Glândula Pineal ou Epífise       (Consulte o glossário, no final do texto)

A glândula Pineal está localizada no centro geométrico do cérebro.
A glândula Pineal é aproximadamente do tamanho de uma ervilha, estando situada no centro do cérebro em uma pequena concavidade atrás e acima da glândula pituitária, a qual se localiza um pouco atrás da base da raiz do nariz. A Pineal está localizada diretamente atrás dos olhos, conectada ao terceiro ventrículo.

A verdadeira função dessa glândula misteriosa tem sido observada há longa data por filósofos e místicos. Os gregos antigos acreditavam ser a pineal nossa conexão com o a "dimensão, o reino  do pensamento". Descartes a chamava o centro da alma. Essa glândula é ativada pela luz, e controla os vários bioritmos do corpo. Ela trabalha em harmonia com o hipotálamo que governa as sensações físicas de fome, sede, desejo sexual e o relógio biológico que determina nosso processo de envelhecimento.

Apesar da função fisiológica da pineal ter sido desconhecida até recentemente, as as escolas místicas e esotéricas tem falado há tempos dessa área no centro do cérebro como o link de conexão entre o plano físico e o espiritual.  Considerada como a fonte mais elevada e poderosa de energias etéricas dos seres humanos, a pineal tem sido sempre importante na iniciação de poderes sobrenaturais. O desenvolvimento de talentos psíquicos tem sido intimamente associados com esse órgão.
(NT:  Apesar de termos excluídos os textos "místicos", não científicos do original, incluimos esse pequeno parágrafo apenas para ilustrar o fato de que a glandula pineal tem sido foco de atenção de áreas como Ioga, meditação etc).



A glândula pineal contem um mapa completo do campo visual dos olhos
e desempenha várias funções significativas no funcionamento humano.
Na figura abaixo: A organização dos sistemas sensoriais.


Existe um circuito das retinas ao hipotálamo, chamado trato retino-hipotalâmico. Este traz informações sobre luz e escuridão à região do hipotálamo, chamada núcleo supraquiasmático (suprachiasmatic nucleus), abreviado em inglês por SCN. Do SCN impulsos nervosos viajam através dos nervos da pineal (sistema nervoso simpático) para a glândula pineal. Esses impulsos inibem a produção de malatonina. Quando esses impulsos param (à noite, quando a luz não mais estimula o hipotálamo), o efeito inibidor da pineal cessa e a melatonina é liberada. A glândula pineal é portanto um órgão foto-sensitivo e um importante controlador do tempo para o corpo humano.

Pesquisas da retina feita com hamsters demonstra a existência de um outro centro de produção de malatonina. Localizado na retina, esse centro implica em que os olhos tem o seu próprio controlador de tempo circadiano. Esse sistema retinal é distinto do "relógio" do cérebro do núcleo supraquiasmático (SCN). Biólogos descobriram que eles poderiam tirar o ritmo retinal do sincronismo com o ciclo circadiano. Eles também descobriram que poderiam ajustar e reajustar o "relógio retinal" até mesmo se o SCN fosse destruído.
O relógio retinal produz (ou estimula a produção de) melatonina. Pesquisadores estão agora procurando a exata localização desse relógio no olho humano (e esperam encontrá-lo). Ninguém sabe qual o porque da existência desse "relógio independente" e qual sua relação com o SCN.




Em alguns vertebrados inferiores, a Epiphysis Cerebri - Glândula Pineal -  tem uma estrutura tipo olho bem desenvolvida; em outras não tanto organizadas como um olho, funciona como um receptor de luz. Em vertebrados inferiores, a glândula pineal tem uma estrutura como um olho e funciona como receptor de luz e é considerada como o predecessor evolutivo do atual olho.

A glândula pesa pouco mais de 0,1 gramas. A pineal é maior em crianças e começa a diminuir no início da puberdade. Parece que ela desempenha um papel no desenvolvimento sexual, na hibernação de animais, metabolismo e ciclos de fertilidade. Nos humanos ela afeta os ciclos circadianos, padrões de sono (melatonina aumenta na ausência de luz), e é afetada por desordens sazonais afetivas. Acredita-se que o nível abundante de melatonina em crianças inibe seu desenvolvimento sexual. Quando chega a puberdade a produção de melatonina é reduzida. Da mesma forma que somos criados por estímulos eletromagnéticos - e reagimos à estímulos eletromagnéticos à nossa volta - o mesmo ocorre à glândula pineal.

(Tradução e adaptação: Jivan Ananto/2006)

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Nota explicativa:
O texto acima é uma tradução parcial e adaptação do original site:
http://www.crystalinks.com/thirdeyepineal.html
Nesta tradução e adaptação acima, conservamos apenas as informações científicas, retirando as partes que mencionam aspectos místicos, referencias a "terceiro olho" etc, por não pertencerem ao enfoque acadêmico-científico que temos interesse em divulgar aqui.
Para facilitar a compreensão do texto adicionamos um glossário. Fonte:
http://www.dictionary.com

glândula pineal (substantivo)
Um corpúsculo localizado sobre o topo do terceiro ventrículo, envolto pela pia mater e que funciona primariamente como uma glândula endócrina que produz melatonina, chamada também corpo pineal e órgão pineal.
 
Fonte: Merriam-Webster's Medical Dictionary, © 2002 Merriam-Webster, Inc.


hipotálamo
(substantivo)
Parte do cérebro que está abaixo do tálamo, formando a maior parte da região ventral do diencéfalo. e que regula a temperatura do corpo, certos processos metabólicos e outras atividades autônomas.
Fonte: The American Heritage® Stedman's Medical Dictionary


hipotálamo (substantivo)
A parte basal do diencéfalo que está abaixo do tálamo em cada lado, e forma a base do terceiro ventrículo, incluindo centros regulatórios autônomos vitais (como o controle da ingestão de alimentos)
Fonte:Merriam-Webster's Medical Dictionary, © 2002 Merriam-Webster, Inc.


ciclo circadiano

Ciclo relativo ou contido num período de 24 horas.
Fonte:
The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition

melatonina  (substantivo)
Um hormonio derivado da serotonina e produzido pela pineal que estimula a mudança de cor da epiderme de anfíbios e répteis e desempenha um papel no sono, envelhecimento e reprodução em mamíferos.
Fonte:
The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition