Fatos da História

Hope - A maldição do diamante

Poderá o portador de uma jóia roubada num templo indiano provocar a ira de um deus? As catástrofes que atingiram os vários possuidores do diamante Hope parecem sugerir essa possibilidade.

Desconhece-se o destino da pessoa que arrancou o diamante do seu local original, no templo do poderoso e vingativo deus Rama Sitra, em Mandala, na Birmânia. Contudo, sabe-se que o comerciante francês Jean-Baptiste Tavernier, que retirou o diamante de 44,5 quilates do Oriente e o trouxe consigo, acabou por enfrentar um fim horrível. Desapareceu durante uma viagem de comércio à Rússia e seus restos foram descobertos na Sibéria, onde os cães tinham andado a roer-lhe os ossos.

A Mudança de mãos e a má sorte

Em 1668, Tavernier vendera o diamante a Luís XIV, rei de França, que mandou lapidar com a forma de um coração para oferecer à sua amante, Madame de Montespan. Esta acabou por ficar desgraçada durante um escândalo de magia negra e o diamante foi devolvido para ir ocupar um lugar na coleção de jóias.

Rei Luiz XIV

Depois de Maria Antonieta, a esposa de Luís XVI, o ter usado e de acabar na guilhotina em 1793 durante a Revolução Francesa, o diamante voltou novamente a aparecer em 1830, em Amsterdão, onde um lapidador holandês de diamantes chamado de Wilhelm Fals deu a forma de hoje. O filho do próprio Fals ficou tão encantado com a pedra que acabou por ficar com ela e fugir para Londres. Aí chegado, a sua consciência levou a melhor e enforcou-se durante um ataque de remorsos.

Maria Antonieta

O diamante foi devolvido a Wilhelm, que alguns anos depois o vendeu a um banqueiro anglo-irlandês, Henry Philip Hope. Henry deu o seu nome à pedra e nada sofreu antes de oferecer ao sobrinho, Lorde Francis Hope. A maldição foi mais uma vez ativada e o casamento do Lorde desfez-se. A sua esposa, Mary, afirmou que a culpa fora do diamante e previu, com alguma precisão, muitas desgraças para seus futuros possuidores.

Assassinato e Loucura

Em 1940, o diamante foi comprado pelo corretor francês Jaccques Colot, que enlouqueceu e cometeu suicídio num asilo, não sem antes ter vendido a um nobre russo, o príncipe Kanilovsky. Este ofereceu-o à sua amante, Mademoiselle Ladue, uma atriz das “Folies-Bergères”, em Paris. Contudo, mais tarde, matou-a a tiro – embora ninguém saiba porquê – para pouco depois ser apunhalado em plena rua.

Lord Henry Philips Hope. Milionário que deu seu nome ao diamante amaldiçoado.

O comerciante Habib Bey esperava obter um bom lucro quando vendeu o diamante... mas infelizmente afogou-se antes de conseguir receber o dinheiro. O proprietário seguinte foi o comerciante grego Simon Montharides. Contudo, logo que o vendeu, o seu cavalo e carruagem mergulharam num penhasco, matando-o ele, à esposa e ao filho.

Pouco depois, Abdull Hamid III, sultão da Turquia, comprou o diamante Hope e uma revolta na Turquia, em 1909, fez desaparecer o sultanato. Pierre Cartier, da famosa família de joalheiros, comprou a pedra e vendeu-a sem incidentes a Evalyn Walsh McLean, filha de um milionário das minas e esposa do editor Ned McLean. O diamante custou-lhe 40.000 dólares e sua compra anunciou um período calamitoso que a tornou infeliz para o resto de seus dias.

Um ano depois de comprar o diamante, o filho de oito anos de Evalyn, Vinson foi morto por um automóvel num estranho acidente. Afetado pela tragédia, Ned McLean começou a beber e acabou por morrer num asilo. Em 1946, a filha da casal morreu de uma dose excessiva de comprimidos para dormir.

Quando da sua morte em 1947, Evalyn deixou a fatídica jóia aos seus seis netos. Dois anos mais tarde, foi comprada por um negociante e oferecido ao Instituto Smithsonian, em Washington. Mesmo assim, quando uma neta de Evalyn McLean foi encontrada morta em sua casa no Texas, em Dezembro de 1967, depois de ter bebido um coquetel de álcool e drogas, a pedra preciosa ficou novamente sob suspeita.

Como funcionam as maldições?

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diamante hope

Tal como muita gente sabe, as tradicionais maldições de Vodu envolvem alfinetes espetados em imagens de cera e a récita de encantamentos. Presume-se que a malevolência, invocada na mente da pessoa que executa a maldição, influenciará fisicamente o corpo da vítima.

Mais freqüentemente, o poder de sugestão é o suficiente para produzir os efeitos desejados. Em muitas tribos, os que sabem que foram amaldiçoados limitam-se a deitarem-se e morrer, sentindo-se impotentes face a um tal poder.

O investigador psíquico Peter Underwood acredita que um pensamento pode ser impresso num objeto ou pessoa, e ser apercebido por outros. Para finalizar, a intervenção de espíritos malignos também pode iniciar uma maldição.

Artigo: Márcio Domenes

 

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