A
seção “Arte Oculta”
é uma reformulação da antiga seção
“Autores Ocultos”. Resolvemos reformular essa seção
devido às várias formas artísticas existentes.
Desejamos com essa nova seção abordar a criatividade e
os vários pontos de vistas que a arte nos propõe, deixando
de lado os tabus existentes referentes à forma de expressão
e o que é expresso. Sem falar nos vários trabalhos que
recebo e não seria possível expor com a proposta da seção
anterior.
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Charles
Baudelaire |
E
o que é a arte se não a libertação do inconcebível,
a expressão dos sentimentos, um livre pensamento do espírito
e um grito contra opressão e o preconceito. Quando chega o momento
que vemos que há regras para definir o que fazemos ou julgar
o que pensamos, surge a arte oculta, melhor dizendo, underground. Através
dela que dizemos “que ainda somos livres para sentir e pensar”
sem estarmos presos a conceitos sociais ou filosóficos.
Na
literatura temos vários autores que rasgaram a “falsa utopia
do amor perfeito”, provando que este sentimento existe, mas não
devemos consumi-lo com afinco sem termos noção da realidade
a nossa volta. Seus escritos foram considerados obscuros, góticos;
outros por sua vez assustadores e pessimistas. Mas tanto na poesia como
nas sombrias linhas de um conto, esses autores trilhavam o imaginário,
criando uma ponte entre o “fantástico e imaginário”
e o mundo “realista e cruel” de nossa realidade.
Expressando
o profundo fosso da alma humana (Charles
Baudelaire com "Flores do mal" e "Paraíso
artificial".) eles superavam as agruras da realidade
criando atmosferas, seres e lugares inexistentes (“Nas
Montanhas da Loucura” – H.P Lovecraft). Provando
que a crueldade da humanidade poderia ser superada e abafada por uma
criatividade maior.
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Annah
Hutchings |
Não
é difícil entender por que tais escritores são
vistos como “ocultos” ou “obscuros” (“O
castelo de Otranto” - Horace Walpole), pois desde
os primórdios da história fomos “doutrinados”
a omitir nossos pensamentos, idéias, desejos e sentimentos. Sempre
tivemos que nos manter na sombra do “correto”. Na verdade
nunca tivemos a chance de definir por contra própria o que é
“correto” e “errado”, (Cecília
Meireles - "Espectros".) sempre tivemos uma
definição pronta para consumir. Então derrepente
surgem pessoas que não dizem o que você deve pensar ou
fazer, (Charles
Nodier - " Os demônios da noite".) mas
sim deixam oportunidades para você refletir sobre novas perspectivas
e visões (Elogios a Loucura
– Erasmo de Roterdam). Para a idéia modista e exata
de “verdade” isso soa como algo perigoso e proibido, assim
surge a idéia de “escritores ocultos” ou “malditos”.
Além
da idéia e expressão de grandes escritores, abordaremos
a arte daqueles que souberam e sabem expressar seus pensamentos através
da pintura e desenho. Ocultos a grande mídia eles nos trazem
novas perspectivas de vista; como as pinturas de Boris
Vallejo, expressando o fantástico, mitológico
e imaginável; ou os desenhos metálicos e eróticos
de Sorayama, quebrando
o tabu do desejo e libido.
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Boris
Vallejo |
Essa
é a intenção da nova seção “Arte
Oculta”, esperamos cumprir a promessa nas próximas atualizações.
Você caro amigo leitor do Histórias Ocultas está
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Artigo
por: Domenium
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