Joana da Gama
Joana da Gama
Gonçalo Fernandes Trancoso
- o contista primeiro -
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Dicionário de escritores Portugueses esquecidos
Gonçalo Fernandes TRANCOSO
(n. Trancoso?, 1510?- m. Lisboa, 1580?)

Gonçalo FERNANDES TRANCOSO não é verdadeiramente um escritor português esquecido já que, depois de duas reedições sucessivas da sua obra principal,
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo, no fim do século XX, foi assunto de dois estudos universitários importantes e de vários artigos. Além disso, a expressão "casos (ou contos, ou histórias) do Trancoso", quase proverbial tanto no Brasil como em Portugal, prova até que ponto o nome dele tem sido popular no decorrer dos séculos. No entanto, a obra ainda é relativamente pouco conhecida do grande público.

Como no caso de muitos escritores do século XVI, os documentos de que dispomos sobre ele são muito poucos: algumas indicações autobiográficas dispersas pelos seus escritos, um decreto real publicado por Sousa Viterbo, e o privilégio concedido ao seu filho em 1585. A partir dessas fontes podemos situar certas etapas da sua vida. Por exemplo, no prólogo da primeira parte dos
Contos, dirigido à Rainha viúva D. Catarina, declara: «Ficando eu nesta cidade de Lisboa o ano de MDLXIX, […] a tempo que por causa da peste […] quasi todos seus moradores a despovoavam, […] perdi no terrestre naufrágio filha de XXIIII anos, que em amor e obras me era mãe, filho estudante, neto moço de coro da Sé. E para mais minha lástima perdi a mulher […].» Além disso, num passo da Regra Geral pera aprender a tirar pola mão…, ele nota (Cap. IX): «Este ano de 1565, estando em Santarém com dous religiosos do convento de Tomar, […] e um menino que eu ali tinha comigo que era de dez anos e meio […]». Os críticos pensam que este menino é um neto do autor, talvez o moço de coro da Sé que morreu em 1569. Estes dados permitem situar a data de nascimento de Trancoso com uma grande probabilidade no decênio de 1510. Sobre a naturalidade dele não se sabe nada, embora Barbosa Machado afirme na sua Bibliotheca Lusitana que era natural de Trancoso, na Beira Alta, sem mais prova disso que o patronímico do contista. Também não se sabe nada da sua formação: ele explica que o seu primeiro conto é «um exemplo que disse um Padre da Companhia que ensinava no Colégio de Santo Antão em Lisboa.» Ora os Jesuítas só chegaram a Lisboa depois de 1540, ano em que Trancoso era certamente adulto, e provavelmente casado já que ia ter um neto de uns 14 anos (?) em 1569. Portanto deve ter ouvido o exemplum citado num sermão e não numa aula. Também diz ser freguês de S. Pedro (Parte 1ª, conto I), e apesar de João Palma-Ferreira ter pensado que podia tratar-se de S. Pedro de Alcântara, a maioria dos estudiosos julga que a sua freguesia era S. Pedro da Alfama, em pleno centro de Lisboa. Trancoso dedica a sua Regra Geral pera aprender a tirar pola mão ao arcebispo de Lisboa, D. Jorge de Almeida, e os seus Contos à Rainha D. Catarina, viúva de D. João III, o que deixa supor que conhecia esses personagens, talvez por sua profissão. Além disso, algumas observações indicam que frequentava os meios religiosos (1ª parte, conto I ; parte 2ª, conto VI) e que viajou por Espanha (1ª parte, conto XVII). Também parece conhecer muito bem o funcionamento da justiça (1ª parte, conto XVI). O único documento oficial (encontrado por Sousa Viterbo e publicado em 1902) em que se alude a ele é uma carta real de 1575 em que é dado como fiador dum cidadão de Lisboa desterrado para Marrocos. Por fim, o privilégio real da edição de 1585 dos Contos é concedido a Afonso Fernandes Trancoso «por tempo de cinco anos mais além do tempo que foi concedido a Gregório (sic) Fernandes seu pai já falecido». Como o privilégio é datado de 10 de Janeiro de 1585, pode supor-se que Gonçalo Fernandes Trancoso morreu em 1584, talvez antes: ele que escapou à peste de 1569 pode ter sido vítima da de 1579, que se prolongou por dois anos e que matou Camões… Em tal caso, ao longo da sua existência teria conhecido três reinados: o de D. Manuel I, o de D. João III e o de D. Sebastião.

Deixou à posteridade dois livros muito diferentes um do outro. O primeiro,
Regra Geral pera aprender a tirar pola mão as festas mudaveis…, não pretende ser obra literária. Trata-se da exposição, acompanhada de desenhos explicativos, dum curioso método empírico destinado a conhecer a data das festas religiosas móveis, método conhecido e utilizado pelos marinheiros. O segundo livro, Contos & Histórias de Proveito & Exemplo, é a primeira colecção conhecida deste género em português.

Lembremos que em Itália, o conto, na sua acepção de narração breve e espontaneamente oral, despertou muito cedo o interesse dos escritores cultos. No seu
Decameron (1352), Giovanni Boccaccio recolhe relatos tradicionais ao lado de narrações históricas autênticas ou lendárias e de invenções da sua imaginação, oferecendo assim um paradigma à narração breve. A sua obra tem um sucesso considerável e vai servir de modelo ou pelo menos de referência a numerosos livros de Novelas em Itália e fora dela. Poggio (Gianfrancesco Poggio Bracciolini) escreveu umas Facécias (1438-1452) que circularam ao longo do século XV; e durante o século XVI, os contistas italianos – Gianfrancesco Straparola (1480 ?-1557 ?), Matteo Bandello (1485 ?-1561) e outros – são lidos e traduzidos em toda a Europa ocidental. Em França, entre as compilações mais conhecidas, podemos citar as Cent Nouvelles Nouvelles, oferecidas ao duque de Borgonha em 1462, ou o Heptameron de Marguerite de Navarre (1558-59). Nos países ibéricos, encontramos interessantes compilações de lendas e contos, como a colecção de apólogos recolhidos por Don Juan Manuel no seu Libro de los ejemplos del Conde Lucanor y de Patronio (1335), ou as lendas apologéticas que são contadas no Orto do Esposo (fim do séc. XIV). Mas as colecções modernas de relatos breves só aparecem na segunda metade do século XVI: em Espanha, são os livros de Juan de Timoneda, livreiro valenciano, sobretudo El Patrañuelo (1567); em Portugal, são os Contos e Histórias… de Gonçalo Fernandes Trancoso.

O livro de Trancoso, na sua versão completa, apresenta-se em três partes. As edições mais antigas que chegaram até nós são a de 1575 (Lisboa: António Gonçalves), a de 1585 (Lisboa: Marcos Borges. Ver ilustrações), a de 1594 (Lisboa: António Álvares) e a de 1595 (Lisboa: Simão Lopes). A de 1575, que consta de duas partes, traz um privilégio de 20 de Abril de 1571 para a primeira parte. Isto dá a pensar que esta parte talvez tivesse sido impressa separadamente, o que parece confirmar o prólogo da 2ª parte, em que Trancoso agradece a Rainha que lhe «fez a mercê de receber a primeira parte deste tratado, e [lhe] mandou parte do que custou o papel da impressão.». Não há rasto de tal edição, mas a tradução francesa de 10 contos só da 1ª parte, realizada por François de Rosset e publicada em Paris em 1620, é mais um indício a favor da sua existência. A de 1595 é a primeira que apresenta as três partes, as outras têm apenas as duas primeiras. No entanto, o privilégio concedido a Afonso Fernandes Trancoso em 1585 valia para as três partes e não se sabe por que motivo não chegou a imprimir-se então a terceira parte. Uma explicação plausível pode ser a necessidade de modificar os textos para evitar problemas com a censura que, em 1585, proíbe a impressão dos contos X da primeira parte, VII e X da segunda parte. Ora, o conto X da segunda parte é a continuação do X da primeira, e o autor anunciava uma continuação na terceira parte.

No texto mais completo de que dispomos, o livro tem 20 contos na primeira parte, 11 na segunda e 10 na terceira, ou seja 41 ao todo. Como as três partes têm aproximadamente a mesma extensão, é óbvio que os contos da 2ª e 3ª parte são em geral mais longos que os da 1ª. No prólogo da 1ª parte, Trancoso propõe uma classificação para os seus escritos, explicando que a primeira parte consta de: «contos de aventuras, histórias de proveito e exemplo, com alguns ditos de pessoas prudentes e graves». É interessante tal divisão. Não utiliza Trancoso o vocábulo
novela, comum entre os italianos, mas que aparece por primeira vez na Península Ibérica com as Novelas Ejemplares de Cervantes (1613). Ele limita aparentemente o uso do termo conto aos relatos de ficção, destinados antes de tudo a divertir o público. A palavra história parece designar narrações consideradas como autênticas ou pelo menos tradicionais, e como tais escolhidas pela sua exemplaridade moral ou prática. Por fim os ditos relacionam-se com um ramo da literatura aforística, que consiste em recolher frases notáveis, pela graça ou a sabedoria, proferidas por pessoas célebres, situando-as brevemente num contexto: por exemplo, no fim da sua Crónica de D. João II, Garcia de Resende reúne «ditos» do rei (cap. 184 a 201). Existem várias compilações, geralmente manuscritas, desses «ditos»; José Hermano Saraiva publicou recentemente uma delas (Ditos portugueses dignos de memória, Lisboa: Publicações Europa-América, s. d. [1980]).

Trancoso recolhe os seus relatos de várias fontes. Talvez não tenha inventado completamente nenhum. Menéndez Pelayo chamou a atenção para numerosos paralelismos com histórias que se encontram nas obras de contistas espanhóis contemporâneos; Teófilo Braga insistiu nas fontes italianas e nas fontes folclóricas. João Palma-Ferreira e Cristina Nobre desenvolvem detalhadamente essas análises. Mas o que é extremamente interessante é ver como Trancoso utiliza as fontes, que tipo de transposições ele opera, o trabalho de reescrita que elabora, o modo como intervém na narração: tudo isto põe em relevo o seu real talento de contista. Os paralelos que se podem estabelecer com outras colecções anteriores ou contemporâneas, em particular com as «patrañas» de Timoneda, provam que o Português dá aos seus contos traços muito pessoais, seja porque utilizou tradições diferentes, seja porque as trata com grande liberdade. Bom exemplo disto é o conto XVI da 1ª parte, que contém vários elementos idênticos aos da «Patraña 6ª» de Timoneda, mas inseridos numa história diferente e com coerência e eficácia narrativa maiores; outro exemplo: o conto I da 2ª parte lembra a «Gillette de Narbonne» de Boccaccio (9ª novela do 3º dia), mas o contexto é bem português, os protagonistas não pertencem ao meio aristocrático mas ao mundo do negócio marítimo, e a mulher que acaba por seduzir o próprio marido obedece à sogra e não age por iniciativa própria. Estas observações valem essencialmente para as duas primeiras partes, já que os contos da terceira se aproximam mais dos modelos italianos.

Todos os contos têm um título em duas partes, geralmente duas frases: a primeira apresenta-se como a sentença moral, ou o princípio moralizante, que vai ser demonstrado pelo relato seguinte; a segunda propõe o argumento de dito relato. Quase metade dos contos tem como cenário uma cidade, portuguesa (Lisboa, Coimbra), espanhola ou italiana, mas o cenário, nunca descrito, serve apenas de fundo às cenas em que actuam as personagens. Embora apareçam representantes de todas as classes sociais – reis, nobres, bispos e ermitãos, burgueses e camponeses –, os meios evocados com predilecção são os meios burgueses urbanos: artesãos, mercadores, gente que trabalha muito e se honra de trabalhar, mas também se diverte, que se revela muito afeiçoada à família, que se preocupa pelo futuro dos filhos, respeita as obrigações religiosas e sociais e participa dos preconceitos do tempo – por exemplo no que diz respeito aos cristãos novos.

Um traço notável é a tendência do narrador de intervir no relato para expressar a sua opinião sobre o que diz ou faz tal personagem. As suas reflexões são claramente moralizantes, e até chega a interromper o relato para desenvolver, num discurso comprido e argumentado, um assunto particular, por exemplo uma diatribe contra o suicídio no conto XVI da 1ª parte. A exemplaridade anunciada no título é portanto uma componente estrutural essencial na obra, caracterizada também pela abundância de provérbios citados ou de frases proverbiais.

Em conclusão, é preciso insistir na riqueza da obra deste pioneiro do conto literário em português. Embora manifeste uma verdadeira mestria na arte de contar e se revele capaz de manejar habilmente a retórica, ele não escreve apenas para a élite. Homem da cidade numa época em que os citadinos se divertem com os relatos tradicionais que se transmitem as gerações, muitas vezes com variantes, Trancoso quer agradar a um público urbano, e reúne contos populares, histórias cheias de imaginação e fantasia, e novelas autênticas, mais realistas, em que os leitores podem reconhecer as próprias preocupações quotidianas. Para nós, os contos de Trancoso são um testemunho excepcional sobre as mentalidades da época e a cultura das classes médias.


Como ilustração, transcrevemos a seguir o conto XI da 1ª parte.

Que nos mostra como os pobres com pouca cousa se alegram.
E é um dito que disse um homem pobre (*) a seus filhos.


Perto da cidade do Porto, onde chamam Paço de Sousa (**), havia um pobre homem que tinha seis crianças, entre filhos e filhas, de que alguns eram de 17 ou 18 anos, e dali para baixo; e tendo-os a todos derredor de si um serão, sobre ceia de boroa e castanha, derredor do lume contentes, olhou para eles, e viu-os tais, que o melhor arroupado, se tinha camisa, não tinha pelote (***), se pelote, sem mangas, e se mangas, sem fralda, e todos descalços e sem barrete nem coifa: assi que todos seis se cobriam com fato que para bem não bastava a um, e esse muito velho e esfarrapado, que quasi não prestava. E vendo-os tais, disse à molher:

— Ouvis, lembre-vos amanhã, se Deus quiser, que peçais a minha comadre Briolanja de Paiva ua quarta de linhaça (****) emprestada, semeá-la-emos, e com ajuda de Deus haveremos linho, de que façamos no verão caçotes (*****) para estes cachopos.

Os filhos tanto que o ouviram, saltando no ar, com muito prazer, diziam uns para os outros rindo:

— Ai, caçotes, mana, ai, caçotes!

Tanto riram e folgaram, estando ainda nus, que o pai disse:

— Oh, dou ò demo a canalha, que como se sentem vestidos não há quem possa com eles!



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Bibliografia

a) de Gonçalo FERNANDES TRANCOSO

(Indicamos apenas as edições quinhentistas localizadas e as edições mais importantes do século XX.)

TRANCOSO, Gonçalo Fernandes,
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo, [1ª e 2ª partes], Lisboa: António Gonçalves, 1575. (Edição fac-similada [Único exemplar conhecido: Biblioteca Oliveira Lima, Catholic University of America, Washington, U.S.A.] com introdução de João Palma-Ferreira, Lisboa : Biblioteca Nacional, 1982).

—,
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo, [1ª e 2ª partes], Lisboa: Marcos Borges, 1585 [Três exemplares conhecidos: Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa, Biblioteca Apostolica do Vaticano, Biblioteca Nacional de Paris].

—,
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo, [1ª e 2ª partes], Lisboa: António Álvares, 1589 [Único exemplar conhecido: Biblioteca do Congresso dos E.U.A.]

—,
Primeira, segunda, e terceira parte dos Contos & Historias de Proveito & Exemplo, [Lisboa]: Simão Lopes, 1595 [Único exemplar conhecido: Biblioteca Pública de Évora].

—,
Regra Geral pera aprender a tirar pola mão as festas mudaveis que vem no anno, a qual ainda que he arte antiga esta per termos mui claros novamente escrita por Gonçalo Fernandez Tranquoso: & dirigida aho Illustrissimo & Reverendissimo Sñor Dom Jorge Dameida (sic) Arcebispo de Lisboa, [Lisboa]: em Casa de Francisco Correa, 1570. (Reproduzido em Boletim da Biblioteca da Universidade de Coimbra, Vol. VII, 1925, p. 141-210).

—,
Histórias de Proveito e Exemplo, Antologia portuguesa organizada por Agostinho de Campos, Lisboa: Bertrand, 1921

—,
Contos e Histórias de Proveito e Exemplo (Texto integral conforme à edição de Lisboa de 1624), Prefácio, leitura de texto, glossário e notas por João Palma-Ferreira, Lisboa: INCM, 1974.


b) sobre Gonçalo FERNANDES TRANCOSO

BERARDINELLI, Cleonice, «Um
best-seller do século XVI», Estudos de Literatura Portuguesa, Lisboa: INCM, 1985.

BRAGA, Teófilo,
Contos Tradicionais do Povo Português, Lisboa, 2ª ed. ampliada, 1914-1915 (Nova edição, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987, 2 vol.).

DONATI, Cesarina, «Trancoso traduttore di Timoneda»,
Arquipélago, n° V, Revista da Universidade dos Açores, Série Ciências Humanas, Ponta Delgada, 1983, p. 65-94.

FERREIRA, João PALMA,
Novelistas e Contistas Portugueses do século XVI, Lisboa: INCM, 1982.

—,
Obscuros e marginados, Lisboa: INCM, 1980.

MENÉNDEZ y PELAYO, Marcelino,
Orígenes de la novela, Madrid: CSIC, 1943.

MIMOSO, Anabela, «
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo. Uma obra exemplar», Línguas e Literaturas, Revista da Faculdade de Letras do Porto, Vol. XV, 1998, p. 259-329.

NOBRE, Cristina,
Um texto instrutivo do século XVI de Gonçalo Fernandes Trancoso, Leiria: Magno Edições, 1999.

QUINT, Anne-Marie, «Scènes de la vie urbaine dans les
Contos & Histórias de Proveito & Exemplo de Gonçalo Fernandes Trancoso», Le conte et la ville, Cahiers du CREPAL n° 5, Paris: PSN, 1998, p. 101-117.

—, «François de Rosset traducteur de Trancoso», à paraître dans
Hommage au Professeur Augustin Redondo, Paris: PSN, 2003.

VASCONCELOS, José LEITE de, «Um Trancosano ilustre»,
Revista Lusitana. Arquivo de estudos filológicos e etnológicos relativos a Portugal, vol. XXIII, Lisboa, 1920, p. 233-245.

VITERBO, SOUSA, «Materiais para o estudo da paremiografia portuguesa»,
Revista Lusitana, Vol. VII, Lisboa, 1902, p. 97-103.


(por Anne-Marie QUINT, Universidade Sorbonne Nouvelle-Paris III)
Entrada por Anne-Marie Quint,
Universidade Sorbonne Nouvelle-Paris III

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O texto e todas as reproduções © 2003 Anne-Marie Quint
(**) Vila situada a 32 km a Leste do Porto, à beira do rio Sousa. Na igreja románica está o túmulo de Egas Moniz, o leal servidor de Afonso Henriques.
(***) "Vestuário de grandes abas que se trazia por baixo da capa, com ou sem mangas".
(****) A "quarta" é a quarta parte do alqueire, ou seja de 3,45 l (no Norte) a 5 l, segundo as regiões. A "linhaça" é a semente de linho.
(*****) "Saio antigo de pano grosso".
(*)[prove] na ed. de 1575.
Primeira portada da edição de 1585
Ilustração da edição de 1585
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