vvv vvv TRIÂNGULO AMOROSO vvv vvv
Tati-Chan
 

 
 
Era um dia comum. Tudo estava calmo e a paz predominava. No dojo, onde todos tinham até então seu atual cotidiano, apenas se ouviam os belos cantos dos pássaros e a fresca brisa da primavera e cuja as pétalas de cerejeira caíam, fazendo com que o cheiro de seu doce aroma fosse percebido. Nesse dia, tudo estava em seu exato lugar.

As horas se passavam com lentidão. Kaoru tentava se ocupar com alguma coisa, embora sua mente estivesse pensando em uma pessoa: Kenshin. Naquele momento, estava impaciente com sua demora. E se ele tivesse voltado para as ruas? E se aconteceu um incidente com ele? E se..? Perguntas pairavam sobre sua cabeça ,torturando-a. Tinha que admitir, todos estes 10 longos anos estivera apaixonada por ele. Mas nunca conseguia lhe dizer. Guardava à sete chaves, pois tinha medo que ele não a aprovasse e provavelmente, não correspondesse. Custasse o que custasse.. tinha que guardar...

Lá estava ele. Sozinho e calado, observando tudo o que ocorria . O riacho a sua frente, a verde grama em seu redor e o céu, tão limpo e azul como o próprio planeta Terra. Disperso em seus pensamentos, esqueceu

do tempo , reservado para si mesmo. Fazia uma grande reflexão sem ligar do porque estava naquele lugar.

Á tarde, o pôr-do-Sol já podia ser apreciado. Kaoru se sentia aflita. Tinha que esperar mais? Não agüentava! Mas ele poderia não retornar mais! E como ela iria dizer para as meninas e o Yahiko? Borbulhava. Parecia que poderia explodir. Não! Tinha que parar com isso. Por que se preocupava tanto?

- KAORU KAMYA! VOCÊ NÃO PRECISA FICAR ASSIM!- Disse para ela mesma.

- Concordo.

Virou-se.

- Sano? Você? Aqui?

- Olha, jô-chan, não acho que você tenha que ficar nesse estado ,não.

- Como assim?

- É perda de tempo. Kenshin vai voltar. É que..

"Como é que ele sabe??? "

- Bem, você sabe como ele é...

- Ah, sim ..claro..

- De qualquer modo...

- Sim, Sano?

- Você precisa de alguma coisa?

Kaoru sorriu.

- Arigatou...

"Arigatou.."

- Então.. vou indo..

- Sayonara , Sano..

- Até...

Estava quase alcançando a entrada do dojo quando..

- Sano...

- Sim, Jô-chan???!

- Er..

- Sim??

- Obrigada por ter vindo aqui...

- Disponha...

Começava a chover. Os pingos caíam torrencialmente. Mas não era comum naquela época. principalmente porque o tempo não podia ter mudado tão repentinamente naquele dia assim como a água para o vinho. Um milagre.. Mais um fato para se preocupar. E se ele pegasse um resfriado? Uma gripe? poderia ficar doente E quem cuidaria dele? Não havia possibilidades de chamar Megumi. O caminho viraria um lamaçal e também, sua clínica ficava muito distante . "Por favor! Kenshin.. volte...por favor..."

Um ar mais úmido era sentido. Na chuva, que já não era tão fina, a dificuldade de caminhar era constatada. Mas Sano se concentrava em outra distração. "Arigatou...Ela sorriu... Estava muito estranha e como pôde pensar só nele? Será que é tão forte a relação dos dois?" Resolveu voltar para o dojo.

Trovões rasgavam o horizonte. O imenso raio de luz assustava à todos, mas não ao que já foi um temível battousai. Estava praticamente ensopado. Seu caminho fora cansativo. Seu estado, lamentável. Passos e mais passos, seu ritmo ficava cada vez menor. Tinha finalmente chegado a porta e entrou.

- Kenshin!

- Eu voltei, Kaoru-dono ...

- Olhe para você!! Está todo sujo e molhado!

- Eu estou..- E entrou em pânico. Não lhe restavam mais forças. Kaoru fora em sua direção tentando auxiliar, atônita. Mas já se encontrava inconsciente.

Uma noite fria se iniciava. A chuva cessara, porém os ensurdecedores pingos teimavam em serem escutados nas calhas de várias casas. Pouco a pouco , a escuridão tomava conta e nada mais poderia ser visto. Velas eram acesas . Estava morno, algo estranho para se sentir.. Havia feito sua viagem para o além? Não conseguia saber. Apenas abriu seus belos olhos lilases . Em sua frente, Kaoru o fitava profundamente, soluçando . Kenshin assustou-se .Percebeu que se encontrava em seu quarto, na sua cama. Não disse absolutamente nada. Um clima pesado envolveu-os. E ela, em profunda tristeza , se atirou em seu colo.

- Kenshin...

- Kaoru-dono...

- Você está bem? Oh, Kenshin! Por favor! Não faça mais isso! Pensei que você tivesse partido para sempre! Por favor!

- Sinto muito...

- Por favor..

- Eu...

- Kenshin...

- Shh.. fique comigo ..não precisa ficar mais assim...

- Kenshin...

Juras de amor eram pronunciadas um para o outro. Mas não viram que uma sombra os espreitava. Principalmente a Kenshin. Sano retinha seus sentimentos. Alguma coisa que sentia que não podia evitar. Ira... Mas, como? Inveja... Sim.. De seus próprios amigos? Porque? Isto tudo estava começando a se formar à medida que seu coração transbordava.. E que, muito em breve, deveria demonstrar ...


Capítulo 2
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