A Metade, ao Menos.

 Nívea

Um mês havia passado desde que se entregara daquela forma. Vinha tentando, inutilmente, dar vazão ao seu maior desejo. Este era, como de costume, derrotar alguém. Mas a derrota estava em um âmbito diverso do habitual. Queria deixar sua marca em Vegeta. Não no seu ego, porque essa parte, com o que pretendia fazer, só ficaria mais alimentada. Era a alma dele que queria ver marcada. Justamente ali, onde residia a honra e os desejos mais insensatos, imprimiria seu nome.

Goku não perderia essa oportunidade. Estavam comemorando não sabia nem que porra. Só sabia que Vegeta já se encontrava um pouco alto, pois estava rindo abertamente.
Aproximou-se e, ousadamente, devido ao efeito do álcool que também se fazia sentir nele, deslizou o torso de sua mão pela linha bem marcada que definia, com exatidão, o meio das costas de Vegeta.

"Está feliz, querido?"

Vegeta, que já se mantinha em uma postura exemplar, todo ereto pela carícia inusitada, ergueu o rosto para que pudesse encarar Goku, posto que estava sentado e o outro, em pé, atrás dele.
A surpresa não foi tanta quanto deveria, porque  a influência etílica acompanhava-os, e Goku, ultimamente, insinuava-se o tempo todo. Não dessa forma. Antes, dava a entender que queria comê-lo. Mas, agora, o insolente se mostrava bem solto. Vegeta sentiu o sangue correr rápido demais em suas veias... Aquele prazer novamente...

"Estou! Não estava, mas quando percebi sua presença, a alegria tomou conta de meu ser! Esboçou um sorriso cínico... mas só com a cabeça cheia de cachaça para dizer aquilo.

"Que tocante! É mesmo?"

Vegeta estranhou. Goku nunca tinha usado de ironia. Não de maneira relevante. Essa era uma tarefa sua. Goku costumava ser sincero; sincero o bastante para não lançar tal provocação. Até porque, o que Vegeta tinha dito era verdade. Aquele filho da puta o deixava feliz. Não só pelo desejo que o sufocava minuto a minuto, mas porque Goku não se preocupava com nada, com normas que reprimiam a todos, com os bons hábitos, com a boa educação... principalmente quando comia.

"É sim! Quer ir para um lugar mais tranquilo? Para conversar?"

"Conheço essa história!"

"Quer ou não quer, caralho?"

Goku esperava exatamente isso. Vegeta só baixava a guarda assim ou quando estava tentando enrrabá-lo ou logo depois que tinha consseguido, o que ocorreu duas vezes. Teria que ser cauteloso. Vegeta era praticamente intratável. Mas o possuiria. Não tinha sequer um décimo do gosto pela violência que o outro demonstrava. Porém, não resitaria em usá-la, se preciso. Descobrira que o sexo era poderoso e podia mudar uma pessoa irremediavelmente. Pra o bem ou para o mal.

"Quero! Essa festa está um porre!"

"Tem que ser um lugar em que o chão não seja muito áspero. Você pode machucar demais os joelhos..." Isso foi dito acompanhado de uma piscadinha, das mais ordinárias, para Goku.

"Pode até ser... Mas com certeza seus cotovelos ficarão em pior estado!"

"Hein? Eu bebo e você é que fica embriagado? Não entendi porra nenhuma!"

"Esquece! Vamos lá para casa! O colchão é bem macio. Assim, ninguém se machuca."

"Está com a cabeça enfiada onde, Goku? E a infeliz da sua mulher?"

"Na festa, com Gohan, falando uma merda atrás da outra."

"Para quem disse que tinha um casamento maravilhoso..."

Goku não respondeu. Depois que fez sexo com Vegeta... Não, isso foi na primeira vez. Depois que fez amor com ele, quando disse que daria só uma chance e, já sabia logo após mentir tão descaradamente, caso essa noite não resultasse em um desastre, que cederia tantas vezes quantas aquele estúpido pedisse, seu casamento havia mudado completamente. Chi Chi era uma mulher boa, como todas quase sempre são, mas não oferecia metade do que um homem podia oferecer, como quase sempre acontece também. Quando um homem proporciona, além do resto, prazer sexual para outro, as chances que uma mulher tem de competir são mínimas.

"Chegamos! O quarto é seu, Vegeta!"

"Vai para onde?"

"Pegar uma coisa. Já volto!"

"Puta que pariu! Não me diga que vai começar a se entupir de comida, viu? Venha logo, que estou sem paciência!"

"Não vou comer não! Quer dizer, vou, dessa vez! Pera aí!"

O quarto de Goku era tão arrumado... Pudera! Tinha a imbecil, para arrumar, e na certa não faziam nada de interessante que pudesse tirar as coisas da ordem. Estranho! Agora, sentia-se tão leve quando estava com Goku. Leve de espírito, porque seu pau já estava duro. Seu... amante... era tão bem feito. Gostoso demais! Pronto! Já estava usando esses termos desgraçados! Mas ia fazer o quê? Tinha ficado vaidoso; sempre que estava com Goku, se dava ao trabalho de ficar louro. Nem utilizava mais os termos técnicos. Era ficar louro mesmo, posto que fazia-o só por vaidade, assim como seu parceiro. Se bem que não era apenas a cor dos cabelos. Precisava de muita força também.

"Voltei!"

"Que caralho você tem nas mãos?"

"Hein?"

"Quer mostrar logo?"

"Eu ainda não tenho caralho nenhum nas mãos, amor! Mas posso dar um jeito e..."

"Estou falando sério!"

"Ahhhh! É uma garrafa de vinho branco. Sei que você gosta. Até me espanta tanta finesse em um cavalo como você."

"A outra mão, porra!"

"Vem aqui ver o que é, vem!"

Vegeta saltou sobre a cama que os separava mas, quando alcançou o outro lado, não encontrou ninguém. Sentiu seus pulsos seguros por Goku. Rapidez maldita! E o pior era que, precisava admitir, não possuia tanta força e seu corpo era menor. A única saída seria mostrar-se mais amável e carinhoso. Tarefa árdua! Mas, ultimamente, algumas partes de seu muro, antes inatacável, estavam faltando. Exelente oportunidade, então, para derrubá-lo. A metade, ao menos.

Deu um passo para trás, colando seu corpo ao de Goku. Sentiu o sexo rijo, pulsando de encontro ao início de suas nádegas. Teve vontade de experimentar aquela pressão mais embaixo... A que ponto havia chegado!

"Vamos tomar um pouquinho de vinho? Eu não tive o prazer de experimentar seu corpo realmente, não é?"

"Eu quero te provar, Vegeta!"

"Ah, isso não! Não vou dar o rabo para ninguém!"

"Que coisa linda! Então, você vai ficar me fudendo o resto da vida?"

"Não me importaria! Todos os dias, se você quiser." Seus pulsos foram soltos.

"Não quero! Está vendo essa algema aqui? Eu ia forçar você. Prendê-lo e saciar essa fome que eu tenho de estar dentro do seu corpo. Mas, ao contrário de você, não sou infeliz nem guardo ódios infundados. Portanto, não vou violentar uma criatura amarga como você!"

Pensou que sentiria sua raiva habitual, seu ódio... Desprezo, não! Nunca o sentiu em relação a Goku. Mas o que apertou sua alma foi uma vontade imensa de chorar, como nunca tivera sequer o vislumbre antes. Inferno! Era o que faltava! Não cederia! De forma alguma!

"Sendo assim, é melhor que acabe tudo aqui."

"Concordo!"

Goku já estava deixando o quarto, quando ouviu seu nome. Vegeta tirara coragem não sabia nem de que porra de canto dentro dele, mas não podia deixar o responsável pela sua... também não conhecia a pica do nome para dar ao que estava sentindo, partir.

"Se quer provar a permanente amargura do fel, pode fazer em mim."

"Posso ou devo?"

"Deve!"

"Desculpe! Você não é amargo! Pra mim, é delicioso! Disse aquilo porque..."

"Sou amargo sim! Inclusive,..."

A língua de Goku estava passando atrás de seu lábio superior. Depois, deslizou sobre a sua. Devolveu o beijo, que se tornou ávido em segundos.
Já estavam nus, Goku emcima dele, mantendo o beijo. Este foi descendo por seu pescoço, pela linha firme que dividia seu tórax, até desviar para o lado, alcançando seu mamilo.
Sentio-o sendo sugado com sofreguidão. Como aquela parte, que nunca havia dado atenção, permitia tanto prazer? Prazer que se repetiu quando foi feito o mesmo com o outro  ponto pequeno e rosado.
Goku, em seguida, colocou a ponta do seu sexo na boca. Só faltou morrer! Arqueou as costas e impulsionou os quadris, empurrando todo o membro na garganta do parceiro.
Relutou um pouco, ao sentir tamanho volume em um lugar tão pequeno, mas logo achou um ritmo e chupou com vontade, apreciando o gosto, o volume... Subitamente, seu cabelo foi puxado para trás, induzindo-o a encarar seu amante.

"Entre! Agora!"

Goku sentou na cama, trazendo Vegeta consigo. Fechou as mãos na cintura perfeita, e posicionou a glande na entrada. Tão apertada... Não seria capaz de forçar passagem.

"Apoie-se em meus ombros! Você estará no comando, novamente! Deixe-se penetrar!"

Isso apagou o que restava de dúvida. Vegeta colocou ambas as mãos no rosto de Goku, e desceu de vez, permitindo a invasão completa. Muita dor! E um prazer infinitamente maior. Pressionou uma mão contra o peito de seu amante e o forçou a deitar. Firmou os braços, um de cada lado do corpo de Goku, o rosto na mesma direção, quase beijando-o. Começou a subir e descer, no princípio devagar, mas logo o movimento intensificou-se. Dava um prazer inenarrável ser preenchido daquela maneira. Os gemidos de Goku incendiava-o, e estavam no mesmo compasso das mãos que tocavam seu corpo, uma apertando seu braço, outra ferindo sua coxa, ali, onde terminava suas nádegas redondas e perfeitas, que já tinham sido massacradas pelas mesmas mãos para facilitar a penetração.

Goku delirava. Precisava gozar, senão, enlouquecia. O prazer era constante e avassalador, mas necessitava de alívio. Segurou os ombros fortes de Vegeta e forçou-os, brutalmente, para baixo. Inundou o corpo do companheiro de sêmem, ao mesmo tempo que sentia o líquido quente em seu rosto, tamanha foi a intensidade com que Vegeta gozou.

"Mas você é escandaloso, hein, Goku?"

"Eu estava comendo um rabinho virgem e abençoado, queria o quê?"

"Eu te fudi duas vezes, e não gritei tanto!"

"Foi mesmo! Gritou bem mais enquanto estava sendo enrrabado"

"O quê? Como ousa, seu puto?"

"Se irrita não! Vem cá para eu te beijar, vem!"


Dragon Ball
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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