Artigos

Enigmas da Humanidade

I Parte

Entre as areias dos tempos e os vestígios do passado há fatos e acontecimentos sem respostas, os conhecidos Enigmas da Humanidade: Civilizações perdidas, tribos extintas, lugares peculiares, criaturas estranhas, vida no interior da terra, redutores de cabeças, linhas de nazca...

Apesar de toda a tecnologia disponível a serviço do homem, muitos desses acontecimentos continuam sendo verdadeiros enigmas, fatos sem respostas. Por isso o Histórias Ocultas trará uma série de Artigos relatando as dúvidas existentes, os diversos Enigmas da Humanidade.

O holandês Errante

Ao longo das histórias do mar, navios que zarparam até destinos longínquos naufragaram, vencidas pelas forças da natureza. Algumas não foram parar ao imenso cemitério das profundidades e continuam sulcando incansavelmente os mares, muitos marinheiros afirmam ser testemunhas de numerosas aparições. A mais célebre entre elas é a do jovem duque de York, o futuro rei Jorge V de Inglaterra...

Um Testemunho Prestigioso

O rei Jorge V, quando ainda era herdeiro do trono, foi uma das principais testemunhas a bordo do Bacchante, que viu o Holandês errante.

....O duque, então com 16 anos, navegava como alferes da Royal Navy, a bordo da Bacchante, dando a volta ao mundo. Na noite de 11 de Julho de 1881, enquanto a navio se encontrava perto das costas australianas, uma luz brilha repentinamente na obscuridade e, a 200 metros mais ou menos, surge cortando-lhe o caminho um bergantim, rodeado por um clarão vermelho sinistro.. Os mastros e vergas do buque fantasma destacavam-se claramente nesta estranha luz florescente.

O alferes de turno é enviado de imediato ao castelo da proa, mas o buque já tinha desaparecido misteriosamente na penumbra e o homem não pôde ver nada. O duque de York e 12 membros da tripulação foram os incrédulos espectadores deste estranho fenômeno. O futuro Jorge V estava persuadido de ter visto o célebre Holandês errante, embora o tipo de barco não correspondesse por inteiro. Nessa mesma noite, contam que o marinheiro que foi o primeiro a ver o tal barco, caiu de um dos mastros e morreu. Algumas semanas depois morreu o almirante da frota. Para alguns, estes acontecimentos dramáticos estariam relacionados com a estranha visão, já que nunca se encontrou, até hoje, uma explicação racional sobre o assunto

 

A história do Holandês errante teve uma grande transcendência literária e musical. Aqui uma representação da ópera se Richard Wagner, "o navio fantasma".

A lenda do barco fantasma comandado por um "holandês errante" tem a sua origem no século XVII, mas varia conforme as versões. Numa delas, o comandante do barco - o" holandês" - seria um capitão chamado Barent Fokke que viveu em Amsterdam no ano de 1650. Era célebre entre os marinheiros pelos seus ataques de cólera e orgias. O seu barco era o mais veloz de todos ; fazia uma viagem entre Amsterdam e Batavia somente em três meses e, para muitos, só explicável por uma intervenção do diabo. Assim, quando desapareceu no mar, nasceu a tradição que ele há de percorrer para sempre o oceano, como uma maldição, por ter feito um pacto igual ao de Fausto. Em outra versões, o triste herói da lenda é o capitão Van der Staten, quem sofre o mesmo castigo por ter zarpado numa Sexta Feira Santa.

Mas a lenda mais difundida é a do capitão Van der Decken, que navegava a bordo do seu barco desde a Holanda até às Indias Orientais, quando uma violenta tempestade estalou por alturas do Cabo de Boa Esperança. Confiando em seus dons de navegante e pese as súplicas da sua tripulação, Van der Decken provoca com arrogância o Todo-poderoso que trata de fazê-lo naufragar. Consegue escapar mas, em castigo pela sua blasfêmia, é condenado a navegar eternamente pelos mares.

A história foi contada oralmente durante séculos, antes que o poeta alemão Heinrich Heine a tenha escrito em 1830. Nesta versão, o marinheiro errante é libertado da sua maldição por amor de uma mulher que aceita morrer para que ele encontre repouso. E o buque de velas vermelhas é, finalmente, tragado pelas águas...Richard Wagner inspira-se neste texto para compor, em 1843, a sua ópera O Navio Fantasma.

As Aparições do Holandês Errante

Em 1887 a tripulação do navio norte-americano Orion que fazia a rota de São Francisco até à China, até que avistam um antigo veleiro de três mastros iluminado por uma estanha luz branca. A navio acerca-se um instante e desaparece de repente, aproveitando o momento em que as nuvens tapam a luz da lua. Ainda que soprando um vento muito forte, leva as velas todas içadas.

Em 1939 um barco semelhante é visto desde terra firme por uma centena de pessoas que se encontravam numa praia da África do Sul, a sueste do cabo. A navio, que tinha sempre as velas desfraldadas, cruzou velozmente o mar, ainda que não corresse uma brisa, ele desapareceu misteriosamente. Em 1942, em Mouille Point, perto do Cabo, avista-se mais uma vez a silhueta do estanho veleiro de três mastros, enquanto se acerca da baía. De ali em diante, as suas aparições escasseiam. A era dos barcos modernos parece ter dado o golpe fatal a um certo romantismo das histórias do mar.


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