Um Serial Killer da Idade Média
Herói
de guerra francês do século XV, Gilles foi o pior matador
medieval da Europa. Aliado de Joana D'Arc durante a Guerra dos Cem Anos,
era expert em retirar ingleses da França. Depois de ser nomeado
Marechal da França pelo Rei Charles VII, estabeleceu-se na Bretanha,
onde dirigiu seus heróicos impulsos para torturar e assassinar.
Gostava principalmente de matar meninos, que eram sodomizados e depois
decapitados. Também divertia-se observando seus servos "destrinchando"
os corpos dos meninos e masturbava-se sobre suas entranhas.
Pelo fato de ser barão,
ninguém associou o desaparecimento de meninos nas redondezas
de seu castelo com a sua pessoa. Era patrono das artes, além
de praticar magia negra e alquimia. Seu reinado de terror só
terminou quando o Duque da Bretanha encontrou restos mortais mutilados
de 50 meninos em seu castelo. Ele confessou ter assassinado 140 garotos,
mas acredita-se que este número deve ser maior que 300. Em 1440,
Gilles foi enforcado e queimado simultaneamente. Seus dois cúmplices
e servos foram queimados vivos.
fonte:
Serial Killer
Processo de Inquisição de Gilles
No dia 19 de setembro, festa
da Exaltação da Verdadeira Cruz, do ano da graça
de 1440, tem começo um dos mais emblemáticos processos
dos estertores da Idade Média. O acusado é Gilles de Rais,
homem temente a Deus, primeiro barão da Bretanha, marechal de
França, grande feudatário, companheiro de armas de Joana
d'Arc em uma guerra liber-tadora. Jean de Malestroit, bispo de Nantes,
cita o marechal de França para que compareça a seu tribunal.
Formalmente,
Gilles de Rais é acusado de crimes contra a fé: pactos
demoníacos sob a alçada da heresia, sodomia de caráter
sacrílego, violação de privilégios eclesiásticos.
Há uma outra acusação, esta de caráter secundário:
o rapto e assassinato de 140 crianças. (Estes são os termos
do processo: historiadores falam de algo em torno a 600 vítimas).
No libelo de acusação, de 15 páginas e 49 artigos,
os crimes só são arrolados no 27º item.
Gilles de Rais tem na época
34 anos. Dez dias antes de sua prisão, João V, duque da
Bretanha fez, diante de um notário, a doação das
terras, castelos e fortalezas de Gilles - após a sua morte -
a seu filho, visto que ele próprio não podia herdar de
um vassalo. Antes do julgamento, Gilles já está condenado.
Cinco dias antes, Gilles recebera
o pior castigo que pode golpear um católico: havia sido excomungado.
Aceita tranqüilamente a idéia de morte, diz o historiador
Claude Bertin. Mas não consegue suportar a expulsão da
Igreja, ficar à margem de Deus. Basicamente, o tribunal de Nantes
o acusa de herege, reincidente, apóstata, evocador de demônios,
de ter ofendido a Deus, de ter pecado contra os mandamentos do Decálogo,
os ritos e observâncias da Santa Igreja e, por último,
de ter praticado a sodomia com crianças antes de as matar e queimar.
Gilles chora e pede perdão quando se sabe excomungado de sua
Igreja. Quanto aos assassinatos, ele os confessa sem maiores remorsos:
"Não
procurei senão o meu deleite carnal. Por que razão, nesta
hora em que já estou desligado de tudo quanto é terrestre
vos ocultaria que ao praticar sodomia, ao matar e reduzir a pó
tantas belas crianças, não fiz mais do que procurar a
alegria que me davam os seus corpos quentes primeiro, depois gelados
entre meus braços? Por que razão vos ocultaria eu que
essa alegria se prolongava ainda quando, com as minhas mãos esquartejava,
como animais no matadouro, aqueles que acabava de amar, que sentir o
odor de sua carne queimada me lançava numa forma de desmaio?"
Suas vítimas são
sempre crianças, de ambos os sexos: "Eu
os estrangulava. Quando eles desfaleciam, praticava neles o vício
da sodomia. Quando estavam mortos, beijava nos lábios alguns
dos rostos mais bonitos".
Após uma extensa e minuciosa confissão de seus crimes,
o marechal de França recebe um aceno de esperança do bispo
de Nantes: "Queres agora, abominando
teus erros, tuas evocações e teus outros crimes, que te
fizeram sair da fé católica, ser reincorporado na Igreja,
tua Mãe, entregando-te de novo a ela?"
Gilles, de joelhos, mal consegue acreditar no que ouve. Chora e suspira.
Ante tais demonstrações de arrependimento, os juizes eclesiásticos
decidem readmitir na Igreja o marechal, restituindo-lhe todos os direitos
que perdera com a heresia. Sempre de joelhos, Gilles pede humildemente
a anulação de sua excomunhão. "Pelo amor
de Deus", Jean de Malestroit, o bispo de Nantes, absolve Gilles
de todos seus crimes, reintegra o marechal na congregação
dos fiéis católicos e o admite na participação
dos sacramentos. O trabalho do tribunal eclesiástico está
encerrado: "Vai em paz, monsenhor de
Rais. Daqui pela frente, a Igreja nada mais pode fazer por ti nem contra
ti. Te abandona ao braço secular".
Gilles escapou à excomunhão eterna, a mais terrível
das penas espirituais para um católico. O braço secular
- o tribunal civil - em sua complacência, após torturá-lo,
o condena à forca e à fogueira. Mas Gilles já está
confortado com a absolvição religiosa. A forca é
o de menos. A morte o atrai mais do que o aterroriza - escreve Bertin
- pois seu caráter exemplar lhe permitirá viver eternamente.
Boa parte da multidão que acompanha o processo pede misericórdia
para Gilles de Rais. Dada sua condição de nobre, foi poupado
da fogueira. Sua tumba foi profanada em 1793. No lugar de seu suplício,
ergueu-se mais tarde um calvário, que logo se tornou ponto de
peregrinação de mulheres grávidas, ou daquelas
que, tendo parido, desejavam ter leite abundante. A cruz de granito
que ornava o calvário desapareceu em 1744. Mas ainda no século
passado, ali se cultuava a Boa Virgem de Cria-Leite.
Curiosidade:
Barão:
demônio criado sob as instruções do barão
Gilles de Rais ( 1404-1440) o intruia a sacrificar mãos e corações
de criancinhas para obter o segredo da pedra filosofal, ou seja, descobrir
a maneira de transformar metais em ouro.
Fonte: coleta
de pesquisa do autor do site
Saiba Mais:
Site:
http://www.vampyrbibliothek.de/gilles_de_rais.htm
(alemão)