Aquele que se ergue às alturas sem desejo, enche de silêncio o coração.
Podemos obter o estado de vazio quando com fervor nos assentamos no repouso.
E, mesmo que todas as turbas ruidosas assaltem o homem isento de desejos, ele habita em profundo silêncio, contemplando, sereno, o louco vai-vem, Porquanto, tudo que existe, é um incessante vir e voltar.
Todas as coisas entram em seus processos de atividade e depois voltam a absorver-se no repouso.
A tranqüilidade é prova, um sinal de que finalmente conseguiram atingir sua meta suprema.
Há sempre um incessante vir e voltar, um nascer e um morrer.
O que retorna volta ao Imperecível.
Quem isto compreende é sábio e aquele quem não compreende é autor de males.
O conhecimento dessa regra imutável torna a pessoa magnânima, e aquele é magnânimo, é na verdade, um rei.
Assemelha-se ao céu, pois segue o Caminho Perfeito e como o Tao, se uniu e assim permanece para sempre.
Quem é envolvido pela alma do Universo engrandece o seu coração e o homem de coração largo é tolerante.
E o tolerante é nobre.
O homem nobre cumpre a ordem cósmica.
E quem cumpre essa ordem, identifica-se com o Tao, o Infinito.
É imortal como o Tao e não é subjugado por destino algum.
E quando o dia chegar, e seu corpo desaparecer Já nenhum perigo o espera.
...
Tao Te King.