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Viva a liberdade! ...
Qual liberdade? Existem dois tipos...


Liberdade é um tema vasto. A abordagem principal aqui é o aspecto nutricional. Será que o ser humano é por natureza onívoro e por isso a carne é um alimento adequado ao seu metabolismo? Existem muitas respostas a essa pergunta. Nosso ponto de vista é o de que somos "livres para" comer o que quisermos, mas o consumo de proteína animal irá interferir em nossa "liberdade DE" problemas de saúde.

Somente quando os dois tipos de liberdade são verificados (ser livre "PARA" e estar livre "DE") podemos estar em estado de liberdade integral, liberdade total, que na verdade não tem um limite final, é um processo, um caminho que, ao avançarmos no mesmo, mais harmonia teremos em nossas vidas, mais em sintonia com a vida estamos.

Viver da morte violenta de BILHÕES de animais que são abatidos diariamente no mundo não nos parece conter nada de harmonioso. Estamos claramente pagando o preço por isso. Doenças cardio-vasculares, AVC e câncer são as principais causas de mortes no primeiro mundo. Proteína animal está entre as  causas das citadas doen
ças.  Aquecimento global [Nota 1] é o maior problema ecológico. A devastação de matas por queimadas para formar e/ou manter pastagens, é parte rotineira da atividade agropecuária em países subdesenvolvidos e é um enorme responsável pelo aumento de CO2 na atmosfera, juntamente com os escapamentos dos veículos, a poluição de termo-elétricas a carvão mineral, etc.

Minha experiência pessoal de 32 anos sem consumir nenhum tipo de carne e ovos e gozar de muita saúde me diz que não necessito de carne como fonte de proteínas. O interesse por Ecologia me fez descobrir que a agropecuária está entre as atividades humanas mais destrutivas da natureza, devido à extensão de terra que se necessita "desmatar" para áreas de pastagens abertas ou áreas de mega plantações de grãos, (soja, milho, etc) utilizados na indústria de rações.

Nos países subdesenvolvidos, hoje em dia chamados de "economias emergentes" (inclui o Brasil) o meio mais econômico e portanto o mais usado para se formar pastagens é a "queimada", com produção de gigantescas quantidades de CO2, o principal gás de efeito estufa.  Apesar do metano resultante da flatulência das bilhões de cabeças de gado do planeta ser um gás que produz 20 vezes mais efeito estufa do que o CO2, o volume gerado de metano é pequeno em relação ao CO2.
Uma pequena pesquisa com os termos "efeito estufa", "aquecimento global", etc, na Wikipedia, é suficiente para se ter um panorama geral do tema.

Vegetarianismo, veganismo, crudivorismo e frutarianismo são AINDA temas "antipáticos" para a maioria das pessoas que não desejam alterar seus hábitos alimentares. Em geral os onívoros não desejam nem mesmo ouvir falar do que existe por trás da "tradi
ção" de se "saborear" um suculento churrasco de picanha ou um um enorme cheeseburger na lanchonete mais próxima".

Mas... desinforma
ção não significa inocência. Sendo o ser humano dotado de mente; inteligência e raciocínio, está mais do que na hora de saber as conseqüências funestas para a saúde e para o meio ambiente advindos do uso de carne de animais como forma de nutrir o corpo com proteínas.

Água, proteína, carboidrato e gordura são os quatro macronutrientes que necessitamos para nutrir as células, pelo menos é o que até agora está acordado pela ciência. A necessidade protéica é bastante simples de ser satisfeita, com exceção dos que não tem um mínimo de volume de alimentos disponíveis, como em regiões extremamente pobres do planeta. Todos os alimentos contém uma certa quantidade de proteína e se a quantidade calórica diária for preenchida, a quantidade de proteína também o será, automaticamente. Leia o texto esclarecedor "O mito da proteína". 
A obtenção de proteínas suficientes não é apenas minha "opinião" e sim experiência de vegetarianismo desde 1976, 32 anos sem consumo de nenhum tipo de carnes ou ovos e consumo moderado de laticínios durante parte desse tempo.


Os muitos textos que est
ão postados neste site tem em parte o objetivo de ilustrar nossos pontos de vista e não o de "convencer" ninguém, em geral as pessoas detestam ser convencidas a mudar sua opinião, e essa NÃO é nossa intenção.

Vale lembrar a todos os leitores que eu próprio, como pensador crítico, adepto de pensamento  transversal como se diz em alemão ("querdenken") que sou, aprecio e agradeço quando me convencem a mudar qualquer coisa. N
ão tenho receio de mudar de opinião nem me desfazer de nenhum conhecimento passível de ser substituído por outro melhor.
Considero que
novas idéias, novos conceitos só contribuem para nosso desenvolvimento intelectual e de compreensão da vida.

Há muitos anos informações coletadas aqui e ali me levaram a considerar a alimentação SEM carnes e ovos como muito mais saudáveis, sob uma enorme gama de enfoques; nutrição, economia, ecologia, moral, ética, estética, espiritualidade, etc.
Após 32 anos sem utilizar nenhuma forma de restos de animais mortos em minha alimentação não sinto nenhum orgulho disso, sinto apenas gratidão por ter tido o privilégio de ver além dos hábitos e comportamentos das pessoas em geral. Sinto-me grato por ter questionado sempre tudo. E estar sempre aberto para mudanças e novos paradigmas.

Namaste!
Jivan Ananto 2006/07/08





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