PLANIFICAÇÃO DO 11º ANO
(Ano Lectivo de 2000-2001)
O
UNIVERSO DA LÓGICA
OBJECTIVOS GERAIS:
ü
Reconhecer e avaliar, na
contemporaneidade, a importância do raciocínio lógico;
ü
Fornecer instrumentos
intelectuais de análise e de reflexão;
ü
Desenvolver a competência
comunicativa e argumentativa ao nível oral e escrito.
OBJECTIVOS
ESPECÍFICOS:
Definir,
entre outros, os conceitos de lógica, retórica, frase, juizo predicativo,
enunciado, proposição, termo, termo simples, termo composto, conceito, indução,
definição, discurso, sintaxe, semântica, pragmática, semiótica, discurso
demonstrativo, discurso argumentativo, discurso persuasivo, juizo de facto,
juizo de valor, juizo categórico, princípio lógico, juizo hipotético, juizo
disjuntivo, princípio de identidade, princípio da não-contradição, princípio do
terceiro excluído, cópula de um juízo, forma de um juízo, matéria de um juizo,
verdade, validade formal, validade material, raciocínio, inferência mediata e imediata, silogismo, raciocínio
analógico, falácia formal, falácia linguística, figura de um silogismo,
entimema, paralogismo, dilema, círculo
vicioso, petição de princípio, refutação, argumentação, demonstração,
persuasão, etc.)
ü
Avaliar a utilidade/valor da
Lógica;
ü
Relacionar as noções de saber,
pensamento/conhecimento, linguagem e discurso.
ü
Analisar os níveis de um
discurso: (gramática e código do discurso – sintaxe -; semântica; princípios
racionais e sua aplicação no discurso; situação comunicativa e pragmática)
ü
Referir alguns domínios de
aplicação contemporânea da lógica matemática (cibernética, informática,
inteligência artificial, etc. )
ü
Exemplificar os princípios
lógicos da identidade, não-contradição e do 3º excluído sob a forma de
resolução de exercícios.
[LÓGICA
CLÁSSICA]
ü
Esclarecer e exemplificar a
formação de um conceito;
ü
Relacionar termo e conceito;
ü
Esclarecer, exemplificar e
identificar a relação entre extensão e compreensão de um conceito;
ü
Distinguir frase de juízo: (enunciados
interrogativos, enunciados que expressam ordens, enunciados que expressam
desejos, enunciados exclamativos, enunciados indefinidos, etc. e frases que são
juízos/asserções/frases declarativas, enquanto expressão simples ou composta de
uma ideia/pensamento a que se pode atribuir o valor lógico ou de verdade ou de
falsidade). Distingue ainda, diversos tipos de juízos (constatativo, de
existência, predicativo ou atributivo e de relação).
ü
Identificar, num discurso, os
conceitos, os juízos, as premissas, os indicadores de premissas, os indicadores
de conclusão, a conclusão, etc.
ü
Classificar os juízos: (categóricos,
hipotéticos e disjuntivos, universais, particulares, singulares, negativos,
afirmativos, juizos de facto e juizos de valor).
ü
Esclarecer a tese de que a
verdade não se refere ao conceito, mas à proposição e ao raciocínio (validade
formal versus validade material ou verdade).
ü
Aplicar as leis do quadrado
lógico (oposições: contraditoriedade, contrariedade, sub-contrariedade e
sub-alternidade).
ü
Aplicar as leis da conversão de
proposições (conversão simples, por limitação e por contraposição/negação).
ü
Caracterizar, exemplificar e
identificar raciocínios por analogia;
ü
Indicar, identificar e
utilizar, como forma de resolução, as regras da dedução silogística; (silogismos categóricos e regras dos
termos e das proposições)
ü
Referir, hipoteticamente, o modo
de transformar entimemas em silogismos regulares (em silogismos categóricos
e/ou hipotéticos);
ü
Aplicar as regras do Modus
Ponens e do Modus Tollens aos silogismos hipotéticos e,
hipoteticamente, aos silogismos disjuntivos;
ü
Descobre falácias não-formais (falácias
de relevância e, hipoteticamente, de linguagem e outras falácias).
ü
Reconhece dilemas e paradoxos;
ü
Descodificar as mensagens
veiculadas pelos diferentes discursos e aprecia a consistência das suas redes
argumentativas (discursos argumentativos e persuasivos).
A
PROBLEMÁTICA DO CONHECIMENTO
OBECTIVOS
GERAIS:
ü
Compreender as diferenças entre
percepção e conhecimento.
ü
Compreender a fenomenologia
como método.
ü
Reconhecer a importância da
perspectiva psicogenética de Piaget sobre a origem e desenvolvimento da
actividade cognitiva.
ü
Diferenciar, ao nível da origem
do conhecimento, duas soluções clássicas: empirismo de John Locke ou Locke e
racionalismo de Platão.
ü
Diferenciar, ao nível da possibilidade
do conhecimento, dogmatismo, cepticismo e criticismo.
ü
Diferenciar, ao nível da
natureza do conhecimento, realismo de idealismo.
ü
Consciencializar-se das
dificuldades em estabelecer o estatuto do conhecimento científico.
ü
Compreende a evolução da
Ciência desde os primórdios até à contemporaneidade.
ü
Compreende a unidade e
diversidade das ciências.
ü
Reconhece a importância da
hipótese na Ciência.
ü
Consciencializar-se da
(in)existência de obstáculos à investigação científica.
ü
Comparar as posições de
Bachelard, Kuhn e Popper quanto aos problemas da relação entre ciência e senso
comum, em primeiro lugar, e do progresso histórico da ciência, em segundo
lugar.
ü
Questionar a cultura
científico-tecnológica contemporânea.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
ü
Definir conceitos: (ontogénese,
conhecimento, conhecer, dogmatismo, cepticismo, criticismo, esquema de acção,
equilibração, equilibração, empirismo, racionalismo, hipótese, continuismo
epistemológico, continuismo histórico, descontinuismo histórico, obstáculo epistemológico,
paradigma científico, ciência normal segundo Khun, revolução científica segundo
Kuhn, técnica, ciência, etc.).
ü Explicar em que sentido o conhecimento perceptivo já implica
uma interpretação:
ü
Caracteriza a abordagem
psicogenética: (teoria dos 4 estádios de desenvolvimento; a origem do
conhecimento na acção: processo de assimilação, acomodação, equilibração e
transformação das estruturas mentais).
ü
Descreve o acto do conhecimento
na perspectiva da fenomenologia.
ü
Explicitar as teses centrais
dos empiristas: (Locke: o conhecimento como "tábua rasa" e
a experiência sensível que nela se inscreve).
ü
Explicita as teses centrais dos
racionalistas: (Platão: o conhecimento como saber racional de ideias;
objectividade das ideias; as ideias como modelos do sensível; teoria da
participação; teoria da reminiscência; processo dialéctico de descoberta da
verdade).
ü Distinguir realismo crítico de realismo ingénuo.
ü Definir idealismo.
ü Explicitar o objecto da epistemologia.
ü Explica as características essenciais da Ciência da
Antiguidade Clássica à Contemporaneidade.
ü Caracteriza aprofundadamente a Ciência Moderna.
ü Explica a unidade e diversidade das Ciências.
ü Esclarece o papel da hipótese na constituição da Ciência.
ü
Caracterizar as relações entre
senso comum e ciência a partir da posição de K. Popper e Bachelard.
ü
Avalia o tipo de evolução
próprio das ciências a partir das posições de K. Popper, Kuhn e Bachelard.
ü
Caracterizar genericamente a
ciência contemporânea: objectividade e intersubjectividade; operatividade
dos seus conceitos; carácter progressivo e dialéctico; carácter hipotético;
unidade e diversidade do saber científico; conhecimento aproximado).
ü
Elaborar um discurso pessoal e
crítico não só sobre os serviços prestados pela ciência e técnica
contemporâneas (poder), como também sobre os perigos das suas aplicações
(riscos) e consequentemente sobre os seus limites.
O
SENTIDO DA EXISTÊNCIA
OBJECTIVOS GERAIS:
ü
Reconhecer e avaliar a
diversidade dos posicionamentos filosóficos e filosófico-religiosos face à vida
humana.
ü
Reconhecer no
existencialismo uma reacção contra os sistemas racionalistas.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
ü
Mostrar a originalidade da
filosofia de Kierkegaard (ou de um outro filósofo existencialista religioso)
face ao sentido da vida.
ü
Mostrar a originalidade
de J. P. Sartre face à existência (ou de um outro filósofo existencialista
ateu).
ü
Mostrar a originalidade
do posicionamento de Nietzsche.
ü
Explicar a teoria
existencial de K. Marx.
ü
Explicitar o sentido que
uma nova religião contemporânea dá à existência humana.
ü
Explicitar a teoria
existencialista implícita nos defensores da Ecologia.
ü
Esclarecer a experiência
do amor como uma experiência que dá sentido à vida.
ü
Discutir as filosofias
que consideram a vida como um absurdo.
ü
Discutir as perspectivas
que apontam para Deus como o último horizonte do sentido humano.
Ó Grupo de Filosofia, E.S.F. 2000-2001