Palavra de Amiga
Aos companheiros do labor de Evangelização Infanto-Juvenil, muita paz.
Ainda hoje, resvalamos com as danosas conseqüências ou inconseqüências,
se assim quiserem. da má educação oferecida aos renascentes em nosso mundo.
Após muitos anos de ações repressoras, onde se ocultavam os desvios
familiares e sociais, nas pudicas convenções da sociedade e em muitas delas,
sob o beneplácito da religião oficial entenderam os homens e seus
"educadores", de promover uma abertura educativa às crianças e aos
jovens, com um roteiro de sentido desviado para o "viva e deixe viver"
em que tudo passou a ser natural e compreensível.
O futuro dessas ações demonstrou-se no crescimento das enfermidades físicas
e morais que inundaram o mundo; chamando-nos, a todos, à profunda reflexão dos
caminhos educativos oferecidos.
Nunca estes modelos foram os da filosofia Espírita.
Mesmo que esta sancionasse ao ser, seu direito à liberdade de
pensamento; sempre chamou-nos à responsabilidade pessoal e coletiva das nossas
ações.
Os Espíritas cristãos, sempre estiveram precavidos e vigilantes, tal
qual as "virgens prudentes" a espera do noivo
Lâmpada do Evangelho sempre acesa e visível; óleo do otimismo e da
confiança em Deus, na reserva.
Assim sendo, quando nos propomos à renovação de nossas atividades,
dentro da ação de levar o Evangelho às criaturas, não poderemos estar
carentes de projetar o futuro que desejamos alcançar.
Nosso planejamento deverá ser detalhado e flexível, simples e de
objetivos bem delineados, para que possam vencer as dificuldades inerentes da
viagem terrestre e para não sucumbir às intenções maléficas, que tanto
geram desanimo e divisão.
Adequar-se às novas gerações, significará compreender suas perquirições
e desejos, mais que atualizar-se tecnologicamente. Seria lamentável a todos nós,
em nossas casas Espíritas se nos perdêssemos na aquisição desenfreada de
recursos, necessários bem sabemos, mas que não representam integralmente, o
ato de evangelizar.
Os que estiverem cônscios de suas ações e em especial, da importância
de suas tarefas, jamais se esquecerão de que a ação evangelizadora se faz na
vivência e convivência evangélicas.
É no sentimento expresso de fraternidade; na proximidade entre aquele
que educa com aquele que sofre a educação, que está a chave do êxito.
Palavras sem os gestos que as demonstrem, trazem pouca ou nenhuma eficiência.
Ensinos morais unilaterais exigidos de quem os ouve, sem prática daquele que os
prega, serão sempre, elementos desagregadores nas casas Espíritas.
Reconhecemos nas criaturas atuantes neste setor, a dedicação e a abnegação,
mas, muito ainda necessitamos fazer, renunciando as confortáveis lazeres do
mundo, para alcançarmos as delícias dos céus. Quanto mais renúncia e carinho
maior será a aproximação, pois a "geração nova" é em sua essência
extremamente observadora.
Acrescento, porém, que todo este esforço, ser-nos-á recompensado através
dos abraços e sorrisos dos pequeninos e nas atitudes viris e equilibradas da
juventude.
Para nós, espíritos e encarnados, comprometidos com a disseminação da
filosofia Espiritista, a paga será semelhante a do professor, que verte lágrimas
de contentamento, ao ver o seu aluno instruído no alfabeto; unir as letras,
formular palavras e assim, ler o mundo, por seus próprios recursos.
Qual de nós, não se sentirá ditoso, quando na Terra ou do espaço,
reconhecer no "Homem de Bem" que renova as instituições e a vida;
uma das suas antigas " sementeiras do bem"?
Ao grupo de evangelizadores aqui reunidos e para todos os demais,
dedicados a este mister, nosso abraço fraterno e a certeza de que juntos, alcançaremos
o êxito desejado.
Jesus a todos ilumine, da amiga,
Benedita Fernandes
Página psicografada, pelo médium Fernando
José Revoredo, em 26/01/2003 no Centro Espírita Amor e Fraternidade, em Nilópolis,
quando da realização pelo DIJ/ 2º CRE/USEERJ do " Ecos do 1º Fórum
Estadual de Evangelização".