Foram
encontrados, algumas décadas após a morte de Jesus, uma
certa quantidade de pergaminhos que continham o livro do Apocalipse
assinados por João. Curiosamente, ele nunca menciona ter sido
apóstolo do filho de Deus. Um
especialista em escrita analisou os pergaminhos e concluiu que o quarto
evangelho e os pergaminhos apocalípticos não foram escritos
pela mesma pessoa, devido à sucessão de divergências
no uso de palavras e expressões.
O autor descreve visões de anjos e seres
demoníacos ( o que para os padrões da época,
eram imagens muito medonhas), de um modo que parece ter escrito para
que o documento fosse lido para uma platéia, para ouvintes.Dados
estes fazem supor que João era um líder de uma congregação.Na
época era comum provocar transes controlados para receber visões,
que guiariam sua comunidade do século I. Especula-se que ele
tenha sido prisioneiro na Ilha de Patmos,
em virtude da sua crença cristã. Ele enviava seus documentos
às suas igrejas com tranquilidade, porque na época a única
restrição para os exilados era manter-se na Ilha.
Há
muita raiva e desejo de justiça nas páginas do apocalipse,
originado nas perseguições dos romanos aos cristãos.
Já no século I, no reinado de Nero,
o imperador insano os usava como tochas. Que mais se pode esperar de
alguém que, num acesso de curiosidade, mandou
abrirem o ventre da própria mãe para ver “de onde
tinha saído”!
Mas
o surgimento do texto apocalíptico surgiu no reinado de Domiciano.O
autor do livro parece obcecado pela dizimação daqueles
que testemunhavam sua fé cristã, enfocando bastante o
mártir Antipas. Porém ,nada de concreto foi encontrado
que denunciasse que Domiciano fosse um perseguidor de cristãos.Então,
quem era o alvo de João?
O
imperador Augusto era
disseminador da idolatria pagã, autodenominando-se um Deus,e
João via tudo isso como blasfêmia, e talvez tenha se negado
a adorá-lo.O que justificaria o testemunho da sua visão
“da besta que exigia veneração”,
como o imperador, “e que tinha 7 cabeças”,
que se encaixa perfeitamente na contagem de 7 imperadores da sua época.E
roma ainda é conhecida como “a
cidade das 7 colinas” .
João
estava tentando atacar o império através de linguagem
simbólica do seu Apocalipse! Talvez o livro tenha muito mais
de critica ao passado que de previsões para o futuro, pela simples
razão de que João estava perdendo seus seguidores para
o culto do imperador, fazendo o paganismo de disseminar e alarmando
o autor dos pergaminhos, principalmente em Éfeso, uma cidade
portuária e de mercadores, onde se adoravam vários deuses
incluindo o imperador. Por isso ele usou o método de afirmar
que suas mensagens vinham diretamente de Deus.
Os
escritos de João prometem a vitória dos fiéis,
julgamento para os maus, e parece estar impregnado das idéias
do PAI NOSSO (ensinada diretamente por Cristo) onde Deus e Cristo são
exaltados no céu, o que deve ter influenciado as imagens apocalípticas.
Os
Quatro Cavaleiros apareceram
já no livro de Zacarias (Antigo Testamento).João só
atualizou a idéia para o povo do século I, Mostrando o
cavaleiro Vermelho como o sangue (derramado
de seu povo); o cavaleiro Amarelo como
a guerra (que oprimiu os cristãos pelas mãos romanas);
o cavaleiro Pálido como a morte
(dos companheiros cristãos) e o cavaleiro
Branco com o arco na mão como a justiça (para seu
povo oprimido).Os Partenos
carregavam arcos e eram inimigos dos romanos, e isso demonstra sua esperança
que estes derrubassem a invencibilidade dos romanos.
O
nome Armagedom também
evoca especulações: Har Megido ( a montanha de Megido
> Megido > Har magedon > Armagedon.)
Megido
já havia sofrido 12 ou 13 batalhas mais importantes naquela época
e servia de base para a sexta legião romana para proteger a àrea
e as rotas de comércio, e era conhecida como a mais cruel dentre
as legiões romanas, crucificando e esfolando por todo o litoral
até Jerusalém.Para João era um local maldito, cenário
propício.
Agora
deixe cair o véu das lendas bíblicas e superstições
quanto ao número da besta. Há pouco mais de 100 anos ,
numa cidade egípcia foi encontrado um papiro de vários
metros. Em 1999 descobriu-se ser um extrato perdido do Apocalipse com
a mesma passagem de João.Como ele não podia atacar abertamente
os imperadores, ele usou de um método da época, trocar
as letras do alfabeto grego e romano por números, que ao serem
somados dando um numero resultante.
O
mais difundido número da besta é 666 (lembram do filme
A Profecia?), que QUASE se encaixa justo no nome do Imperador Nero:
NERO CAESAR
50
+ 200 + 100 + 50 + 6 + 200 + 50 = 656
Porém
, o número encontrado no pergaminho NÃO ERA 666!
O número escrito no pergaminho era 616, que encaixa no nome real
do imperador CALÍGULA, que era :
GAIUS
CAESAR
284
+ 332 = 616
Era Calígula o
imperador tão odiado por João!
Ele ousou erigir em sua homenagem uma estátua sua no templo de
Jerusalém .
Mas
se o Apocalipse era só um ataque ao império Romano, como
se explica as previsões feitas por João de eventos futuros
e posteriores à sua morte. séculos adiante?
São
elas : Evaporação dos mares e mudanças climáticas
e aquecimento do clima; Esgotamento do Eufrates (que realmente foi represado!)
para a passagem de exécitos; e, a mais assustadora, A estrela
Absinto que cai sobre os rios, amargando-os e matando pessoas ( desastre
da usina nuclear de Chernobil. Na Ucrânia, Chernobil significa
Absinto!)
A
mais interessante no entanto, nunca ficou clara, ou seja, a data do
FIM DO MUNDO. A única certeza que João nos dá,
é de que será para muito breve.
Artigo
por: Darkestsheevah