UM MALUCO COM A BOCA NO TROMBONE                            

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O Editorial permanente foi transferido para o fim da página. Agora as notícias mais fresquinhas ficam no topo.

 

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A INTELIGÊNCIA TEM LIMITES.  A BURRICE NÃO.

                              

Este não é um blog. Atualizo artigos antigos. E reconheço erros.

 
 

 

TÁ EXPLICADO... Créditos para o http://OVOAZUL.ZIP.NET 

 

Recebi do Vitório, que a recebeu de Maria Manuela Tenório, que também perdeu um pai no massacre.

Publicada no Jornal do Commércio no dia 21 de julho de 2007.

Perder um grande amigo: ”Relaxe e goze!”

Quase 200 mortos. Centenas de famílias desoladas. Filhos órfãos. Pais que perderam os filhos. Sonhos de maridos e mulheres destruídos. Milhares de amigos inconsoláveis e um país consternado. Mas a regra é esta: “Relaxe e goze!”

O vôo TAM 3054 me fez órfã de meu grande amigo Gilmar, meu querido  Bobagem (assim  eu o chamava), que me respondia  sempre com um sorriso envergonhado no canto da boca: ”Diz, Neguinha”.

Compartilhamos por 20 anos – eu; meu marido, Victor; ele e sua   esposa, minha grande amiga Tanagra –  grandes e intensos momentos, horas alegres e difíceis. Meu Deus, e nossas viagens, Bobagem!? Não pensávamos em viagem sem que eles, Gilmar e Tanagra, estivessem incluídos. Foram seguramente mais de 20.

Que grandes momentos, hein, meu amigo? Incontáveis e inesquecíveis momentos. Como rimos juntos! Quanta “cachaça”... Quanto vinho... Você era nosso sommelier, sempre escolhia os melhores, numa sempre  árdua tarefa do custo e benefício – só você era capaz de fazer isso tão bem...

E ontem de manhã, ao cancelar a nossa próxima viagem, daqui  a 15 dias, e ao comprovar com meus próprios olhos seu nome naquela terrível lista, não pude nem posso “relaxar e gozar”.

Esta foi um tragédia anunciada. Congonhas deveria ser revisto. É extremamente limitado. Na impossibilidade de se aumentar a extensão da pista, é preciso limitar o tamanho dos aviões que pousam no local.

Por que a  pista de Congonhas foi liberada antes de verdadeiramente pronta? Nas condições atuais, a pista deveria estar fechada com a chuva de terça-feira. Será  que o  lindo aeroLula  pousaria  naquela pista com aquela chuva?

Tenho certeza de que não, pois o total descaso é conosco, cidadãos brasileiros governados por  políticos corruptos e incompetentes que no alto de sua ignorância  só sabem  dar declarações absurdas e vergonhosas.  Isso quando não se escondem no “eu não sabia de nada...”

Onde estava nosso Exmo sr. presidente da República nas primeiras horas do acidente? No palácio com seus competentes ministros fazendo o nada de sempre. Pior, se questionando “como vamos nos safar de mais esta?” A tarefa de enfrentar as câmeras fica (sempre) para o porta-voz da Presidência.

Tenho certeza de que várias CPIs serão  instauradas com  nomes bonitos, tipo ”CPI de Congonhas” ou “CPI JJ 3054” , e, caso não encontrem um nome, a CPI do Apagão Aéreo terá mais uma palhaçada que não dará em nada. Depois de meses, a falha possivelmente terá sido humana, pois o piloto, coitado, não está  aqui mais para se explicar,  e  aí começarão declarações
de vários órgãos - Infraero, Anac, Ministério da Defesa... –,   um encobrindo o outro. Vamos ouvir declarações como: “A caixa-preta não continha dados suficientes para uma conclusão precisa....”  E novamente, entra por uma perna de pinto e sai por uma perna de pato.

Tenho uma sugestão, que tal “CPI do assassinato em massa”?

Senhores governantes, a inoperância há nove meses com a segurança aérea brasileira não resultou apenas  em filas intermináveis   em aeroportos. O resultado  são cerca de 200 mortos e o maior acidente da história da aviação no Brasil!

Toda vaia é pouco para esse governo.

Eu peço que, por favor, em nome da memória de meu amigo Gilmar, de quase 200 mortos e de centenas de famílias destruídas, não vamos mais  deixar que eles relaxem e gozem de cada um de nós.

E você, querido amigo  Bobagem, reze por todos nós e peça ao nosso grande Pai aí de cima forças para todas essas famílias e para que Ele nos ajude a suportar a sua falta.

Um beijo no seu coração. Sua eterna amiga,

Maria Helena Bandeira de Melo.

Citando novamente Eduardo Caruso Cunha:

Não cabe pedir a renúncia. A honra hoje exigiria suicídio.

 

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Enviado por Álvaro Quelhas para o UFJFLIVRE, Disponível em www.andes.org.br

Data: 26/7/2007  Fonte: Contas Abertas

Governo mantém intactos cerca de R$ 2 bilhões no Fundo Aeronáutico

Mariana Vargas

Enquanto a crise no transporte aéreo se intensifica e faltam investimentos do governo, a disponibilidade de dois fundos setoriais que deveriam contribuir para melhorias no setor não pára de inchar. Apesar da carência de infra-estrutura nos aeroportos de todo o país, a reserva dos Fundos Aeronáutico e Aeroviário praticamente dobrou de 2002 para cá em termos reais, ou seja, desconsiderando o impacto da inflação. Juntas, as duas fontes de recursos que foram criadas com o objetivo de garantir os investimentos no sistema de aviação já acumulam R$ 2,1 bilhões, que, embora contabilizados nos Fundos, permanecem parados nos cofres do Tesouro, contribuindo para a decolagem do superavit primário no fim do ano.

O montante acumulado ao longo dos anos nos dois fundos setoriais daria para arcar com o dobro dos investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), este ano, para o Plano de Desenvolvimento da Infraero. O Plano é responsável por prover infra-estrutura aos aeroportos, além de fornecer recursos para a ampliação de pistas de pouso. Na última semana, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que, até o fim de 2007, cerca de R$ 1 bilhão deverá ser investido na rubrica.

Do total bloqueado nos cofres, a maior parte, R$ 2 bilhões, está no Fundo Aeronáutico. Criado por um decreto-lei de 1945, o Fundo, subordinado ao Comando da Aeronáutica, tem como um dos principais objetivos garantir recursos à modernização e ao aparelhamento dos serviços de segurança e proteção ao vôo, construção de aeroportos e obras complementares, como as de ampliação e pavimentação de pistas nos aeroportos existentes. O regulamento do Fundo, aprovado em 1957, deixa claro que seus recursos “só podem ser aplicados em benefício do Ministério da Aeronáutica e de sua representação”.

Apesar disso, o dinheiro aí acumulado serve mais para contribuir com a política fiscal do governo, do que com a melhoria da aviação propriamente dita. A reserva de recursos que permanece intacta no Fundo Aeronáutico cresceu 124,8% de 2002 para cá. O montante é composto, sobretudo, por tarifas pagas por passageiros e empresas aéreas que utilizam os aeroportos. Nos últimos cinco anos, a quantia disponível que provém apenas da tarifa sobre o uso dos equipamentos de comunicação em aeroportos, incluindo aí os auxílios visuais e a utilização de rádios em áreas de terminal de tráfego aéreo, praticamente quadruplicou.

Do montante disponível no Fundo, a maior parte, cerca de R$ 1,7 bilhão deveria contribuir para melhorias estruturais nos aeroportos, em sistemas de comunicação e controle do tráfego aéreo, ações de proteção e prevenção de acidentes, entre outros (veja tabela). Desses, meio bilhão seria para o Programa Federal de Auxílios aos Aeroportos (PROFAA), que destina recursos para a construção de pistas e estacionamentos em pequenos aeroportos estaduais e municipais.De acordo com informações do Comando da Aeronáutica, este programa é gerido pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e depende de uma contrapartida dos governos estaduais.

Mais R$ 589,3 milhões que estão disponíveis no Fundo deveriam contribuir com a construção de pistas em aeroportos não comerciais de localização estratégica, sobretudo em fronteiras com outros países e na região Amazônica. No entanto, segundo o Comando, injetar mais recursos neste programa e no PROFAA não contribuiria para a solução da atual crise. Além desses, outros R$ 2,9 milhões do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) também compõem a reserva do Fundo.

No entanto, nem todo o dinheiro do Fundo Aeronáutico contribui diretamente com o sistema aéreo. Pelo balancete contábil, R$ 18,6 milhões estão reservados para gastos com saúde na Aeronáutica e outros R$ 3 milhões para auxílio residencial, além de R$ 644 mil para um “programa escolar”. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf).

Governo promete liberação

Do restante dos recursos que deveriam ser destinados à infra-estrutura, a Aeronáutica explica que uma parcela já está comprometida para compras no exterior. Segundo o órgão, a partir do fechamento de câmbio para tais aquisições, o recurso passa a estar comprometido, embora ainda apareça no Siafi como verba disponível. De acordo com informações do Comando, da quantia parada no Fundo Aeronáutico, apenas R$ 364 milhões poderiam contribuir efetivamente para o incremento da estrutura aeroportuária e equipamentos de auxílio ao tráfego aéreo.

Diante da crise, o governo concordou recentemente em liberar esse montante em três parcelas, sendo que a primeira delas, de R$ 123 milhões, já estará disponível no próximo mês. Segundo a Aeronáutica, a liberação imediata da totalidade da verba (os R$ 364 milhões) seria ineficiente, já que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) não dispõe de uma estrutura de gestão capaz de, em um curto espaço de tempo, aplicar todo esse dinheiro, visto que o processo é demorado e depende de outros fatores complexos, como abertura de licitação, encomenda de equipamentos no exterior, entre outros.

O Comando destaca ainda que está negociando com o Planejamento, para que no próximo ano toda a arrecadação feita por meio das tarifas relacionadas ao espaço aéreo sejam disponibilizadas para investimentos no setor. Uma projeção feita pelo órgão prevê que o orçamento do Decea deverá aumentar cerca de 6% nos próximos anos, o que já contribuiria para a realização de melhorias no que diz respeito ao controle do tráfego. Com a liberação da segunda parcela da verba disponível no Fundo, já garantida pelo governo, estima-se que em 2008 a Aeronáutica conte com um orçamento de aproximadamente R$ 706 milhões para tentar frear a crise.

Fundo Aeroviário

Em volume bem menos significativo do que o primeiro, o Fundo Aeroviário ambém acumula uma reserva considerável. Criado em 1967, ele possui natureza contábil e destina-se a prover recursos financeiros para a execução e a manutenção do que prevê o Sistema Aeroviário Nacional,  podendo ser aplicado em projetos, construção, manutenção, operação e na administração de instalações e serviços da infra-estrutura aeronáutica (veja a lei nº 5.989/73 que dispõe sobre o Fundo). Também composto por diferentes tipos de taxação sobre lubrificantes e combustíveis, sobre o uso de equipamentos de comunicação, de edifícios e instalações, além de tarifas aeroportuárias e outras fontes orçamentárias, o Fundo Aeroviário acumula atualmente mais de R$ 101 milhões nos cofres do Tesouro.

A preocupação quanto aos perigos que tanta “economia” pode gerar não vem de agora. Em 2003, uma resolução do Conselho Nacional de Aviação Civil (CONAC) alertava para os problemas que poderiam surgir, fruto do contingenciamento sistemático dos recursos disponíveis nos Fundos ligados à aviação. De acordo com o documento, as reservas de contingência já vinham, na época, produzindo dificuldades ao Comando da Aeronáutica, pois na prática “consistem em recursos tarifários, arrecadados e destinados por lei a um fim específico, comprometendo a execução orçamentária do órgão”.

”A diminuição dos recursos aplicados nessa atividade produz reflexos na própria segurança dos vôos, podendo acarretar a degradação do sistema, sendo que, além dos efeitos danosos sobre o custo do transporte aéreo, pode obrigar o Comando da Aeronáutica, por medida de segurança, a adotar um controle de tráfego aéreo nos níveis convencionais existentes no passado”, já previa a resolução.

Para o economista Gil Castello Branco, o hiato criado nos últimos anos entre a arrecadação gerada com as tarifas ligadas à aviação e o gasto efetivo no setor produziu disponibilidades incompatíveis com o aumento do fluxo de passageiros. Segundo ele, muitos desses recursos, que hoje ultrapassam R$ 1 bilhão, jamais serão incorporados ao sistema aéreo, pois embora contabilizados em favor dos Fundos, não serão liberados pela área econômica, para não prejudicar o equilíbrio fiscal. Diante da atual situação, para o economista, é imprescindível que sejam liberados, ao menos, os superavits acumulados para a proteção ao vôo e a segurança do tráfego aéreo. “As promessas do Ministério do Planejamento de liberar os R$ 364 milhões em três anos é o mínimo que se pode esperar diante da crise que se instalou nos últimos meses no país”, defende.

Órgãos pouco atuantes

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio (SNA), considera “lamentável” o bloqueio de recursos nos Fundos Aeronáutico e Aeroviário, diante das carências enfrentadas pelo setor de aviação no país. “É uma temeridade saber que todo esse dinheiro foi recolhido, mas não se reverteu em melhorias para o setor”, diz. Segundo ela, os recursos deveriam ter sido investidos em áreas prioritárias, que carecem de aplicações, como infra-estrutura aeroportuária, novos equipamentos de controle do tráfego aéreo e formação profissional, como estabelecem resoluções do CONAC - órgão de assessoramento do Presidente da República para a formulação da política nacional de aviação civil.

Para a presidente do SNA, falta no país uma pressão mais efetiva dos órgãos ligados à aviação sobre governo, para uma maior liberação de recursos que contribuam para o desenvolvimento do setor. “O próprio CONAC ficou mais de dois anos sem se reunir e das 18 resoluções estabelecidas em 2003, apenas duas avançaram”, critica. Graziella explica que o caos vivido hoje pelo setor no Brasil é resultado de graves problemas de gestão e falta de planejamento. “É a mistura dessas falhas que vem inibindo os investimentos e hoje estamos sofrendo as conseqüências”, critica.

Para ela o país carece de um órgão de fiscalização mais atuante capaz de cumprir a risca as determinações do Código Brasileiro de Aeronáutica e suspender as empresas que não se adequarem às regras. O Sindicato defende ainda a realização de uma auditoria independente capaz de apontar as prioridades em termos de melhorias, no intuito de recuperar a credibilidade do sistema que ficou profundamente abalado depois dos últimos acontecimentos.

 Citando Eduardo Caruso Cunha:

Não cabe pedir a renúncia. A honra hoje exigiria suicídio.

 

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Teste de Caráter

Este é um teste para sua auto-avaliação. Responda à pergunta final com sinceridade e então poderá auto-avaliar sua moral. Trata-se de uma situação imaginária. Você deve decidir sobre uma atitude a ser tomada baseada em duas alternativas possíveis.

Caso:
Você está em São Paulo , em meio aos terríveis momentos de enchentes que normalmente ocorrem na cidade em épocas de chuvas mais intensas. Você é um repórter fotográfico que trabalha para a CNN e está desesperado em meio ao caos e tirando as fotos mais impactantes. A água cobre a principal via de trânsito e envolve pessoas e veículos. De repente, em meio aos caos, você vê num Jeep o Lula, o José Dirceu e o Paulo Maluf. Eles lutam desesperadamente para não serem arrastados pela correnteza, que segue direto para um enorme buraco que a tudo engole, entre lama, lixo e pedras. E eles estão sendo arrastados inexoravelmente. Você tem a oportunidade única de resgatá-los, mas tem também a oportunidade única de tirar uma fotografia jornalística, seguramente ganhadora do Prêmio Pulitzer, que te faria famoso no mundo inteiro, ao mostrar o flagrante inédito da morte de tão famosos políticos. Não dá para titubear e nem fazer as duas coisas: salvar e fotografar.

Pergunta:
Baseado em seus princípios éticos e morais, e na fraternidade e solidariedade humanas, responda sinceramente: Você faria a foto em preto e branco ou colorida?

Gil , bobalhão de plantão*, em 27 de julho de 2007

* ver o artigo abaixo, do Jabour

Recebi por e-mail, e me apresso a publicar, antes, que seja censurada

A Verdade está na cara, mas não se impõe (II).       

Arnaldo Jabour

Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe - lá no fundo - que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

 

Brasileiro é um povo honesto. Mentira. Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa, e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos tem direitos mas ninguém tem obrigações, não existem democracia e sim,anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense nisso!

O famoso jeitinho brasileiro. Em minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um ‘gato’ puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero.Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos pentacampeões do mundo né? Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avós se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro!? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar... O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, biodiesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!*

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

Arnaldo Jabour.                                                                           

   * Por enquanto, Jabour. Já tem gente de fora com olho na água, há muito tempo. (Gil)

Outras do Arnaldo:

Bobalhão

Carta ao Juiz

Chega de criticar

O que foi que nos aconteceu?

CRIANÇA ESPERANÇA

A canalhice que assola o país atinge índices insuportáveis. Acabo de saber, assistindo ao programa da Ana Maria Braga, que em toda doação que você fizer para a campanha Criança Esperança, além de pagar a taxa telefônica (com o respectivo imposto embutido), ainda é obrigado a PAGAR OUTRO IMPOSTO, por força de lei.  

Para dar esmola, por lei, você tem de financiar dólares de cuecas? Propaganda política na televisão? Indenizações à assassinos desertores? Porcentagens para o partido? Comissões por fora?

Ao invés de estimular a doar, com abatimento no imposto de renda, essa cambada de corruptos que dirige o Brasil ainda quer comer mais unzinho do teu bolso?

E ainda me chega por e-mail a informação que o total arrecadado, ao ser "doado" pela Rede Globo à UNICEF - aí, sim - recebe um polpudo incentivo, como desconto no Imposto de Renda. E que a ordem de grandeza do abatimento é expressa em milhões de reais. Essa eu não acreditei. Nem aqui isso seria possível.

Se isso aplacar sua consciência, doe alguns trocados. Se acha que isso compensa a permissão que você concede ao político que você elegeu para roubar dessas mesmas crianças,  deixe que a UNICEF lhes patrocine - com o seu dinheiro- o pãozinho de cada dia. Vai aparecer bem na foto.

Se houver inverdade no que escrevi acima, me informe. Terei um ENORME PRAZER em me retratar, e então, mas somente então, fazer alguma contribuição para a campanha. 

         Gil Carvalho Paulo de Almeida, em 27 de julho de 2007

Recebi em e-mail de meu amigo Ermindo Gomes Rocio. Somos três engenheiros com a mesma opinião.

O que faz este depoimento tem experiência com aeroportos, Ermindo com estradas, e eu com barragens.

Publicarei qualquer contestação ao que está escrito abaixo, de engenheiro experiente com obras públicas.

É um desafio.

 

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Depoimento de um Engenheiro

Meu nome é Fernando Gouveia e o n. do meu CREA-MG é 53538/D e desafio qualquer técnico ou perito a contradizer minha exposição, óbvia, dos fatos. Se eu estiver errado, rasgo minha carteira do CREA. Desafio qualquer político, rato, FDP, que se sinta prejudicado pela realidade que aqui relato, a me processar. Estou dando meu número do CREA (q não é falso) e meu e-mail. Não precisa fazer esforço pra me achar.  

Agora, caso vc não seja um dos pestilentos responsáveis pela desgraça que se abate sobre nós, dia após dia, então não seja um "Zé Ninguém". Pare alguns minutos do seu precioso trabalho, leia o texto abaixo, com atenção, e, caso concorde, pulverize para todos da sua caixa postal. Não se omita. Se não concorda, responda-me, argumente, "defenda" sua posição, mas não seja mais um covarde, mais um egoísta, mais um bundão. Essa coisa tem que acabar, para que nossos netos e filhos tenham condições de viver sem vergonha de serem bem sucedidos e sem medo de usufruir com liberdade das suas próprias conquistas. Ser rico não é crime, mas ser pobre não é uma escolha, uma opção de vida. Ser inteligente e culto não é mérito e sim sinal de privilégio, mas ser burro não é uma questão de deficiência de caráter e sim de ser vítima de uma epidemia cujo agente, "a verdade política", é pulverizado no ar por forças que se alimentam da ignorância em massa.  

Minha única irmã estará, na próxima semana, nesse mesmo vôo, também pela TAM e espero que o avião não caia, mas minhas palavras transcendem minha preocupação pessoal com uma pessoa que amo, seja minha irmã, esposa, filhas, amigos, seja quem for. Morrer é o caminho de todos nós e isso, que soa como a questão principal, na verdade, não passa de um detalhe, sórdido, mas subliminar.  

Vejam os números: Imaginemos 200 vítimas fatais, cada uma com uma média de 10 parentes e 10 amigos, então teremos 20.000 pessoas indignadas por terem sido atingidas diretamente. No que interessa aos políticos, o voto, esse número é ínfimo. Divida 20.000 indignados por 100.000.000 de eleitores e você verá que foram perdidos "apenas" 0,02% do eleitorado, ou seja, 2% dividido por cem (para os que se confundem com números). E daí? Agora veja quantas pessoas transitam, passeiam, relaxando e gozando, felizes, ou passando raiva, no aeroporto de Congonhas, TODOS OS DIAS. E é a essa "china" humana, de transeuntes, vivos e capazes de votar, que os políticos preferem atender. Por isso que a verba para a reforma, digamos, "antropodinâmica" (que garante conforto, estética, luxo, etc.) saiu primeiro que a verba para os serviços técnicos de pista. Essa é a sordidez da mente nefasta dos nossos políticos: "Que diferença faz uma meia dúzia de 20.000 que se estrepam dali, se outros milhões se alegram de cá". 

Fui engenheiro responsável por várias obras de porte que prestei para a INFRAERO, inclusive nas pistas e sou testemunha viva da capacidade técnica desse órgão. Os departamentos de engenharia beiram a perfeição, tanto em recursos humanos quanto físicos. O pessoal da segurança treina até o mais reles peão, um mero carregador de sacos. Todos os trabalhadores, peões ou engenheiros são checados pela segurança, que só depois desta conferência libera os crachás com as indicações de acesso, ou seja, as permissões para transitar nessa ou naquela parte. Tive um fiscal da INFRAERO que tinha sido meu aluno na Faculdade de Engenharia da FUMEC e, por coincidência, já engenheiro formado, acabou designado para fiscalizar minha obra. O sujeito não relaxou, ao contrário, dobrou a rigorosidade, que já não era pouca. Resumindo, os técnicos e o pessoal da segurança da INFRAERO são sérios, são técnicos e não políticos sabiam que a pista não estava plenamente segura e não fizeram nada, porque não puderam fazer nada, porque pra nossa infelicidade os Diretores e Presidentes das "INFRAERO da vida", mesmo que tenham sido técnicos um dia, deixaram de sê-lo e hoje vivem da e para a política.  

O que se viu ali foi crime, mas não apenas contra meia dúzia de 20.000 vítimas diretas, mas sim contra todos os brasileiros. Os números não assustam e a comoção é uma questão de mídia. Um único feriado mata três vezes a quantidade de pessoas que morreram ontem, só em acidentes de estradas, sem falar na violência desenfreada e na fome.  

Se a rede Globo dedicasse o tempo de UM ÚNICO capítulo da sua mega educativa novela, "Os Sete Pecados", para explicar, em linguagem simplificada, para 50 milhões de brasileiros grudados na TV, o que realmente ocorreu naquele acidente, teríamos uma revolução. Só que não interessa a ela, como não interessou mostrar, com detalhes, a vaia que o Lula recebeu no Pan. Cala-se e continua passando seu absurdo folhetim que glamouriza a ruindade de espírito e fica anunciando e repetindo a balela dos interessados em ganhar tempo, com essa conversa mole de "aguardar a perícia". É disso que vivem nossos políticos. De aguardar. De esperar a poeira abaixar, como abaixará mais essa e mais outras tantas.  

Não tem papo de perícia: Sou perito formado pelo antigo Instituto Mineiro de Avaliação e Perícias, hoje Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias – Sucursal MG fui professor da Faculdade de Engenharia da Universidade FUMEC por 11 anos e afirmo, taxativamente, que, nesse caso, não precisa "esperar" o resultado da perícia. Trata-se de um evento óbvio, derivado de um vício construtivo, fruto da irresponsabilidade dos que priorizaram as obras valorizando a plástica e relegando a segurança ao segundo plano. Toda pista de rolamento precisa de drenagem, o que ocorre um pouco pela permeabilidade dos materiais e a maior parte por um sistema de drenagem básico, jogando a água do centro da pista para as laterais, com recursos primários de inclinação e coleta perimetral. Em locais de maior necessidade de aderência, como em algumas curvas de ruas, avenidas e estradas e também em pontos de pistas de pouso, pontes e viadutos inclinados ou em curva, pátios, enfim, onde se pretenda aumentar o atrito da roda com o piso, são feitas ranhuras, que além de melhorarem o atrito favorecem a drenagem radial. Uma dessas situações é o caso de Congonhas, que tem a chamada "pista curta". Alguém pode alegar que a pista do Santos Dumont também é curta e também não tem ranhuras, mas existe a questão do ar. Lembrem-se dos jogos de futebol do Brasil, nos países muito altos, onde o ar é rarefeito: O goleiro cobra um tiro de meta e a bola sai do outro lado do campo. Pois é; O Santos Dumont está ao nível do mar e São Paulo a 860 metros acima do nível do mar. Com altitude maior, o ar fica mais rarefeito, o que exige mais pista ou então mais recursos de frenagem para a aeronave. Engenharia é isso, muda tudo e tudo depende de um tanto de coisa e foi pra isso que a engenharia surgiu como ciência.  

Especula-se: FOI FALHA TÉCNICA? A equipe técnica da INFRAERO sabe que 2+2=4.  Falha técnica seria, se eles não soubessem disso. Mas tenham certeza, eles sabiam. Não fizeram nada porque são mandados por pessoas hierarquicamente superiores, que vão cobrindo a técnica com uma espessa camada de política.  

FALHA DO PILOTO? É bom lembrar sempre que ele também estava no avião e ele também morreu. Arremeter é o procedimento indicado em qualquer situação anormal que ocorra entre o momento de início dos trabalhos para aterrisagem até a parada completa da aeronave em solo. O piloto fez o que pôde. FALHA DA AERONAVE? Alegar excesso de tecnologia, ou falha de equipamentos é ridículo. É mais fácil uma arara azul fugir da Amazônia e fazer cocô na sua cabeça do que uma aeronave como essa dar problema.  

Sabe qual o nome do ÚNICO VERDADEIRO CAUSADOR DESSA TRAGÉDIA? Eleições 2010. É a ânsia pelo poder... E a culpa nem é do Lula, que não passa de um gerente encantado e lambuzado (quem nuca comeu melado, quando come se lambuza), mas inócuo. O problema é nosso, da classe alta e privilegiada, que muitas vezes nos omitimos, ou nos escondemos atrás dos nossos próprios interesses. Esperem o povão dopado pela ignorância resolver o problema e as coisas só vai piorar. Cada Projeto Shangrilá, cada Urbanização de Aglomerado (nome chique e conveniente dados às favelas), irá comprar a alma e a mente dos pobres. E nós? Vamos vender nossa alma em troca de um aeroporto confortável, de uma vida confortável na base do "foda-se o mundo que não me chamo Raimundo"?  

Precisamos entender o mundo com o olho do outro e principalmente, saber se queremos a polícia e a política igual para todos. Porque se for assim, nós, os abastados, teremos que socializar nossas riquezas e teremos que sentar no banco da escola pra estudar ética, pra parar de fechar o cruzamento, de estacionar em lugar errado, de chamar as pessoas usando a buzina, de fechar as ruas pra comemorar jogo de futebol, de trocar de celular de mês em mês "encostando" um aparelho feito pra durar 10 anos e se esquecendo que aquilo vira lixo, etc.  

Ser ético é "chato", mas é o único caminho. Eu estou nessa. E você? Se estiver também, comece a exercitar sua ética disparando esse e-mail para o maior número possível de pessoas.  

Fernando Gouveia

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 Favor comparar com MEU PROTESTO publicado no dia da invasão do Iraque.

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07 de junho de 2007

Do Observatório de Inteligência
Por Hermes Arroio D'Aguiar

O sistema aqüífero Guarany abrange cerca de 1,2 milhão de km2, espalhando-se pelo Paraguai, Uruguai, Argentina e oito estados brasileiros.

Nem todas as regiões, porém, são beneficiadas pelas bordas de afloramento e seus arredores, onde as águas costumam ter mais qualidade. A maior extensão das áreas privilegiadas fica no Paraguai, em São Paulo , no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. Os limites e as características do sistema aqüífero são pouco conhecidos na Argentina.

Por suas dimensões continentais, é um recurso hídrico de extraordinária importância para os quatro países do Mercosul. Nos dias 10 e 11 de maio, representantes dos governos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai participaram da VIII Reunião do Conselho Superior de Direção do Projeto Aquífero Guarani, que terá seu Programa Estratégico de Ação finalizado até 2008.

Não obstante, o Exército Argentino está com um projeto denominado "La guerra por los recursos", frente à percepção de que a briga por água doce seja uma grande ameaça até o ano de 2025. O projeto prevê o desenvolvimento de organizações militares com capacidade para se defender dos possíveis inimigos.  (OI/Brasil acima de tudo)

Conforme matéria publicada no jornal " La Nación ", por Daniel Gallo:


"La guerra por los recursos" es el nombre oficial de la nueva doctrina militar. Un conflicto por el agua dulce es la mayor -y posible- amenaza que el Ejército visualiza para la Argentina en las próximas décadas. Por eso cambió este año sus normas de combate, mediante un trabajo teórico que proyectó las posibles amenazas hasta el año 2025.

En esa labor doctrinaria, que ya destacaron públicamente tanto la ministra de Defensa, Nilda Garré, como el presidente Néstor Kirchner, se afirma que "la posibilidad de conflicto con otros Estados por la posesión de recursos naturales es altamente probable".

En la práctica, la modificación de los planes militares implicará el cambio de ubicación de los comandos de los tres cuerpos de Ejército y la creación de unidades menores, en un período de tres años.


La reorganizació no establece la idea de que la defensa de los recursos naturales deberá hacerse, llegado el caso, ante una fuerza enemiga superior en tecnología, cantidad de tropas y poder de fuego. Ante la eventualidad de tener que enfrentar a una potencia, se prevén respuestas defensivas que, en teoría, incluyen hasta la guerra de guerrillas para hostigar a la fuerza invasora.

Importantes fuentes militares comentaron que efectivamente se puso en marcha el Plan Ejército Argentino 2025. Y que el primer paso fue el traslado del comando del II Cuerpo desde Rosario a Curuzú Cuatía. Los mandos del V Cuerpo pasarán desde Bahía Blanca a Comodoro Rivadavia el año próximo, y en 2009 el III Cuerpo abandonará su sede en Córdoba para instalarse en San Luis.

"Es una doctrina nueva ideada por nosotros, que no es una copia de doctrinas de otros países como antes", explicó un general.

En el trabajo se recomienda que la Argentina "deberá desarrollar organizaciones militares con capacidad para defender a la Nación de un enemigo convencional superior. Para ello deben prepararse los elementos para hacer frente a operaciones dinámicas, sin frentes, sin tiempo suficiente de preaviso, con organizaciones de pequeña magnitud, con apoyo territorial preparado de antemano y capaces de organizar los recursos humanos y materiales locales en función del conflicto".

Durante muchos años se debatió en el país para qué están las Fuerzas Armadas. Se afirmó entonces que el período de paz regional, a partir de la fuerte interrelación económico-social con los vecinos, dejaba sin funciones a las tropas. Pues bien, dentro del Ejército también se pensó la función de esa fuerza proyectada al año 2025 y los mandos castrenses encontraron las posibles amenazas sobre recursos naturales y diseñaron la respuesta. Uno de los más importantes generales reseñó el pensamiento: "Ese será el tipo de conflicto que podemos tener".

El eje de los estudios del Ejército está colocado en la reserva de agua dulce subterránea conocida como Acuífero Guaraní, que abarca 220.000 kilómetros cuadrados en la Mesopotamia argentina, más de 800.000 kilómetros cuadrados en Brasil, y sectores en Uruguay y Paraguay. En la visión militar, la disputa por ese recurso natural es la mayor posibilidad de que el país entre en un conflicto bélico.

Y no se trata de una referencia dicha al paso, sino de un plan de batalla posible en un escenario de invasión que será el eje de todos los ejercicios del Ejército en los próximos años.

Si bien el proyecto sobre 2025 lleva varios años en estudio, las circunstancias políticas habilitaron su puesta en marcha. El año último fueron múltiples las reformas que empezaron a diseñarse sobre la estructura militar desde las autoridades políticas. LA NACION adelantó cada uno de esos planes, que incluyen reorganizaciones de unidades de las tres fuerzas, nuevas estructuras de comando apoyadas en el Estado Mayor Conjunto y directivas militares diferentes, dictadas por el presidente Kirchner. En ese ambiente de cambios, el Ejército tuvo espacio para promover su propia reforma.

La doctrina de guerra por los recursos tiene su base en la posición estratégica defensiva que impuso el Gobierno como directiva militar. La Casa Rosada estableció así la idea central; en el Edificio Libertador se ideó la forma de materializar ese concepto. Y, además de las maniobras militares tradicionales, la doctrina puesta en marcha dependerá de la actitud de la población civil.

"Será necesario prever durante la paz todos los aspectos relativos a la coordinación e integración entre fuerzas militares y la población local para oponerse al enemigo con mayor eficacia", es la referencia que puede encontrarse en el nuevo pensamiento militar.

Sin reservistas

La Argentina no cuenta hoy con reservistas civiles que puedan operar combinados con tropas militares. Desde el gobierno de Fernando de la Rúa , las diferentes gestiones del Ministerio de Defensa intentaron promover una ley sobre movilización y reservas sin tener suerte en el Congreso.

La doctrina encarada tiene una línea vital tendida hacia la acción de resistencia de grupos organizados de la población. Hasta tal punto que se define: "El enemigo deberá tener clara conciencia de que la conquista, ocupación y mantenimiento de objetivos con núcleos poblacionales importantes requerirán un gran esfuerzo en tropas. De tal manera se obtendrá un efecto preventivo". Por eso se menciona "la organización de la resistencia civil".

Con enseñanzas tomadas de los conflictos internacionales de los últimos años, la doctrina del Ejército establecerá que "el control del territorio nacional constituirá una limitación importante para un agresor que ofensivamente necesita concentrar sus fuerzas para obtener y mantener sus objetivos estratégicos. Pese a su superioridad, el enemigo también será sumamente escaso para controlar la inmensidad del territorio; en esos conceptos está la posibilidad real de disputarle el dominio efectivo de amplios espacios".

La nueva doctrina del Ejército se puso en marcha.

Não sou profeta. Mas também não sou burro. Talvez neurótico. Comecem a se preparar.

Eu já estou treinando boicote desde o primeiro dia de invasão do Iraque.

Vejam MEU PROTESTO, na base desta página. Gil, 26/07/2007

 

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Enviado para a UFJFLIVRE por Álvaro Quelhas

Fonte: Jornal da ADUFRJ - 26/07/2007

Princípio Esperança  (1)

Cinda Gonda   * (Professora da Faculdade de Letras) 

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"Posso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo. Vêm mortos de sede. Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa. Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco. Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?"

Carlos de Oliveira  (2)

Há quase três décadas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro iniciava um processo que se pensava irreversível - a sua democratização. Departamentos, Direções, Decanias e, posteriormente, a Reitoria passariam por profundas transformações. A ação dos movimentos organizados, ADUFRJ, SINTUFRJ, DCE Mário Prata, tornou-se decisiva para consolidação de tais conquistas. O país acompanhava o mesmo quadro de inquietação política, chegando finalmente às eleições diretas.

Alguns tropeços, algumas "pedras no meio do caminho" não foram capazes de destruir a excelência do que se realizava na Instituição - a pesquisa, o alto padrão de seu ensino e a qualidade da extensão. A crônica ausência dos recursos, os salários que velozmente se degradavam não impediram que a UFRJ resistisse e se desenvolvesse. Pensando na ampliação de vagas discentes, várias unidades instituíram cursos noturnos, aquelas, onde ainda não existiam, se orientariam no sentido de sua implementação. Ou, através da extensão, fortaleciam os laços com o ensino da rede oficial através de cursos de inclusão digital, dentre outros. Esperava-se que tais metas fossem acompanhadas dos recursos financeiros sem os quais nada ganha corpo e avança. Esperava-se que o quadro de funcionários da UFRJ, docentes e técnico- administrativos, se revigorasse com a devida reposição de vagas. Que a carreira docente, conquistada com tantas lutas, fosse respeitada, mantendo-se as 40horas com DE. Sabe-se que a implantação da dedicação exclusiva fortaleceu os professores, possibilitando-lhes a fixação e conseqüente produção nas respectivas unidades.

Foi, portanto, um duro golpe a forma pela qual não só o ensino de 3º grau, mas os de 2º e 1º graus receberam o novo PDE. Em relação à Universidade, ao invés desta apresentar a totalidade das contribuições elaboradas ao longo dos anos por suas unidades, o governo impunha, para obtenção de  recursos, uma adequação aos planos e metas por ele concebidos. Com um teor fortemente populista, o MEC condicionava a alocação de recursos àqueles que se comprometessem a resolver o problema da evasão estudantil, que duplicassem o número de vagas discentes. Tudo isto acompanhado, evidentemente, de uma política de congelamento de salários. Por que um plano nacional de educação não foi apresentado ao país como um projeto a ser amplamente discutido por todos os segmentos da sociedade, e sim como decreto?  A  pergunta  não deveria ser formulada. Sabemos que há tempos nos transformamos em meros executantes de ordens. Como não tomamos parte das decisões fundamentais, responsabilidades desaparecem e, deste modo, se instala a alienação. Problemas deixam de nos dizer respeito, porque deles não participamos. Parece localizar-se aí a "lógica" de tal decreto. Há muito, algo que se convencionou designar "sistema" rege nossas vidas.
Não conseguimos identificá-lo, não possui rosto pelo qual o reconheceríamos. Por razões óbvias, sua sede não se situa em Brasília. Afinal como lembra Lídia Jorge, romancista portuguesa, "O tirano atomizou-se. Ele é o sapato que calçamos, o cigarro que fumamos, a camiseta que vestimos. E quem poderá atirar nos bens que consumimos?".

Para quem viveu o desmonte da rede oficial de ensino, sabe o quanto de esforço foi necessário para que colégios do porte de um Pedro II, para citar apenas um exemplo, dentre tantos, se reestruturasse. Professores, funcionários e alunos uniram-se e obtiveram êxito na empreitada. Talvez se os grandes senhores da educação, um dia tivessem entrado numa sala de aula do ensino básico, investigassem as reais condições das escolas distantes ou não dos grandes centros urbanos, não se revelassem tão arrogantes em seus desígnios. Fechados em seus laboratórios, apertando botões que lhes garantam a excelência de seus programas, se apartam da realidade que os rodeia. Alguém estabelece um número, sinônimo de qualidade, 7, por exemplo, e eis que tudo irá girar para se atingir tal meta. Conhecessem a troca de idéias entre Álvaro de Campos e Alberto Caeiro (heterônimos pessoanos) sobre a finitude e a infinitude da vida, talvez alterassem sua visão de mundo, aprenderiam com o último, Mestre Caeiro, que "números são apenas números, e nada mais". 

Mas é fato também que a palavra Mestre, no sentido autêntico do termo, há muito abandonou o nosso vocabulário. Mestre, hoje em dia, é aquele que conclui sua graduação, e que, depois de dois anos, determinou a Capes, com uma dissertação de pouco mais de 50 páginas assim é designado. O que é pior: acreditam! São induzidos a acreditar... O conhecimento cedeu lugar a títulos. O exemplo maior se encontra no Ministro para assuntos a longo prazo que tem, como assessores, ex-alunos, que defenderam tese sobre as suas idéias, com salários de 8 mil reais. Enquanto o plano de governo acena com um "teto" para professores da rede de 800 reais, tão elevado, que necessita de ser atingido apenas em 2010.

Discussões travadas nas unidades, de forma consciente, para alteração de currículos, são descartadas, porque, segundo o ministro, tudo isto tem de ser modernizado, pois o que vigora vem do século XIX. É realmente muito arcaico, para uma universidade criada no século XX. Só falta a proibição em sala de aula de textos medievais... Devem cheirar a mofo. Bem, se tudo isso se devesse apenas a uma mentalidade nacional, poderíamos até entender. Afinal, como diz o ditado, "roupa suja se lava em casa". 

Mais uma vez, impõe-se o projeto do colonizador. Só que agora, não será o diabo que, expulso da Europa pela Inquisição, irá procurar abrigo nas terras do Novo Mundo. Não! Anchieta não terá de mentir, criando um auto em que ele, o diabo, roubara o capote aos homens e por isso os índios que viviam nus doravante teriam de esconder "suas vergonhas".  O diabo, hoje, é o pensamento. É o que querem nos usurpar. E é contra isso, ou, se preferirem, a favor do pensamento, que nos rebelamos. Daí que considerem demoníacos a todos aqueles que, não com uma certa coragem, mas com a coragem certa, se insurgem contra a destruição do pensar, de, sempre que necessário, roubar como Prometeu o fogo do conhecimento - por amor à humanidade.  Duas palavras de Prometeu, talvez nos inspirem: a primeira, quando se dirige a Hermes, dizendo preferir mil vezes estar agrilhoado por ter ousado libertar os homens a ser apenas um mero mensageiro entre os deuses. A segunda, quando, indagado pelo coro das Ninfas, acrescentou o que podia deixar de herança aos homens: a esperança3.

A confiança infinita no futuro. Aos poucos que estão a decidir, enclausurados em suas convicções, fica a sugestão do poema: "quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?" Mas, infelizmente, no plano da ortodoxia não há espaço para dúvidas.

1 O título, Princípio Esperança, remete a Ernst Bloch. Nele o autor discute a presença e o sentido da utopia. Segundo Bloch, a utopia se localiza no presente, no momento em que os homens decidem erguer sua espinha dorsal

2 Carlos de Oliveira é poeta e romancista. Fez parte do movimento Neo-Realista que surgiu em Portugal nos anos 40. É considerado um dos grandes nomes da Literatura Portuguesa.

3 O fragmento foi retirado da tragédia grega Prometeu Acorrentado, de Ésquilo

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REUNI ou DESUNI

Malafa me alertou, e eu achei no site do Julião Kaiser: Um desabafo circulado na NET chegou à minha caixa postal. Não poderia deixar de publicá-lo neste espaço, já que as palavras do autor são as que eu gostaria de tê-las escrito. Insustentável. Inadmissível. Insuportável... O autor é Advogado da Região Sul do país.  (link para o original)  Gil, em 25 de julho de 2007

PELO FIM DA HIPOCRISIA

Por mais que se tente, não há palavras para descrever a vergonha de ter nascido no Brasil do século XXI, cujos problemas há muito já não são de política, mas de valores.

É de conhecimento público que ser brasileiro é ser sobrevivente. É ser refém de uma guerra urbana não-declarada, sabido que em qualquer grande cidade de nossa pátria há mais mortes violentas do que no conflito Israel-Palestina.

Ser cidadão deste país é ainda estar obrigado a sustentar o Estado com aproximadamente 40% dos ganhos, por força do incontestável confisco tributário vigente. Independente de toda essa abnegação, este cidadão exausto e sufocado é tratado com absoluto descaso por toda e qualquer "autoridade", sem exceção, que lhe deva prestação por dever constitucional.

O país que se orgulha de entregar o timão da nação a um semi-analfabeto assiste hoje, estupefato e estarrecido, ao assassinato doloso e premeditado de centenas de irmãos, todos mártires da tragédia mais anunciada que já se teve notícia. Censura merecerá aquele que procurar isentar de ônus o maior dos responsáveis pelo episódio. Há meses assistimos o Presidente da República e seus "cumpadres", nomeados para altos cargos de "confiança", batendo cabeça para resolver o caos que se instalou no sistema aéreo nacional.

Até hoje, como de hábito no Brasil, logrou-se apenas punir os "infames" controladores que ousaram denunciar a irresponsabilidade crônica e o desleixo absoluto a que estamos entregues.

Ora, poder é, antes de tudo, responsabilidade. O sangue de centenas de pessoas está, não há dúvidas, nas mãos do Presidente da República. Seria um criminoso se não fosse verdadeiro inimputável, já que não se pode cobrar responsabilidade de quem não contém a gafe sem ler o que diz ou que não domina sequer o plural do próprio idioma.

Não cabe pedir a renúncia, pois a honra hoje exigiria suicídio. Se somos obrigados a sacrificar tanto por um país sem poder cobrar sequer o valor de nossa vida, seria mais digno e menos hipócrita que reconhecêssemos a nossa escravatura.

                        Eduardo Caruso Cunha
OAB/RS nº 55.239

Do blog do Mino Carta

Coisa de gênio

Que tal a autorização da prefeitura de São Paulo para a instalação de um posto de gasolina na cabeceira da pista do aeroporto de Congonhas? Bin Laden não conseguiria ter uma idéia mais brilhante.

E se aquele hotel na linha de tiro for desapropriado, imagine quem vai pagar a conta...

    

           

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SOBRE LEIS E SOBRE TRANSPORTES:

As autoridades costumam colocar a culpa sobre o péssimo estado das ESTRADAS RODOVIÁRIAS nos caminhões com excesso de carga. E eu pergunto, num acesso de mau humor:

1) Por que não, além de multar,  CONFISCAR TODA A CARGA dos veículos que trafegam com excesso de carga? O Legislativo tem capacidade de formular leis nesse sentido. 

2) Por que não confiscar sumariamente todo e qualquer veículo apanhado transportando droga, além de aumentar exponencialmente as penalidades para traficantes reincidentes?

3) Por que não investigar a culpa da autoridade que libera uma pista rodoviária ou de aeroporto, e além de punição administrativa, fazê-la co-responsável nas indenizações à vítimas de acidentes?

4) Por que não processar criminalmente a autoridade que sem motivo justo e claro,  não aplica verbas orçamentárias que já existam para a infra-estrutura  e segurança de transportes?

Em resumo, por que não se fazem leis punindo de forma dura e exemplar os criminosos de colarinho branco que roubam e matam mais que qualquer dos assaltantes desse país? E punindo os cúmplices que lhes dão cobertura, que não os prendem, que não os condenam?

Gil, 23 de julho de 2007

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Recebi por e-mail de meu amigo José Simão. Leiam, vejam o ponto de vista de um  comandante.

Gil, 23 de junho de 2007

Desabafo de um comandante (Peter Lessmann)

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Amigos(as),

Abaixo o meu desabafo sobre a tragédia de ontem...

Abraços pesarosos aos que tiveram pessoas próximas entre as vítimas!

Peter

O desastre maior deste desastre de ontem é que ele é um desastre cuja ocorrência era apenas uma questão de cedo ou tarde. Infelizmente ficou tragicamente evidente que ocorreu ainda mais cedo do que o esperado...

 

Madruguei hoje assistindo estarrecido pela CNN e Internet aqui em Abu Dhabi , Emirados Árabes onde estou voando agora, as imagens das labaredas pintando de amarelo e ocre a cabeceira 17 de Congonhas (16 na minha época) . Pousei lá inúmeras vezes de Boeing 727, Electra da Ponte Aérea e 737-200/300 quando eu ainda voava "na Nacional" na minha, na nossa, "velha" Varig. Hoje sou um dos inúmeros pilotos experientes "exilados" pela Babilônica incompetência Brasileira. Embora agora longe do Brasil, passei quase 30 anos voando na Varig no Brasil, 15 dos quais "na Internacional" nos mais de 20 como Comandante, e por isso assisto a estas imagens dominado por uma indigesta mistura de choque, tristeza e revolta como se ainda estivesse voando aí.

 

O choque é até previsível diante de imagens do inferno de chamas e corpos sendo retirados dos destroços, e a tristeza também é de certa forma natural, pois é conseqüência dos dramas que sempre pontuarão as nossas vidas, salientado a falibilidade inerente à nossa condição de humanos. Mas a dor mais incômoda de todas para mim é a da revolta. Uma TREMENDA revolta diante deste absurdo "Apagão" aeronáutico Brasileiro que até recentemente destruía apenas patrimônios como a Varig, mas agora avança célere ceifando vidas e gerando perdas humanas irreparáveis, e ainda pior, na maior parte EVITÁVEIS!!!!!

 

Poucas outras atividades humanas brincam tanto com as nossas emoções quanto a aviação. Voar, viajar, cruzar o céu entre nuvens rumo a lugares exóticos, uma experiência fascinante possibilitada por tecnologias desenvolvidas e incorporadas a estas nossas máquinas maravilhosas, e normalmente trazendo conforto e segurança na "trip" dos nossos sonhos, ou apenas a uma trivial viagem de negócios.

Mas também poucas outras atividades são tão intensa e simultaneamente dependentes das forças da natureza, infra-estrutura física e tecnologia, interesses econômicos, treinamento e fatores humanos, horários, e acima de tudo da capacidade de TODOS os responsáveis por cada setor em administrar tudo ao mesmo tempo, enquanto uma aeronave avança como uma flecha a 900km/h rumo ao seu destino. É um desafio contínuo, 24 horas por dia, 365 dias por ano, faça chuva ou sol, para que tudo isso não termine em tragédia...

 

Só que mais esta tragédia recente prova que este não é o caso no Brasil de hoje. E o cidadão Brasileiro precisa urgentemente realizar que o maestro maior desta "Orquestra" precisaria estar executando a sua "partitura" com muita competência para que não tivessem morrido hoje os nossos colegas, familiares e amigos. E que este "Maestro" é, ou deveria ser, o Governo que elegemos democraticamente. Nós pilotos sabemos que ao nosso colega comandante do vôo de ontem caberá a sua parcela de "culpa". Sempre nos caberá alguma como responsáveis últimos da operação de uma aeronave, jamais negamos este fato e muitas vezes também "pagamos" com as nossas vidas pelos erros eventualmente cometidos! Mas o que os Brasileiros precisam urgentemente entender é que a segurança e a pontualidade do seu vôo depende de uma complexa e extensa "corrente" de diferentes eventos e responsabilidades que precisam funcionar uníssonos e com alto grau de profissionalismo. No Brasil quem implementa, administra, regulamenta e fiscaliza a infra-estrutura dos aeroportos e das empresas, e controla o nosso espaço aéreo é o Governo; assim como é ele também o poder concedente das linhas para as empresas. E mais: este mesmo Governo ainda cobra UMA FORTUNA em taxas do já aviltado contribuinte-passageiro e das empresas pelo utilização de seus péssimos serviços. Ou seja, PAGAMOS duas vezes para brincarem com as nossas vidas!!!

 

Cabe a nós Brasileiros exigir que este pateta megalômano e ignorante travestido de Presidente pare de brincar com as nossas vidas perseguindo, processando e prendendo pilotos e controladores como se responsáveis fossem pelo estrondoso fracasso do Estado Brasileiro entregue ao seu comando. E a indignação de todos os comentários que ouvi ontem na Internet/CBN me reacendeu uma pequena esperança de que a sociedade talvez reagirá desta vez a mais este descalabro governamental. A ÚNICA esperança de futuro para o nosso país é realizarmos que cabe a todos nós Brasileiros reagir à sujeira política que destrói e mata no nosso país!

 

O Brasil é grande demais, lindo demais para deixarmos que um energúmeno e sua corja PTista e de sua "base de sustentação" entranhada nos diferentes órgãos públicos responsáveis pelo assassinato de ontem continuem matando impunemente. Não podemos admitir que mais esta tragédia e sofrimento causado às famílias sejam em vão!!!!

 

Comandante Peter Lessmann

Votec Linhas Aéreas -Varig S/A - Etihad Airways

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ÉTICA

OU SE TEM OU NÃO SE TEM

Não há meio termo. Embora muitas vezes seja confusa a definição do certo e do errado. Você realmente sabe o que é ética? Recebi uma bela apresentação de slides apresentando, sob forma de perguntas e respostas, algumas regras que você pode seguir para melhorar o país. E ajudam a entender o que é ética. Aí vai ela, transformada em texto.

Não conhecer o autor não é desculpa para plagiar, mas também não é uma proibição de publicar.  

 

1. Você acha um absurdo a corrupção da polícia?

         Solução: NUNCA suborne nem aceite suborno!

02. Você acha um absurdo o roubo de carga, e assassinatos dos motoristas?

         Solução: EXIJA a nota fiscal em TODAS as suas compras!

03. Você acha um absurdo a desordem causada pelos camelôs?

         Solução: NUNCA compre algo deles! A maior parte de suas mercadorias são ilegais.

04. Você acha um absurdo o poder dos marginais das favelas?

         Solução: NÃO compre nem consuma drogas!

05. Você acha um absurdo o enriquecimento ilícito?

         Solução: NÃO o admire, repudie-o.

06. Você acha um absurdo a quantidade de pedintes no sinal ou de flanelinhas nas ruas?

         Solução: NÃO dê esmola. Principalmente à crianças.

07. Você acha um absurdo que qualquer chuva alague a cidade?

         Solução: Só jogue o LIXO no LIXO.

08. Você acha um absurdo haver cambistas para shows e espetáculos?

         Solução: NÃO compre deles, mesmo que não assista ao evento.

09. Você acha um absurdo o trânsito da sua cidade?

         Solução: NUNCA feche o cruzamento. Evite exagerar o uso do automóvel.

10. Você está indignado com o desempenho de seus representantes na política?

         Solução: Nunca mais vote neles e boicote os que o decepcionam.

11. Você acha um absurdo o poder econômico e militar dos  Estados Unidos da América?

         Solução: Prestigie a indústria brasileira!

Estamos passando por uma fase de falta de cidadania e patriotismo. Precisamos mudar nosso comportamento para que possamos viver num país onde tenhamos orgulho de dizer: Eu sou brasileiro!

Ficando parado, você não contribui; portanto não pode reclamar. Pratique os pontos com os quais você concordou e tente praticar também os que você não concordou.  Mesmo que não seja porque você tem ética. Mesmo que seja só para melhorar tua qualidade de vida.

Você realmente acredita que as mulheres mais lindas do mundo irão te dar bola por causa da marca de cerveja que você bebe?

Ao tomar conhecimento que um fabricante de cervejas ajuda um político a lavar dinheiro, pense em consumir outra marca. Logo perceberá que a que escolher é melhor, porque você realmente provou várias marcas antes de mudar, e não foi influenciado por hábito ou propaganda. Ou você realmente acredita que as mulheres mais lindas do mundo irão te dar bola por causa da marca daquela porcaria de cerveja aguada que você bebe?  Otário!

Quando o filho do teu político preferido não tem patrimônio e recebe MILHÕES de grandes empresas, sem justificativa lógica, você acredita quando te dizem que o menino é um gênio financeiro? Você pensa em usar outra empresa telefônica, para uma que não corrompa meninos puros? Ou não assistir a programação da emissora de TV que também negocia com o gênio? Você indaga quem deu o exemplo moral que o pimpolho recebeu?

Você pergunta quem é que está financiando a corrupção? É você, otário!

Quando você tem notícia que o senador ou deputado em que votou, e que era pobre como você, tornou-se um milionário, vendendo vacas milagrosas ou empresas falidas, você ainda o considera “pobre como você”? Continua o considerando companheiro sofredor, teu irmão de sangue? Merecedor do teu voto? Não são os que o corrompem que pagam o salário dele, é você, sob a forma de impostos. O dinheiro que o corrompe, também é você quem paga, nos impostos que pagam a obra superfaturada que paga a mesada da amante, otário! 

Você fica horrorizado ao ver ianques invadindo um país por causa de petróleo e ainda faturar um lucro com a venda de armas e munição, e continua financiando assassinato em massa? Porque quando v. comprar tua calça ou tênis com etiqueta em inglês, você é cúmplice. E está perdendo a chance de treinar boicote, para quando eles estiverem aqui por causa de água ou minérios. Ou você ainda vai continuar a financiá-los, depois que queimarem tua casa e matarem tua família? Otário!

Gil, 21 de julho de 2007

Acidente, chacina, desastre anunciado - é tudo papo furado.

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Para que uma pista seja segura é necessário que haja resistência compatível com a carga dinâmica, drenagem perfeita, que o comprimento da pista seja maior que o apenas suficiente e que o coeficiente de atrito da pista seja suficiente para que não haja derrapagem durante a frenagem. A função do groove é aumentar o coeficiente de atrito. Por isso, para que funcione bem, não basta existir, tem de ser limpo com regularidade, principalmente dos resíduos de borracha dos pneus. 

  (foto capturada de http://www.holemaker.com.br )

Não há como adiantar causa de desastre, sem investigar. Muitos motivos devem ser analisados. Parece-me que o momento menos seguro do vôo é o pouso. Além de ser o momento em que a pista é mais solicitada, existem possibilidades de erro humano, falha mecânica dos motores (sem tempo e espaço para correções), falha em trem de pouso, nos freios. Pode ocorrer por falta de treinamento dos controladores ou dos pilotos, excesso de tráfego aéreo. Falta de investimento em infra-estrutura é uma das causas permanentes em todos os sistemas de transportes, mas o que mais mata é a soma de duas ou mais causas. Menos evidente é quando uma decisão política ou econômica (como optar por uma pista menor ou economizar na drenagem) é tomada ao arrepio da técnica.

Criança, ouvia sempre "tanto vai o pote à fonte, que um dia ele quebra". Adulto, reaprendi o mesmo conceito na Estatística, com o nome de "Lei dos Grandes Desastres": desde que haja alguma probabilidade de que um evento aconteça, quando a causa se repete um grande número de vezes, a convicção de que acontecerá torna-se certeza. Tudo e nada com relação às  Leis de Murphy. Que no fundo, refletem o mesmo conceito, mas dito de forma engraçada.

O desastre era previsível, e foi previsto. Acontecerá de novo. E como os aviões continuam a aumentar, será maiorQuando um avião de grande porte cair no meio da cidade, matando muito mais gente que agora, dirão que é um acidente, dirão que era imprevisível. Com providências corretas, poderão ocorrer menos vezes

Sempre pensaremos que não ocorrerá conosco. E quando acontece conosco, com nossos filhos e parentes, revoltamo-nos e pensamos: Mas por que eu? O que fiz para merecer isso? A resposta é simples: NADA. Exatamente isso: fizemos nada, quando deveríamos ter tido coragem para fazer alguma coisa. Mas correremos a procurar alguém em quem por a culpa.

Segurança tem custo. Ou se paga com reais ou com vidas. 

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Copiei, descaradamente, do blog do Roberto Romano da Silva http://robertounicamp.blogspot.com/ 

Blog do Noblat.

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Fui dormir às 7h depois de postar as informações da madrugada a respeito da pior tragédia da aviação brasileira. Acordei há pouco, liguei a televisão e dei de cara com o anúncio de que Lula mandou a Polícia Federal investigar em que condições se encontra a pista de Congonhas reformada nos últimos meses. Chamou muito a atenção de Lula o fato de os dois maiores acidentes aéreos da história do país terem ocorrido em um intervalo de 10 meses.

Espantoso, pois não!

A Infraero pode dizer rapidinho a Lula em que condições determinou a reativação da pista. Se ele desconfia do que poderá ouvir deveria dispensar de imediato o presidente da empresa. É puramente defensivo o recurso à Polícia Federal. Ou melhor: é para fazer de conta que o governo se mexe e tem o controle da situação. Não tem. E pouco se mexeu desde que foi avisado no início de 2003 pelo ministro da Defesa José Viegas de que haveria em breve um apagão áreo caso nada ou muito pouco fosse feito nos anos seguintes.

Por apagão não deveria se entender apenas atrasos e cancelamento de vôos devido ao reduzido contingente de controladores e ao crescente número de passageiros. O diagnóstico foi bastante abrangente. E ele alertava para a necessidade de se investir pesadamente na ampliação e reforma de pistas de aeroportos e na renovação de equipamentos de segurança de vôos. Investiu-se pouquíssimo. Nos aeroportos, à segurança privilegiou-se o conforto dos passageiros. Para evitar a repetição dos apagões, a pista reformada de Congonhas foi reaberta antes que ficasse pronta.

A de ontem foi a crônica de uma tragédia anunciada - e é isso o que o governo quer negar. Se vista como uma fatalidade, ele não ficará tão mal na foto. Se vista como uma pedra cantada, ele será cobrado por sua irresponsabilidade. Lula meteu-se em uma arapuca - mais uma. Não dá para sair agora demitindo o ministro da Defesa ou o presidente da Infraero. Seria passar recibo de que deveria ter feito isso há mais tempo. Não dá para sacrificar quem por acaso tenha contigenciado recursos para o setor aéreo - nada se fez ou se deixou de fazer sem o aval dele.

O que resta a Lula é torcer para que a culpa pelo desastre seja debitada na conta do piloto. Ou na conta da empresa. E que uma vez esgotado o choro coletivo, que a maioria dos brasileiros siga sendo compreensiva com ele e com o seu governo. Porque na verdade o apagão áreo nada mais é do que o apagão de competência. Como o primeiro, o segundo governo Lula é medíocre em matéria de gestão. Como principal executivo do país, Lula é tão medíocre quanto os que o cercam.

NÃO É MAIS CASO DE IMPEACHMENT: É CASO DE SEGURANÇA NACIONAL.

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Vale confererir o blog da campanha REAGE BRASIL,    http://campanhareagebrasil.blogspot.com/ 

EXCELENTE O BLOG PROSA E POLÍTICA. (link abaixo)

 

Alem dos textos, as charges são excelentes. Veja a que foi publicada agora, 11horas do dia 19 de julho de 2007, sobre o previsto e pavoroso acidente aéreo em S. Paulo:

Lula está reunido com a equipe de coordenação política do governo para discutir os efeitos do acidente com o Airbus-A320 da TAM. Ontem ele mandou fazer uma reunião para discutir o assunto, estava toda a equipe política e de comunicação do governo.
Será que não passou pela cabeça deste ignóbil que a equipe que deveria ser reunida é a técnica para que chegue a uma solução definitiva?

 

É cada vez mais claro que o tempo do verbo transforma a afirmação de falsa em verdadeira.

Um excelente blog para visitar é o http://www.interney.net/blogs/inagaki/ , PENSAR ENLOUQUECE. Eis um exemplo, postado no dia 18 de Julho de 2007, ontem: 

Acidente uma ova

"Acidente", segundo o dicionário Houaiss, possui a seguinte acepção: "acontecimento casual, fortuito, inesperado". A tragédia ocorrida ontem à noite, portanto, não pode ser chamada de "acidente". Não faltaram indícios prévios de que alguma nova desgraça envolvendo aviões poderia acontecer a qualquer momento.

* * *
Tarefa mais árdua do que o reconhecimento dos corpos será identificar, no jogo de empurra-empurra entre governo, Infraero, Aeronáutica, Anac e empresas aéreas, os irresponsáveis pela chacina de 17 de julho de 2007.

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Vaya con Dios, presidente...

 

Tem mais charges no www.comentando.blogspot.com 

Simplesmente Corajosa

Corre pela internet um texto maravilhoso, escrito em 2005 por Adriana Vandoni Curvo,  professora de economia e consultora.  Lava a alma dos brasileiros que sabem do que trata a palavra ÉTICA. Faça o download aqui. Pena é que continue atual, cada vez mais atual. Urgentemente atual.

Outros artigos dela podem ser encontrados no blog 

É político, estúpido. E político estúpido também.

Não reproduzirei aqui, para que v. não deixe de comprar, ler e guardar a revista VEJA de 11 de julho de 2007.  A coluna de André Petry alerta  que expressões recentemente divulgadas pela mídia revelam a estupidez e o comprometimento de certos políticos, que defendem regular e constantemente defender às cegas aos seus colegas que são flagrados em delito. A expressão INOCENTE ATÉ QUE UMA SENTENÇA DIGA O CONTRÁRIO é falsa, e utilizada com preocupante freqüência para fingir suspeita imparcialidade. 

O assassino é assassino, mesmo que não seja condenado. Quem rouba é ladrão. seja de um pão ou de um milhão. Mesmo que não seja condenado, mesmo que sequer seja suspeito.

Quando um político finge estupidez e ignorância, pode estar pensando que ao se expor aos holofotes está criando uma diversão, que "pensarão que sou tão estúpido que não posso também ser culpado". Com a repetição, quando os culpados apelam sistematicamente para um mesmo homem "acima de qualquer suspeita", começa a se tornar evidente o seu comprometimento. Começa a transparecer a possibilidade de que ele seja chefe, ou cúmplice, sócio externo ou receptador. 

Da mesma forma que quando acusam muitos, menos um. E que depois de condenados, depois de perderem mandatos, empregos, credibilidade, ainda permaneçam com o botim, com a liberdade, com os privilégios. E que ainda permaneçam comandando dos bastidores, a política do país.

Vista a carapuça quem quiser. Não posso ser processado, já que não citei qualquer nome. Mas o leitor deste artigo identificará com muito pouco esforço mais de um que se enquadra no que descrevi.

Gil, em 15 de julho de 2007

ANDIFES promove seminário sobre REUNI em 7 de agosto de 2007

Veja mais em http://s-info179.nsc.ufcg.edu .br:8080/noticias/Servlet ?command=NoticiaGetPageToView &codigoNoticia=5474

 

   Sobre o mesmo assunto:

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 MANIFESTO DO REITOR DA UFMG 

A FACE OCULTA da CONTRA REFORMA

A VELHINHA DE TAUBATÉ NÃO MORREU!!

Secretario diz que vai acabar com o Balcão da SESu / MEC

Na reunião da ANDIFES - Associção Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior - realizada em maio no Mato Grosso do Sul, o recém empossado titular da SESu - Secretaria de Ensino Superior do MEC, Ronaldo Mota, declarou que vai acabar com o balcão da SESu:

Outra política adotada pelo MEC é a negociação das demandas coletivas das IFES. "Acabou o balcão", disse, ao anunciar que não haverá mais, no âmbito desse órgão, negociações individuais. "É preciso mudar a cultura da verba de balcão. Vamos trabalhar com métodos e critérios e as demandas serão tratadas em conjunto".

Fonte: http://sucuri.cpd.ufsm.br /noticias/noticia.php?id=14265

O balcão da SESu, como é conhecido no MEC, é uma central de distribuição de verbas sem qualquer critério. Além de reconhecer oficialmente esta prática, o novo Secretário da SESu quer acabar com ela.

  MILAGRE: Tudo indica que a Velhinha de Taubaté está viva. Ou, pelo menos seu espírito baixou no autor desta noticia. Vamos ver quanto tempo dura. (a intenção ou o Ronaldo Mota no cargo... a não ser que a intenção seja de  negar todo e qualquer  gasto com ensino superior.)

 Gil, domingo, 15 de julho de 2007

REUNI ou DESUNI? 

Sobre o mesmo assunto:

Principio Esperança

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 MANIFESTO DO REITOR DA UFMG 

A FACE OCULTA da CONTRA REFORMA

REUNI ou DESUNI

Publicada (originalmente) em 15/06/2007 às 18h03m

Por Luis Paulo Vieira Braga

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro

A administração pública no Brasil é uma das maiores vítimas das lutas político-partidárias que se desenvolvem no país. Freqüentemente vista como meio para alcançar determinados objetivos, sejam eles financeiros ou ideológicos, prima pela falta de continuidade e instabilidade. Diagnósticos feitos sob medida para alçar aos céus uma nova rotina e curto-circuitar as existentes, se sucedem a uma velocidade que excede em muito o limite do bom senso. Esse processo barbárico é envolvido em um amplo esquema de marketing que estigmatiza qualquer crítica como conservadora ou ultrapassada. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) lançado pelo Governo Federal em Abril deste ano, não foge à regra. Um enorme painel de programas que vão desde a instalação de energia elétrica nas escolas, passando pela distribuição de óculos, até a fixação de recém-doutores.

É exatamente um dos programas do PDE, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), criado pelo decreto presidencial 9.096, em 24 de Abril de 2007, que está provocando muita inquietação entre os professores nos departamentos acadêmicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao indicar em seu Artigo 1º as metas do programa, não deixa dúvidas sobre acondições que devem ser obedecidas, desqualificando-se, assim, as declarações suavizadoras de alguns dirigentes empenhados em implantar o programa a qualquer custo. O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CONSUNI) aprovou uma resolução que , corretamente, pretendia promover um debate sobre a propriedade ou não do REUNI e as linhas mestras a serem estabelecidas. Entretanto, a Portaria do Reitor que formalizou a existência dessa Comissão alterou o seu caráter, o que foi denunciado pelo Prof. Roberto Leher em artigo recente.

De catalizadores da discussão, os integrantes da Comissão passaram a missionários do REUNI, promovendo uma primavera de projetos de cursos novos, de aumento de vagas e implantação de ciclos básicos por Centro, à margem do marco legal estabelecido pelo Conselho de Ensino de Graduação que disciplina a formulação do Projeto Pedagógico e organização curricular dos cursos de Graduação da UFRJ. Dizendo-se premidos pelos prazos, artificialmente, criados pelo Governo Federal, os operadores do REUNI na UFRJ promovem um verdadeiro rolo compressor nos colegiados de unidades e congregações em busca de apoio a algum vestígio de projeto que possa ser encaixado na forma do decreto 9.096. Digo vestígios, pois nem processos estão sendo corretamente instruídos para amparar as propostas dentro do marco de legalidade convencionado até então nesta universidade. O informe seguinte do representante de professores na Congregação do Instituto de Matemática ilustra a fragilidade da dinâmica adotada - a consulta aos professores adjuntos e associados sobre a criação do Bacharelado em Ciências da Natureza e Matemática teve 30 votos contrários e 12 votos favoráveis. Com isso os dois representantes dos adjuntos/associados seguiram o resultado da consulta e votaram contra a proposta na Congregação do IM (órgão máximo deliberativo do IM). O resultado final na Congregação foi a aprovação das linhas mestras da proposta, que permitem dar uma direção ao projeto. Praticamente todo o detalhamento do funcionamento do curso ( por exemplo: disciplinas, critérios para transferência dos alunos entre os cursos etc ficou para ser discutido ao longo dos próximos meses.

Ora esse procedimento está em flagrante contradição com os incisos III e VI da resolução do CEG citada acima. Em especial o inciso III aponta a necessidade de se assegurar os recursos materiais e humanos para viabilizar o curso, assegurando assim que os benefícios orçamentários se destinem aos que os necessitam e o inciso VI garante o padrão de qualidade , agindo como antídoto à criação de cursos voltados para alunos com pretensões intelectuais abaixo da média que se tem praticado na UFRJ. O fato do CONSUNI e do CEG, tacitamente, aceitarem a alteração do processo de formulação de projetos pedagógicos não cria automaticamente jurisprudência. É necessário que tanto um colegiado, como o outro assumam perante a comunidade universitária que estão mudando tanto a resolução que instituiu a comissão de alto nível para o REUNI, como a resolução 02/2003 do CEG, pelo simples fato de que não se pode conviver com a norma e o descumprimento da mesma, nem com a contradição entre a palavra e a ação.

As tautologias expressas nas diretrizes do REUNI não incomodam a ninguém, reduzir a evasão, oferecer mais vagas, facilitar a composição de novos currículos, entre outras, merecem a atenção dos dirigentes e do corpo de docentes, discentes e técnicos administrativos da universidade. Mas a reforma pretendida parece mais orientada a melhorar índices sobre a realidade acadêmica, do que a realidade acadêmica propriamente dita.

Reduzir a evasão transferindo evadidos de um bacharelado mais exigente para um mais fácil, ou encurtar a duração de um curso antes que os alunos vão embora, não parecem ser, exatamente, soluções de base, mas sim artifícios cosméticos do gênero - tudo está bem, se termina bem. E terminar bem significa ter dinheiro em caixa, e é dessa ilusão que se alimentam estas e outras propostas de gestão da administração pública, como se empreendimento privado fosse. Nada impedia que o governo federal alocasse 20% a mais no orçamento do MEC e fosse aprovando os projetos REUNI a medida que chegassem. 

Ao condicionar a apresentação imediata de projetos, ao encaminhamento orçamentário, o executivo praticamente impôs um paradigma - as universidades federais devem seguir o exemplo das universidades particulares: oferecendo cursos acessíveis aos alunos egressos do ensino médio público, aprovando de uma forma ou de outra a maioria desses alunos; contratando mais professores em tempo parcial e com menos qualificação; buscando financiamento no sistema produtivo através da prestação de serviços; e assimilando os campi universitários ao espaço urbano, descaracterizando-os assim como entidades autônomas.

Enviada por Paulo Villela , reproduzida HOJE, 15/07/2007, sem alterações.

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REUNI ou DESUNI

Alguns anos atrás, esta charge do artista plástico e arquiteto Jorge Arbach ganhou um importante prêmio. Mesmo atual, não me digam que era premonitória. Valeu na época, e vale agora. Infelizmente.

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente, você estará fazendo o impossível."

Francisco de Assis, o santo.

Recebi do amigo Goldangra, o Malafa

Nota de pesar

A ONG Grupo Terrorismo Nunca Mais - Ternuma - tentou publicar a nota  abaixo na Seção  de Avisos Fúnebres  do Correio Braziliense , porém, de acordo com as normas do jornal, somente poderia ser publicada  como matéria paga, ao preço de R$ 10.000,00 ( dez mil reais), quantia essa que está  muito além das nossas possibilidades.
Assim, solicitamos aos nossos companheiros da internet que a difundam, o máximo possível, embora saibamos que, mesmo assim, ela não atingirá o  mesmo número de leitores caso  tivesse sido publicada no Correio Braziliense, um dos maiores e mais importantes jornais do pais.

Nota   de pesar
No momento em que a Comissão de Anistia promove a coronel Carlos Lamarca, o traidor da Pátria e do Exército, ladrão de armas e munição, assaltante de bancos, seqüestrador, assassino e terrorista,  proporcionando à sua viúva a pensão de general de brigada, elevamos nossas preces a Deus e pedimos pelas almas de suas vítimas, por ele assassinadas fria e covardemente:

- Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - São Paulo - em 09/05/1969;
- Alberto Mendes Júnior -Tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo - em 10/05/1970;
- Hélio Carvalho de Araújo - Agente do Departamento de Polícia Federal -  em 10/12/1970.

Aos familiares desses homens, mortos no cumprimento do dever,  nossa solidariedade e revolta.
À sociedade brasileira, já desgastada pela descrença em valores  éticos e morais, só resta lamentar por mais essa demonstração do  revanchismo político.

ONG Grupo Terrorismo Nunca Mais - TERNUMA 

Saudações,
Miguel de Paula

Recebi de meu amigo Vitório hoje, quinta-feira, 12 de junho de 2007. 

O original está na Enciclopédia Livre Wikipédia, para o mundo inteiro ver.

E nós brasileiros absorvemos, fazemos piadas e ainda nos julgamos espertos. 

Guarde no seu arquivo para mostrar aos seus filhos e netos como éramos inertes.

No período pós-ditadura militar, o governo com menos escândalos registrados foi o primeiro, com 6, tendo sido envolvido o poder executivo federal em um.

No segundo governo após o regime militar, o presidente foi defenestrado no décimo - nono escândalo.

Uma comparação grosseira: no governo do presidente anterior, ocorreram 45 grandes escândalos. Nos dois governos do presidente atual, já somam 102, até o presente momento. 

Por falta de espaço, colocamos apenas os links para as listas de escândalos.

Lista de escândalos de corrupção no Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Esta é uma Lista de Escândalos de Corrupção no Brasil. Lembre-se que não existe corrupção apenas na política brasileira. A lista é de escândalos em reverência que repercutiram em todo o Brasil.

O conceito de "escândalos de corrupção" aqui utilizado é muito vago e está longe de ser consensual. Incluem-se tanto casos de corrupção cometidos e não-apurados, quanto casos apurados por iniciativa dos próprios governos. Ademais, há casos de corrupção federais, estaduais e municipais. Finalmente, alguns casos podem ser escandalosos, mas somente com esforço de imaginação podem ser entendidos como de corrupção - vejam-se os casos da Lei Falcão, do Pacote de Abril, do assassinato do prefeito de Campinas Toninho do PT.

Obs: escândalos do Regime Militar e pré-era FHC/Lula, a serem ainda analisados e datados aqui: Ferrovia do Aço, Transamazônica, Projeto Jaíba, Projeto Carajás, Serra do Navio, Doação de terras amazônicas a multinacionais, Projeto Jari, Hidrelétrica de Balbina, Usinas nucleares em Angra - Projeto Nuclebrás, Reserva do Mercado de Informática, Esquema ACM-Globo-NEC, Esquema Globo-Grupo Time Life, Hidrelétrica de Tucuruí, Projeto Alcan-Alcoa no Maranhão.

                        É vergonhoso. 

Leiam e copiem em seus computadores antes que os corruptos consigam retirar do ar a Enciclopédia.

Assim teremos sempre fontes para renovar a informação.

Recebi por email, compartilho com vocês.

Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa:

"Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais "slow down". O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui. E vejo assim:
1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.
Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários. Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. 

Vou contar para vocês uma breve só para dar noção. A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca.. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final." Ele me respondeu simples assim: "É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?" 
Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site, é muito interessante. Veja-o!). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade. A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusou. A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia. A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem  menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso... Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos." "Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro"...

Parabéns por ter lido até o final! Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que ponto vale a no fim de semana ou outras coisas... Poderá ser tarde demais! Saber aprender para sobreviver...

Recebi do Walfredo, compartilho com vocês.

Gil, em 02 de julho de 2007

Aparentemente o General Olympio Mourão Filho era um profeta. Vejam o que ele escreveu no início dos anos 70:  

 "Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso". 

MOURÃO FILHO, Olympio; Memórias: a verdade de um revolucionário;

 Porto Alegre, L&PM, 1978, Pag. 16

Essa propaganda eu faço com prazer: 

Esse jornal de Alagoas foi um dos primeiros a afinar o trombone. E acompanha de perto a saga do ilustre senador daquele estado. Vale a pena conferir. Principalmente os artigos de Mendonça Neto.

http://www.extralagoas.com.br/

Recebi por email e apresso-me a publicar, antes que se torne proibida...

Eu já havia comentado o original (link), no dia 5 de junho.

Se ainda não o ouviu, ouça agora, antes que seja proibido.

Download do arquivo de voz aqui. IMPERDÍVEL.

Gil, 02 de julho de 2007

Carta a um meritíssimo juiz

Arnaldo Jabor

01 de maio de 2007

Sr.Juiz, ainda não sei se a Câmara dos Deputados vai me processar, como anunciou em plenário o presidente Arlindo Chinaglia. Mas, caso V. Exa., surja à minha frente de capa negra e cenho severo, quero que saiba exatamente do que me acusam, pois, nas palavras dos deputados e de seu presidente, eu teria insinuado que "os deputados são todos canalhas". Portanto, peço a V. Exa. que leia a íntegra de meu comentário na CBN, do dia 24 de abril de 2007:

"Amigos ouvintes, eu costumo colecionar absurdos nacionais que ouço, vejo ou leio nos jornais para fazer meus comentários aqui na CBN. Muito bem. Há dias em que não sei por onde começar. Há tantas vagabundagens neste país que só mesmo sorteando um assunto. Eu sorteei um que saiu no jornal "O Estado de S. Paulo" e acho que foi um peixe grande. O amigo ouvinte já deu a volta ao mundo? Não sei se sabe que são 44 mil quilômetros. Pois bem... Todos sabemos que nossos queridos deputados têm o direito de receber de volta o dinheiro gasto em gasolina, seja indo para seus redutos eleitorais, ou para o motel com sua amante ou seu amante. Pois bem, a Câmara, ou melhor, você e eu, meu amigo, nós pagamos esse custo, desde que eles levem notas fiscais para comprovar o gasto de gasosa. Muito bem, de novo. Vai prestando atenção.

Nos primeiros dois meses da atual legislatura, os deputados, em dois meses apenas, pediram o reembolso de 11 milhões e 200 mil reais, pagos com a verba da Câmara. Os repórteres do "Estadão" Guilherme Scarance e Silvia Amorim fizeram as contas e concluíram que entre fevereiro e março, com dinheiro público, os deputados teriam gasto um milhão de litros de gasolina. Ou seja, essa quantidade de gasolina daria para dar a volta ao mundo 255 vezes. São 255 vezes 44.000 quilômetros , que dão a distância de 11.200.000 quilômetros .

E aí é que vem a resultante espantosa: A distância da Terra à Lua é de 384 mil quilômetros, ou seja, senhores, senhoras ouvintes, daria para fazer a viagem de ida e volta à Lua 15 vezes. Será que eu fiquei louco? Se algum matemático me ouve, verifique se estou errado. Mas acho que não. E o procurador-geral do Tribunal de Contas da União, Sr. Lucas Furtado, denunciou-os dizendo que é uma "forma secreta de dar aumento de salários que eles não têm como justificar"... Será que o Sr. Arlindo Chinaglia não vê isso ou só pensa no bem do PT? E me digam, amigos, quando é que vão prender esses canalhas? Quando a PF vai encanar essa gente, com humilhação? Quando? Ah... desculpe... eles têm imunidades e também foro privilegiado... É isso aí... amigos, otários como eu..."

Esse foi o meu "crime", Sr. Juiz. Irrefletidamente, escrevi "os deputados", talvez parecendo uma generalização; mas é óbvio que me referia aos autores da falsificação de notas fiscais das viagens interplanetárias e não a todos os parlamentares, principalmente porque há alguns que respeito profundamente - talvez não mais que uns 17, já que ultimamente cresceu o número dos 300 picaretas referidos uma vez por nosso "grande timoneiro".

Além disso, Sr. Juiz, quero deixar claro que considero o Legislativo a maior conquista que nos legou o Império, há mais de 150 anos, fundamental instituição nestes tempos lulistas, bolivarianos e equatorianos, para impedir que parlamentares sejam caçados nas ruas como ratazanas grávidas, como acontece na Venezuela e no Equador.

Sempre defendi o Legislativo, como aconteceu no episódio do petista Bruno Maranhão, milionário bolchevista que invadiu a Casa. Desafio meus denunciantes, Meritíssimo, a mostrar uma frase de meus comentários, em que expresse desejo de que o Legislativo seja enfraquecido. Em 1996, pediram minha cabeça ao saudoso Luis Eduardo Magalhães, quando falei que "deputados do Centrão estavam sendo comprados como num "shopping center"". Quiseram capar-me, Meritíssimo.

Nove anos depois, vimos que eu não estava tão errado assim, com o advento e pico do mensalão, das sanguessugas e dos "dossiês", seguidos de esfuziantes absolvições de quase todos (os três últimos foram agora reeleitos e absolvidos pelo "povo"). Mas, em todos meus uivos e ganidos, sempre ansiei pela pureza do Legislativo, contra os políticos que nele entram ou para fugir da polícia ou para viver num país paralelo, cheios de privilégios, sem pensar um minuto em nós, que eles deveriam representar.

Em meus devaneios românticos, sonho com Joaquim Nabuco, Tavares Bastos, Zacharias de Góes, Ruy Barbosa e, mais modernamente, em gente como San Thiago Dantas, Milton Campos, homens que, quando assomavam à tribuna, o vulto de Montesquieu brilhava no teto e invadia as galerias.

Meritíssimo Juiz, nesses anos de comentarista nunca tive o sádico prazer de emporcalhar o nome do Congresso, nem mesmo por falta de assunto. Neste caso, quando denunciei, junto com o Estadão, essa fraude intergaláctica, esperava candidamente que as notas fiscais fossem conferidas e os ladrões punidos. Não imaginava que fossem processar o denunciante, como se fazia na antiguidade, matando-se o mensageiro de más notícias.

E mais, Meritíssimo, se um dia os nobres deputados apresentarem projetos de Lei para o bem dos brasileiros, condoídos com a miséria que nos rói, se um dia eu visse alegorias patrióticas, trêmulos oradores, polêmicas sagradas, gestos indignados pelo bem do Brasil, meus comentários virariam hinos de louvor, panegíricos à instituição.

Assim sendo, Meritíssimo, peço a V. Exa. que me absolva, com a mesma leniência concedida recentemente a grande brasileiros como Waldemar da Costa Neto, Paulo Rocha, José Janene, e tantos outros...

Agora, se V. Exa. se decidir por minha condenação, peço-lhe um único favor, humildemente: Condene-me a serviços comunitários, como faxineiro da Câmara dos Deputados , e garanto a V. Exa. que varrerei a sujeira dos tapetes verdes, lustrarei bronzes e mármores com o mesmo zelo e empenho que tenho tido, nos últimos 15 anos, usando apenas as vassouras da ironia e as farpas do escovão.

Atenciosamente, 

Arnaldo Jabor.  

Outras do Arnaldo:

Bobalhão

Carta ao Juiz

Chega de criticar

O que foi que nos aconteceu?

Recebi do Ique, por email, e estou reproduzindo sem autorização,

como uma homenagem à Cora Ronai. O original é do jornal O Globo, de ontem.

Cora Rónai, em sua coluna, ontem  no "Globo". Texto para ser lido,  relido, impresso e espalhado por toda pessoa que tem bom senso.
 
As Bestas da Barra e sua "diversão" sinistra  A sociedade deve um abraço apertado e um sincero pedido de desculpas a Sirley Dias  

Cora Rónai

Não gosto de futebol, mas entendo perfeitamente que milhões de pessoas  achem muito divertido ir aos estádios ou sentar em frente à televisão  para acompanhar jogos e campeonatos. Também detesto escalada, mas não  é difícil imaginar por que tanta gente se diverte escalando; ou  fazendo crochê, ou participando de maratonas, ou jogando sudoku, ou  indo a bingos, ou se jogando em raves, ou curtindo tantas outras  atividades que não chegam a se enquadrar no meu conceito de diversão.  Mas, por mais esforço que faça, não consigo -- mas não consigo mesmo  -- imaginar como alguém se diverte massacrando outro ser vivo.
 
 Tenho pensado nisso desde que li que cinco criaturas, supostamente  humanas, pararam o carro num ponto de ônibus para agredir uma mulher  indefesa, a quem não conheciam e que não lhes tinha feito qualquer  mal, apenas para se divertir; nem percebo o que há de tão engraçado na  cena para que o inocente do grupo tente escapar à punição que merece  alegando que chutar não chutou, apenas ficou de lado, confessadamente  "rindo e debochando".
 
 Pergunto: isso é uma reação normal? Ou eu é que vivo num outro mundo, e não estou acompanhando os novos tempos? É engraçado ver uma mulher,  humilde ainda por cima, apanhando, desesperada, de quatro marmanjos?!  É divertido chutar alguém? É bom causar sofrimento? Distrai? Relaxa?  De onde vem o barato, dos gritos da vítima ou dos pés que deformam o  rosto?
 
 A impunidade, essa praga que sufoca o país, tem sua parte na história,  mas não lhe muda a essência. Não é porque "não vai acontecer nada" que alguém tem prazer em espancar uma criatura mais fraca; é porque não  guarda mais qualquer vestígio de bons sentimentos, qualquer sinal de  compaixão, qualquer capacidade de se pôr no lugar do outro. A cadeia,  num caso desses, serve para proteger a sociedade de indivíduos que,
 obviamente, não estão preparados para conviver com os demais; mas não os protege de si mesmos, ou do seu fracasso como seres humanos.

 Deu no jornal: o padrasto de Felippe de Macedo Nery Neto declarou ao  delegado que o enteado ganhara o carro usado pelo grupo dois dias  antes. Declarou também que ele sofre de déficit de atenção e  hiperatividade, seja isso o que for, e que toma dois remédios de venda  controlada, como se fosse alguma espécie de atenuante. Não é. Todos  conhecemos pessoas que tomam medicamentos de venda controlada, e que
 nem por isso saem por aí atacando desconhecidos. Por outro lado, se a  moléstia dessa besta é tão incapacitante, que se aplique punição  também a quem a deixa solta e, ainda por cima, lhe põe um carro nas mãos.
 
 Felippe, vale lembrar, foi o mancebo que declarou à polícia ter  confundido Sirley com uma prostituta -- exatamente como Tomaz de  Oliveira, Max Rogério Alves, Eron Chaves Oliveira e Antônio Novely  Cardoso de Vilanova, que há dez anos atearam fogo ao índio Galdino e,  em sua defesa, alegaram tê-lo confundido com um mendigo.  

Aliás, quanto mais os pais dos agressores se manifestam, mais clara  fica a origem do comportamento dos monstros que criaram. No mesmo  jornal que trazia o depoimento do padrasto de Felippe, Ludovico  Ramalho, pai de Rubens Arruda, fazia um retrato falado da decomposição  social do país:
 -- Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa. Mas não é  justo manter presas crianças que estão na faculdade, estão estudando,  trabalham. Não concordo com a prisão na Polinter, ao lado de bandidos.  Vão acabar com a vida deles. Peço ao juiz que dê uma chance aos nossos  filhos.
 
 Depois, explicou que Sirley estava cheia de hematomas por ser mulher,  e "ficar roxa com apenas uma encostada". Suponho que ele tenha dado  muitas encostadas em mulheres para falar com tal conhecimento de  causa.
 
 Sinceramente? Tenho pena dos bandidos da Polinter, que serão obrigados  a conviver com essas "crianças", esses mauricinhos psicopatas que se  consideram tão superiores.

 O que aconteceu com Sirley não foi uma atrocidade ocasional.  Empregadas que têm a infelicidade de esperar condução no horário em  que rubens e felippes voltam das noitadas são invariavelmente  humilhadas por esses cretinos motorizados, que diminuem a velocidade  das máquinas quando passam pelos pontos de ônibus:
 
 -- Vai trabalhar, paraíba! -- gritam os inúteis. -- Tem que ralar  mesmo, mocréia!
 
 Como em geral fica só por isso, elas engolem a mágoa e não dizem nada.  Quando dizem, revelam-se acostumadas, como se fosse possível a alguém  acostumar-se à maldade e ao preconceito.

Quanto a eles, aposto que têm, todos, um futuro brilhante: a política  os aguarda de braços abertos. No Congresso Nacional, há lugar de sobra  para gente com os antecedentes de Rubens Arruda, Felippe de Macedo  Nery Neto, Leonardo Andrade e Júlio Junqueira.
 
 Guardem esses nomes!

Mas será que adianta memorizar os nomes, Cora? Depois iremos nos aborrecer com a noticia de que um deles fez concurso público que tinha dez (10) vagas, passou em septuagésimo lugar, as vagas foram estendidas para 71, e poucos meses depois é guindado à cargo completamente diferente do concurso, com altíssimo salário... E a gente vai reclamar, e ficaremos sujeitos à algum processo judicial por difamação... E esse processo não demorará anos, mas semanas para nos condenar...

Porque somos culpados de crime maior: ter vergonha na cara.

Gil, domingo, 01 de julho de 2007

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Direito no país da impunidade 

Imperdível o blog do Reinaldo de Azevedo: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/ 

Veja lá também:   Discursos delinqüentes. Chegou a hora de cobrar ingresso no Senado

Cota racial em escola: inconstitucional nos EUA e no Brasil

Reinaldo Azevedo (reproduzido sem autorização)

A Suprema Corte dos Estados Unidos acaba de decidir que a reserva de vagas nas escolas públicas com base na cor da pele dos estudantes é inconstitucional. Eram julgados dois casos, um do estado do Kentucky e outro de Washington. É isto aí: cota racial em escola pública, lá também, é inconstitucional. Essa estupidez se generalizou como política pública nos Estados Unidos. Eles, agora, estão renunciando ao erro. O Brasil, com 50 anos de atraso, resolveu adotá-lo. Em tempo: Clarence Thomas, o único juiz negro da Suprema Corte, votou contra a cota. Seu argumento: a Constituição americana não enxerga a cor dos cidadãos. Mais: a cota perdeu por cinco a quatro. Não custa lembrar: a Constituição brasileira também não vê a cor da pele.

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Cota racial em escola

 

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