Mark - Aiken
O advento da Segunda Guerra Mundial provocou um impulso sem precedentes no desenvolvimento da tecnologia dos computadores. A total mobilização da indústria e da ciência para a fabricação de armas convencionais, e o desenvolvimento da tecnologia necessária às não convencionais, causou uma injeção de recursos fenomenal. Tal conjuntura abriu caminho para o surgimento dos primeiros grandes computadores.
Em 1937 um jovem professor de matemática de Harvard, Howard
Aiken, submeteu ao homem forte da IBM, Thomas Watson, a idéia de fabricar
um computador eletrônico – MARK I -, construído estão com o auxílio da
IBM e da Marinha Americana. O MARK 1 é o primeiro projeto de computador de que
se tem notícia, apesar de ainda eletromecânico e de só Ter sido apresentado em
1644 após a guerra; media 2,5 metros de altura por 18 metros de comprimento,
tinha 750.00 partes e mais de 700 quilômetros de cabos.
Uma das primeiras iniciativas neste aspecto, partiu da IBM. Em
associação com a Marinha Americana, decidiu investir no plano audacioso de um
jovem matemático da Universidade de Harvard, chamado Howard Aiken. O
projeto de Aiken visava construir um computador programável para todos
os fins, no estilo da máquina de Babbage
. Aiken e o Mark I
Tal projeto, marcado por contínuos desentendimentos entre Aiken e Thomas
Watson, presidente da IBM, originou o computador Mark I , em 1943. O
Mark I, ao contrário das tendências da época, ainda era baseado em um sistema
decimal. Possuía entrada de dados baseada em cartões perfurados e manipulava
números de até 23 dígitos. Fazia operações de soma e subtração em 3/10 de
segundo e multiplicação em 3 segundos. Apesar de ser apenas um pouco mais
rápida do que a máquina sonhada por Babbage, podia efetuar num dia cálculos que
antes levavam 6 meses completos.
O Mark I continuaria suas reverberantes tarefas matemáticas em Harvard ao longo de dezesseis anos completos. Todavia, a despeito dos longos e sólidos serviços que prestou, não foi o sucesso que Tom Watson esperava. Outros pesquisadores - alemães e ingleses, bem como norte-americanos - estavam abrindo aos computadores caminhos mais promissores. De fato, o Mark I era obsoleto antes mesmo de ser construído, principalmente por ser um computador ainda baseado em relés (não era eletrônico). Entretanto ele abriu caminho para uma nova era de parcerias, principalmente com a área militar, que alavancaram em muito o desenvolvimento dos computadores.
Aiken ainda chegou a construir o Mark II, também baseado em relés, em 1947. Ficou conhecido por ter apresentado o "primeiro caso de real de bug encontrado": um besouro entrou em seus circuitos, danificando diversos componentes e parando o computador . Em 1949, foi ainda construído o Mark III, já com sistema de programa armazenado.
- "Primeiro caso real de bug encontrado".
Konrad Zuse apontou o caminho na Alemanha. Em 1941, cerca de dois anos antes
de o Mark I triturar seus primeiros números, e logo após o desenvolvimento de
seus modelos de teste Zl e Z2, Zuse completou um computador operacional: um
dispositivo controlado por programa e baseado no sistema binário. Designada
como Z3, essa máquina era muito menor que a de Aiken e de construção muito mais
barata.
Howard Aiken permaneceu em Harvard para desenvolver a segunda,
terceira e até a quarta gerações de seu Mark I - mas sem o apoio da I
BM. Tom Watson irritou-se tanto com a omissão de Aiken em reconhecer
publicamente o verdadeiro papel da companhia na realização do Mark I que
ordenou a seus próprios pesquisadores para construir uma máquina mais veloz,
impelindo, assim, a IBM a se envolver com computadores literalmente por uma
questão de vingança. Na época da morte de Watson, em 1956, aos 82 anos de
idade, a IBM já ultrapassava o nível de vendas atingido pela Remington Rand,
com o bem-sucedido UNIVAC de Mauchly e Eckert.
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