Telefone Bell - 1876
Alexander Graham Bell, nascido em Edimburgo na Escócia, freqüentou a Universidade de Edimburgo e a Universidade de Londres. Aos 23 anos de idade muda-se para o Canadá, em 1871 emigra para os USA e funda em Boston uma escola para surdos em 1872.
Nas suas investigações para tornar visíveis as ondas sonoras começou por estudar a fisiologia do ouvido humano e tentou construir um ouvido artificial. Nesta construção utilizou uma bobina elétrica que envolvia uma barra magnética a qual estava ligada a uma membrana. Depois de longos ensaios conseguiu ouvir a sua própria voz reproduzida por este dispositivo.
O telefone foi definido pelo teórico da comunicação de massa Marshall MacLuhan como a extensão do ouvido do homem, permitindo ligações instantâneas e de boa qualidade entre pessoas separadas por dezenas de milhares de quilômetro.
As ondas sonoras eram transformadas por aquele dispositivo em impulsos eletromagnéticos e estes por sua vez faziam vibrar a membrana produzindo ondas sonoras.
Em 1876 construiu o primeiro telefone e transmitiu a sua primeira mensagem vocal para o seu colaborador: "Watson, come here, I want you" - Watson venha cá, preciso de si.
Em 1880, um conhecido de Bell levou a Boston um velho índio Sioux que, ao ouvir a voz saindo do novo aparelho por aquele buraco, debandou alucinado, repetindo sem cessar: "índio ficar maluco .." Até hoje, o velho Sioux não foi encontrado.
A sorte de Bell - Alexandre Graham Bell ganhou
a paternidade do telefone, segundo conta a história, por questão de horas. No
mesmo dia, um professor chamado Elisha Gray, também americano, submetia
ao escritório de registro de patentes um aparelho que funcionava segundo os
mesmos princípios e com as mesmas finalidades.
Outros pesquisadores tentaram acertar a fórmula do telefone. Charles Geafton
(1837), Charles Bourseul (1874) e Philipp Reis (1861) foram os principais.
Mas só Bell conseguiu transmitir mensagem telefônica, a 3 de janeiro de 1875,
entrando assim para a história. Entretanto, seu aparelho apenas falava.
O primeiro telefone transmissor e receptor foi construído pelos ingleses
MacEvoy e Pritchett, em 1877.
A Western Telegraph Company recusou a oferta de Bell que pretendia vender a
patente por cerca de 100.000 dólares. Um ano mais tarde, voltaria atrás, oferecendo
ao inventor 25 milhões de dólares, à vista, que Bell prontamente recusou. Neste
época, Bell já havia feito contatos na área financeira, para a criação de uma
das maiores empresas do mundo : a Bell Telephone.
O sucesso do seu invento foi tal que Graham Bell fundou a sua própria
empresa, a Bell Telephone Company, em 1878.
O telefone permite a transmissão da voz à distância sob a forma de
impulsos elétricos analógicos. Os utentes passam a emissores e receptores de
mensagens em alternância sobre uma linha telefônica.
Foteletricidade- .
Provavelmente o dispositivo eletrônico mais
antigo de que se tenha conhecimento ( embora na época não tenha sido
reconhecido como tal ) foi a célula fotovoltaica, produzida por Becquerel em
1839. A descoberta do comportamento fotocondutivo do selênio ocorreu em 1861,
mas não despertou muita atenção até o ano de 1873 quando Willoughby-Smith leu um
artigo técnico para o IEE sobre o assunto A primeira aplicação prática surgiu
em 1878 quando o Dr. Alexander Graham Bell e Sumner Tainter usaram uma
célula de selênio em seu fotofone ( telefonia através das ondas luminosas ). Hertz
foi o primeiro a observar o efeito fotemissivo ( 1887 ) e a confirmação foi
fornecida por Wiedemann e Hebert. Hallwachs e também Elster e Geitel estudaram
intensamente o efeito; em 1890 os supramencionados colaboradores produziram o
protótipo da moderna válvula fotemissiva.
A popularidade do telefone conduziu à
necessidade de comutação de circuitos que permitissem conectar qualquer utente
a qualquer utente. As primeiras centrais de comutação eram manuais isto é, a
comutação de circuitos era realizada por telefonistas que introduziam e
retiravam "cavilhas" num painel terminal de linhas telefônicas.
Central telefônica visível ao fundo à direita
Surgiu assim o conceito de Rede telefônica
e Nó, correspondendo este a uma central de comutação.
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