. + 30 p. anexo.

    Orientadora: Profa. Dra. Maria Bernadete Marques Abaurre.

     

    Este trabalho tem como objetivo estudar as manifestações do ritmo na cultura Apurinã com ênfase no canto vocal e na narrativa oral. As similitudes encontradas apontam para o carácter genésico do aspecto rítmico, presente no canto e na fala. A língua que encontramos nos leva ao passado, nos remete à origem e nos mostra o presente de uma sociedade de tradição oral em processo de mudança.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Fonêmica, Narrativa Oral, Ritmo, Línguas Arawák.

     

     

    VENCIO, Elizabeth (1996). Cartas entre os Jarawara: um estudo da apropriação da escrita. Dissertação

    de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 85 p. + Anexo.

    Orientadora: Profa. Dra. Tânia Maria Alkmin.

     

    Nesta dissertação a autora relata a experiência do povo Jarawara com a escrita. Os Jarawara se localizam no Médio Purus, Município de Lábrea, Estado de Amazonas. Estima-se uma poulaç&atild e;o de 153 pessoas. Os Jarawara entraram em contato com a sociedade nacional na segunda metade do século passado. Sociedade tradicionalmente oral, só recentemente foram introduzidos na escrita, principalmente pelos missionários-ling&u uml;istas do Summer Institute of Linguistics (SIL).

    A alfabetização é feita em língua Jarawara e as cartilhas e pós-cartilhas foram elaboradas pelos próprios Jarawara, tomando como base seus próprios conhecimentos culturais.

    Aos inícios, a escola Jarawara lugar onde se aprendia a escrita respondia à tradição escolar do mundo ocidental - escola dos brancos. Posteriormente, os próprios Jarawara assumiram o controle do proces so de escolarização, adequando-o a seu mundo cultural. Assim, os Jarawara substituíram o livro didático, considerado impessoal, pré-elaborado, por CARTAS, uma forma de livro mais pessoal. Desse modo, criou-se a CARTA JA RAWARA, um documento escrito para uma pessoa em particular mas lida por todos os membros da sociedade Jarawara.

    Os Jarawara começaram a ser alfabetizados em 1989 e quatro anos depois, isto é, em 1992, a escrita e a escola já eram parte da sociedade Jarawara. A autora conclui, na sua dissertação, afirmando que &q uot;com apenas quatro anos de uso da escrita, a sociedade Jarawara, uma sociedade de tradição oral, apropriou-se dela, controlando o processo de sua aquisição e dando-lhe funções de acordo com os interesses Jarawa ra".

     

    PALAVRAS-CHAVE: Línguas Indígenas, Escrita, Família Arawá, Língua Jarawara (Jaruára).

     

     

    VIEIRA, Márcia Maria Damaso (1993). O fenômeno de não-configuracionalidade na língua Asurini do trocará: um problema derivado da projeção dos argumentos verbais. Tese de Doutor ado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 274 p.

    Orientadora: Profa. Dra. Mary Aizawa Kato.

     

    Esta tese tem como objetivo descrever e analizar aspectos gramaticais do Asurini, no que respeita à ordem livre dos constituintes no nível oracional, a existência de sintagmas nominais (Det N) descontínuos , o uso facultativo de sintagmas nominais nas funções de sujeito e de objeto, a ausência de construções envolvendo movimento sintático e o estatuto dos elementos pronominais e temporais / aspectuais afixados ao ver bo.

    Na análise, a autora assume o modelo paramêtrico da Gramática Gerativa, pois esse modelo permite explicar a co-ocorrência de propriedades sintáticas aparentemente não relacionadas em uma dete rminada língua. Ela segue o modelo paramétrico proposto por Jelink (1985), segundo o qual os argumentos verbais podem ser projetados na sintaxe de duas maneiras: 1) por meio de sintagmas nominais, lexicalmente realizados ou não; ou (2 ) através de afixos / clíticos inseridos na morfologia verbal. As línguas que adotam (1) são denominadas de língus de argumento lexical e aquelas que adotam (2) são conhecidas como línguas de argumento pron ominal. Nessas últimas, os sintagmas nominais possuem o estatuto de adjunto .

     

    PALAVRAS-CHAVE: Sintaxe Paramétrica, Línguas Não-Configuracionais, Línguas Tupí-Guaraní.

     

     

    WEIR, E.M. Helen (1984). A negação e outros tópicos da gramática Nadëb. Dissertação de Mestrado em Lingüística. IEL-UNICAMP. 346. p.

    Orientador: Prof. Dr. Frank Roberts Brandon.

     

    Este trabalho visa descrever alguns aspectos da gramática da língua indígena brasileira Nadëb, dando atenção especial à negação. Depois de informações gerai s sobre os Nadëb (capítulo 1) e a descrição de aspectos gerais da gramática (capítulo 2), examinam-se as duas maneiras fundamentais de negar orações principais afirmativas em Nadëb - pelo uso de u m morfema negativo nominal e pelo uso de um prefixo verbal - e a negação em imperativos (capítulos 3 a 5, respectivamente). Na conclusão (capítulo 6), comparam-se as duas maneiras de negar orações principai s e avaliam-se as interpretações dadas para os três morfemas negativos, indicando-se também algumas características do Nadëb que são de interesse à lingüística em geral, sendo muito invulgar es nas línguas do mundo até agora estudadas. Os quatro apêndices tratam mais detalhadamente de assuntos casualmente relacionados no capítulo 2.

     

    PALAVRAS-CHAVE: Gramática, Negação, Línguas Makú.

     

     

    Angel Corbera Mori

    Departamento de Lingüística

    IEL-UNICAMP

    C.P. 6045. CEP. 13.081-970

    Campinas, SP. Brasil.

    E-Mail: [email protected]


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