TearTear Jacquard

 

O grande avanço seguinte nada teve a ver com números - pelo menos de início. Durante o século XVI I I, os tecelões de seda franceses testaram métodos para guiar seus teares por meio de fitas perfuradas, cartões perfurados ou tambores de madeira. Nos três sistemas, a presença ou ausência de orifícios criava padrões no tecido por meio do controle da maneira pela qual os fios eram levantados ou abaixados. Em 1804, Joseph Marie Jacquard construiu um tear inteiramente automatizado , que podia fazer desenhos muito complicados. Esse tear era programado por uma série de cartões perfurados, cada um deles controlando um único movimento da lançadeira. Para produzir um novo padrão, o operador simplesmente substituía um conjunto de cartões por outro. O tear de Jacquard revolucionou a indústria da tecelagem e, em suas características essenciais, é ainda usado atualmente. Os cartões perfurados, no entanto, estavam destinados a produzir seu maior impacto na programação de computadores
Tear de JaccquardEm 1804, Joseph Marie Jacquard, mecânico de teares Lyon - França, inventou um sistema para comando automático das operações repetitivas e seqüenciais até então executadas manualmente pelos tecelões.

 O sistema era construído com um conjunto de cartões metálicos perfurados ligados uns aos outros por aros, também metálicos, constituindo uma "fita" continua (visível à esquerda no desenho) que avançava, cartão a cartão, sobre uma "estação de leitura".

 Na "estação de leitura" um conjunto de agulhas metálicas caía sobre os cartões. A combinação de agulhas que passavam através de uma perfuração e as que eram impedidas de o fazer por não existir a perfuração correspondente constituía um código binário para execução de uma operação.

 Os teares Jacquard continuaram a funcionar utilizando este sistema mecânico e o "programa" para execução da produção até ao advento da eletrônica.

 

Tear-2

 Tear do final do século XIX

os cartões são visíveis na parte superior da fotografia

Na era eletrônica o código binário continua a existir bem como a noção de programa de produção sendo evidente a miniaturizaçao dos dispositivos em relação aos dispositivos mecânicos.

Dentre todos os pensadores e inventores que acrescentaram algo ao desenvolvimento da computação, o único que quase chegou a criar, efetivamente, um computador no sentido da palavra foi um inglês chamado Charles Babbage. Nascido numa abastada família de Devonshire, em 1791, Babbage ficou famoso tanto pela perspicácia de sua mente quanto por suas esquisitices. Durante treze anos, esse gênio excêntrico ocupou a cátedra de matemática em Cambridge, que fora de lsaac Newton; no entanto, durante todo esse tempo ele nunca viveu na universidade nem proferiu ali uma única conferência. Foi membro fundador da Royal Astronomical Society, escreveu sobre assuntos que iam de política a técnicas de manufatura e ajudou a desenvolver dispositivos práticos como o tacômetro e o limpa-trilhos, que cinge a parte dianteira dos trens e serve para afastar obstáculos. Dedicava ainda esforços intelectuais à resolução de sérios problemas práticos, como as reformas postais e a redução das taxas de mortalidade.

No entanto, o motivo que realmente norteava a vida de Babbage era a busca da precisão matemática. Seu empenho em localizar erros nas tábuas. de logaritmos que os astrônomos, matemáticos e navegadores utilizavam assumia proporções inimagináveis. Nada escapava de seu zelo. Certa vez escreveu ao poeta AIfred Lord Tennyson para repreendê-lo por estes versos: "A Cada momento morre um homem/A cada momento um homem nasce". Uma vez que a população, do mundo não se mantém constante, assinalou Babbage, os versos ofereceriam uma leitura melhor e mais verossímil se fossem estes: "A cada momento morre um' homem/A cada momento nasce um homem e um dezesseis avos de homem".
 

TUNEL DO TEMPO

PERSONALIDADES HISTÓRICAS /

CONHEÇA UM POUCO SOBRE / LINKS E REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS /

NORMAS - PADRÕES - PRÁTICAS

ENTRADA NO MUSEU  FMET

 

 

 

Hosted by www.Geocities.ws

1