REENCARNAÇÃO

A reencarnação é o processo pelo qual uma mesma alma renasce sucessivamente, habitando vários corpos, tantas vezes quantas forem necessárias para o seu auto-aperfeiçoamento e conseqüente evolução. É o renascimento no corpo físico, regido pela lei de causa e efeito.

Sem ela, não há como explicar as iniqüidades do mundo. Tanto sofrimento para crianças puras e indefesas e tantos benefícios a pessoas que agem demonstrando falta de moral. Como explicar diferenças tão bruscas?

A reencarnação já era conhecida pelos povos da Antigüidade grega, sendo chamada, por Pitágoras, de palingenesia, que significa renascimento; regeneração. É, pois, um conjunto de muitas vidas solidárias entre si, a formarem uma só existência do espírito uno e integral, que evolui mais rapidamente, na medida em que se esforça por melhorar a moral, o intelecto e os sentimentos nobres de maneira equilibrada.

A Reencarnação e a Visão Científica

As experiências que tivemos em vidas passadas não se perdem, antes ficam arquivados em nosso inconsciente, nos trazendo muitas vezes fobias e traumas, que não possuem origem nesta atual encarnação. É ai que entram os trabalhos de regressão de memória, que nos leva a reviver fatos de um passado distante... Citaremos alguns casos de regressão de memória que comprovam a pluralidade das existências, realizadas pelo pesquisador e físico, Patrick Drouot:

1º caso: Uma mulher que já havia 17 anos apresentava uma tosse incessante e rebelde a qualquer tratamento. A menor contrariedade provocava acessos que se acalmavam mais dificilmente. Após uma série de regressões delineou-se a história de uma jovem mulher que durante a 2a Guerra Mundial, por esconder crianças judias, foi condenada com elas à morte por asfixia em câmara de gás. Dois meses depois destas seções, a tosse desapareceu e Marianne - este era seu nome - fez questão de voltar com o marido ao local onde teria vivido, recordando tudo perfeitamente, e dando inclusive informações sobre peculiaridades já desaparecidas, que mais tarde foram confirmadas, em conversas com os moradores locais.

2º caso: Um homem de 30 anos de idade, vez por outra era tomado de um violento ataque de cólera. Estas crises, que surgiam de duas a três vezes por semana, duravam aproximadamente 5 minutos, e o deixava estupefato, pois sua personalidade atual era a de um homem afável e doce, e nada em seu comportamento deixava prever um descontrole emocional. Efetuadas algumas seções, descobriu-se que em uma de suas vidas passadas havia sido inquisidor da Idade Média, condenando vários indivíduos à fogueira. Em uma encarnação seguinte, viveu no corpo de uma mulher que acabou na fogueira, condenada por bruxaria. Mas o que na verdade mais o marcou, foi o fato de que apesar de seu sofrimento na fogueira, reinava em seu redor uma atmosfera de quermesse. Á sua volta, na praça, as pessoas riam, zombavam dele, gritavam impropérios, faziam caretas etc. Com o passar do tempo os acessos de cólera também foram diminuindo.

3º caso: Uma mulher, assistente médica, tinha grande aversão por perfume, a tal ponto de solicitar aos pacientes, do médico para o qual trabalhava, que não se perfumassem no dia da consulta. Essa aversão lhe causava grandes transtornos em sua vida profissional e particular. Durante uma seção de regressão, essa mulher reviveu uma encarnação, o qual viveu como esquimó, e nesta mesma vida ela foi violentada por caçadores de foca. Um desses estupradores colocou a mão em sua boca, no intuito de impedi-la de gritar, besuntada de âmbar, óleo que serve de base para quase todos os perfumes. A reminiscência desta cena penosa de seu passado, imprimia nela aversão por perfumes, em sua vida atual. Sabendo agora a causa, tornou-se possível, trabalhar neste efeito, mais facilmente. Após certo tempo a aversão por perfumes desapareceu totalmente.

Do livro: Somos todos imortais.

 

O DESENCARNE NA INFÂNCIA

"APESAR DE SER EXTREMAMENTE DOLOROSA A PERDA DE UM FILHO PEQUENO, PENSE  NELE SEMPRE COM CARINHO E ENVIE VIBRAÇÕES DE AMOR ETERNO".

      Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso. Como se, o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem: Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Por que eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo.

      A família tem que estar muito unida em um momento como esse.

      A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter urna visão de vida diferente da que temos atualmente.

      O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos.

      Richard Simonetti descreve em seu livro "Quem tem medo da morte?".- 'O problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela diretamente. Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos, que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação'.

    

LAMENTAR A PERDA PREJUDICA O ESPÍRITO

      As lamentações, o choro e a fixação no ente querido que desencarnou prejudicam sua reabilitação no plano espiritual, fazendo com que ele sofra vendo tamanho desespero de seus familiares. A oração é o melhor remédio para todos. Pedir a Deus que proteja e auxilie seu filho no plano espiritual é a maneira correta de lhe fazer o bem.

      Reviver a tragédia que ocorreu no plano terrestre pode ser um martírio, pois, no plano espiritual, há toda uma equipe de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do espírito do aparelho físico. Além do mais, conforme explica Simonetti, 'o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranqüilo, porquanto nessa fase o espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre. Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades"

      Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: 'Por que a vida freqüentemente é interrompida na infância'? A resposta dos espíritos é a seguinte: 'A duração da vida de uma criança pode ser, para o espírito que está nela encarnado, o complemento de urna existência interrompida antes de seu termo marcado e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais'.

      Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, escreve que não são desconhecidos os casos de mortes infantis nos quais o espírito já tenha progredido bastante para suprimir uma provação, mergulhando na Terra só com a finalidade de se revestir de elementos fluídicos indispensáveis ao perispírito desejoso de se preparar para a próxima reencarnação.

      Com o tempo, você vai encontrando respostas para suas indagações. A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa sentir todo o amor que você emana.

    

REENCONTRO NO PLANO ESPIRITUAL

      Em entrevista publicada na edição nº 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Mauro Operti, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu: 'Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta  maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos'. O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que, quando Jesus falou "deixai vir a mim as criancinhas', Ele se referia ao fato de que 'a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade, excluindo todo pensamento egoísta e orgulhoso'. Explica ainda que 'é por isso que Jesus toma a infância corno símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade. Somente um espírito que tivesse atingido a perfeição poderia  nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas a comparação é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além disso, Jesus não diz de maneira absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham".

Autor: Marco Túlio Michalick

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo, nº 13.

 

EXEMPLOS DE TVP (TERAPIA DE VIDAS PASSADAS)

  EXEMPLO I

             Uma psicóloga norte americana foi procurada para atender um adolescente, portador de problema singular.

             Desde a infância o garoto trazia uma fobia com relação ao bater das asas dos pássaros, mas foi na adolescência que o problema se intensificou e os

 pais buscaram a ajuda de um profissional.

 Quando percebia um pássaro pousando, o movimento das asas lhe causavam crises terríveis culminando em desmaio.

 A psicóloga buscou, com todos os recursos de que dispunha, uma forma de ajudá-lo.

             Provocou, por inúmeras vezes, a regressão de memória até ao útero materno e não conseguia descobrir as origens do desequilíbrio.

 Materialista convicta, a profissional só admitia uma única existência e buscava a resposta a partir do ventre.

 Mas, como os anos rolaram sem que pudesse resolver a questão, e porque o desafio se tornasse cada vez maior, numa das sessões de regressão

resolveu deixar que o jovem fosse mais além.

 E, embora não acreditasse na teoria da preexistência do espírito, foi nesse universo desconhecido que encontrou a origem do trauma.

 O jovem, agora com 21 anos, mergulhou no seu passado e viu-se como soldado, lutando na 2ª guerra mundial.

 Descreveu seu drama com requintes de detalhes. Ele estava em meio a uma batalha, juntamente com os demais soldados, quando houve uma grande

 explosão e todos foram atingidos.

 Ele também fora atingido pelos estilhaços da bomba mas não morrera de imediato, ficando apenas semiconsciente.

 Após baixar a poeira, vieram os tratores e juntaram os inúmeros corpos em monturos, deixando-os para serem enterrados em covas coletivas, mais tarde.

 Nessa ocasião, ele, que estava agonizante mas não morto, fora arrastado para o monturo com os demais cadáveres, ficando sobre os demais.

 E porque demorassem para soterrar os corpos, os abutres buscaram neles o seu alimento.

 Quando os abutres sentavam sobre seu corpo, ele percebia o bater das asas e sentia suas carnes sendo dilaceradas com violência.

 Essa cena se repetiu por muitas e longas horas, até que a morte física se consumou.

 Embora rompidos os laços do corpo físico, aquele espírito ficou impregnado das sensações horríveis dos últimos momentos, a ponto de trazer o

 desequilíbrio para a nova existência, em forma de fobia.

 Não é preciso dizer que a doutora materialista rendeu-se aos fatos e mudou seu pensamento a respeito da vida.


                                                                              ***

 Você sabia que muitos medos e traumas, cujas causas não estão na presente existência, têm suas raízes num passado mais ou menos distante, em existências anteriores?

 O espírito recebe um novo corpo a cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros tempos.

 Por esse motivo é importante que olhemos para as pessoas como espíritos milenares, mesmo que estejam albergados temporariamente num corpo infantil.

 Percebendo a vida sob esse ponto de vista, teremos mais e melhores possibilidades de ajudar as criaturas que trazem dificuldades, começando por nós mesmos.




EXEMPLO II

 

  Em uma pequena cidade, a cena causava espanto e admiração ao mesmo tempo, talvez porque o protagonista da história fosse um senhor bem idoso.

 Ele costumava passar o dia inteiro plantando árvores.

 Certo dia, algumas pessoas que passavam por ali pararam, admiradas, observando aquele ancião a plantar mudas ao longo da rua.

 Lisonjeado com o interesse, o velho parou seu trabalho e explicou:

-         Meus filhos andam sempre insistindo comigo para mandar fazer uma sepultura.

-         Mas eu tenho uma idéia melhor.


- &     Obtive licença para plantar árvores nas ruas ainda não arborizadas, e é assim que estou gastando o dinheiro que poderia ser empregado num

mausoléu.

-          Já estou com 80 anos, e nunca vi ninguém procurar a sombra de uma sepultura para descansar, nem é num cemitério que a criançada vai brincar.

-        Daqui a 20 anos, meu nome estará completamente esquecido. Mas meus netos e outras tantas crianças estarão aqui para admirar e usufruir destas

 árvores.

-      Ademais, quem passar por estas calçadas, nos dias de calor, há de achar agradável a sombra delas.

Impressionante a lucidez daquele homem que já vivera quase um século.

A sua capacidade de discernimento era maior que a dos filhos que, certamente, não queriam se incomodar com a construção de um túmulo para o

 velho pai, quando este fechasse os olhos para o mundo dos chamados vivos.

             Utilizando-se dos próprios recursos, financeiros e de forças físicas, tratou de produzir coisas úteis, ao invés de construir o próprio túmulo e esperar

 a morte chegar.

              Por certo deixara aos mortos, como o recomendara Jesus, o cuidado de enterrar seus mortos.


             Deixara para os filhos que estavam mortos para os verdadeiros valores da vida, o cuidado de enterrar aquele que pensavam estivesse morto, mas que

em realidade estava mais do que vivo.

             O personagem dessa história, certamente já foi enterrado há muito tempo, considerando-se que o fato ocorreu há mais de 40 anos.

            Mas o seu espírito imortal e lúcido, talvez esteja, neste mesmo instante, revestido de um novo corpo infantil, pela lei da reencarnação, brincando de

cabra-cega entre as árvores plantadas por ele mesmo há anos atrás.

            Considerando-se sob esse aspecto, entenderemos por que é que quem faz o bem pensando nos outros, acaba beneficiando-se a si mesmo. E quem faz

 o mal, igualmente recebe o mal como resposta.

            Esse é o efeito bumerangue, ou lei de causa e efeito, ou, ainda, o "a cada um segundo suas obras", ensinado por Jesus.

***
 Quem planta flores, planta beleza e perfumes para alguns dias. Quem planta árvores, planta sombra e frutos por anos, talvez séculos.

                   Mas quem planta idéias verdadeiras, planta para a eternidade.

 voltar

 

Hosted by www.Geocities.ws

1