Tábua de Uruk - Suméria
Há cerca de 6.500 anos (± 4.500 a.C.) o Homem inventou a escrita.
A escrita cuneiforme deve derivar de uma escrita pictográfica mais antiga, denominada Warka,
Cabeça
gravada em placas de argila encontradas no Templo da cidade de Uruk a sul da cidade de Bagdad.
As tábuas de Uruk, são "livros de contabilidade" onde estão registrados o quantitativo de sacos de cereal, o quantitativo de cabeças de gado, ... , pertencentes ao Templo.
Deve notar-se a forma colunada do registro a qual é semelhante à usada nas atuais folhas de cálculo (Excel) e em alguns sistemas de gestão de bases de dados (Access).
Parece que o Homem demorou muito tempo antes de começar a pensar em transmitir o seu conhecimento às gerações futuras.
No entanto, com a invenção da escrita transforma objetos formatados noutros adequados à cultura de quem deles se irá servir, memoriza-os num suporte fiável e também pode transmiti-los geograficamente.
O correio
Entende-se, aqui, por correio a linha regular de troca de informações, a qual,
para manter sua regularidade, é dotada de infra-estrutura permanente.
Tiveram-no bem montado, vários povos da antigüidade. No ano 2.400 a.C. já
existia a profissão de mensageiro no Egito. No início do século XIX, os persas
possuíam um correio bastante desenvolvido. Eram servidos de casas de muda de
animais distanciadas de 24 a 35 quilômetros. Porém, nenhum correio ombreou-se
com o dos romanos, que possuíam até estradas pavimentadas em pedra. Suas casas
de muda continham cerca de 40 cavalos, 20 tratadores, um veterinário, várias
edificações e, por vezes um palácio, então eram capacitadas de abrigar até o
imperador. Não foi apenas um correio, mas um conjunto de serviços de transporte
de coisas e pessoas .
Cabe lembrar que os gregos, apesar de sua magistral civilização, não
organizaram um correio. Faltou-lhes um centro de poder político que
justificasse a manutenção de tão dispendioso instrumento. As cidades gregas
tiveram, é verdade, andarilhos encarregados de comunicações oficiais,
desassistidos, porém, de qualquer estrutura de apoio. Haja vista o celebérrimo
herói que correu de Maratona até Atenas para noticiar a vitória grega (400
a.C.) sobre Dario: deu a notícia e caiu morto. Pudera!
Com a queda do Império Romano do Ocidente, a fabulosa malha de correios romana
desarticulou-se, também por falta de um polo centralizador do poder político,
até então representado por Roma. Mas embora, nesse período do século VIII ao
XI, as comunicações tivessem cessado de todo, ainda havia algumas poucas trocas
de informações entre conventos.
O renascimento do correio foi fruto da ressurreição do comercio europeu, com
sede inicial nas cidades do norte da Itália. Detonou-se o ciclo histórico
denominado Mercantilismo. Ora, o comercio não pode viver e crescer sem linhas
de correio. O comerciante precisa manter-se em contínuo contato com as praças
onde chegam as suas mercadorias.
Além dos comerciantes, os governos começaram a se interessar pelas linhas de
correio. Com o fim do Feudalismo e a fixação dos Estados nacionais da Europa
moderna, foram estimulados os relacionamentos diplomáticos e criadas embaixadas
permanentes. E estas deveriam estar em contato permanente com a sede do
governo. Aproximadamente em 1400, uma família destacou-se especialmente: os
Tasso. Essa família, a partir da Itália, criou uma grande rede de correios que
abrangia quase toda a Europa. Os Tasso eram responsáveis pela maioria dos
transportes de cartas e informações na época. Mais tarde houve uma unificação
do correio. Foi retirado dos Tasso o direito de transportar cartas e o correio
tornou-se uma atividade pública de caráter internacional.
Durante o século XV, o correio foi de vital importância, não só para os
governos, mas também para os intelectuais da época. Estes últimos encontravam
no correio um meio de se inteirarem da evolução das ciências, artes,
religião... Não é por acaso que uma grande safra de gênios surgiu no
Renascimento. Mais do que gênios, homens como Leonardo da Vinci, Rafael, Erasmo
de Rotterdam, Montaigne, Calvino, Copérnico, Galileu Galilei, entre outros,
eram homens bem informados. Toda a Reforma e Contra-reforma aparecem nesse
período.
Em um quadro como esse era de se esperar que surgisse correspondentes pagos.
Homens de notável faro jornalístico. Não deixavam escapar nada. desnudavam até
os secretos cochichos dos corredores palacianos. Montavam um acervo de
preciosidades e enviavam, por carta, a quem lhes pagasse ou prometesse pagar.
Alguns desses noticiaristas montavam escritórios de correspondência. E
tornaram-se os precursores das agências de notícias.
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