Ano Novo

"Vede as aves do céu: não semeiam,
não ceifam; e considera como crescem
os lírios do campo: não trabalham nem fiam".


         Aumentam as dificuldades para todos que vivemos na Terra, sejamos pobres ou ricos, vivendo em mansões ou casebres, ou mesmo sem teto; com os cofres e bolsos abarrotados de ouro e dinheiro ou até desprovidos das coisas básicas, alimentos, vestimentas, remédios e tudo mais. Todos sofremos e choramos, porque é chegada a hora dos ajustamentos inadiáveis, que se fazem necessários. Perdemos muito tempo, muitas oportunidades e não é mais possível protelar indefinidamente o sublime aprendizado do amor, como nos habituamos a fazer através das sucessivas reencarnações que se passaram.

O tempo se esgotou e não conseguimos aprender, pelo bem, a lição do amor, restando-nos, agora, a única alternativa do aguilhão da dor, do sofrimento, para valorizarmos tudo que perdemos e reencontramos, penosamente, a estrada evolutiva do bem.

Dores e ranger de dentes são os sinais necessários, lembrados por Jesus nos Evangelhos. Por toda a parte do globo, a violência e a desordem parecem imperar. São guerras, lutas, torturas, assassinatos. Povos subjugando povos pelas armas e pelas idéias distorcidas de falsos valores. São a fome e a miséria que grassam qual epidemia. São as secas, as enchentes, os terremotos, os furacões e os vendavais que assolam diferentes regiões. A estrutura de apoio da família em ruínas, pela incompreensão, pela intolerância e pela falta de amor. São filhos que se rebelam contra os pais e estes contra os filhos, como previu Jesus. E se tudo isso não bastasse, alastram-se doenças graves, como a tuberculose, o câncer, a AIDS e muitas outras.

As leis de justiça divina são automáticas, imutáveis, inexoráveis e perfeitamente iguais para todos, não existindo impunidade nem tão pouco protegidos.

DEUS, SUPREMO CRIADOR DO UNIVERSO, CRIADOR DE TUDO E DE TODOS É, NO ENTANTO, BOM E MISERICORDIOSO AO INFINITO.

Tal Entidade, expressão infinita da inteligência, não iria tudo criar, para em seguida deixar imperar o caos e a desarmonia, abandonando tudo e todos, se uma destinação, sem um planejamento da ordem geral e sem um monitoramento, sem um controle perfeito. Foi o que nos revelou Jesus no Evangelho de Mateus, Capítulo VI, Versículos 25 a 34:

25 - Não vos inquieteis pelo que comereis para sustento da vossa vida, nem com que vestireis o vosso corpo. A vida não é muito mais do que o alimento, e o corpo muito mais do que as roupas?


26 - Vede as aves do céu: não semeiam, não ceifam, não enchem celeiros e entretanto vosso Pai Celestial as alimenta. Não sois muito mais do que elas?


27 - E qual de vós pode, pelo seu engenho, acrescentar um côvado à sua estatura?


28 - E com as vestes, por que vos inquietais? Considera como crescem os lírios do campo: não trabalham, nem fiam.


29 - E eu vos digo que, no entanto, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais vestiu como um deles.


30 - Se, pois, Deus cuida de vestir assim o feno dos campos que hoje existe e amanhã será lançado ao forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!


31- Não vos inquieteis, pois, dizendo: que comeremos? Ou que beberemos? Ou como nos vestiremos?


32 - À semelhança dos gentios que se azafamam por essas coisas, porquanto vosso Pai sabe que delas precisais.


33 - Procurai primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e todas aquelas coisas vos serão dadas de acréscimo.


34 - Assim, não vos inquieteis pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia sua própria aflição.

Com estas palavras, alerta Jesus que Deus sabe do que precisamos e não podemos perder a fé, a confiança Nele que tudo sabe. Está tudo sob rigoroso controle. Estamos todos nos lugares certos, vivenciando as experiências adequadas e corretas para nós.

As aves do céu não semeiam nem ceifam; os lírios do campo não trabalham nem fiam, mas o Pai Celestial tudo provê. Aparentemente, estas expressões são um convite à inércia, à ociosidade. Mas sabemos que não é bem assim, visto que os homens são seres inteligentes, que precisam evoluir, crescer espiritualmente, através do exercício do trabalho, pesquisando e aprimorando melhores soluções para os problemas que têm de enfrentar, no sentido de aperfeiçoar as próprias condições do mundo Terra. Já somos seres muito mais importantes do que as aves do céu e os lírios do campo, porque avançamos mais na escala do progresso e Deus leva em consideração todas coisas, tudo compatível com o grau de adiantamento de cada coisa, de cada ser, de cada criatura. Por valermos mais do que os pássaros do céu e do que os lírios do campo, por sermos seres muito mais inteligentes, temos que ser mais responsáveis. Temos que evoluir pelo próprio esforço, acertando ou errando, mas caminhando para frente. Não podemos cruzar s braços, à espera que tudo caia do céu. É preciso enfrentar os desafios e superá-los, sempre com otimismo, fé e confiança. Mesmo que a situação à nossa frente não prenuncie dias melhores, já sabemos como agigantar as nossas forças para transpor as dificuldades com serenidade, sem desesperos, conforme o próprio Jesus nos ensinou ao caminhar para o Calvário.

Aliviemos as nossas mentes das preocupações pelo dia de amanhã, pois que o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Mas precisamos manter inabalável a nossa confiança em Deus, cuja bondade e misericórdia são infinitas e, por isso, não abandona ninguém. Procuremos trabalhar com muita dedicação e amor na direção do bem e da caridade, no sentido de nos tornarmos merecedores das bênçãos divinas neste ano novo, com novas esperanças, que certamente as dificuldades serão amenizadas, as dores serão anestesiadas e as agruras serão totalmente transpostas, não por um passe de mágica, mas sim pela vivência da fé raciocinada e inabalável.

Ano Novo - Novas Esperanças

*

Nelson Oliveira e Souza
Fonte:
O Mensageiro <http://www.omensageito.com.b
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