UM MALUCO COM A BOCA NO TROMBONE                            

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A INTELIGÊNCIA TEM LIMITES.  A BURRICE NÃO.

                              

Este não é um blog. Atualizo artigos antigos. E reconheço erros.

 
 

TÁ EXPLICADO... Créditos para o http://OVOAZUL.ZIP.NET 

 
LENÇOL CURTO

Essa discussão sobre voto aberto ou fechado está parecendo lençol curto. Quanto mais se tenta esconder a cara, mais aparece a bunda.

                      Gil, 31 de agosto de 2007

Se concordo e acho justo, ajudo a divulgar. (Gil, em 30 de agosto de 2007)

Carta aberta para Renato Aragão

           RIO,  27 DE AGOSTO DE 2007

            Querido Didi, há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras.

          Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).

          Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.

            Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.

            Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas, mas comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz  supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma microempresária.

             Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.

            Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na  escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem.

            Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.

            O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda não têm a educação como prioridade. O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?

            Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é "o cara". Ele tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para  melhorar a  qualidade de vida das pessoas.

            No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação de R$15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.

            Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.

           Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.

            Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

            Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando...

            Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari

PS: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal educada: vou rasgá-la antes de abrir.

Creio que perceberão: entra governo, sai governo, os problemas são os mesmos. Não se agüenta mais o rodízio de canalhas e imbecis que desprezam a educação e só se preocupam com os próprios bolsos. Povo ignorante elege ignorantes. Pensa eleger pobres como ele, e fabrica chupins milionários. E com isso continuará faminto, de conhecimento e de trabalho e de comida e de teto e de saúde. Está faltando um Cincinatus, que tinha honra.

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Cincinatus

Citação (conscientemente errada - Há dois erros na última frase)

Os Quarenta já estão sendo processados. 

Quando irá Ali Baba à barra do tribunal?

Gil, em 29 de agosto de 2007

CETERUM CENSEO BRASILIA DELENDA EST

A incúria no trato da coisa pública (“res publica”), a negligencia contra a cidadania, o peculato contra o erário público, A carga tributária confiscatória, o campo minado de multas nas ruas e estradas, a corrupção generalizada em todos os níveis de poder, e outras mazelas dos políticos brasileiros e membros dos três poderes parece um PESADELO sem fim! Não será através da justiça apenas que conseguiremos dar um fim em todo isto, necessitamos de uma catarse contínua para depurar o CORPO DO ESTADO BRASILEIRO.

CETERUM CENSEO BRASILIA DELENDA EST é apenas a síntese de uma idéia para a catarse. Se esperarmos os processos “transitarem e julgarem” todos os acusados dos crimes acima, eles continuaram a usufruírem dos produtos dos crimes. A frase latina poderá ser substituída por CETERUM CENSEO HOMO POLITICUS BRASILIENSIS DELENDA EST, mas precisa ser algo muito forte para impor respeito e medo no político brasileiro.

Vamos trabalhar mais a idéia de “NÃO VOTAR MAIS EM POLÍTICO QUE TENHA EXERCIDO QUALQUER CARGO PÚBLICO OU REPRESENTATIVO”. Para começar podemos pensar em fazer um projeto de lei dando a praça dos três poderes o nome de PRAÇA CINCINATO, já indicando para todos que ali estiverem em cargos públicos (mas também em todas filiais de Brasília), que eles devem se comportar como CINCINATO e não terão segundo ou outros mandatos. Afinal, Política não é meio de vida, mas apenas um serviço que se presta a Pátria. Meio de vida deve ter a finalidade de manutenção da vida do homem e garantir aumento do produto interno bruto.

Vá pensando nisto ! quem sabe podemos aprimorar a idéia e encontraremos um chance de criar um futuro para as próximas gerações.  

Geraldo Roberto de Almeida, em 27 de agosto de 2007

Lucius Quincius Cincinatus,(519- 439 a .C.) foi general, cônsul e por um certo período, ditador romano, por determinação de Senado. Conta-se que fora designado pelo Senado, enquanto cônsul, para apaziguar uma contenda entre os tribunos e os plebeus, a respeito da Lei Terentilia Arsa, ao que, cumprida tal tarefa, retornou à sua vida pastoril. No ano de 458 a .C.,fora de novo sugerido como alternativa para a salvação romana, quando da ocasião da invasão de Roma por tribos bárbaras, dever para o qual contou com poderes absolutos,já nomeado dictator.

TRÊS É PODRE !    BOICOTE JÁ!!

NÃO ao 3 !     TRÊS É PODRE! 

A partir de agora, você começará a ver em propagandas meio sem sentido, sem nexo, falando vagamente sobre:   Decida pelo 3. Escolha o 3. Prefira o 3.

Em psicologia, chamamos isso de mensagem subliminar, isto é, algo aparentemente sem importância e sem sentido, que passa como um relâmpago diante de nossos olhos e de nossas mentes, sem dizer muito claramente a que veio, mas que vai deixando seu rastro e sua marca, lá no fundo, em nosso inconsciente... Essa técnica foi largamente utilizada na 2ª. Grande Guerra, por ambos os lados e servia como preparação e introdução prévia para recados mais explícitos que chegavam mais tarde.

Os publicitários são doutores nessa história da indução subliminar e, creio eu, parece que até existem algumas limitações para a utilização desse recurso, por parte do código de ética da publicidade. Afinal : que história é essa do 3 ?

Os estrategistas da perpetuação do PT no poder, algo que só não vê quem não quer, já Estão sutilmente preparando a grande jogada do 3º mandato de seu chefe maior, o presidente Lula. A realidade de hoje, não deixa outra alternativa ao PT, nesse seu projeto à la Fidel e à la Hugo Chavez ; afinal, quem poderia ser o outro candidato para manter o partido eternamente no poder, como planejam seus líderes?

São todos extremamente fracos e sem representatividade perante a população brasileira, o que já estaria definindo à priori, a derrota e o desmoronamento do sonho de continuidade. Opções de alianças com alguém fora do Partido nem pensar : afinal a turma do PT correria riscos e isso, jamais seria aceito pela militância exclusivista do PT.

Nas próximas semanas será realizado um mega encontro dos petistas, onde a palavra chave será a realização de um plebiscito restrito-nacional, envolvendo somente o voto dos políticos do País ( governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores, etc. ) aos quais será colocada a opção básica-única: Você apóia a Emenda Constitucional que permitiria o 3º Mandato ?

É claro, conhecendo como conhecemos nossos políticos, facilmente "cooptáveis" por favores e emendas do sistema de poder, já sabemos exatamente como será a resposta a esse "plebiscito de araque". Entendeu agora da onde saiu aquela história do 3 ? Foi dada a largada para a perpetuação no poder do PT.

O Banco do Brasil saiu na frente: está circulando sua nova propaganda, bem ao estilo da mais pura mensagem subliminar: O Planeta é todo seu ! Tome 3 atitudes por ele todo dia !

(*Vejam no site  http://www.bb.com.br/portalbb/home/geral/index.bb *)
Engraçado : por que não tomar 5, 10, 20 atitudes para salvar nosso Planeta ? Por que somente 3 atitudes ? . . .

Na propaganda acima, além do texto, o número 3 aparece em tamanho ampliado na camisa de uma doce meninha com cara de anjo ! Não fique parado ! Desde agora, vamos matar no nascedouro essa história do 3!

Converse com seus amigos, comente, opine. NÃO ao 3 !

Enviado pelo Vitório, em 28 de agosto de 2007

Podem me chamar paranóico, mas tenho o poder de escolher. 

Que pena, sempre fui muito bem tratado nesse banco.Aos poucos, para não ter prejuízo, investirei em outros bancos. Evitarei negociar com quem participar desta palhaçada.  Gil

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Meu protesto

Sam Walton

Pedido de cassação de Renan se apóia no patrimônio  

26 de agosto de 2007

Por Josias de Souza (*)

Depois de toda a controvérsia provocada pelos supostos negócios agropecuários de Renan Calheiros (PMDB-AL), a venda de carne será mencionada no relatório final do Conselho de Ética do Senado em posição secundária. O principal fundamento do pedido de cassação do mandato do presidente do Senado será extraído do cruzamento de sua renda com a evolução de seu patrimônio.

Concluiu-se que Renan imobilizou praticamente tudo o que recebeu. Não dispunha de sobra financeira para bancar os cerca de R$ 395 mil repassados, entre 2004 e 2005, à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador teve uma filha. Como se recorda, o que levou Renan ao Conselho de Ética foi a suspeita de que a pensão à filha foi paga com dinheiro da Mendes Júnior, entregue à ex-amante do senador por um dos diretores da empresa, Cláudio Gontijo.

O relatório recomendando que o mandato de Renan seja passado na lâmina será assinado apenas por dois dos relatores do Renangate: Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS). Almeida Lima (PMDB-SE), o terceiro relator, redige um voto paralelo. Na próxima terça-feira (28), às 15h, haverá uma reunião da trinca de relatores. O encontro será conduzido pelo dissenso.

Os dois relatórios – um pedindo o escalpo de Renan, outro recomendando a sua absolvição — vão a voto na quinta-feira (30). Estima-se que o texto de Casagrande e Marisa Serrano prevalecerá sobre o de Almeida Lima no Conselho Ética. Até o presidente do Senado já conta com isso. Há 15 votos em jogo.  Prevê-se um placar mínimo de oito a sete a favor da cassação.

Os dados do relatório anti-Renan estão sendo extraídos da perícia feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal. Há uma análise das declarações de Imposto de Renda do senador. Aponta um “alto índice de imobilização” da renda. Descontando-se dos rendimentos de Renan todo o dinheiro que ele transformou em patrimônio, sobrou muito pouco para o pagamento das despesas pessoais.

Em 2002, por exemplo, o IR de Renan indica que ele dispunha do equivalente a R$ 2.320 para cobrir os gastos do dia-a-dia. Em 2004, R$ 8.570 mensais. Menos do que os cerca de R$ 12 mil que diz ter repassado a Mônica Veloso. Em 2005, o quadro revelou-se ainda mais dramático: Renan imobilizou mais do que toda a renda que teve no ano. Restou um buraco de R$ 24.570. É como se o senador tivesse vivido de brisa. Não lhe sobraram recursos nem para as despesas mais comezinhas: alimentação, roupas, água, luz, telefone, etc.

Ao notar que a perícia da PF triturara a versão que sustentara em sua defesa, Renan tirou da cartola um coelho extemporâneo. Depois que o relatório dos peritos já estava redigido, o senador saiu-se com a novidade de que contraíra um empréstimo de R$ 178 mil. Apresentou um contrato de mútuo e notas promissórias. Quem emprestou? A empresa de locação de automóveis Costa Dourada, de Maceió.

A firma pertence a Tito Uchôa, primo do senador e laranja dele na aquisição de empresas de comunicação em Alagoas. A Costa Dourada extrai o grosso de seus lucros de contratos que mantém com órgãos públicos de Alagoas. O empréstimo não foi registrado em cartório. Tampouco foi declarado à Receita Federal. Só existe no universo financeiro de Renan Calheiros.

Por que tanto sigilo? Renan alega que foi compelido a optar pela discrição porque precisava preservar sua privacidade. Mas não explica por que se esquivou de exibir o tal empréstimo depois que já não havia privacidade a ser preservada, quando sua relação extraconjugal e as suspeitas de que bancara a pensão da filha com verbas alheias já havia ganhado o noticiário.

(*) Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html  

Sem querer julgar o julgador: seria o conceito de ética de Almeida Lima semelhante ao de Renan? Caberia, quem sabe, conferir também as contas desse Senador? Desculpem-me, não quero lançar dúvidas, mas impedir que elas tomem corpo. Acabo de passar uma semana entristecido, por ter visto na Folha de segunda feira, a foto do presidente da República rindo, ao lado do senador suspeito.

RINDO DE QUEM, O PÁ?

Gil, o neurótico, em 26 de agosto de 2007

O foro não deu privilégio      

Por Dora Kramer (*)

26 de agosto de 2007                               

Dê no que der, demore o tempo que demorar, prescrevam os crimes que tiverem de ser prescritos, salve-se quem puder, os três primeiros dias de análise pelo Supremo Tribunal Federal da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República contra os acusados no escândalo do mensalão já cumpriram importante função na defesa do Estado Democrático.

O Poder Judiciário declarou esgotada sua capacidade de contemporizar com malfeitorias de agentes públicos na manipulação do dinheiro idem.

Deu um sinal, na forma de ato exemplar, não apenas ao PT, não somente ao governo Lula, mas ao mundo político de um modo geral, que via no Supremo Tribunal Federal, notadamente em sua condição de foro privilegiado, um esconderijo seguro.

Até sexta-feira à noite o Supremo havia aceitado - de forma acachapante e incontestável - os argumentos do procurador Antonio Fernando de Souza no tocante à existência de indícios de que um esquema político-financeiro-publicitário se organizou nas entranhas do Estado com vistas a manter e fortalecer as estruturas dos atuais ocupantes do poder.

Sem deixar de observar os princípios jurídicos que norteiam esse tipo de questão, o STF surpreendeu ao não se deixar levar por tecnicalidades e, ao menos parcialmente, derrubar a tese de que a denúncia do procurador era obra de ficção, aceitando examinar o formidável quebra-cabeça montado pelo procurador-geral e habilmente redesenhado pelo ministro-relator, Joaquim Barbosa, sob a ótica do processo criminal.

Com isso, o Supremo disse a todos os partidos, todos os políticos, todos os agentes e autoridades públicas que se sentiam livres para cometer quaisquer barbaridades, confiantes de que sairiam impunes caso não aparecesse escritura lavrada em cartório para comprovar atos de corrupção, que não está mais disposto a dar guarida a práticas delituosas por mais tradicionais que sejam, por mais arraigadas que estejam no sistema político, eleitoral e partidário vigente.

Disse que a presunção de malfeitorias é suficiente para pôr gente grande no banco dos réus, fazer essa mesma gente ouvir o que não quer. Mandou também o seguinte recado: se quiserem fazer o que bem entendem, façam, mas não o farão ao abrigo liminar da Justiça.

Sem medo de exagerar no otimismo, nos três últimos dias da semana passada o Supremo Tribunal Federal deu uma espécie de basta naquilo que o ministro Marco Aurélio Mello chamou, em seu discurso de posse na presidência do Tribunal Superior Eleitoral no ano passado, de 'rotina de desfaçatez e indignidade que parece não ter limites'.

O posicionamento do STF não resolve as questões, não assegura uma viravolta nos procedimentos de elogio à impunidade, mas ajuda a sociedade a enxergar uma luz, porque põe no cenário, onde só se enxergava o perdão a despeito das evidências, a figura do castigo em seguida ao crime. O caminho é longo, mas está aberto.

Ainda que não sejam transformados em réus todos os acusados, ainda que os processados sejam todos absolvidos, ainda que a sentença leve anos para ser proferida, o Supremo já passou a quem de direito a mensagem: acabou a trégua, esgotou-se a paciência, o foro privilegiado não necessariamente é sinônimo de leniência, porque a sensação de desmantelo de parâmetros chegou a níveis insuportáveis.

Como se a Justiça dissesse: não se trata mais de constatar, com indignação, a que ponto chegamos, mas de puxar o freio da ladeira abaixo antes que se perca a noção sobre o ponto a que podemos chegar.

       
(*)Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2007/08/26/pol-1.93.11.20070826.1.1.xml

Meus aplausos são para Dora, para o STF e para todo o  Judiciário. E de pé!

A esperança renasceu.

 

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Indecentemente copiado do site do Levy 

http://edulevy.blogspot.com/ 

Os discriminados

So I wish you first a sense of ridiculous: não sejamos imbecis. Você sabe o que é discriminação aos gays? Nunca vi nem comi, eu só ouço falar. Falam de discriminação, preconceito, guetos e outros bichos. Mas o sujeito que diz que há discriminação aos gays ou guetos gays ou é um alienado da vida e do mundo ou é um canalha. Se há guetos, hoje em dia, são de heterossexuais.

Senão, vejamos. São Paulo é não só a maior cidade do Brasil, como também das mais conservadoras, pelo menos politicamente. A avenida mais famosa e badalada de São Paulo, vocês sabem, é a Paulista. E, se o sujeito vai à Paulista sexta, ou sábado, à noite, o que vê? Gays às centenas, aos milhares, uma epidemia de gays e, mesmo, de lésbicas. Eu, que sou um mineiro, um caipira, não acreditava muito que o lesbianismo existisse na vida real. Mas depois de passar pela experiência totalmente irreal e alucinatória de conhecer São Paulo, tive a confirmação visual, paisagística e irrecorrível. Não só existe como é epidêmico. O sujeito sai da Paulista com uma leve impressão de que o heterosexualismo está em extinção. Pior ainda é a avenida dos jovens "descolados" de classe média, a Augusta. Entre uma arara e outra, um invasor de reitoria e outro, um refratário do Vietnã e outro, um patriota cubano e outro, só se vê gays e lésbicas.

Mas eu não conheço bem São Paulo e vou falar do que conheço. Vejam: Belo Horizonte é uma cidadezinha, uma província. Quem quer fazer algo à noite tem duas ou três opções, no máximo, que mudam mais ou menos de três em três meses, que é o tempo que leva até que a patuléia as descubra e as estrague, para sempre. Dentre essas três opções, a mais glamurosa, atualmente, é o Café com Letras. Se você quer fazer um bom programa com a namorada, ou uma coisa mais light com os amigos, é uma das primeiras opções. É impossível entrar lá e pagar menos de cinqüenta reais. Você pode tomar uma água e nada mais: não pagará menos que isso. E no Café com Letras até os garçons, até os caras da banda de jazz são gays. Nenhum ambiente mais gay. Perto dali está a Joy. É uma boate freqüentada por adolescentes idiotas de classe média e alta, pelos "pops". A Joy também é conhecida por Josefine, famosa boate gay... Todos dois, por sua vez, estão na Savassi, que é o lugar onde se concentram todos os lugares, todos os jovens, todos os velhos e mais ou menos tudo. E a Savassi é um lugar tão gay, que uma série de freqüentadores criou um "movimento" chamado "Os últimos heteros da Savassi".

Nas faculdades a coisa é pior ainda. Uma amiga garante: - "Qualquer homem que comece a cursar Letras não leva dois períodos para sair do armário". E não é diferente nas melhores casas noturnas, nos melhores restaurantes: os gays estão sempre presentes nos melhores lugares. Entre os jovens, dizer que vai a uma boate gay é até certo sinal de elegância, de status, de finesse e berço de ouro. Gay é atitude, é descolado, é revolução, é estar por dentro. Gay é pop. Arrisco dizer: ser gay dá mulher. Se há discriminação, meus amigos, é contra os heteros.

Eduardo Levy 

Dois anos depois, mensalão vai a julgamento

STF decidirá se investigados vão responder a processo criminal.  Ao todo, 40 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria-Geral da República.
PARA ENTENDER O CASO, CLIQUE  AQUI e veja a explicação no ( http://g1.globo.com)

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K.O.

O Brasil mandou de volta pra Cuba os boxeadores que tinham desertado. É um crime. O Brasil devia ser preso.

Cópia não autorizada do blog de FDR (Fabio Danesi Rossi)

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O Brasil é isso mesmo que está aí

(Roberto Pompeu de Toledo)


O terrível parecer, de alguém que conhece o assunto, reforça uma sensação que paira no ar. Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou. Sinais disso foram se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições, a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infra-estrutura. A esses fatores, evidenciados por acontecimentos recentes, somam-se outros, crônicos, como a escola que não ensina, os hospitais que não curam, a polícia que não policia, a Justiça que não faz justiça, a violência, a corrupção, a miséria, as desigualdades.

Se alguma dúvida restasse, ela se desfaz no parecer autorizado como poucos de um Fernando Henrique Cardoso, cujas credenciais somam oito anos de exercício da Presidência da República a mais de meio século de estudo do Brasil. "Que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está aí", declara ele, numa reportagem de João Moreira Salles na revista Piauí.

Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando acaba a esperança, junto com ela acaba a coisa à qual a esperança se destinava. É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente se refere.

Para ele, o Brasil jamais conhecerá um crescimento como o da China ou o da Índia. "Continuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo", diz. O prognóstico é tão mais terrível quanto coincide com - e reforça - o sentimento que ultimamente tomou conta mesmo de quem não é sociólogo nem nunca conheceu por experiência própria os mecanismos de governo e de poder.

O Brasil que "é isso mesmo" é o das adolescentes grávidas e dos adolescentes a serviço do tráfico, das mães que tocam lares sem marido, das religiões que tomam dinheiro dos fiéis, dos recordes mundiais de assassinatos e de mortos em acidentes automobilísticos, dos presos que comandam de suas células o crime organizado, dos trabalhadores que gastam três horas para ir e três horas para voltar do trabalho, das cidades sujas, das ruas esburacadas.

Procura-se o governo e... não há governo. Há muito que nem o presidente, nem os governadores, nem os prefeitos mandam. Quem manda é a trindade formada pelas corporações, máfias e cartéis. Não há governo que se imponha a corporações como a dos policiais, ou a dos professores, ou a dos funcionários das estatais. Não há o que vença as máfias dos políticos craques em arrancar para seus apaniguados cargos em que possam distribuir favores e roubar. Para enfrentar - ou, humildemente, tentar enfrentar - cartéis como o das companhias aéreas, só em época em que elas estão fragilizadas, como agora. Às vezes os cartéis se aliam às máfias, em outras se transmudam nelas. Em outras ainda são as corporações que, quando não se aliam, se transformam em máfias. Em todos os casos, o interesse público, em tese corporificado pelos governos, não é forte o bastante para dobrar os fragmentados interesses privados.

A tais males soma-se o cinismo. Não há outra palavra para descrever o
projeto, supostamente de fidelidade partidária, aprovado na semana passada na Câmara. O projeto, muito ao contrário de punir ou coibir os trânsfugas, perdoa-lhes o passado e garante-lhes o futuro. Quanto ao passado, estão anistiados os parlamentares que trocaram de partido e que por isso, no entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, deveriam perder o mandato. No que concerne ao futuro, o projeto estabelece que a cada quatro anos os parlamentares terão folga de um mês na regra da fidelidade partidária, pois ninguém é de ferro, e estarão abertos a negócios e oportunidades. Estamos diante de uma das mais originais contribuições da imaginação brasileira ao repertório universal de regras político-eleitorais. Para concorrer a uma eleição, o candidato deve estar filiado a um partido há pelo menos um ano. Mas, segundo o projeto, no mês que antecede a esse ano de jejum o candidato pode trocar o partido pelo qual foi eleito por outro. Como a eleição é sempre em outubro, esse mês será o setembro do ano anterior. Eis o carnaval transferido para setembro. O projeto é uma esposa compreensiva que, no carnaval, libera o marido para a gandaia.

FHC não era tão descrente. No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que rememora os anos de Presidência, escreveu: "Se houve no passado recente quem empunhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa olhar para frente e levar adiante as transformações necessárias para restabelecer a confiança em nós mesmos e no futuro desse grande país". Na reportagem da revista Piauí, ele não poupa nem seu próprio governo: "No meu governo, universalizamos o acesso à escola, mas pra quê? O que se ensina ali é um desastre". Pálidos de espanto, como no soneto de Bilac, assistimos à desintegração da esperança na pátria, o que equivale a dizer que é a pátria mesma que se desintegra aos nossos olhos.

              Enviado por meu amigo Vitório Luiz em 18 de agosto de 2007

TOLERÂNCIA ZERO

Discurso de Sam Walton:

Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece estar  pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente, abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou?

"Eu sou o cliente que nunca mais volta!"  Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma. Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era apenas a pequena gentileza, tão barata, um pouco mais de "CORTESIA".

"CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR".

SAM WALTON - é o fundador da Wal-Mart, a maior cadeia de varejo do mundo.  

Contribuição do Ique, em 18 de agosto de 2007

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Sam Walton

Ajudando a divulgar a correção de um engano

Gil, 13 de agosto de 2007

Artigo original: veja no http://www.extralagoas.com.br/ 

Carta a Tereza Collor

"O nosso país é formado de muita gente boa que admira quem tem talento e coragem. Como você e milhares de brasileiras “arretadas de amor pelo Brasil.”

Mendonça Neto

Uma centena de e-mails contendo meu artigo “Carta Aberta a Renan Calheiros”, foi distribuída na internet como se fosse Tereza Collor autora dessa distribuição. E , na confusão dos nomes, para dezenas de brasileiros ela virou autora do texto. Já negou que o seja, mas agora é tarde, Tereza, seremos, para sempre, parceiros de jornalismo. Você sabe que, no Brasil, o que vale é a versão. Por isso, tantos elogios chegaram ao Extra para você, um deles chamando-a de “alagoana arretada” e todos orgulhosos do que você teria escrito. E que poderia tê-lo feito, com o fulgor de sua inteligência.

De qualquer forma, seu perfil é de mulher lutadora, uma bela mulher, mas de personalidade forte e de talento. Por isso, para mim, que nada desmenti, foi um prazer receber, como se fosse para você, tantas manifestações de apoio popular.

Juntando-se às centenas que me chegaram diretamente, estou convencido de que luto o bom combate e que, neste momento da minha vida, mantenho meus sonhos de adolescente e continuo na guerra, interminável parece, de ajudar a construir um Brasil ético e uma Alagoas, as nossas Alagoas, com mais justiça social e sem corruptos encastelados no poder, a grande praga dos estados nordestinos e de quase todo o Brasil.

O nosso país é formado de muita gente boa que admira quem tem talento e coragem. Como você e milhares de brasileiras “arretadas de amor pelo Brasil.”

Artigo original: veja no http://www.extralagoas.com.br/ 

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Que é ter vergonha na cara?

Por Leonardo Boff

Benjamin Franklin (1706-1790) foi editor, refinado intelectual, escritor, pensador, naturalista, inventor, educador e político. Propunha como projeto de vida um pragmatismo   esclarecido, assentado sobre o trabalho, a ordem e a vida simples e parcimoniosa. Foi um dos pais fundadores da pátria norte-americana e participante decisivo na elaboração da Constituição de 1776. Neste mesmo ano, foi enviado à França, como embaixador. Freqüentava os salões e era celebrado como sábio a ponto de o próprio Voltaire, velhinho de 84 anos, ir ao seu encontro na Academia Real.

 

Certa tarde, encontrava-se no Café Procope em Saint-Germain-des-Près, quando irrompeu salão adentro o jovem advogado e revolucionário Georges Danton dizendo em voz alta para todos ouvirem: "O mundo não é senão injustiça e miséria. Onde estão as sanções?" E dirigindo-se a Franklin perguntou provocativamente: "Senhor Franklin, por detrás da Declaração de Independência norte-americana, não há justiça, nem uma força militar que imponha respeito". Franklin serenamente contestou: "Engano senhor Danton. Atrás da Declaração há um inestimável e perene poder: o poder da vergonha na cara (the power of shame)".


É a vergonha na cara que reprime os impulsos para a violação das leis e que freia a vontade de corrupção. Já para Aristóteles a vergonha e o rubor são indícios inequívocos da presença do sentimento ético. Quando faltam, tudo é possível. Foi a vergonha pública que obrigou Nixon a renunciar à presidência. De tempos em tempos, vemos ministros e grandes executivos tendo que pedir imediata demissão por atos desavergonhados.

 

No Japão chegam a suicidar-se por não agüentarem a vergonha pública. Ter vergonha na cara representa um limite intransponível. Violado, a sociedade despreza seu violador, pois não se pode conviver sem brio.


Que é ter vergonha na cara? O dicionário Aurélio assim define: "ter sentimento da própria dignidade; ter brio." É o que mais nos falta na política, nos portadores de poder público, em deputados, senadores, executivos e em outros tantos ladrões e corruptos de colarinho branco. Com a maior cara de pau e sem-vergonhice negam crimes manifestos, mentem sem escrúpulos nos interrogatórios e mas entrevistas aos meios de comunicação. São pessoas que à força de fazer o ilícito e de se sentir impunes perderam qualquer senso da própria dignidade. Roubar do erário público, assaltar verbas destinadas até para a merenda escolar ou falsificar remédios não produz vergonha na cara. Crime é a bobeira de quem deixa sinais ou permite que seja pego com a boca na botija. Nem se importam, pois sabem que serão impunes, basta-lhes pagar bons advogados e fazer recursos sobre recursos até expirar o prazo. Parte da justiça foi montada para facilitar estes recursos e favorecer os sem vergonha com poder.


No transfundo de tudo está uma cultura que sempre negou dignidade aos índios, aos negros e aos pobres. Roubo-lhes seu valor ético porque a maioria guarda vergonha na cara e tem um mínimo de brio. Como me dizia um "catador de lixo" com o qual trabalhei cerca de 20 anos: "o que mais me dói é que tenho que perder a vergonha na cara e me sujeitar a viver do lixo. Mas não sou "catador", sou trabalhador que com o meu trabalho digno consigo alimentar minha família". Se nossos políticos desavergonhados tivessem a vergonha desse trabalhador, digna e dignificante seria a política de nosso país.

  Enviado pelo engenheiro e poeta Ermindo Gomes Rocio, de Manaus, em 12/08/2007

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MEU PROTESTO

NO WAR - GUERRA NÃO

A recente invasão do IRAQUE por um povo arrogante, liderado por um pirata que deseja tomar o petróleo alheio pela força das armas inspira-me nojo e receio.  Hoje, querem petróleo e sustentar a falsa cotação do dólar - daqui a alguns anos, o bem de valor poderá ser a água ou as florestas produtoras de oxigênio, que povos chamados "civilizados" já conseguiram destruir.    RECUSO-ME A FINANCIAR ASSASSINATO DE IRAQUIANOS.  Portanto, tomei a resolução que comunico ao lado, convidando à todos os que pensam do mesmo modo a participar deste protesto.

 Enquanto durar a criminosa invasão do IRAQUE, não consumirei produtos de origem americana ou inglesa.  Já troquei a Coca-Cola por sucos, cancelei MacDonald e Kibon e MatteLeão e SucoMais, não comprarei veículos Ford, Crysler ou Chevrolet e quaisquer produtos com etiqueta em inglês. Sem violência. Sem passeata. Mas se vocês aderirem, sem lucros que financiam armas.

Gil Carvalho Paulo de Almeida, responsável por este site.

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