4ª Geração dos Computadores

A terceira geração começa em 1965 e para alguns historiadores vai até os dias de hoje, uma vez que eles encaram o processo de 1965 em diante como uma evolução extremamente rápida mas natural. Outros autores localizam a quarta geração de 1970 ou 1971 até hoje – considerando a importância de uma maior escala de integração alcançada pelos Cis de LSI. Finalmente, a outra corrente usa o mesmo argumento da anterior, mas considerando que a miniaturização de fato ocorreu com os VLSIs, definindo a quarta geração a partir de 1975, com o advento de microprocessadores e dos microcomputadores.

A primeira geração era construída com válvulas, a terceira em diante com circuitos integrados de escalas de integração crescentes. Todos esses equipamentos têm uma característica em comum: são máquinas de processamento serial, no sentido de que cada equipamento conta com uma única UCP – Unidade Central de Processamento para executar o processamento propriamente dito. As operações são realizadas uma de cada vez. Copiando informação de um local selecionado da memória e trazendo-a para a UCP que, de alguma forma, a modifica e tipicamente a armazena de volta na memória.
 
A 4ª Geração apareceu com o desenvolvimento e utilização da Tecnologia Bipolar MOS-LSI (Large Scale Integrated) - CHIPS. A quarta geração  foi marcada pela utilização do VLSI e o surgimento dos microcomputadores de baixo custo, que tomaram conta do mercado, atingindo empresas, escritórios e lares. Alguns autores não consideram a existência da quarta geração, por não ter havido mudança de componente, mas apenas a melhoria das técnicas de integração.
Isso fez com que os computadores fossem reduzidos em suas dimensões mais ainda, e sua eficiência aumentada tornando-os mais velozes e mais econômicos.
A programação foi melhorada ainda mais tornando-se interpretada, e voltadas para o usuário final. Realizando 15.000.000 adições/segundos. Microcomputadores e a Exploração do Mercado

O ano de 1977 é um marco importante na história da Informática. Foi quando surgiram os microcomputadores fabricados em escala comercial, cujo microprocessador custava, na época, um milésimo do preço de uma UCP em 1960. De tamanho e de preço muito reduzidos, tinha uma capacidade semelhante às UCPs de poucos anos atrás.

Com essa tecnologia, que permitiu reunir num único chip todos os elementos que compunham as UCPs, foi iniciada a fabricação dos primeiros minicomputadores – fim da década de 60 -, bem mais baratos que os computadores da época e com capacidade suficiente para uma extensa gama de aplicações. Nos anos seguintes, a capacidade continuou a crescer e o tamanho e os custos continuam caindo. E essa ainda é a tendência atual. Logo após o aparecimento do microprocessador surgiram os microcomputadores. Este barateamento possibilitou a várias empresas, que antes não tinham condições de manter um CPD, utilizar recursos de processamento de dados.

Em 1969 nasce a Intel, formada por ex-funcionários da Fairchild – empresa que lançou os Cis em 1959 e que foi formada por egressos da Shockley Semiconductor fundada em Palo Alto em 1965 por William Shockley, que desenvolveu o transístor em 1947. Nesse mesmo ano, 1969, a Intel começa a desenvolver, inicialmente com um contrato de exclusividade com japoneses, o primeiro microprocessador, o Intel 4004 de 4 bits – um CI com 2.250 transistores (equivalente ao ENIAC de 1946). O 4004 foi muito usado e viabilizou as calculadoras eletrônicas do início da década de 70. Em 1971, é anunciado na revista Electronic News o Intel 8008 de 8 bits e em 1974 o Intel 8080.

Com o advento do microprocessador, entre 1971 e 1975 vários kits (conjuntos de componentes) começaram a ser comercializados em escala muito pequena e os fabricantes naturais de microcomputadores, os que comercializavam os minis de sucesso na época, como a IBM, a DEC (Digital) e a HP – Hewlett Packaerd (que liderava o mercado de calculadoras programáveis), não se interessam, acreditando que não existia mercado para micros. Alguns exemplos são o Kenbak-1 anunciado em setembro de 1971 no Scienific American por 795 dólares (vendeu 40 unidades) e o Scelbi-8H anunciado na revista para radioamadores QST de março de 1974 e que vendeu 200 unidades.

Na capa da edição de janeiro de 1975 da revista Popular Electronics aparece o Mits Altair 8800 com a seguinte manchete “Project Breakthrough – World’s Firts Mini-computer Kit to Rival Commercial Models... Save Over $1000”. Porém, a grande maioria, com exceção de hobbyists, não levou a sério a manchete considerada sensacionalista. O Altair 8800, comercializado pela Mits – Micro Instruments and Telemetry Corporation, utilizavam microprocessador Intel 8080 e tinha duas versões, uma em kit por 395 dólares e outra com o micro montado por 621 dólares – considerado historicamente o primeiro microcomputador, para a maioria dos autores.

Sthephen Wozniak, funcionário da HP, e Steve Jobs, que trabalhava na Atari, costumavam encontrar-se no Homebrew Computer Club, em Stanford, que reunia centenas de jovens da região do Vale do Silício interessados em computadores. Wozniak era o projetista e Jobs o comerciante. Em 1976, após venderem o Volkswagem de Jobs, a calculadora de Wozniak e obterem um empréstimo de US$ 5.000, formam uma pequena empresa, a Apple, onde construíram, numa garagem de fundo de quintal, o Apple I.

O primeiro lote de 50 unidades do Apple I foi vendido em junho de 1976, suas vendas ficaram perto de 200 unidades, em parte porque Wozniak insistia em fornecer de graça o projeto para que terceiros pudessem construir sozinhos seus micros. Um ano depois, em 1977, com um novo e melhor projeto surge o Apple II. A aceitação foi tão grande que, com a posterior ajuda de Mike Markkula – ex-engenheiro e executivo de marketing da Intel -, transformaram a microempresa em grande indústria.

A Apple foi a empresa que cresceu mais rápido na história americana. Suas vendas saltaram de menos de 1 milhão de dólares em 1977 para 120 milhões em 1980 e para 1 bilhão de dólares em 1983. No entanto, em 1985, primeiro Wozinak, decepcionado com o trabalho numa grande empresa, deixa a Apple, seguido por Jobs, que saiu devido aos constantes atritos com os executivos contratados para administrar a Apple – que já integrava a lista das 500 maiores empresas americanas. Em 1991, a Apple faturou mais de 6 bilhões de dólares e tinha um valor de mercado de cerca de 10 bilhões de dólares, com sua ações cotadas pelo valor mais alto, US$ 73 por ação que em 1980, quando foram lançadas, valiam US$ 20. A Apple detém um pouco mais de 10% do mercado mundial de micros, faturou em 1993 cerca de 8 bilhões de dólares com 6% de lucro, tem 20.000 funcionários e sua ação cotada a US$ 40. Um valor impressionante é o faturamento por funcionário de 400 mil dólares por ano (Microsoft fatura 300, IBM 200 e DEC 100).

Ainda em 1977, além do Apple II, foram lançados o TRS-80 modelo I da Rádio ShacK (Tandy Corporation) e o PET Personal Electronic Transactor da Commodore.

Nos quatro anos seguintes dezenas de novos modelos e fabricantes entraram no mercado, inclusive o Aplle III, em novembro de 1980, que quase foi um desastre para a Apple pelos problemas de fabricação e aceitação que apresentou. Em 1981, Osborne lança o primeiro micro portátil.

Até que em 16 de agosto de 1981 a IBM entrou no mercado de micros introduzindo o PC, um microcomputador com tecnologia de 16 bits que em pouco tempo se tornou um padrão (PC – Personal Computer). Dois anos depois, em fevereiro de 1993, lança um novo modelo, o PC-XT com winchester opcional. Em 1984 a IBM já detinha mais da metade de todo o mercado de microcomputadores, principalmente pela sua atuação mercadológica que incluiu, nesse período, uma constante guerra de preços e a conseqüente diminuição dos PCs.

Uma ironia desta indústria, cujas vendas crescem mais 200 vezes em pouco mais de dez anos – passou de cerca 1 bilhão de dólares no final da década de 70 para mais de 200 bilhões no início da década de 90, é que firmas pioneiras como MITS, entre várias outras, não conseguiram sobreviver à fase inicial. As empresas que suplantaram os pioneiros e capturam a maior fatia do mercado em 1978 foram Radio Shack, Commodore Business Machine e Apple Computer Inc. O sucesso da segunda geração de companhias alertou os grandes fabricantes como a IBM, que iniciaram a terceira geração de empresas no mercado de microcomputadores.

Em 1981 as vendas mundiais de micros já atingiam um milhão de unidades. A revista time elegeu o computador (micro) como “The man of the year” de 1982.

Nessa época já vigorava a reserva de mercado no Brasil e começam a ser produzidos os primeiros microcomputadores nacionais, os pioneiros apostando na linha TRS-80 como o D-8000 da Dismac lançado em 1981. Outros pioneiros lançados entre o final de 1980 e 1981 são: C-300 da Cobra, S 70 da Prológica, e modelos da SID, Polimax, Novadata e HP.

Em 1982, são lançados no mercado nacional o CP-500 da Prológica e o DGT-100 da Digitus na linha do TRS-80, Microdigital e Prológica com modelos da linha Sinclair e os primeiros da linha Apple, o MicroEngenho da Spectrum/Scopus e o AP II da Unitron. A linha Aplle dominou o mercado nacional do final de 1983 até 1985, quando o padrão passou a ser o dos IBM-PC compatíveis, que tiveram os seus primeiros modelos lançados em 1983 pela Softec, Microtec e Scopus. A proliferação de modelos tanto no mercado internacional como no nacional continua a ser muito grande, como pode ser verificado no Capítulo 6 sobre o mercado de microcomputadores, mostrando que em 1987 mais de 300 modelos diferentes de micros eram comercializados no Brasil.

Outros modelos, com tecnologia de 16/32 bits, marcaram a evolução da microinformática. O Lisa lançado em janeiro de 1993 e principalmente o Macintosh em janeiro de 1984, ambos da Apple, revolucionaram com um novo conceito de software e interface com o usuário. Outro lançamento importante foi o IBM PC-AT (AT – Advanced Technology) em agosto de 1984, época em que o PC já era o padrão “de fato” para micros. É grande a proliferação no mercado dos “compatíveis”.

A Compaq começa a destacar-se, assumindo o terceiro lugar no mercado de micros, depois da IBM e da Apple. Ela domina o mercado de micros portáteis e torna-se pioneira com os lançamentos do Compaq 386 em 1986 e do Compaq 486 em 1989.

No início de 1987 a Apple lança novos modelos do Macintosh. Em abril a IBM anuncia a série de microcomputadores para substituir a sua linha PC: os vários modelos da nova família PS/2Personal System/2.

Em 1988, Steve Jobs, que saiu da Apple, anunciava o NeXT, voltado para aplicações educacionais, seguindo a vocação e grande penetração do Macintosh nas escolas e universidades americanas. Baseado no processador Motorola 68.0X0 usado pela Apple, inova adotando como Sistema Operacional o NeXT Step, um Unixlike. Um projeto encerrado em 1993, quando Jobs anuncia que vai dedicar-se somente ao software.

Aumenta a guerra de preços cíclica, que continua até hoje, entre os principais fabricantes de micros. A Dell inova, no mercado americano, com vendas diretas pelo correio e preços agressivos, estratégia que mais tarde, no início dos anos 90, seguida pelos líderes do mercado que por sua vez começam a ampliar a garantia para 2 a 3 anos.

Outra características importante é o surgimento de modelos de micros cada vez menores. No final da década de 80, surgem os laptops no lugar dos “portáteis” da Compaq, como os modelos da Toshiba, que mais tarde se transformam nos notebooks, hand-held e palmtops, como o HP-95/100. No início, eram monocromáticos e com telas de baixa resolução, depois surgiram as telas de alta resolução coloridas, mas ainda caras.

Durante a década de 80, a imagem dos micros cresceu muito. No início, a maioria era cética, os grandes fabricantes demoraram para entrar nesse mercado e os analistas de sistemas costumavam olhar com desprezo para esses “brinquedos eletrônicos”. A tendência atual mostra os micros complementando todos os ambientes e substituindo desde computadores de médio porte até algumas aplicações de maior porte.

As tecnologias de produção de chips continuam evoluindo com rapidez. Os custos são cada vez menores, a escala de integração e a capacidade crescente, como demonstra a evolução dos modelos do maior fabricante, a Intel, que faturou 6 bilhões de dólares em 1992 e vendeu, depois de 1980, mais de 120 milhões de microcomputadores:

Evolução dos Microprocessadores da Intel

Modelo        Anúncio      Bits           Transistor            MIPS           Modelo típico
4004            71/7            4                 2,3 K                                     calculadoras
8080            74/75          8                 6 K                    0,1                micros de 8 bits
8086            78/81         16                29 K                  0,4                PC-XT e compatíveis
8088            79/81         8/16             29 K                  0,4                PC e compatíveis
80286          82/83         16/32         130 K                1 a 2               286, PC-AT, PS/2
80386          85/86         32              275 K                3 a 8               386, Compaq 386, PS/2
80486          89/89         32               1,2 M              10 a 40            486, Compaq 486, PS/2
i860             89/90         64               1,1 M                  30                RISC
Pentium (586) 92/93      64/32          3,1 M                  100              586 ou P5
“686 ou P6” 94/9?         64               10 M >               200               Pré-anunciado em 1993
“786 ou P7” 9?             128/64         100 M >            1000              estimativas

Já no final dos anos 60, a Intel inaugura uma nova fase. Projeta o microprocessador, um dispositivo que reúne num mesmo circuito integrado todas as funções do processador central. É a base para os microcomputadores. Os microprocessadores são muito pequenos – o PowerPC, por exemplo, tem apenas 1,2 cm².
O primeiro modelo é o Altair, baseado no microprocessador 8080 da Intel, vendido na forma de kit para aficionados da eletrônica. Em 1974 o então estudante da Universidade de Harvard, Bill Gates, junto com o colega Paul Allen, desenvolve o sistema operacional do Altair. Um ano depois os dois fundam a Microsoft, hoje a maior companhia de software do mundo. Bill Gates (William Henry Gates III) (1955- ) nasce em Seattle, EUA. Estuda em boas escolas e desde os 12 anos é apaixonado por computadores. Desenvolve softwares junto com o colega Paul Allen a partir de 1967. Começa a universidade em Harvard.
A partir da criação do sistema operacional do Altair dedica-se à informática, abandonando a universidade. Convence outras companhias, além da IBM, a utilizarem o sistema operacional MS-DOS, da Microsoft, em seus microcomputadores. Isso permite que um mesmo programa funcione nos micros de diversos fabricantes. É um dos homens mais ricos dos EUA e já afirmou que pretende distribuir 95% da sua fortuna.

Computador pessoal – Em 1976 é a vez do Apple I, o primeiro computador pessoal, criado numa garagem pelos americanos Steve Jobs e Steve Wozniac e que revoluciona o mercado. A resposta da IBM vem cinco anos depois, quando lança seu PC (personal computer) e contrata a Microsoft para desenvolver o sistema operacional, o MS-DOS. Sua arquitetura aberta ou seja, um sistema que podia ser licenciado por outros fabricantes determina um padrão para o mercado. Em 1983 a IBM lança o PC XT, baseado no microprocessador 8088 e com disco rígido. A arquitetura é copiada em todo o mundo e os micros tipo PC passam a ser conhecidos pelo modelo do microprocessador que utilizam 286, 386SX, 386DX, 486SX, 486DX e que são cada vez mais potentes. A Intel interrompe essa série, em 1993, ao lançar o Pentium.

Macintosh – Em 1984 a Apple apresenta sua resposta ao PC, o Macintosh, revolucionário na utilização do ícone símbolo gráfico que indica um comando e do mouse, que substitui muitas das funções do teclado. Esses recursos facilitam o uso dos micros por quem não domina a linguagem tradicional da informática. O sistema operacional equivalente da Microsoft para PC, o Windows, chega ao mercado um ano depois.

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