A relação entre a lenda do lobisomem e do vampiro é
evidenciada nos relatos históricos nos quais seres suspeitos
de licantropia (maldição que transforma homens em seres
metade humano metade lobo, o famoso Lobisomen
eram queimados após sua morte para evitar sua possível
conversão em vampiros.
Nos séculos passados, na Normandia, os túmulos eram
vigiados pelos sacerdotes quando es declarava uma epidemia de lobisomens.
Eliphas Levi, em seu
livro A HISTORY OF MAGIC (1913) afirma que a licantropia (processo
em que a pessoa se transforma de humano em lobisomem) é um
processo de desdobramento astral da personalidade, no qual enquanto
o indivíduo dorme sonhando que é lobo, seu corpo astral
implora por carne pelos caminhos e cemitérios. Se o corpo astral
for ferido ou assassinado por instrumento de prata,o adormecido aparece
igualmente ferido ou morto.
No
século XVI, centenas de pessoas inocentes sob suspeita de licantropia
foram despedaçadas numa tentativa de deixar a descoberto a
pele do lobo, visto que em algumas crenças pensava-se que alguns
homens tinham o poder de virar sua pele do avesso ou de arrancá-la
para transformar-se em lobo (vide filme A
Companhia dos Lobos(1984) de Neil Jordan ).
Mas
quando estas lendas começaram a ser questionadas como tal?
Quando estas se tornam parte do folclore de uma variedade de povos
não se descarta a possibilidade de um tipo de realidade desconhecida
cujos efeitos se constatam em todas as épocas.
Em busca de que estes seres se introduzem nesse mundo? Em todas as
civilizações e culturas sempre existiram a crença
no poder do invisível, emanando disto os cultos e cerimônias
fúnebres , como as precauções que cada cultura
criou para prevenir-se das atuações maléficas
desses seres.
Em
todas as religiões pré-históricas e megalíticas,
entre estas as mais significativas como a civilização
egípcia e os Incas, na África , Austrália e mesmo
em algumas tribos indígenas brasileiras, os rituais tem por
finalidade manter as almas dos mortos presas no esqueleto, no cadáver
mumificado , ou até numa pedra (menhir) para que não
volte e vampirize os familiares vivos.
Os mitos
originais dizem que demônios tem corpos etéreos que “ardem
de desejos de prazeres carnais e se deleitam com o sangue e o aroma
dos manjares”,o que nos remete a um tipo especial de vampiro,
os ínccubus (masculino) e succubus (feminino), que visitam
os adormecidos, incitando-lhes sonhos eróticos e copulando
com estes durante o sono, enquanto sugam seu sangue.
E
em que se fundamenta o temor de varias culturas que não tiveram
contato umas com as outras de que seus mortos voltassem para flagelar
os vivos e tomar-lhes o sangue, a carne ou a força vital?
A
crença no lobisomem é tão antiga que é
citada por escritores latinos,os quais citam fontes ainda mais remotas.
O fato de estender-se pelos países de origem céltica
(Bretanha, Gáles e Galícia), mostra porque desde tempos
antigos o personagem homem-lobo se converteu em um ícone literário
de êxito,tanto que até o século XIV pessoas foram
levadas a julgamento sob acusação de licantropia. Maria
de França e até Miguel de Cervantes (em “ Os Trabalhos
de Persiles e Sigesmunda”) dedicaram obras ao mito. Enquanto
o mito vampírico teve seu berço nas crenças populares
dos Bálcãs e Europa Central . Entre os séculos
XII e XIV houveram ondas de histeria e terror da “Epidemia de
Vampiros” que acreditava-se estar assolando o território
nessa época.
Os
Sepultados Vivos
Para
os nativos dos países da Europa do Leste, era usual exumar
os mortos para comprovar se a alma do féretro havia ascendido
ou descendido. Temia-se que os defuntos incapazes de alcançar
o Paraíso se dispunham a vagar buscando o sangue para manter-se
em uma vida sub-humana. Aqueles que emergem das sepulturas e sugam
os vivos são conhecidos sob o nome de vampiros.
Devido aos precários métodos de diagnóstico de
verificação da morte, muitas pessoas eram sepultadas
vivas ,e ao serem exumadas , encontrava-se o corpo em posição
diferente da que fora sepultado, freqüentemente com o rosto para
baixo ( devido aos últimos esforços para aspirar maior
quantidade de ar restante dentro do ataúde fechado ).Enquanto
durava o período de asfixia,o sepultado mordia os próprios
lábios e dedos até sangrar, motivo pelo qual no forro
interior apareciam coágulos de sangue, o que conferia ao infortunado
a acusação de “vampiro chupador de sangue”.
Matéria
por:
Darkestsheevah
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Bibliografia: As
Ciências Proibidas – Enciclopédia do Ocultismo
(1987)