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“Os vampiros saem de suas sepulturas pela noite, atacam as pessoas que dormem apacíveis,nas suas camas ,extraem todo o sangue de seu corpo e as destroem.perseguem homens mulheres e crianças sem que lhe importe nem idade nem sexo.Aqueles que se encontram sob sua maléfica influência sentem asfixia uma total falta de alegria,após a qual advém a morte.Algumas pessoas a quem se perguntou,pouco antes de falecer, pelas causas que lhes obrigavam a abandonar o mundo dos vivos, responderam que pessoas recentemente falecidas haviam abandonado suas tumbas para atormentar-lhes.” Dissertatio de Vampiris Seruiensibus (John Heinrich Zopfius- Alemanha / 1733)


A relação entre a lenda do lobisomem e do vampiro é evidenciada nos relatos históricos nos quais seres suspeitos de licantropia (maldição que transforma homens em seres metade humano metade lobo, o famoso Lobisomen eram queimados após sua morte para evitar sua possível conversão em vampiros.


Nos séculos passados, na Normandia, os túmulos eram vigiados pelos sacerdotes quando es declarava uma epidemia de lobisomens.
Eliphas Levi, em seu livro A HISTORY OF MAGIC (1913) afirma que a licantropia (processo em que a pessoa se transforma de humano em lobisomem) é um processo de desdobramento astral da personalidade, no qual enquanto o indivíduo dorme sonhando que é lobo, seu corpo astral implora por carne pelos caminhos e cemitérios. Se o corpo astral for ferido ou assassinado por instrumento de prata,o adormecido aparece igualmente ferido ou morto.

No século XVI, centenas de pessoas inocentes sob suspeita de licantropia foram despedaçadas numa tentativa de deixar a descoberto a pele do lobo, visto que em algumas crenças pensava-se que alguns homens tinham o poder de virar sua pele do avesso ou de arrancá-la para transformar-se em lobo (vide filme A Companhia dos Lobos(1984) de Neil Jordan ).

Mas quando estas lendas começaram a ser questionadas como tal? Quando estas se tornam parte do folclore de uma variedade de povos não se descarta a possibilidade de um tipo de realidade desconhecida cujos efeitos se constatam em todas as épocas.
Em busca de que estes seres se introduzem nesse mundo? Em todas as civilizações e culturas sempre existiram a crença no poder do invisível, emanando disto os cultos e cerimônias fúnebres , como as precauções que cada cultura criou para prevenir-se das atuações maléficas desses seres.

Em todas as religiões pré-históricas e megalíticas, entre estas as mais significativas como a civilização egípcia e os Incas, na África , Austrália e mesmo em algumas tribos indígenas brasileiras, os rituais tem por finalidade manter as almas dos mortos presas no esqueleto, no cadáver mumificado , ou até numa pedra (menhir) para que não volte e vampirize os familiares vivos.
Os mitos originais dizem que demônios tem corpos etéreos que “ardem de desejos de prazeres carnais e se deleitam com o sangue e o aroma dos manjares”,o que nos remete a um tipo especial de vampiro, os ínccubus (masculino) e succubus (feminino), que visitam os adormecidos, incitando-lhes sonhos eróticos e copulando com estes durante o sono, enquanto sugam seu sangue.

E em que se fundamenta o temor de varias culturas que não tiveram contato umas com as outras de que seus mortos voltassem para flagelar os vivos e tomar-lhes o sangue, a carne ou a força vital?

A crença no lobisomem é tão antiga que é citada por escritores latinos,os quais citam fontes ainda mais remotas. O fato de estender-se pelos países de origem céltica (Bretanha, Gáles e Galícia), mostra porque desde tempos antigos o personagem homem-lobo se converteu em um ícone literário de êxito,tanto que até o século XIV pessoas foram levadas a julgamento sob acusação de licantropia. Maria de França e até Miguel de Cervantes (em “ Os Trabalhos de Persiles e Sigesmunda”) dedicaram obras ao mito. Enquanto o mito vampírico teve seu berço nas crenças populares dos Bálcãs e Europa Central . Entre os séculos XII e XIV houveram ondas de histeria e terror da “Epidemia de Vampiros” que acreditava-se estar assolando o território nessa época.


Os Sepultados Vivos

Para os nativos dos países da Europa do Leste, era usual exumar os mortos para comprovar se a alma do féretro havia ascendido ou descendido. Temia-se que os defuntos incapazes de alcançar o Paraíso se dispunham a vagar buscando o sangue para manter-se em uma vida sub-humana. Aqueles que emergem das sepulturas e sugam os vivos são conhecidos sob o nome de vampiros.


Devido aos precários métodos de diagnóstico de verificação da morte, muitas pessoas eram sepultadas vivas ,e ao serem exumadas , encontrava-se o corpo em posição diferente da que fora sepultado, freqüentemente com o rosto para baixo ( devido aos últimos esforços para aspirar maior quantidade de ar restante dentro do ataúde fechado ).Enquanto durava o período de asfixia,o sepultado mordia os próprios lábios e dedos até sangrar, motivo pelo qual no forro interior apareciam coágulos de sangue, o que conferia ao infortunado a acusação de “vampiro chupador de sangue”.

Matéria por: Darkestsheevah
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Bibliografia: As Ciências Proibidas – Enciclopédia do Ocultismo (1987)

 

 

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