Bicondicionalidade ou Equivalência Material (Û)

 

 

Este operador lê-se: "se e só se"; "somente se"; "é equivalente a", cuja abreviatura é "sse".

Outras expressões de bicondicionalidade: "sempre que (e somente nesse caso)"; "é necessário e suficiente que". A bicondicionalidade exprime a condição necessária e suficiente. A condição necessária é o conteúdo do consequente. 'Se e só se' introduz o consequente do bicondicional:

Exemplo:

"Namora-lo-ei (n) se e só se você fôr rico (f),"  n Û f

 

Na proposição iniciada com: 'Para que ... é necessário e suficiente que', o enunciado iniciado com 'para que ...' é o antecedente.

Exemplo:

"Para que isto não seja ácido (a) nem base (b) é necessário e suficiente que não seja água (g) e não tenha pH igual a 7 (p)"

(a W b) Û (~ g ~ p)

 

Para compreender melhor a leitura de p Û q aconselhamos a fazer as seguintes leituras lógicas:

- uma condição necessária para P é Q;

- Q é uma condição necessária para P (a verdade do consequente é necessária para a verdade do antecedente, embora aquela verdade não garanta a verdade do antecedente).

- uma condição suficiente para Q é P;

- P é uma condição suficiente para Q (a verdade do antecedente garante, ou é suficiente, para a verdade do consequente, embora aquela verdade não seja necessária para a verdade do consequente).

Exemplo:

         B: é baleia

M: é animal marinho e mamífero

b Û m = A condição necessária e suficiente para que um animal seja baleia é que seja animal marinho e mamífero.

 

Por desdobramento:

B Þ M = A condição necessária para que um animal seja baleia é que viva no mar e seja mamífero: a verdade de M é condição necessária para a verdade de B.

M Þ B = a condição suficiente para que um animal viva no mar e seja mamífero é que seja baleia: a verdade de B é a condição suficiente para a verdade de M.

 

Isto quer dizer que a bicondicionalidade é equivalente a uma conjunção de implicações:

B Û M

= (B Þ M) Ù (M Þ B)

 

A equivalência material de duas proposições, p e q, é uma nova proposição que resulta de ligar p e q pelo símbolo Û ; a nova proposição é verdadeira se  p e q têm o mesmo valor lógico e falsa se têm valores lógicos diferentes.

Eis a Tabela de Verdade:

 

p  q

p Û q

Ou

p Û q

ou

p  q

p Û q

ou

p Û q

V  V

V  F

F  V

F  F

V

F

F

V

 

V V V

V F F

F F V

F V F

 

1 1

1 0

0 1

0 0

1

0

0

1

 

1 1 1

1 0 0

0 0 1

0 1 0

 

Como a equivalência é uma dupla condicionalidade, então podemos afirmar que a proposição equivalente é verdadeira quando as duas proposições condicionais em que se decompõe têm o mesmo valor lógico.

 

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Ó Grupo de Filosofia, Escola Secundária do Fundão, 2000

 

 

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