O QUE NÃO LHE CONTARAM SOBRE A SOJA
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8/28/2006 11:04:40 AM
O QUE NÃO LHE CONTARAM SOBRE A SOJA

Por que consumir um produto controverso como a soja em uma terra que produz em abundância grãos-de-bico?

A soja é naturalmente tóxica, pois contém antinutrientes e substâncias que alteram nosso equilíbrio hormonal, e ainda no seu processamento acrescenta-lhe outros venenos. Além disso, é em sua maioria transgênica, contém mais pesticida tóxico e é um experimento feito a despeito de nossa saúde. Há algum tempo assistimos uma promoção sem precedentes dos produtos a base de soja, não como antes, no campo da "nova era", do ecologismo, naturismo, vegetarianismo, veganismo e outros ismos. Assistimos a uma intoxicação maciça que canta seus benefícios em todos os meios de comunicação.

A TV vende como "audiência" aos fabricantes e industriais. Como se fosse pouco, as farmácias, os herbanários e médicos naturalistas atuam como correias de difusão dessa infame propaganda. Provavelmente nenhum outro produto alimentício tenha tantas empresas de relações públicas e publicidade trabalhando em sua promoção. A soja já está presente de maneira explícita e implícita em mais de 60% dos mantimentos dos supermercados nos Estados Unidos. A FDA, o organismo mais importante do mundo de controle de alimentos e drogas aceitou incluir na etiqueta de alguns produtos os benefícios que a soja trás para a saúde, apesar dos protestos de alguns de seus membros.

A soja está sendo introduzida cada vez mais na alimentação infantil, ocultando seus graves efeitos negativos, especialmente importantes sobre as crianças alimentadas com preparados de soja que gozam, graças a eles, de mais do dobro de enfermidades auto-imunes da tireóide.

BENEFÍCIOS OU MALEFÍCIOS DA SOJA

PERGUNTAS E RESPOSTAS:

1- A SOJA É USADA A MILHARES DE ANOS NO ORIENTE.

Falso e Verdadeiro.

A soja pertence à família dos legumes, possui a mesma capacidade de sua família que é captar o nitrogênio da atmosfera nos nódulos de suas raízes com a ajuda de bactérias. Na China, a soja foi plantada durante séculos, prioritariamente, com este fim: repor o nitrogênio, favorecer a rotação dos cultivos e não para consumi-la. Um estudo do uso histórico da soja na Ásia mostra que só foi usada pelos pobres; quando não tinham nada que comer, consumiam feijão de soja e os preparavam cuidadosamente (fermentação) para destruir todas as toxinas.

De acordo a K C Chang, editor da "Cultura Chinesa", na China em 1930, o total de soja consumido na dieta era de 1.5% em comparação ao porco que era de 65%. A indústria da soja diz que "as fórmulas de soja são saudáveis, já que as crianças asiáticas consumiram-na durante séculos". Inclusive se atreve a dizer que "as fórmulas de soja são melhores que o leite materno" o mesmo que a multinacional Nestlé fez com seu leite em pó, contra o mais elementar sentido comum, aos argumentos científicos que demonstram o contrário e, o mais grave, contra os bebês. Ao inverso, as fórmulas de suco de soja raramente eram usadas na Ásia para alimentar as crianças.

Ernest Tso é quem propôs a primeira dieta de suco de soja para bebês nos primeiros 8 meses de vida. Escreveu no Chinese Journal of Physiology em 1928: "o suco de soja é um alimento nativo usado em certas partes do país como bebida matinal, mas é pouco usado na dieta dos infantes. As propriedades nutritivas nos alimentos para crianças são praticamente desconhecidas". Em um escrito em 1930, o Dr. R.A. Guy, do Departamento de Saúde Publica da Faculdade de Medicina de Pekin, esclareceu que "nunca foi usado suco de soja para alimentar as crianças em Pekin. Esta fórmula não se faz nas casas, mas é vendida nas ruas como uma bebida quente, rica em proteínas que é usada freqüentemente por anciãos em vez do chá. O suco de soja, além de ser danoso para as crianças, é difícil de preparar”.

Em outra publicação Guy mencionou o uso do suco de soja para os bebês que não tivessem suficiente leite materno nos países em que não se encontra o leite de vaca. A informação das grandes quantidades de soja supostamente consumidas na Ásia provém de uma pesquisa recente sobre 1.242 homens e 3.596 mulheres que participaram de uma verificação anual da saúde na Takayama City, Japão. A pesquisa mostra que os produtos mais consumidos foram queijos de soja (tofu), feijão de soja fermentado, suco de soja e feijão de soja fervido. A quantidade estimada de proteína de soja consumida foi 8,00 ± 4,95 g/dia para homens e 6,88 ± 4,06 g/dia para mulheres.


2- A SOJA É UM PRODUTO BIOLÓGICO.


Verdadeiro.

A soja é sem dúvida um produto biológico, como a planta que se extrai o ópio ou a estricnina. A denominação de produto biológico é um álibi equivocado já que todos os produtos que saem da terra são biológicos, mas nem todos foram cultivados com os critérios da agricultura biológica.


3- A SOJA É UM ALIMENTO QUE SUBSTITUI AS PROTEÍNAS DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.

Verdadeiro e Falso.

As proteínas são constituídas por unidades elementares que são os aminoácidos. Dentre eles há alguns que são essenciais, quer dizer, que não podem ser elaborados pelo organismo e que, portanto, devem ser fornecidos pela alimentação. A soja é muito rica em proteínas, mas é relativamente pobre no aminoácido saturado de enxofre cistina, precursor da cisteína, da glutamina e da taurina. Além disso, o processamento com alta temperatura tem o desafortunado efeito secundário de desnaturalizar a lisina e os outros aminoácidos. Este processo reduz ainda mais a cistina e em conseqüência a capacidade hepática de desintoxicação.


4- A SOJA CONTÉM ÁCIDOS GORDUROSOS BENÉFICOS ÔMEGA 3.

Verdadeiro e Falso.

Os processos de elaboração da maioria dos produtos a base de soja se desenvolvem em altas temperaturas que desnaturalizam os ácidos gordurosos poliinsaturados e produzem ácidos gordurosos trans-inativos.


5- A SOJA TEM NUTRIENTES DE FÁCIL ASSIMILAÇÃO.

Falso, por vários motivos.

5.1 A soja tem nutrientes de difícil assimilação como o Cálcio, o que pode levar a um desequilíbrio cálcico negativo, osteoporose. "A soja induz uma acentuada descalcificação". Esta afirmação, certa quando se promove como alternativa ao leite animal, precisa ser esclarecida. A soja se compara aqui em seu conteúdo de cálcio com o leite de vaca. Certamente a soja é muito inferior quanto ao cálcio do leite de vaca. Mas aqui poderíamos entrar na polêmica sobre a necessidade e a toxicidade do leite de vaca.

Embora se recomendem para a descalcificação na menopausa ambos os leites, podemos concluir que o melhor é não tomar, aumentar o exercício físico e ingerir outros minerais, como o magnésio, imprescindível para fixar o cálcio nos ossos.

5.2 É deficitária em vários elementos essenciais da nutrição.

- É deficitária em ferro, o que pode levar a anemia.

- É deficitária em vitamina B12. A vitamina B12 presente na soja é um análogo inativo que não se utiliza e inclusive pode aumentar suas necessidades e bloquear a absorção da vitamina B12 ativa. Houve casos de bebês mortos por esta razão. Além disso, recordemos que a tripsina que permite assimilar a vitamina B12 é inibida pelos antinutrientes da soja. E se por acaso fora pouco, recordemos que muitas dietas vegetarianas são deficitárias em vitamina B12.

- É deficitária em tiamina ou vitamina B1 e já se deram casos de bebês alimentados com fórmulas de soja com beribéri grave.

- É deficitária no aminoácido lisina, como já dissemos.

5.3 Contém vários antinutrientes:

A. Contém inibidores de enzimas digestivas (inibidores da protease) como a tripsina e outros necessários para a digestão de proteínas.

Recordemos que a tripsina permite assimilar a vitamina B12. Os inibidores da tripsina e a hemaglutinina são também inibidores do crescimento. E os inibidores da protease foram acusados de provocar problemas pancreáticos. O Professor Irvin Leiner, perito em inibidores da protease, afirma: "os inibidores da tripsina da soja representam na realidade um risco potencial para os humanos quando a proteína da soja se incorpora na dieta".

B. Contém ácido fítico (hexafosfato de inositol), presente em um grupo de substâncias denominado fitatos (mais que em outras leguminosas) que estão presentes no farelo de cereais ou na casca de todas as sementes. Os fitatos são quelantes, quer dizer que podem unir-se a íons metálicos e bloquear a assimilação e a biodisponibilidade de minerais essenciais: cálcio, magnésio, cobre ferro e, especialmente, o zinco. Isto é particularmente grave nos bebês. Os fitatos são resistentes às técnicas de redução como o cozimento prolongado em fogo lento.

O ácido fítico que fica nos múltiplos produtos de soja processada (SPI) segue inibindo a absorção de poucos elementos. Em estudos experimentais com animais de laboratório alimentados com o SPI aparecem órgãos aumentados, em particular o pâncreas e a glândula tireóide, e alterações do metabolismo dos ácidos gordurosos no fígado.

C. Por outro lado comprovou-se que as fórmulas infantis com base na soja podem conter até 200 vezes mais manganês que no leite de lactação natural. O excesso de manganês se acumula nos órgãos internos incluindo o cérebro e podem causar danos.


6- OS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DA SOJA DESATIVAM SEUS ANTINUTRIENTES.

Falso.

Os antinutrientes só são desativados pela fermentação (shoyu - molho de soja, missô – pasta de soja, natoo – grãos de soja fermentada). Contrários ao que se pensa os antinutrientes não desaparecem completamente no tofu (que não é soja fermentada, mas sua elaboração se faz por precipitação com sulfato de cálcio ou de magnésio), nem pelo cozimento prolongado. Além disso, o uso de produtos processados da soja (SPI) aumentou a demanda de vitaminas E, K, D, e B12, e criou sintomas de deficiência de cálcio, magnésio, manganês, molibdênio, cobre, ferro e de zinco.


7- A SOJA É UM ALIMENTO SAUDÁVEL.

Falso

A soja, mesmo quando não é transgênica, produz numerosas patologias documentadas na literatura científica há anos. Isto não é surpresa e a indústria da soja não tem desculpas, já que sabia que ela é patogênica há dezenas de anos. Por exemplo, ela sabia que a soja contém agentes bociogênicos há mais de 60 anos. Produz, demonstrativamente, um aumento de graves enfermidades que resumiremos a seguir.

A soja produz:

7.1 Alterações alérgicas, especialmente em crianças, e casos de alopecia. A proteína da soja se encontra em segundo lugar da lista de mantimentos que produzem alergias e produz 25% das reações graves.

7.2 Alterações do sistema nervoso. Envelhecimento acelerado do cérebro. Um artigo mencionado no dossiê perguntava se os fitos estrógenos apodreciam o cérebro? Não foi feita por nenhum repórter sensacionalista, mas sim por um investigador da USFDA do Centro Nacional de Investigações Toxicológicas. Menor função perceptiva, piores resultados nos testes e diminuição do peso do cérebro. Uma taxa maior que o dobro do Mal de Alzheimer, foi demonstrado em consumidores japoneses de tofu, como já informa na revista anteriormente.

Um estudo realizado durante mais de 30 anos com 7.000 homens (Estudo de Exploração Epidemiológica do Hawai) demonstrou que o tofu acelerava a perda de peso cerebral em pessoas idosas e que quanto mais sojas ingeriam pior ficavam suas habilidades mentais. A soja atuava como uma droga, não como alimento disse o Dr. L White, de Honolulu Aging Study.

7.3 Alterações de comportamento. Aumento da ansiedade, do estresse, diminuição dos comportamentos sociáveis, aumento do comportamento agressivo e, paradoxalmente, também do comportamento de submissão em animais alimentados com soja. Que curioso! Exatamente o tipo comportamental de falta de solidariedade que promove o sistema.

7.4 Alterações do sistema imunológico. A genisteína tem efeito imunossupressor e produz alterações atróficas no timo. A exposição aos fitoestrógenos durante a gravidez e na lactação tem relação com a aparição de enfermidades auto-imunes nas crianças.

7.5 Alterações endócrinas. Em estudos que datam da década de 50, já se demonstrou que a soja causa transtornos endócrinos em animais.

A - Alterações do pâncreas. O dobro das crianças alimentadas com fórmulas de soja tem diabetes. Nota-se que há estudos que acusam a soja de produzir diabetes desde, pelo menos, 1986.

B - Alterações da tireóide. A soja contém substâncias que debilitam a função da glândula tireóide. É bociogênica. A genisteína é um inibidor da peroxidase tireoidiana mais poderoso que os medicamentos normais antitireóideos. Tem-se descrito com:

-Aumento da TSH hipofisária em resposta a sua ação antitireóidea.

-Bócio difuso.

-Hipotireoidismo, com seus sintomas associados: constipação, letargia, fadiga, etc. Uma ação que por certo compartilha com o urinar e que é ignorada pelos usuários.

-Tireoidite auto-imune subaguda. As crianças alimentadas com fórmulas a base de soja têm o triplo de enfermidades auto-imunes da tireóide, segundo um estudo do Departamento de Pediatria do Hospital Universitário Cornell de North Shore Manhasset, Nova Iorque.

-Câncer na tireóide. O Dr. Michael Fitzpatrick, cientista meio-ambientalista e investigador dos xenoestrógenos, considera que os produtos derivados da soja podem aumentar o risco de câncer tireóideo. Encontrou-se bócio maligno nos animais experimentais alimentados com soja.

O mecanismo destas alterações é conhecido e está descrito na literatura científica ortodoxa: As isoflavonas da soja inibem a peroxidase tireóidea (TPO) necessária para fabricar hormônios tireóideos T3-T4. Uma delas, a genisteína, causa dano irreversível às enzimas que sintetizam os hormônios da tireóide, inibe as reações catalisadoras da peroxidase tireóidea.

C - A soja contém fitoestrógeno. Sua ação pode combinar com outros disruptores endócrinos e xenoestrógenos (para agravar a interferência com os mecanismos endócrinos naturais) responsáveis por:

-Alterações nos hormônios sexuais.

-Alterações do comportamento sexual, como por exemplo, menor receptividade nas fêmeas e diminuição da libido.

-Aparição da puberdade precoce. Desenvolvimento de seios e pêlo púbico em 48.3 % de afro-americanas de 8 anos, e há casos em que isto acontece aos 3 anos.

-Anormalidades congênitas no trato genital masculino.

-Diminuição da fertilidade. Em diversos animais se observaram efeitos sobre a reprodução, com aumento da infertilidade, além de enfermidades do fígado. A diminuição da fertilidade afeta a ambos os sexos.

-Diminuição de andróginos, da testosterona, do número de espermatozóides, aumento da próstata, e diminuição dos testículos.

-Além disso, há provas de que as isoflavonas da soja, genisteína e daidzeína, são genotóxicas para o esperma humano.

7.6 Aumento de má formação no nascimento como criptorquia, hipospádias, espinha bífida, pernas disformes ou ausência de algum órgão e de abortos.

7.7 Alterações do material genético.

Tem-se descrito alterações dos mecanismos reparadores naturais das aberrações cromossômicas e outras alterações negativas do DNA. Isto nos leva a outra das mentiras sobre a soja.


8- A SOJA PREVINE O CÂNCER.
As mulheres asiáticas têm menos câncer de mama porque consomem soja em lugar de proteínas animais.

Falso.

A soja NUNCA foi um substituto das proteínas animais e é utilizada de maneira diferente e moderadamente. Na Ásia a soja é consumida, na maior parte das vezes, como alimento fermentado, o que minimiza seus antinutrientes. É só um complemento alimentício utilizado fundamentalmente como condimento em forma de molho de soja e em outros produtos fermentados que não se comercializam nem são usados no Ocidente (missô – pasta feita da soja, shoyu – molho de soja, natoo – grãos fermentados de soja).

Além disso, há muitos outros fatores que não consideram simplistas os estudos que atribuem ao suposto consumo de soja a diminuição do câncer nas mulheres orientais. Por exemplo, um fator preventivo do câncer é o elevado consumo de algas na dieta japonesa. As algas Nori, Kombu, Wakame contêm vitaminas, fibras e proteínas. As duas últimas (as marrons), além de poderosos antioxidantes, possuem uma ação antibacteriana.

Outro fator é o elevado consumo de ácidos graxos poliinsaturados provenientes do peixe, precursores da fabricação das prostaglandinas pacificadoras, como as denominavam a Dra. Kousmine, que são estimulantes da imunidade anticâncer. O consumo excessivo de soja não só não previne o câncer, mas também pode provocar os cânceres ginecológicos e tireóideos.

Tem-se descrito na literatura científica devido ao consumo de soja:

- câncer de pâncreas,

- maior taxa de câncer e leucemia infantil,

- maior risco de desenvolver câncer de mama,

- aumento de cânceres da vulva,

- aumento do risco de câncer na glândula tireóide,

- aumento da incidência de hiperplasia endometrial, estágio precursor do câncer de útero.

Além de tudo isso, no processamento da soja industrial:

- a solução alcalina produz lisinealina (que é um cancerígeno).

- os solventes utilizados deixam resíduos cancerígenos como o hexano.

- as altas temperaturas do processamento favorecem a formação de compostos cancerígenos e anulam a atividade dos ácidos graxos poliinsaturados a partir de 40 graus. A soja transgênica tem maiores níveis de estrogênios que a soja natural, portanto seus produtos derivados serão ainda mais tóxicos.


9- A SOJA REDUZ OS PROBLEMAS DA MENOPAUSA.

Falso.

Esta afirmação apóia-se no fato, até certo ponto correto, de que as mulheres asiáticas têm menos sintomas ao chegar à menopausa. Mas atribuir isto à soja é outra história... E isso é o que estão fazendo as multinacionais farmacêuticas e de produtos naturais, há anos, adestrando aos médicos para que repitam como triunfos que as isoflavonas da soja liberarão as mulheres dos sintomas da menopausa.

Exatamente o mesmo que levam anos repetindo para vender a terapia hormonal substitutiva ocultando que, comprovadamente, produz aumento do câncer e de outras graves enfermidades. Há estudos que não só mostram sua ineficiência, mas demonstram que as consumidoras de soja padecem dos problemas de saúde mencionados anteriormente.


10- A SOJA DIMINUI A OSTEOPOROSE MENOPÁUSICA.

Falso.

Há estudos que demonstram não ter encontrado nenhum efeito das isoflavonas de soja sobre a massa óssea. Tampouco o mesmo estudo encontrou nenhuma diminuição das gorduras no soro, o que nos leva à mentira seguinte.


11- A SOJA REDUZ O COLESTEROL E O RISCO DE ENFERMIDADES CARDIOVASCULARES.

Falso.

Alguns estudos afirmam que a soja diminui o colesterol. Faz tempo que as medidas do alto colesterol foram desprezadas, inclusive na medicina ortodoxa, como indicadores de estados patológicos.

A diminuição do colesterol total não é benéfica para a saúde e está inclusive incriminada na aparição de enfermidades como a depressão e maiores taxas de suicídio. Além disso, a soja contém hemaglutinina, (fita-aglutinina ou lecitina) substâncias que promovem a formação de coágulos sangüíneos responsáveis por acidentes vasculares no cérebro, trombose, etc. A soja transgênica produz mais gordura no leite da vaca alimentada com soja. Deste modo os produtos lácteos tirados de animais alimentados a base de soja são ainda mais tóxicos.


12- AS FÓRMULAS INFANTIS A BASE DE SOJA SÃO SEGURAS.

Adere-se a esta afirmação:

1. O nível de fitoestrógeno nas fórmulas infantis a base de soja é baixo.

2. A maioria dos efeitos dos fitoestrógenos foi positiva.

3. O leite humano contém fitoestrógeno.

Falso.

É certo que o leite materno das mulheres que consomem produtos de soja contém fitoestrógeno, mas das que não consomem não os contêm. E se vier a conter, estão mais de 1000 vezes abaixo dos níveis existentes nas fórmulas de soja. Prestigiosas agências e associações de mantimentos infantis e dietéticos são culpadas de difundir as mentiras dos fabricantes de fórmulas de soja. As fórmulas infantis com base na soja são experimentos infantis de grande escala e sem controles. Devem considerá-los como um atentado criminal contra a saúde dos bebês em nome da nutrição infantil.


13- A SOJA É UM PRODUTO NÃO POLUÍDO.

Falso.

A soja está poluída por vários tóxicos bem identificados. Em primeiro lugar a soja está poluída pelos produtos químicos que se vendem no mesmo pacote aos agricultores. A soja tem as mais altas percentagens de contaminação por herbicidas tóxicos: Roundup (marca comercial do princípio ativo glifosato), glifosatos.

Um exemplo significativo é que, na Argentina, para ocultar este fato, fez-se uma modificação na legislação das doses máximas plausíveis: De 0,1 partes por milhão até os anos 90, passou para 20 ppm como dose "aceitável" em meados de 90. Isto representa um aumento de 200 vezes o limite anterior; evidentemente é uma fraude científica por parte dos "peritos" e um atentado contra a saúde dos consumidores.

Em segundo lugar no isolado de proteína da soja (SPI), o produto contamina-se com diversas substâncias perigosas (a lavagem com ácido em tanques de alumínio polui o produto final). O alumínio está relacionado com o crescente surgimento do Mal de Alzheimer e outras enfermidades neurológicas. Também está relacionado com enfermidades novas como a miofascitis de macrófagos e a fadiga crônica como se está conhecendo, por exemplo, na França com o escândalo do alumínio contido nas vacinas, (pelos solventes que deixam hexano, um derivado do petróleo) por nitritos (que se formam durante a secagem por aspersão). Os nitritos se convertem em nitrosaminas que são cancerígenos reconhecidos.


14- A SOJA É UM PRODUTO NATURAL.

Falso.

Atualmente, a soja em sua maioria é transgênica. Quer dizer, é comida criada por engenharia genética e denominada comida “frankenstein”. Calcula-se que hoje 99% da soja são modificadas geneticamente nos USA, e mais de 95% é transgênica na Argentina.

As companhias norte-americanas estão fazendo pressão em todo o mundo para impor seus cultivos. A soja é um experimento cujas conseqüências não se conhecem. Porém, entretanto, advertências não faltam. Esta intervenção não deve confundir-se com instruções anteriores sobre a ordem natural dos organismos vivos; como por exemplo, a criação de animais ou o cultivo e desenvolvimento de plantas; ou as mutações artificialmente provocadas.

Todos estes procedimentos anteriores atuavam dentro de uma única espécie ou de espécies muito próximas. O centro da nova tecnologia é o transportar genes de um lado para outro, não unicamente entre uma mesma linha de espécie, mas sim, atravessando as fronteiras que agora dividem os organismos vivos.

Potencialmente, poderia criar novas enfermidades em animais e plantas, novas fontes de câncer, e novas epidemias” disse o Dr. George Wald, Professor Emérito de Harvard, Prêmio Nobel de Medicina. "Tenho a impressão de que a ciência tem transposto uma barreira que deveria ter permanecido intacta, não pode simplesmente eliminar uma nova forma de vida... Viverão mais que você e que seus filhos e os filhos de seus filhos.

Um ataque irreversível sobre a biosfera é algo tão insólito, tão inconcebível pelas gerações anteriores, que só desejaria que a minha não fosse a culpada disso" disse Erwin Chargoff, considerado o pai da biologia molecular. Refere-se à modificação genética como o "Auschwitz molecular" e considera a modificação genética de plantas e animais como uma ameaça para a sobrevivência humana.

Entre as companhias multinacionais que promovem a soja, nós encontramos em primeiro lugar a Monsanto, primeira a elaborar o lobby transgênico e fabricante da rbgh - hormônio de crescimento bovino. Monsanto não é a única multinacional implicada, também tem o Dupont-Pioneer (fabricante de proteínas de soja). Estas companhias fabricam produtos químicos para a agricultura, sementes e produtos farmacêuticos. No ano 2.000 Monsanto vendeu 16.877 milhões de dólares.

Dupont, no mesmo ano vendeu 6.068 milhões de dólares. Syngenta, 34.590 milhões de dólares. Estes gigantes multinacionais, cujo poder financeiro faz parte do autêntico poder que governa o mundo, não estão interessados em que se conheçam estas informações. Alardeiam os benefícios da soja não só para a saúde como também para a ecologia.


15- OS BENEFÍCIOS DA SOJA ESTÃO APROVADOS PELA CIÊNCIA.

Falso.

Pelo contrário, é um exemplo da falsificação da ciência. Por exemplo: O programa de investigação sobre a soja e a saúde dedicou 4 milhões de dólares em subvenção para examinar somente os benefícios da soja sobre a saúde, excluindo os trabalhos que fossem em sentido contrário. Nele colaboraram os Institutos Nacionais da Saúde, NIH, os Conselhos Estatais sobre a Soja, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, USDA; a indústria da soja dirige as rédeas da investigação.

Congressos, trabalhos de investigação, másteres e publicações "científicas", são patrocinados pelas multinacionais da soja e dos transgênicos, cujo poder financeiro permite-lhes controlar os meios de comunicação internacionais, lançando campanhas na mídia para promovê-la juntamente com os transgênicos e as maravilhas da biotecnologia, como no caso da revista "Super Interessante" de fevereiro de 2004.

Mas o mais grave é que seu poder lhes permite, inclusive, definir o que é ciência e o que não o é. Assim acontecem com os másteres científicos, cursos de pós-graduação de comunicação e meio ambiente ou de comunicação e medicina como denuncia nosso amigo o biólogo Edwin Parra.

A segurança da soja transgênica não está garantida. Já causaram acidentes reconhecidos. Por exemplo, a Administração de Mantimentos e Fármacos (FDA) ordenou destruir 17000 metros cúbicos de soja, porque poderia ter se misturado com alguns grãos de milho modificado geneticamente para produzir uma substância não comestível, possivelmente uma vacina veterinária. Nos Estados Unidos, a soja transgênica da Pioneer causou a morte de 27 pessoas e mais de 1.500 afetados.

Os efeitos da soja transgênica sobre a saúde são ocultos e transcendem os efeitos negativos sobre o indivíduo. Tem-se comprovado experimentalmente, que o DNA transgênico ingerido em mantimentos, pode-se recombinar no estômago e no intestino humano, transferindo às bactérias da flora intestinal propriedades das plantas transgênicas, como por exemplo, a resistência aos antibióticos. E sabemos que esta resistência pode transmitir-se não só às bactérias da mesma família (transmissão vertical) como também às famílias distintas (transmissão horizontal) e também a indivíduos distintos que não estavam originalmente expostos, criando um problema muito grave.


16- O CULTIVO DA SOJA MELHORA A ECONOMIA DOS PAÍSES QUE A PRODUZEM.

Falso.

A promoção do cultivo da soja não aumenta só a concentração de capital das empresas multinacionais que o fomentam. Não é só um assunto de benefícios a curto prazo, é também uma arma geoestratégica cujos efeitos são alarmantes. A monocultura imposta da soja supõe um aumento da vulnerabilidade dos países que aceitaram as coações em substituir sua agricultura tradicional (destinada a alimentar a seu próprio povo) para serem produtores de soja e, portanto, uma submissão à nova ordem internacional ditada pelo IMF, pela OMC e pelas multinacionais que os governam com seu poder financeiro.

Sua imposição é uma arma silenciosa que promove uma concentração do capital cada vez em menos mãos. Segundo o censo agrário Argentino, "entre 1991 e 2001 desapareceram ao redor de 160.000 pequenos produtores e como conseqüência, 6.200 proprietários possuem 49.6% do total da terra e 17.000.000 de hectares se encontram já em mãos estrangeiras”. (INDEC - Censo Nacional Agropecuário 2001.) Referindo-se à Argentina, Jorge Rulli, do Grupo de Reflexão Rural (GRR) afirma: "Estamo-nos transformando em dependentes, viciados na soja.

Eu acredito que com isto a Argentina se antecipa à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), no sentido de que fomos arrolados como país na divisão internacional do trabalho nos marcos da globalização. Um rol de produtores se soja... O atual modelo agropecuário, apoiado na produção de soja GM, está-nos transformando em uma ‘republiqueta sojera’. A monocultura está destruindo a segurança alimentar e a vida rural, e nesse sentido é a sala de espera da fome".

A soja é uma arma contra a soberania alimentar de nações que eram amplamente autônomas do ponto de vista do auto-abastecimento alimentício como a Argentina, e que atualmente lhes obriga a importar mantimentos tais como leite, frangos, lentilhas, feijões, entre outros. O resultado é uma fome sem precedentes e a crescente dependência da ordem ditada pelas multinacionais e suas instituições. O exemplo argentino deveria servir para que outros povos do mundo entendessem quais serão "os benefícios" dos cultivos transgênicos, especialmente da soja que Monsanto, Syngenta, Dupont e demais multinacionais, proprietárias do negócio biotecnológico, pretendem impor.

Deveria tornar evidente o álibi de suprimir a fome e as chantagens de seus organismos financeiros como o Fundo Monetário Internacional e a Organização Internacional de Comércio. O cultivo da soja transgênica fomenta a ditadura multinacional, a guerra contra os agricultores biológicos e contra a gente. Como se fosse pouco este sistema aberrante, fomenta uma ditadura transnacional de marcado caráter policial com poderes legais sobre a população que nem sequer sabe que existe e cujos direitos mais elementares foram desapropriados. Efetivamente, as multinacionais dos transgênicos têm conseguido criminalizar as vítimas de suas contaminações. Elas ganharam alguns julgamentos contra agricultores biológicos que tinham sido contaminados por seus produtos com a desculpa de não lhes haver pago seus royalties.

A extensão do cultivo da soja é parte da arma alimentícia. Mais que isto, a generalização do cultivo de soja transgênica poderia considerar-se como uma arma biológica que assassina silenciosamente uma parte da população. Pode parecer uma afirmação exagerada, mas não o é se considerarem que a soja é uma arma para depauperar ainda mais aos pobres. É uma arma para aumentar a fome. E a fome produz SINA: Síndrome da Imunodeficiência Nutricional Adquirida, e morte.

Esta síndrome não afeta só a geração que a padece. Apesar de não ser infecciosa, há trabalhos que demonstram sua extensão às gerações seguintes embora estejam bem alimentadas, conforme a apresentação do Dr. Roberto Giraldo em sua intervenção sobre SINA e África durante as jornadas "Contra a censura na ciência" que organizamos em Barcelona. Para quem são os benefícios é evidente. Os benefícios são para as multinacionais que a produzem. Mas o que já não é tão evidente é que estas mesmas multinacionais matarão dois pássaros com um tiro: Obtêm fabulosos benefícios e limpam o terreno para seguir obtendo-os. O terreno é o importuno excedente de população, especialmente na África e América do Sul.

Dizia cinicamente o embaixador dos EUA na Espanha: "sobra a metade da população". O que não disse é para quem sobravam. Mas está bem claro: Sobram para poderosos que são uma minoria cada vez mais reduzida de ricos brancos que acumulam a maioria dos recursos do planeta. Nos últimos anos se produziu um aumento crescente das desigualdades e da fome. A arma alimentícia é parte da estratégia dirigida pelos poderosos que necessitam menos gente no planeta.

A forma mais evidente de consegui-la é a guerra, mas não é a única, embora sejam radiativas como as 3 últimas e sigam assassinando para sempre, depois de acabadas oficialmente. A arma alimentícia é outra de suas estratégias e a soja transgênica é uma delas. Recordemos que, como explicamos anteriormente, além de promover a fome, a soja tem efeitos de diminuir a fertilidade.

A. Embid

Referencias bibliográficas:

- Investigación actual: "Las embarazadas no deberían tomar productos de soja". Sobre los antinutrientes presentes en la soja y objeciones de los propios expertos de la FDA: A. Embid "Más argumentos en contra de la soja".

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Fonte:  http://www.san.org.br/NPViewArticle.asp?cmd=view&articleid=1740