Gaspar Pires de Rebelo
- Novelista Exemplar -

Gaspar PIRES de REBELO
(1585 ?-1648 ?)


Quando João Palma-Ferreira escreveu um breve estudo introdutório às páginas de Gaspar Pires de Rebelo inseridas na sua antologia de Novelistas e contistas portugueses dos séculos XVII e XVIII, pode dizer-se que deu a conhecer um escritor português esquecido. Ignora-se quase tudo da personalidade deste novelista. As informações que fornece sobre a biografia dele a Bibliotheca Lusitana de Barbosa Machado ou o Dicionário de Inocêncio da Silva são apenas as copiadas do frontispício dos seus livros. Com efeito, na capa do primeiro romance que publicou, em 1625, ele indica que é «natural da Villa de Aljustrel, do Campo de Ourique», licenciado, freire professo da Ordem militar de Santiago da Espada, sacerdote, teólogo e pregador, e prior de Castro Verde. Barbosa Machado acrescenta que professou no real convento de Palmela, e que foi «Pregador insigne, e não menor Poeta vulgar».

Como o Arquivo da Ordem de Santiago em Portugal foi em grande parte destruído num incêndio durante o século XIX, foi difícil conseguir mais detalhes. No entanto, a Torre do Tombo conserva o
Livro de Chancelarias antigas da ordem de Santiago (vol. II), onde se encontram 13 documentos que fazem referência à carreira de Gaspar Pires na Ordem. Confirma-se que foi natural de Aljustrel e que professou no convento de Palmela, sendo já «clérigo de missa», no dia 21 de Julho de 1610. Podemos deduzir que tinha então uns 25 anos, idade média para ser sacerdote, o que permite situar a sua data de nascimento por volta de 1585. A seguir vai ser encarregado de várias freguesias que dependem da Ordem: a «capela curada da Concepção de Mértola» em 1610; a «Igreja e Matriz da Vila de Ourique» em 1611; a de Entradas em 1613; a de Garvão em 1617; e por fim a de Castro Verde em Abril de 1625. Não encontrámos documentos posteriores a essa data. Sendo alentejano, é plausível pensar que se tenha formado na Universidade de Évora, fundada em 1559. Mas não se sabe em que área foi licenciado, embora este título, sem mais precisão, possa indicar que estudou o Direito, provavelmente antes de completar o curso de Teologia.

O frontispício do
Thesouro de pensamentos concionativos…, de 1635, prova que nesse ano ainda era prior da igreja matriz de Castro Verde. E o prólogo aos leitores das Novelas exemplares, em 1650, assinado por um particular amigo do autor, anuncia que «estas seis Novelas […] entre uns papéis seus foram achadas», do que se deduz que Gaspar Pires já não era vivo. Ora, como o livro é precedido duma dedicatória dele dirigida a João Nunes da Cunha, e as primeiras aprovações dos censores são de Julho de 1648, podemos pensar que o autor tinha preparado o seu manuscrito para a edição e morreu antes desta última data.

Em 1648, João Nunes da Cunha era Gentilhomem do filho maior de D. João IV, o Príncipe D. Teodósio, que viria a morrer em 1653. A dedicatória da última obra de Gaspar Pires é a primeira dirigida a tão alto personagem. Ora, antes de 1640, apesar de não haver corte em Portugal e de Gaspar Pires ser evidentemente amador de literatura espanhola, só escreveu em português, claro indício do seu apego à língua pátria. Parece lógico que, depois da Restauração, tratasse de conseguir a protecção dum cortesão que gozava do favor do Rei português. Mas os termos da dedicatória não permitem esclarecer as relações entre a ilustre família dos Cunha e o novelista. As dedicatórias dos outros livros (a Luís Correia, abade de Lordelo; a Santo António (!), patrão de Campo de Ourique; a Dom Diogo Lobo, prior mor da Ordem de Santiago), assim como os louvores que dirigem a Gaspar Pires o Licenciado Manuel Ferreira – no começo da 2ª parte da
Constante Florinda –, e dois amigos anónimos, talvez poetas espanhóis – no início das Novelas exemplares –, não são bastante explícitos para nos dar uma idéia do meio que o novelista deve ter frequentado. No entanto, os seus livros deixam ver a dimensão e a variedade da sua cultura, e neles há indícios de contactos estreitos com a vizinha Espanha: Pires de Rebelo deve ter viajado por terras de Espanha, e talvez de França e Itália.

Dele, quatro obras importantes chegaram até nós. A primeira intitula-se:
Infortúnos trágicos da constante Florinda e foi publicada em Lisboa por Geraldo da Vinha em 1625. Não se encontrou exemplar desta edição, mas a segunda aparece em 1633 (Lisboa, António Álvares), ao mesmo tempo e em casa do mesmo editor que a Constante Florinda, em a qual se dá conta dos infortúnios, que teve Arnaldo, buscando-a pelo mundo […] (Parte II). No "Prólogo ao leitor" desta segunda parte, declara o autor que a primeira «foi tão bem recebida, que em dous anos se gastou a impressão toda, e ao terceiro se tornára a imprimir, se não fora a falta, que havia de papel.» De facto, as aprovações dos censores para a 2ª impressão da 1ª parte datam de 1628. Várias edições sucedem-se ao longo do século XVII e do século XVIII, sendo a última de 1761. Ora, como para demonstrar que não se limita a composições profanas, em 1635, o autor publica um Thesouro de pensamentos concionativos sobre a explicação dos Misterios  Sagrados, & Ceremonias Sanctas do Sanctissimo sacraficio (sic) da Missa, & significação das vestiduras sacerdotais com que elle se celebra, ordenado em forma de Dialogo entre hum Sacerdote, & seu Ministro (Lisboa, António Álvares). O seu último livro, curiosamente intitulado Novelas exemplares, Terceira parte, compostas pelo autor das duas partes da Constante Florinda, é publicado em Lisboa por António Álvares em 1650: o editor procura visivelmente chamar a atenção do público aproveitando o sucesso dos dois romances anteriores do autor e apresentando o novo livro como uma 3ª parte (Ver ilustração).

Se o
Thesouro de pensamentos concionativos é uma obra didáctica que não carece de mérito, em particular devido à forma dialogada inteligentemente utilizada por Gaspar Pires, o interesse essencial da sua obra reside nos dois romances e nas novelas. Com efeito, estes três livros constituem uma tentativa valiosa de introduzir em Portugal novas formas romanescas. Os contemporâneos souberam apreciar tal experiência, que só deixou de suscitar interesse perante a invasão do neo-classicismo, durante a segunda metade do século XVIII.

Não devemos esquecer que durante o século XVII, a hegemonia cultural da Espanha, então em pleno "século de ouro", abarcou toda a península. Já no século anterior, o problema do bilinguismo na corte portuguesa, principal foco de irradiação cultural do reino, preocupava alguns escritores, como João de Barros ou António Ferreira. Sob o governo dos "Filipes", a "fuga dos cérebros" foi-se acentuando: bom exemplo disso é Francisco Manuel de Melo que serviu lealmente o rei de Espanha até 1641, e escreveu em espanhol quase toda a sua poesia e boa parte da sua obra histórica. O dramaturgo Jacinto Cordeiro escreveu todas as suas peças em espanhol, com prefácios em português. Aliás os romances e novelas escritos em espanhol podiam ser lidos sem dificuldade por um público português. No que diz respeito à prosa de ficção, que, apesar da paródia satírica e genial do
Dom Quixote de Cervantes, o romance cavalheiresco, ainda inspira os admiradores de Francisco de Morais – Diogo Fernandes publica as Cavalarias de Dom Duardos em 1587 e Baltasar Gonçalves Lobato a Crónica do famoso Príncipe Dom Clarisol de Bretanha em 1602 –, o género mais em voga é claramente o romance pastoril, ilustrado em Portugal com, por exemplo, a Lusitânia transformada de Fernão Álvares do Oriente (1607) ou a trilogia pastoril de Francisco Rodrigues Lobo (Primavera, 1601; O Pastor Peregrino, 1608; O Desenganado, 1614). Notemos que nestes romances a convenção pastoril se torna mero pretexto para contar aventuras e que os pastores portugueses viajam muito, às vezes através dos oceanos. Fora deste cenário pastoril, outro tipo de romance aparece: é o romance bizantino, com intriga sentimental e relatos de andanças e aventuras. A última obra de Cervantes, Los trabajos de Persiles y Sigismunda (1617), é um excelente exemplo deste tipo de romance, em que os protagonistas conhecem peripécias e desgraças incríveis e percorrem mares e terras antes de conseguir a realização dos seus desígnios. Além disso, desenvolve-se em Espanha na mesma época o romance picaresco. Este tipo de ficção, que conheceu um grande sucesso em toda a península, tem como modelo um pequeno livro anónimo editado em 1554, a Vida de Lazarillo de Tormes. No início do século XVII vai desenvolver-se o género, depois da publicação da Vida del pícaro Guzmán de Alfarache de Mateo Alemán em 1599. Entre as obras mais famosas podem citar-se Rinconete y Cortadillo e La ilustra fregona, duas das Novelas Ejemplares de Cervantes (1613) e a Historia del Buscón don Pablos, ejemplo de vagabundos y espejo de tacaños, de Francisco de Quevedo, escrito provavelmente já em 1603 mas só publicado em 1626. O protagonista deste tipo de romance, em vez de ser digno de admiração ou de compaixão, pertence ao nível mais baixo da sociedade e as suas aventuras e viagens levam-no muitas vezes a um fim desastrado.

Eis o contexto dentro do qual surge a obra de Gaspar Pires de Rebelo, que não se contenta com imitar os modelos do país vizinho em espanhol, mas trata de explorar as vias novas em português. Os seus romances revelam com certeza a influência de Cervantes, mas também correspondem ao gosto do público por uma prosa refinada e narrações cheias de aventuras várias, como as do romance bizantino. No primeiro,
Infortúnos trágicos da constante Florinda, a protagonista é uma mulher. Única herdeira duma notável família de Saragoça, Florinda aceita o amor de Arnaldo e ambos se prometem em casamento. Mas outro amante de alta condição, Dom Luís, furioso por ter sido desdenhado, fere Arnaldo à traição e deixa-o como morto. Em vez de se abandonar à dor, Florinda, na noite seguinte, disfarça-se de homem, rouba um cavalo do seu pai e vai matar o traidor. Depois, para escapar à justiça, tem de fugir, tomando o nome de Leandro. Começam então oito anos de andanças, durante os quais ela percorre a Espanha e a Itália, antes de ser recolhida pelo grão-duque de Florença e de tornar a encontrar Arnaldo. Vala a pena notar que o ponto de partida das aventuras de Florinda é semelhante a uma "história trágica" adaptada pelo francês François de Rosset, a partir de outra do italiano Matteo Bandello, e publicada em 1614 na sua colecção Les histoires tragiques de nostre temps… Até o nome da protagonista parece sugerido pelo de "Fleurie", na narrativa francesa. Detalhe que pode revelar a difusão da literatura francesa em Portugal naquele período, ou indício duma possível viagem do escritor português a França. Outra observação importante é a amosfera de violência que caracteriza as aventuras de Florinda-Leandro: ataques de bandidos, horrores da guerra, erros da justiça, crueldade de pais implacáveis, incestos, paixões sem freio. No meio disto tudo, a constância da heroína adquire um brilho particular, mas o desfecho feliz do romance não corresponde ao termo "trágicos" que qualificava os "infortúnios" no título.

Porém, o fim verdadeiramente trágico do segundo romance, apresentado como a segunda parte do primeiro, já que conta "
os infortúnios que teve Arnaldo, buscando-a [Florinda] pelo mundo.", justifica plenamente o título anterior. Arnaldo, depois de saradas as feridas infligidas por Dom Luís, saiu em busca de Florinda. As suas andanças foram mais complicadas e mais tremendas ainda que as da amada, já que ficou meses preso em Berberia, atravessou a França, alistou-se como soldado em Inglaterra, antes de passar a Itália e encontrar Florinda em Florença, na altura em que ela foi declarada herdeira dos duques e a sua mão prometida ao vencedor dum torneio. Claro que Arnaldo alcança a vitória e merece casar em fim com a sua noiva. Mas ele e a esposa vão ser víctimas dos ciúmes de Aquilante, rei de Nápoles, que se quer vingar dos desprezos de Florinda, ataca e toma a cidade de Florença e condena à morte os dois amantes. Essa morte, muito edificante, provoca a revolta dos habitantes que expulsam o usurpador e salvam o filho dos heróis. Duma maneira geral, a redacção deste segundo romance, menos viva que a do primeiro, sofre dum abuso de alusões mitológicas : o autor, provavelmente consciente disso, acrescenta no fim um grande número de notas explicativas, um pouco como se destinasse o seu livro a estudantes, ou a um público pouco conhecedor de todas as lendas da literatura greco-latina.

Os dois romances, escritos por um religioso e dedicados a religiosos, foram devidamente aprovados pela censura inquisitorial, embora o censor Fr. Sebastião de Santos, na segunda edição do primeiro, indique que há «muitos lugares riscados». Quer dizer que os censores introduziram algumas emendas, mas julgaram que a exposição de tantos actos de violência, tantas paixões excessivas, apesar de contradizer o ideal de tolerância e caridade cristã, não representava um perigo para a alma dos leitores. É certo que as fontes do autor encontram-se em obras anteriores e até nos textos sagrados; que geralmente Gaspar Pires expõe também o castigo dos crimes; e que comenta de modo edificante o comportamento das suas personagens. Também é certo que ele renova a escrita romanesca, utilizando modelos e fontes diversos e adaptando-os a seu modo. Observa-se em muitos casos que dá às mulheres um papel decisivo na acção. O que é certo enfim, é que o acolhimento do público foi claramente favorável.

Dezassete anos separam este segundo romance da publicação das
Novelas exemplares, cujo título faz referência a Cervantes – mas talvez não seja o que tinha previsto o autor. A colecção contém seis novelas, mais ou menos do mesmo tamanho: 110 a 120 páginas na edição de 1650, quer dizer que podem ser consideradas como pequenos romances. As seis contam histórias sentimentais cheias de peripécias, situadas numa época em geral contemporânea do autor. Só a primeira (Desgraças venturosas) é situada exactamente em 1147, ano da conquista de Lisboa por Afonso Henriques. Quanto à terceira (Os gêmeos de Sevilha), desenvolve-se imediatamente depois de 1605, ano do nascimento de Filipe IV em Espanha. Desgraças venturosas e A custosa experiência têm por cenário Portugal. A acção de Os enganos mais ditosos decorre em Catalunha; a de Os gêmeos de Sevilha sobretudo em Madrid; a de O desgraciado amante em Andaluzia, Madrid e Mérida, com um episódio em Lisboa; a de A namorada fingida em Toledo e Madrid. Os desfechos são felizes, mas uma das protagonistas de A custosa experiência morre tragicamente, e O desgraciado amante tem um fim aberto. Amores contrariados, nascimentos ilegítimos, disfarces arriscados, duelos e conversas nocturnas: todos os elementos romanescos tradicionais são utilizados com acerto por Gaspar Pires nessas narrativas vivas e muitas vezes engraçadas, em que, do mesmo modo que nos romances, as mulheres são extremamente activas, embora a violência seja menos excessiva que nas obras anteriores.

João Palma-Ferreira insistiu muito na originalidade da quinta novela,
O desgraciado amante. Com efeito, trata-se da única novela picaresca escrita em português, pelo menos entre os textos conhecidos até aos hoje. Alguns escritores portugueses escreveram textos com traços picarescos. Outros – António Enríquez Gómez, autor da Vida de don Gregorio Guadaña (1644); D. Félix Machado de Silva, marquês de Montebelo, que compôs uma Tercera parte de Guzmán de Alfarache entre 1650 e 1662 – escreveram romances inteiros, mas em espanhol. O texto de Gaspar Pires é portanto excepcional. O protagonista, Peralvilho, surge de repente num ambiente perfeitamente bucólico, a casa de campo dum velho fidalgo de Mérida, a quem vai contar a sua vida. Começa então um relato na 1ª pessoa, como na maioria dos romances picarescos, com a genealogia e a formação do protagonista e as suas sucessivas aventuras. As fontes espanholas são evidentes, mas a originalidade do novelista português também. Mais ainda do que da sua vontade de se elevar na sociedade, as desgraças de Peralvilho provêm sempre das suas paixões amorosas, mais ou menos interesseiras, mais ou menos sinceras, e sempre frustradas. O pícaro português, apesar dos seus graves defeitos, é simpático pelo seu sentido de humor, a sua capacidade de rir de si próprio, a sua vontade de ser independente: ele serve apenas as suas irmãs e dois amos; nas outras aventuras, é livre de qualquer servidão. O seu percurso é ocasião de fazer a sátira mordaz de vários meios sociais, judiciários e médicos em particular, mas não só. A estrutura da narrativa dentro da narrativa permite ao mesmo tempo ao autor seguir as regras do gênero e distanciar-se dele. A última peripécia da vida de Peralvilho – a sua fuga da casa do fidalgo de Mérida e o seu naufrágio incerto –, deixa aberta a possibilidade duma continuação: aliás, Barbosa Machado atribui a Mateus da Silva Cabral, autor nascido na 2ª metade do século XVII, uma Segunda parte da novela intitulada O desgraciado amante e vida de Peralvilho de Córdova, hoje perdida.

O estilo de Gaspar Pires de Rebelo encontra a sua melhor expressão nas
Novelas exemplares. Embora se possam censurar nele vários hispanismos, o escritor soube aproveitar com habilidade a riqueza engenhosa da inventiva barroca, sobretudo nos incipit, mas soube também narrar com viveza e realismo as acções das personagens, e criar diálogos cheios de graça, que dão a algumas cenas um carácter quase teatral. A obra dele merece ser melhor conhecida, para dar uma ideia mais completa do que foi a literatura de ficção em Portugal na primeira metade do Século XVII. Felizmente, vários estudiosos, como Adma Muhana, Nuno Júdice e outros, descobriram recentemente a sua obra e estão a preparar novas edições.

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Bibliografia

a) de Gaspar Pires de Rebelo

Infortúnos trágicos da constante Florinda, Lisboa, Geraldo da Vinha, 1625 (Nenhum exemplar conhecido)
—,
nesta segunda impressão acrecentados pelo mesmo autor, Lisboa, António Álvares, 1633 (Biblioteca Nacional de Lisboa, Res. 4319 P)
—, Coimbra, Viúva de Manoel de Carvalho, 1665.
—, Lisboa, João da Costa, 1672.
—, Lisboa, Domingos Carneiro, 1684.
—, Lisboa, Filipe de Sousa Vilela, 1707.
—, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1761.

Constante Florinda, em a qual se dá conta dos infortúnios, que teve Arnaldo, buscando-a pelo mundo […], Parte II, Lisboa, António Álvares, 1633.
—, Coimbra, Viúva de Manoel de Carvalho, 1671.
—, Lisboa, Domingos Carneiro, 1684.
—, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1761.

Thesouro de pensamentos concionativos sobre a explicação dos Misterios  Sagrados, & Ceremonias Sanctas do Sanctissimo sacrificio da Missa, & significação das vestiduras sacerdotais com que elle se celebra, ordenado em forma de Dialogo entre hum Sacerdote, & seu Ministro, Lisboa, António Álvares, 1635.

Novelas exemplares, Lisboa, António Álvares, 1650 (Único exemplar conhecido : Biblioteca Apostólica Vaticana, Cota A. Zu. Ferraioli V. 1002)
—, António Craasbeck de Mello, 1670.
—, Lisboa, Domingos Carneiro, 1684.
—, Lisboa, Bernardo da Costa de Carvalho, 1700.
—, Lisboa, António Pedroso Galrão, 1722.
—, Lisboa, Herdeiros de António Pedroso Galrão, 1742.
—, Lisboa, Francisco Borges de Sousa, 1761.
—, Lisboa, Matias José Marques da Silva, 1847 (Cada novela em volume separado).

b) Sobre Gaspar Pires de Rebelo

MUHANA, Adma,
A Epopéia em prosa seiscentista, São Paulo: Editora UNESP, 1997.

PALMA-FERREIRA, João,
Novelistas e Contistas Portugueses dos Séculos XVII e XVIII, Lisboa: INCM, 1981, p. 107-111.
—,
Do Pícaro na Literatura Portuguesa, Lisboa: ICALP, Biblioteca Breve, 1981.

QUINT, Anne-Marie, «Gaspar Pires de Rebelo, explorateur de nouvelles voies romanesques au Portugal», in:
Mateo Alemán et les voies du roman au tournant des XVIe et XVIIe siècles, Les Cahiers FORELL: Université de Poitiers, 2001, p. 165-176.
—, Edition et notes de : Gaspar Pires de Rebelo,
O desgraciado amante, in: Mateo Alemán et les voies du roman au tournant des XVIe et XVIIe siècles, Les Cahiers FORELL: Université de Poitiers, 2001, p. 211-251.
—, «
Tragiques infortunes: Violence et transgression dans les romans de Gaspar Pires de Rebelo», in: Hommage au professeur Claude Maffre: Université Paul Valéry-Montpellier III, 2003.

TRULLEMANS, Ulla M.,
Huellas de la picaresca en Portugal, Madrid: "Ínsula", 1968.
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