A fita de papel perfurada era utilizada - 1910 ... 1915 - em aparelhos telegráficos e em teletipos como suporte para recepção e envio da informação.
Inicialmente - 1948 ... 1949 - os teletipos foram acoplados aos computadores servindo como unidades de entrada de dados e saída de resultados. Em alguns casos eram utilizados como impressora do sistema.
Os dados e programas eram perfurados na fita de papel, que se desenrolava de uma bobina, utilizando um teletipo. Ao contrário dos cartões perfurados este suporte era contínuo e a sua capacidade era apenas limitada pelo comprimento da fita.
No entanto era um suporte frágil e pouco manuseável.
As operações de inserção e anulação de dados dependiam da habilidade do operador do teletipo. Não era praticamente possível realizar operações de ordenação de registros e de verificação de dados.
Reconstituir uma fita rasgada por acidente era quase impossível, mas para colar dois pedaços de fita podia usar-se um dispositivo manual, semelhante aos utilizados na montagem dos filmes cinematográficos, e um pedaço de fita auto-colante especial perfurada com o máximo de furos utilizado.
As primeiras fitas perfuradas utilizadas nos computadores derivavam diretamente das usadas no telégrafo suportando o código Baudot de 5 canais. Este código apenas permitia a codificação de 32 estados, o que era suficiente para codificar as letras do alfabeto anglo saxónico. A codificação dos algarismos era conseguida pela interposição de um caracter especial - shift (passagem a maiúsculas) - que indicava o início de uma zona numérica. A passagem a minúsculas indicava o fim da zona numérica.
Rapidamente se passaram a utilizar fitas de papel com uma polegada de largura onde era possível usar o código ASCII de 7 bit
e, mais tarde, o código ASCII de 8 bit com um canal de arrasto entre as perfurações.
A fita perfurada foi utilizada em computadores como suporte de informação até ao final dos anos 1970's, tendo os originais teletipos sido substituídos por leitores e perfuradores de fita que permitiam atingir velocidades muito elevadas. Enquanto um teletipo atingia velocidades de leitura da ordem dos 15 c/s (caracter por segundo), existiram nos anos 1970's leitores de fita perfurada que atingiam velocidade de leitura da ordem dos 2.000 c/s (caracter por segundo).
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